N/T: Essa é a tradução autorizada de uma fanfic da Lady Bracknell que eu adoro, pois retrata um lado mais humano do Remus, não aquela fama de "santinho" que ele tem, haha. O título traduzido é "Desastre: Veja também, Remus J Lupin, vida amorosa de" (não coube, por isso eu deixei em inglês) e ela foi postada em 14/02/06 e finalizada em 08/19/07. Para quem quiser ler em inglês, está nos meus favoritos, aliás. Daqui para baixo, é tudo uma mera tradução, divirtam-se ^^

Disclaimer: Não, não sou a JK Rowling, então não posso alegar direitos autorais de nada relacionado a Harry Potter. Todas as ex do Remus me pertencem, no entanto – elas estão trancafiadas no meu armário por serem más com ele.

N/A: "Se você procurar a palavra 'turbulento' no dicionário, sob a explicação do que significa, de fato encontrará 'veja também: Remus J Lupin, vida amorosa de.' Suficientemente interessante, você encontrará exatamente a mesma frase sob a palavra 'desastre'."

Essa é uma peça acompanhante de The Werewolf Who Stole Christmas, inspirada pelas frases acima, que Remus diz para Tonks depois de ela encurralá-lo sobre seu passado amoroso. Não deve ser tão confuso se você não leu isso (apesar de que, obviamente, eu ficaria lisonjeada se você lesse) – deverão ser apenas cenas dos encontros dele com algumas de suas mais significantes pessoas significantes, possivelmente explicando um pouco sobre por que ele é quem ele é. Tudo o que você realmente precisa saber é que o meu Remus tem mais Maroto dentro dele do que alguns... porque eu gosto dele desse jeito ; )


Remus,

Eu acho que não deveríamos sair mais.

Olivia.

Remus encarou o bilhete. A biblioteca começou a girar ao que ele percebeu que o recado realmente dizia o que ele pensou que dissesse. Não havia nenhum significado oculto, entrelinhas, nada no pedaço de pergaminho a não ser as palavras em que ele desesperadamente não queria acreditar. Ele ponderou sobre a resposta apropriada, a emoção apropriada, batendo sua pena em seu queixo, sua mão tremendo levemente. Escreveu uma resposta.

Por quê?

A devolução foi ligeira.

Porque David Reynolds me chamou para sair e eu disse sim.

Ele encarou aquilo. Desejou que não tivesse perguntado. David Reynolds? Quem diabos era David Reynolds?

Então ele lembrou. Ele era capitão do time de quadribol da Lufa-Lufa. Idiota.

Ele rabiscou a palavra 'tá' furiosamente, esperando que sua emoção aparecesse em sua caligrafia, e jogou o bilhete através da mesa, de volta para Olivia, sua ex-namorada.

Maldição, pensou ele. Eu tenho uma ex-namorada. Ele nunca teve a intenção de ter uma dessas. Olivia tinha sido a primeira garota de quem ele realmente tinha gostado, a primeira garota que ele tinha chamado para sair, a primeira garota que ele tinha beijado. Tinha outros punhados de primeiras que ele pensou que poderiam circular algum dia no fundo de sua mente, mas, no lugar delas, Olivia tinha decidido ser a primeira a rasgar seu coração.

David maldito Reynolds. Ele era baixo, troncudo e tinha uma cabeça de formato muito esquisito.

Ele encarou seu livro de Feitiços até que as palavras não parecessem mais palavras. Já era ruim o bastante que ela tivesse terminado com ele, sem mencionar que ela o fez na biblioteca, onde ele não podia causar rebuliço, sem mencionar que ela o fez em um maldito bilhete. E como se não bastasse, ela estava o deixando pelo pior capitão de quadribol que Hogwarts já viu, que dirigia o pior período de derrotas da Lufa-Lufa desde que os registros começaram. O que diabos ela viu nele?

Ele encarou o parágrafo sobre feitiços animadores tão firmemente que estava surpreso que seus olhos não estavam sangrando. Queria desesperadamente estar em qualquer lugar, exceto sentado do outro lado da mesa de Olivia Crosby, mas não queria dar-lhe a satisfação de saber o quão revoltado estava.

A dignidade não era muita, mas, aparentemente, era tudo o que lhe restava.

Ele encarou por exatamente meia hora, virando a página em intervalos de tempo cuidadosamente marcados, para manter o pretexto de que estava realmente lendo, e então decidiu que aquilo era provavelmente duradouro o bastante para mostrar que, de fato, não estava mais preocupado com Olivia ou com o David maldito Reynolds. Ele jogou suas coisas em sua bolsa com uma casualidade forçada e caminhou para fora da biblioteca.

Estava no meio do caminho do corredor quando percebeu que não estava sozinho e que, quem quer que estivesse o seguindo, dizia seu nome e pedia que fosse mais devagar. Ele espiou por cima do ombro para ver quem era e então parou tão abruptamente que Lily trombou consigo. "Desculpa," disse ela, recuando um passo, recuperando o fôlego. "Eu estava começando a me perguntar se você estava me ignorando."

"Desculpa," disse ele. Sua voz soou distante, quase como se fosse outra pessoa falando.

"Você está bem?"

Ele pensou sobre isso por um momento. Não tinha certeza se alguma vez já tinha estado pior, o que, dado o que ele passava mensalmente, era particularmente um feito por parte de Olivia.

"O que há com as meninas?" disse ele.

"Como assim?"

"Elas fingem que gostam de você, fazem você se apaixonar por elas e então um dia, do nada, elas alcançam o seu peito, rasgam o seu coração, jogam-no no chão e pisam em cima de tudo."

"Você está sendo metafórico?" perguntou ela. Ele franziu a testa enigmaticamente.

"Sim," disse ele, seu tom mais confuso do que bravo.

"Só pra confirmar," disse ela. "Tem algumas azarações asquerosas por aí, no momento. Na verdade, era onde eu estava quando te vi. Alguns sonserinos sextanistas estavam –" ela parou e franziu o cenho. "Você descobriu sobre David e Olivia, não descobriu?"

"Descobri sobre?" disse ele. O que tinha pra ser descoberto?

Um grande pedaço de mau pressentimento se instalou em seu estômago. De repente, ele se sentiu pior do que se sentira trinta segundos atrás, o que realmente não teria acreditado que seria possível. "Que eles estavam, sabe," Lily disse, repentinamente fascinada pelo topo dos próprios sapatos. "Pelas suas costas."

O mundo deu voltas e ele foi subitamente atacado por uma ânsia de vômito.

"Eu acho que preciso sentar," disse. Ele pretendia escorregar pela parede e desmoronar no chão, mas Lily pegou seu cotovelo e arrastou-o um pouco pelo corredor e para cima do lance de escadas, para o banheiro dos monitores. Ela murmurou a senha e empurrou-o para dentro.

"Desculpe," disse ela, sua voz ecoando no mármore ao que ela fechava a porta atrás de si. "Pensei que soubesse. Eu e minha boca grande."

Remus afundou no mármore frio e colocou os joelhos em seu peito, abraçando-os e balançando para frente e para trás. De repente, ele se sentiu muito grato que ela não o tivesse deixado fazer isso no corredor. "Todo mundo sabe?" disse. Lily conjurou uma toalha para se sentar em cima e escorregou ao seu lado.

"Não sei," disse ela, suavemente. "Eu só sei porque vi os dois."

"Quando?"

"Semana passada," disse ela. "Dei-lhes uma parte dos meus pensamentos sobre isso."

"Obrigado."

"Não ajudou nada," disse ela. "Você pode parar com isso? Está me deixando com náuseas."

"Desculpa," Ele parou de balançar e mascou a pele em volta de suas unhas, no lugar.

David Reynolds. E a sua Olivia. Que o tinha traído. Ele gostaria de não ser um monitor, então não veria o tipo de coisa que as pessoas faziam nos armários de vassouras nas costas de outras. Agora parecia que era o único pensamento que se cérebro era capaz de ter, a única imagem em que podia se focar. David Reynolds e Olivia, fazendo coisas pelas suas costas em armários de vassouras.

"Eu nunca pensei que ela fosse boa o bastante para você," disse Lily. Ele levantou o olhar de seus joelhos.

"Não mesmo?" disse ele, sua voz estranhamente vazia.

"Não. E para o que valer a pena, a Gloriana Pritchard me disse que ele está de braços abertos."

"Ah," disse ele, animando-se por um momento, até que outro pensamento lhe ocorreu. Um horrível, horrível, horrível pensamento. Um novo surto de náusea passou por ele. "Você acha que é por isso que ela – porque eu não – "

"Se for, é um motivo muito estúpido para terminar com alguém. Você é melhor sem ela."

Ele sabia que ela estava tentando fazê-lo se sentir melhor e sorriu o máximo que pôde, sentindo que aquilo era provavelmente uma tentativa tão bem sucedida como se só tivessem descrito um sorriso para ele, uma vez, por alguém que ouviu sobre como um deveria parecer de um amigo. "Não pareço," disse ele.

"Não," disse Lily. "Não no momento. Mas você vai encontrar outra pessoa."

"Fácil pra você dizer," disse Remus. "Todo mundo gosta de você."

"Não gostam," falou Lily, corando.

"Eles gostam," disse ele, "e você sabe disso."

Lily corou um tom mais escuro e ele se sentiu momentaneamente melhor, até que a imagem de Olivia e David Reynolds voltou a fluir por sua mente. Ele se sentiu como se tivesse sido chutado no estômago. "Como eu deveria..?" ele deixou a pergunta pendurada, sem saber o que realmente queria perguntar.

"Você só tem que manter a cabeça erguida," disse ela. "E se alguém pegar duro com você, diga que terá de lidar comigo. Principalmente seus tão aclamados amigos."

"Meus amigos?" disse ele.

"Potter e Black. Se eu os pegar tirando sarro de você – "

"Eles não estão nem sequer perto de serem tão ruins quanto você pensa que são, sabe."

Ela fuzilou-o com um olhar de total descrença. "Alguma vez já ocorreu a você," disse ela, "que há uma chance de eles estarem?"

"Não," ele disse e ela riu.

"Talvez tenhamos que concordar em discordar nisso."

Ele estava grato pela distração momentânea, mas, assim que as palavras dela terminaram de ecoar pelo mármore, voltou para onde tinha começado: atordoado, com náuseas e com uma combinação esquisita de raiva e tristeza.

Ele apertou o abraço em seus joelhos, perguntando-se o que diabos tinha feito para merecer isso. "Você não fez nada de errado, sabe," disse Lily, aparentemente lendo seus pensamentos. "Não é sua culpa."

"O que eu deveria fazer?"

"Comer chocolate e deprimir-se," disse ela.

"Isso vai ajudar?"

"Sim," disse ela. "Confie em mim, eu sou uma expert."

Ele não tinha certeza de quanto tempo ficou sentado, abraçando os joelhos no banheiro, antes de Lily falar de novo. "Você está disposto a ir para a sala comunal?" disse e ele concordou, mesmo que estivesse certo que aquela era a última coisa no mundo que gostaria de fazer. "Vem então," disse ela. "Vamos ver se conseguimos encontrar aqueles seus incômodos amigos."

Eles voltaram para a sala comunal em silêncio. Ele realmente não tinha ideia do que havia para ser dito. Murmurou a senha quando eles alcançaram o retrato da Mulher Gorda e parou para deixá-la entrar primeiro. "Lily?" disse e ela se virou. "Obrigado."

"Não há de que."

Ele escaneou a sala, aliviado em descobrir que Olivia não estava ali. Nem seus amigos. Ele cambaleou escadas acima até o dormitório e aquele pareceu um caminho muito longo, a porta pelo menos duas vezes mais pesadas do que o normal. Movimentou-se pesadamente até a sua cama e se jogou nela, a cabeça em suas mãos.

Ele podia dizer sem olhar que seus amigos estavam lhe encarando. "A Olivia terminou comigo," disse ele, pensando que era melhor acabar logo com aquilo. "Pelo David Reynolds."

"David Reynolds?" James falou. "Por quê?"

Remus o encarou. James desviou o olhar, envergonhado, e estudou o chão, tendo aparentemente percebido que aquilo não era algo que particularmente ajudava. "Vocês não sabiam, sabiam?" ele perguntou.

"Sabíamos o quê?" disse Peter.

"Que eles estavam – sei lá – fazendo coisas por trás das minhas costas."

"Claro que não," disse Sirius.

"Ele estaria na Ala Hospitalar se nós soubéssemos," James adicionou.

Remus se sentiu um pouco melhor por eles não saberem – não que ele alguma vez tivesse realmente acreditado que eles não lhe contariam se soubessem. Mas era reconfortante. Peter sempre parecia saber tudo de todos e, se ele ainda não tinha captado a fofoca, havia também uma chance de que ninguém mais tivesse, e ele estava bem certo de que Lily não diria nada, mesmo ele não tendo pedido. Ele tinha sido chutado, mas não se transformado em um estoque de risos. Não era muito consolador, mas algum consolo era melhor que nenhum.

"O que você vai fazer?" perguntou James.

"A Lily pensa que chocolate vai ajudar."

"Bestas fazem isso," disse Sirius. "O que você precisa é de vingança."

Peter concordou com entusiasmo. "Por sorte sua," disse James, "Eu tive uma ideia brilhante quando estávamos na detenção, ontem."

"Aquela com –" disse Sirius, sorrindo marotamente.

"É."

"Perfeito," disse Sirius. "Ninguém mexe com o nosso Aluado."

Remus ficou em detenção na semana seguinte, escrevendo as palavras 'Como um monitor desta escola, eu deveria saber mais do que encher os sapatos de outro aluno com pus de bubotúberas' pela quadringentésima décima sétima vez. Ele sabia que o que eles tinham feito com David Reynolds era baixo, estúpido e que, realmente, ele deveria saber das coisas, mas não pôde evitar o sorriso de Sirius através da sala. Vingança era um método muito melhor superar problemas do que chocolate.

A verdade é que ainda havia um estranho tipo de dor em seu peito sempre que pensava em Olivia, e um sofrimento agudo sempre que pensava que ele não estava mais com ela... E a amargura crescia em seu peito quando ele a via, e raiva rapidamente a seguia quando ele a via junto com David Reynolds... E ele não tinha dormido a semana inteira, enquanto pensamentos e imagens ocultas rondavam seu cérebro como abutres, bicando sua humilhação e deixando-o nada mais do que uma carcaça abatida de seu eu original...

Ele suspirou e balançou a mão, tentando espantar a dor em seu pulso, antes de voltar sua pena para o pergaminho para rabiscar sua frase pela quadringentésima décima oitava vez. Na verdade, agora que tinha pensado nisso, ele não estava se sentindo melhor de maneira alguma.

Mas ele ainda tinha seus amigos e outras duas semanas de detenção para manter sua cabeça ocupada. E ele supôs que aquilo já era alguma coisa.


N/T: Aí está. É a primeira vez que traduzo uma história, então, por mais que eu esteja habituada a ler livros em inglês, não estou habituada a todas as traduções de expressões e coisas do tipo, portanto, se alguém tiver alguma reclamação ou sugestão para melhora, é só comentar. Ah, sim, prometi mandar as reviews de volta para autora, portanto, tratem de não me decepcionar e enviem muuuitas reviews ;D

N/A: Qualquer um que comentar ganha um cartão de Dia nos Namorados de um Remus fictício de sua escolha. Disponíveis nós temos: Remus Romântico (corações e flores), Remus Travesso (piada de mau gosto que você ri por maldade própria), Remus Sexy (sem cartão, grandes amassos), Remus Paquerador (um poema levemente sugestivo) e Remus Pensativo (algo artístico).