Harry Potter não é meu.
Nota: Fic escrita por desafio da Moony J4M e, como toda boa pokémon, eu respondi e tal.
Fic TGH (TomGinnyHarry).
Donzela
"And you think you deserve your freedom
No I don't think you do
There's no justice in the world"
Puxa o ar com força e todo o sonho se dissipa. Não há Tom, não há dança e não há flores também. Não há nada além da sensação do real. E, você ri ao pensar, é impossível que tudo aquilo seja real.
Porque sonhos são sonhos e não podem ser reais.
Sabe que é errado, mas volta a fazer. O sonho que compartilha com Tom – o sonho que Tom lhe mostra, é como uma história bonita e romântica.
No seu sonho, sempre há uma batalha pelo seu amor entre Harry e Tom. Tom sempre vence, mas Harry sempre diz que a ama, que morreria pelo amor deles e, mesmo que ela saiba que é só um sonho, acredita.
Acreditar que sonhos são reais porque a realidade não lhe encanta. E, ao invés de mudá-lo – como qualquer pessoa faria -, sonha. Fantasia sua realidade e vive nela.
Ama Tom porque ele lhe traz sonhos bons. Não importa o que acontece do lado de fora dos sonhos: na sua bolha de sonhos tudo é do jeito que deveria ser.
Harry a ama. Tom também. Ela é a donzela esperando o duelo dos cavaleiros, como as princesas em livros românticos.
O sonho se torna pesadelo e a donzela se torna o monstro, porque donzelas são damas delicadas e intocáveis, elas não ficam com as mãos sujas com sangue quando acordam, elas não perdem a noção da realidade. Elas são intocáveis.
Pensa que se livrar é o melhor a se fazer, porque precisa quebrar a corrente que a prende no mundo dos sonhos, que a prende em Tom.
Sabe que o mundo não é tão bom para uma menina tão tola – sabe o que está acontecendo e precisa se livrar de Tom. Limpar o sangue das mãos ficará mais fácil.
Volta atrás porque sabe que não vai conseguir ficar com os segundos antes dos sonhos – Harry é tão adorável em seus sonhos! Volta atrás e se pergunta até quando vai resistir e não se perder totalmente dentro dos sonhos.
Não sabe.
Harry – justo Harry – a salva de si e sorri apoiando. Como se ela fosse a irmã mais nova dele, não a namorada.
Sabe que não sonhará mais. Não com tamanha intensidade. Não será a donzela delicada, será a guerreira, a artilheira. A menina atraente e comum – não a donzela etérea.
O mundo não foi justo com ela, mas ela não foi justa com o mundo.
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