Homo sum: humani nihil a me alienum puto

(Sou homem: nada do que é humano me é estranho)

Eram as risadas quase sempre exageradas de James. Eram os risinhos cínicos e irônicos de Sirius. Eram os olhares cansados e agradecidos de Remus.

Era tão... você. Tão pura e simplesmente você que, às vezes, você se perdia.

Nem sempre se achava. Se escondia por detrás das sombras deles, deliciando-se com a falsa sensação de poder que aquilo lhe proporcionava. Seguia-os pela sombra, tentando imitá-los, simplesmente se perdendo um pouco mais ao tentar decidir qual merecia mais sua atenção.

Era a arrogância de James. Era a ironia de Sirius. Era o peso de Remus. E você carregava tudo nas costas, sozinho, porque não sabia o que fazer enquanto estava perdido.

Carregava todos, e nenhum te carregava.

Era demais para não se curvar.

E você ia se curvando, cada vez mais. Cedendo ao peso, desistindo de lutar. Sorrindo para se manter firme, disfarçando em risadas o seu medo de perder aquele lado herói que todos viam no grupo.

Foi tão... humano o que você fez.

Talvez fosse por isso que só para você fez algum sentido.

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Hmmm, acho que algumas coisas precisam ser ditas. A primeira delas é que, pelo visto, ela contraria totalmente a minha outra fic, "Heróis". A segunda é que, na verdade, elas são praticamente iguais. Peter, para mim, se achava uma espécie de herói, ou mártir, ou qualquer outra coisa que pudesse passar pela cabeça de um psicótico.

Isso não quer, definitivamente, dizer que ele era um. Bem, beeeeeeeem longe, na realidade.