O grupo de arqueólogos estava trabalhando naquela área há séculos. Os chefes da expedição estavam cansados e já tinham esperanças de encontrar o que procuravam, quando um dos homens mais além gritou:

- Avis! Avis! – uma mulher de longos cabelos castanhos virou – Acho que achamos!

- Oh, meu Deus! Jack! – ela chamou um homem loiro que estava falando com um dos trabalhadores antes de sair correndo na direção da escada de madeira que a levava para cima do buraco e ao local do arqueólogo que a chamou.

- Ainda não abri a caixa, mas acho que pode ser... – o homem deu de ombros assim que ela o alcançou.

- Tudo bem, tudo bem. – os olhos azuis da mulher brilhavam enquanto ela observava uma caixa de madeira bastante rebuscada, com vários desenhos em dourado.

Com um cuidado excessivo, ela pegou a caixa e a abriu lentamente, na mesma hora em que o homem loiro parava ao seu lado, e os dois sorriram quando se depararam com um maravilhoso bracelete dourado com vários desenhos no estilo egípcio.

- Encontramos, meu amor! – Jack sorriu para a esposa.

- Sim, o bracelete que, diz a lenda, a Deusa Vênus mandou forjar do mais puro ouro do Olimpo para o seu neto Julus e que grandes nomes usaram, mas se perdeu na história após a morte de Júlio César, seu último herdeiro conhecido.

Avis pegou o bracelete de dentro da caixa e o levantou na altura do rosto, na mesma hora que uma sucessão de coisas muito rápidas aconteceram. Houve um estrondo e ela viu a plataforma de segurança de madeira que eles construíram em volta das escavações ruir ao mesmo tempo em que todos começaram a gritar.

Ela jogou o bracelete de volta na caixa e a segurou firmemente, enquanto se virava e via vários homens estranhos com longas capas negras e capuzes gritando palavras em latim e luzes coloridas saíam de um galho em suas mãos em direção ao grupo de arqueólogos que saía correndo.

- Avis! Saia daqui o mais rápido possível. Pegue Alex e saiam daqui. Eu vou tentar ver o que está acontecendo!

- Não, Jack! Eu não sei que merda é essa, mas você não pode ficar sozinho aqui. Eles são a maioria e parecem estar armados.

Um dos homens de negro os localizou e gritou na direção dos outros, chamando a atenção.

- O bracelete está ali! Rápido, acabem com isso e vamos pegar esses trouxas!

- Vamos, Avis! – o homem saiu correndo, empurrando a mulher na direção da cabana onde o filho deles deveria estar.

Depois, tudo ocorreu muito rapidamente. Uma luz verde foi na direção do marido, e ele caiu no chão, os olhos verdes abertos em uma expressão de susto. Três homens então pareceram se materializar na frente deles, agarrando ela, que ainda segurava a caixa com o bracelete, e tudo pareceu girar em volta da mulher, e sua última visão foi o grupo de homens vestidos de negro ainda correndo na sua direção.