Harry Potter e seus personagens nunca me pertenceram.

Nota: Uma das bilhões de DG que eu escrevi quando estava no Desafio de Hogwarts do 6v – que nem existe mais ): Estou tentando publicar tudo o que eu tenho escrito para fóruns que já não existem e – adivinhem – tenho o suficiente para não ter que escrever fanfics por muito tempo – como se fosse uma competição. Mas, vamos lá, história número 103 de publicação – não faço a menor ideia de quantas eu tenho realmente no perfil!

Exclusiva

1

A vida não estava boa para ninguém e a dela parecia fechada e doentia. Verdade seja dita que todo mundo tinha dia de caça e dia de caçador, mas tinha vezes que Ginny se sentia como se fosse sempre a caça. Não porque fosse necessária para salvar a liberdade de uma comunidade ou por seus talentos como lutadora (Deus e alguns ladrões ao longo de sua vida de trabalhadora assalariada sabiam como seu gancho de direita era potente).
O telefone tocou e ela se enrolou ainda mais no edredom daquelas cores pastéis que as pessoas insistiam em presentear quem se casou (Não que fosse casada. Harry e ela decidiram antes dos filhos darem um tempo no relacionamento – o que significava que ele andava transando com uma outra mulher e o que significava que ela podia transar com quem quisesse), fingindo que o barulho insistente do telefone era um pesadelo.
Fechou os olhos e continuou a pensar que ainda tinha que pagar a conta de luz – e que teria que ir trabalhar mais cedo ou no horário (chegar atrasada era muito antiprofissional) -, enquanto o telefone continuava com seu barulho irritante. Suspirou. Ela era jornalista esportiva e atletas não assinavam contratos multimilionários no meio da madrugada (Ok. Talvez assinassem nas baladas VIPs que frequentavam, mas ela não precisava escrever sobre o horário da transação).
Atendeu o telefone a contragosto e ouviu a voz animada de sua mãe convidando Harry e ela para jantarem com a família naquela noite (porque, como a mãe controladora dela definiu, Bill tinha recém-chegado da França – como se Bill e a família não vivessem entre Inglaterra e França). Revirou os olhos e disse que iria (embora já pensasse numa maneira de não ir. Harry estaria lá e tudo seria uma maneira de sua mãe forçar uma "reconciliação" no tempo que tinham dado para respirarem (Eles não precisavam de reconciliação, pelo amor de Deus, eles tinham optado por isso). Harry era médico sem fronteiras e vivia de viajar e ela vivia de cobrir esportes profissionais (por mais que gostasse de escrever matérias sobre como o esporte ajudava as crianças de Burundi), o que impossibilitava a relação. Mundos muito diferentes e opções muito diferentes.
Se gostavam o suficiente para não forçarem o carinho e o companheirismo que tinham desde a adolescência (Harry era presença frequente em sua casa desde antes dela usar sutiãs!) e das histórias engraçadas que compartilhavam. Amizade (sexo de vez em quando) não era de todo ruim.
Era confortável para dizer no mínimo.

X

- Potter, você vai para a entrevista coletiva do Chelsea. Eles vão anunciar o novo jogador deles. - seu editor ignorava o fato que ela não era Potter há pelo menos dois anos e ela tentava relevar, porque, na verdade, não era divorciada dele. Só tinham um "relacionamento aberto" - o que, no caso deles, significava cada um na sua.
- Já vão anunciar a contratação do Malfoy? Pensei que ele estava lesionado. - disse e o editor revirou os olhos como se se perguntasse sobre seus motivos de contratar uma mulher para jornalista esportiva.
Ela era a melhor e sabia disso.
- Se isso te faz feliz, querido editor, eu acho que Malfoy era colega de categoria de base do meu irmão mais velho, vou ver se consigo uma exclusiva. - disse e viu o brilho no olhar do editor.
Ron começou a carreira de goleiro e muitos acreditavam que ele seria o novo Banks, mas quando se casou com Hermione (uma médica sem fronteiras completamente apaixonada pelo que fazia, abandonou a carreira para ir com ela e o melhor amigo -Harry-). Talvez por isso o casamento dela não tivesse dado certo. Não havia a vontade de tentar para serem felizes.
Ainda teria uma entrevista coletiva para ir e, pelo que sabia, Draco Malfoy era o típico jogador de futebol amado nos campos e odiado fora deles.

Comentários são bem-vindos!

Beijos,

Misa