Vermelho
Se eles tivessem observado as gerações anteriores eles teriam visto que Potters tinham certa tendência a gostarem de ruivas e assim o problema todo poderia ter sido evitado. Eles perceberam isso, é claro, era até motivo de piada às vezes, mas eles não viram o que aquilo realmente era, aquilo não era uma simples coincidência como eles pensavam. Aquilo era muito maior. E como ninguém viu o que estava acontecendo, ninguém poderia saber que James iria andar até o quarto de Rose em junho, enquanto a menina estava hospedada na sua casa porque Ron, Hugo e Hermione estavam viajando.
Ainda mais no meio da noite. Afinal, por que ele iria até o quarto dela no meio da noite?
Nem ele sabia. A única coisa que ele sabia era que depois de ter acordado sem motivo aparente sentiu vontade de se levantar e andar, andar e andar pela quase mansão que era a sua casa. E ele fez isso até para na frente da porta bege do quarto de hóspedes. Rose, ele pensou sem saber ao certo o que estava fazendo quando abriu a porta sem fazer barulho, entrou no quarto e trancou o quarto com feitiços, um deles inclusive silenciador.
Também não entendeu muito bem o que estava fazendo quando ele subiu na cama de casal em que ela estava e chegou mais perto da jovem dormindo, mais perto dos cabelos vermelhos. Era mais forte que ele, e James pensou que talvez fosse assim que as pessoas se sentissem quando estavam sobre o domínio de um Imperius.
A mão dele tocou levemente os fios que estavam úmidos e seu rosto se aproximou do mar ondulado para sentir o cheiro mais doce que já sentiu.Vermelho. Sua outra mão também pegou os cabelos dela e começou a acariciar sua cabeça.
O que eu estou fazendo?, ele se perguntou, mas realmente não ligava. Nunca tinha se sentido tão conectado com Rose em toda sua vida, mesmo que ela ainda estivesse dormindo. Aliás, não tinha se sentido tão conectado assim com ninguém. Mais uma vez ele tomou conhecimento daquela sensação no peito dele que parecia controlar todas as suas ações.
De repente ela se mexeu levemente e ele ouviu um suspiro, quase um ronronar, em resposta a suas carícias no couro cabeludo dela.
Rose nunca tinha se sentido tão calma. Ela conseguia sentir mãos gentis na sua cabeça e sentia seus membros moles e fracos pelo toque, era totalmente relaxante. O único problema, a mente dela fez questão de lembrar, é que você deveria estar sozinha na sua cama.
Então toda a gentileza do momento foi perdida quando em um salto a menina se pôs sentada na cama, olhando para a pessoa que antes a estava tocando de maneira tão carinhosa.
- Jay? - ela murmurou sentindo como se seu coração fosse sair pela boca.
Era só James, graças a Merlin. Um suspiro de alívio saiu da boca de Rose e ela voltou a deitar-se no travesseiro, sua mão se movendo até seu peito, como se tentasse acalmar seu coração de bater tão rápido e alto.
Ele acompanhou bem esse movimento da mão dela e percebeu que ela usava uma regata simples pra dormir.
- O que você está fazendo aqui? Tentando me matar de susto? - ela sussurrou incerta de como sua voz sairia se tentasse falar normalmente.
Ele não respondeu, apenas continuou olhando pra ela. Rose franziu a testa e sentou-se na cama novamente, lançando um olhar desconfiado e até mesmo um pouco preocupado para seu primo. Sem saber ao certo o que fazer, ela se aproximou e tocou a testa dele, tentando ver se tinha algo de errado. Ela esperava que ele estivesse queimando de febre, talvez no meio de um delírio causado por alguma doença.
Infelizmente, o que tinha de errado não podia ser descoberto com um simples toque na testa.
Ela não percebeu, mas assim que sua pele encostou-se à dele James abriu a boca, soltou um ofego e sua respiração ficou mais rápida, como se ele tivesse acabado de correr. E a pior parte era que ele não fazia a menor ideia porquê ele estava assim. A mão dele pegou o pulso dela e a tirou da testa, a outra mão dele se juntou e ele segurou a mão dela entre as suas.
- James, o qu-
Antes que ela pudesse terminar ele tinha a puxado e sua boca tocou na dela. Rose arregalou os olhos e suas mãos foram para os ombros dele, seu primeiro instinto sendo empurrá-lo, mas James era mais forte e com um braço nas suas costas e o outro na sua cintura não deixou ela se afastar dele.
Ele também nem precisou prendê-la por muito tempo, porque assim que ela sentiu a língua dele invadindo sua boca a ruiva botou as mãos nos cabelos dele e o puxou contra ela, fechando os olhos antes arregalados e relaxando o corpo. Aquela não era ela, Rose não se lembrava de em momento nenhum ter sentido algo mais que amizade pelo primo, mas suas mãos ganharam vida quando ele a beijou.
Satisfeito o moreno a deitou, ficando por cima dela e ainda a beijando. Ele tinha que parar, ele estava beijando Rose! Rose, sua prima mais nova, a mesma Rose que dava detenções pra ele em Hogwarts e a mesma em quem ele pregava peças, mas... Continue. E ele fez como a voz na cabeça dele mandou, porque aquilo estava realmente bom.
Sua mão se aventurou por baixo da regata que ela usava e ele acariciou sua barriga e, nossa, ela estava quente. Ele continuou sua exploração até achar os seios dela e assim que os tocou ele a sentiu morder seu lábio e soltar um suspiro. Ela toda estava quente e e quando ele a acariciou Rose se remexeu embaixo dele.
A boca dele desceu pela sua mandíbula e ela sentiu a blusa dela ser empurrada mais para cima. A ruiva pegou a regata branca e tirou, ela estava atrapalhando. Atrapalhando você a beijar seu primo! E sua consciência voltou.
Ela tentou empurrar James pelos ombros, mas ele novamente a beijou e... E então tudo voltou a parecer certo, de alguma maneira. Era como uma névoa que cobria sua cabeça e a dizia que estava tudo bem ela beijar James, porque ela estava gostando e ele também.
Ele estava sem camisa e as mãos delicadas dela caminharam pelo seu tronco, gostando do que ela tocava. Não que ela fosse muito fã de abdomens sarados, ela preferia uma barriga normal, mas ali pareceu certo. Isso porque aquele era James.
As mãos dela desceram até encontrar a calça que ele usava pra dormir e naquele momento a dúvida a pegou. Deveria ou não?
Mas ela não teve tempo de chegar a uma conclusão porque naquele momento James abaixou a sua calcinha e a tocou. Um toque totalmente inesperado que a fez jogar a cabeça pra trás e perder o contato com os lábios dele e com suas calças. Ela só percebeu que tinha soltado um gemido quando James levantou a cabeça, que estava na altura dos seios dela, e deu um sorriso malicioso.
Ela pensou em parar, a névoa já não cobria sua cabeça e ela conseguia pensar com clareza, só que naquele ponto ela não queria pensar com clareza. Até porque, sinceramente, aquilo não parecia errado, ela não sentia nada errado. Ela não sentia nada a não ser prazer. A boca dele sugou um seio dela e Rose se controlou dessa vez pra não soltar um suspiro. Como aquilo era bom. Ele ainda a estimulava e entrou com dois dedos nela, fazendo-a se remexer contra eles, procurando mais fricção.
Rose sentiu-se muito parada ali, deitada, enquanto ele fazia tudo, mesmo que aquele tudo fosse bom, então ela enterrou a mão nos cabelos dele e o puxou para um beijo, já que ela sentia sua boca seca. Ele foi com todo prazer, mas continuou com a mão no meio das pernas dela.
Naquela posição foi fácil pra ela alcançar as calças dele e o tocar sobre as calças. Quente, ela pensou deliciada. Com pressa que até agora não tinha sentido, Rose abaixou suas calças e o segurou com mais força do que tinha pretendido, arrancando um gemido de James.
O moreno parou de tocá-la, para a infelicidade de Rose, e a ajudou com os movimentos no seu membro, gostando de como as mãos pequenas dela se fechavam ao seu redor. Ela, ela...
Ele parou de se tocar e botou um braço nas costas de Rose, fazendo-a se levantar um pouco, e se posicionou em sua entrada, fazendo com que perdesse o contato com a mão dela.
Pare! Pare! Sexo não! A mente de Rose gritava, mas James a beijou e então tudo voltou a fazer sentido. Ela estava então, naquele momento, esperando ansiosa para que ele entrasse nela, mas ele não fez exatamente isso.
Com a mão que estava nas costas dela ele a virou e Rose instintivamente ficou de quatro sobre o colchão. Vendo as costas dela e o cabelovermelho dela deslizando por suas costas James sentiu-se mais excitado do que uma vez se lembrava de ter ficado. Rose ia olhá-lo sobre o ombro, mas foi impedida quando ele entrou nela.
Talvez o gemido que tinha saído da boca deles tenha sido alto, mas era pra isso que os feitiços no quarto serviam.
Ele voltou e depois foi de encontro a ela mais uma vez, fazendo a cabeça de Rose girar e seus dedos apertarem o lençol da cama. Quanto mais vezes ele fazia aquele movimento mais reações cativava dentro de Rose.
Vermelho, vermelho, vermelho era o que James pensava enquanto via os cabelos dela escorregarem por suas costas a cada vez que ele se empurrava contra ela. Os gemidos agudos que Rose soltava faziam ele ir mais rápido, ele queria ouvir mais, ele queria sentir mais.
Sinta o vermelho.
E foi isso mesmo o que ele fez. Tirou uma das mãos que seguravam sua cintura e pegou seu cabelo, enrolando os fios nos seus dedos e pulso.Mais perto, a voz ecoou e ele fez o que ela mandou. Puxou os cabelos de Rose na sua direção, fazendo com que a jovem tirasse as mãos da cama, mas não chegou muito perto, ficou no meio do caminho e voltou a entrar e sair nela, sem ao menos ter percebido que tinha parado.
Rose por um momento ficou sem saber o que fazer com as mãos, mas uma delas rumou para o meio das suas pernas e a outra para a coxa de James, apertando-a e arranhando a pele dele. A puxada no cabelo foi inesperada, mas a posição era boa, ela podia senti-lo entrando nela melhor.
Então ele a puxou para mais perto, fazendo as costas dela encostarem em seu peito e separou mais os joelhos dela com os seus, tentando ter mais espaço para seu movimento. O vermelho agora estava perto e ele podia sentir o cheiro doce voltar a invadi-lo, embriagando seu cérebro.
- J-james... - Rose murmurou fraca quando as investidas dele contra ela e seus dedos conseguiram fazer ela se apertar ao seu redor, para depois relaxar.
E ele continuou procurando seu próprio prazer, só que deitou Rose na cama, já que seu corpo estava mole, e deitou-se por cima dela. Quase lá, quase lá, quase...
- Vermelho - foi o que ele murmurou quando sentiu seu prazer chegar.
Seus olhos ficaram desfocados e ele engoliu seco, apoiando seu peso todo sobre Rose. Um murmúrio dela fez ele sair de cima do corpo pequeno da jovem. Livre, ela ficou de barriga pra cima e não conseguiu evitar se escorar contra James. Ele ainda tinha se abaixado e lhe roubado mais um beijo antes de Rose cair no sono.
Antes de ele dormir, porém ouviu mais uma vez a palavra que o vinha perseguindo: vermelho.
N/A.: Isso era pra ser uma oneshot PWP linda e apenas isso, mas a ideia foi se espalhando pela minha cabeça e eu me empolguei (tanto que essa porra de NC ficou milenarmente grande=chata=quase pornô). E botar uma NC no primeiro capítulo de uma fic é apelativo, pelo menos eu acho, mas me pareceu tão certo dessa exclusiva vez.
Primeira long desse casal :3 *pulos de alegria*
Não, não vai ser só putaria.
;*
