N/A: Escrita para a terceira edição do SDAND do fórum 6v. Porque eu não consigo abandonar esse ship.
As mãos de Potter
Razão 42. Por causa das mãos do Potter...
Harry Potter estava com o dedão na boca, mordendo impiedosamente suas cuticulas e arrancando-as. Enquanto isso, Draco Malfoy tentava a todo custo prestar atenção na aula de poções – não que ele realmente precisasse. Snape não o repreenderia, sem contar que era um bom aluno em Poções. Mas exatamente por ser bom aluno, ele não se conformava que não conseguia manter os olhos por mais de dez segundos no professor. E tudo graças a Harry Santo Potter, que estava na mesa a frente com a Granger e o Weasel. Tudo graças ao Garoto-Que-Sobreviveu que roía freneticamente as unhas e cuticulas.
Sua vontade era de levantar-se e tirar o dedo do moreno de sua boca, e depois beijar todos os dedos de Potter, e quando terminasse, beijasse e mordesse os lábios do gryffindor. Contudo, o loiro sabia que seria muito insensato – ainda mais no meio da sala de aula, com outros alunos e Snape. Então segurou-se bravamente, apenas imaginando aquela mão maltratada passando por seu corpo branco – imaginava como deveria ser ter aquela mão grande, calejada, masculina em cima de si. No entanto, acordou para a realidade quando Blaise o chamou mais alto.
"Você tem que cuidar dessa sua obsessão, sério." Ele falou, se retirando da sala.
Bufando, Draco Malfoy começou a guardar seu material, notando que não havia copiado nada naquele dia e que nem ao menos notara a maioria dos alunos saindo da sala de aula. Afinal, ele estava ocupado demais observando as mãos de Potter – e ao pensar nisso, algo em sua cabeça apitou. Levantando o olhar, ele notou que o moreno em questão ainda estava na sala, junto de seus fiéis escudeiros. Eles falavam rapidamente – provavelmente era algo importante –, e mais uma vez Harry estava mordendo sua cuticula.
Quando Potter lançou um olhar para o loiro, Draco sentiu sua face esquentar e, terminando de guardar seu material, rumou para fora da sala. Ele precisava mesmo cuidar de sua obsessão. Ainda avoado por estar com a imagem do gryffindor em mente, assustou-se quando alguém começou a puxá-lo pelo braço, porém antes que pudesse falar algo ou gritar, uma mão tampou sua boca. E foi quando ele notou a quem pertencia aquela mão.
Harry Potter o havia puxado até uma sala vazia e, depois de fechar a porta atrás de si, prensou Draco na mesma, ainda com a mão sobre os lábios do loiro. Malfoy estava sentindo uma vertigem por ter a mão dele ali, em sua boca. Então, sem conseguir se segurar, passou a língua libidinosamente pela palma da mão do moreno, que arregalou os olhos e tirou a mão da boca do outro. Mas poucos segundos depois Harry abriu um sorriso malicioso, se aproximou do slytherin e, como se estivesse acostumado àquilo, colocou os lábios aos do loiro.
O que Harry e Draco fizeram naquela sala depois daquilo, nenhum deles contou a ninguém. E como Draco usurfruiu das mãos de Potter também era um segredo.
