N/A¹: Primeiramente devo dizer que sim, essa fanfic tem grandes influências da série Once Upon a Time e quem assiste vai perceber algumas semelhanças. Que fique claro que não pretendo copiar nada, apenas associei o fim do Prólogo do Céu com a história série da ABC e acabou me surgindo esse plot. Espero que isso não afete a leitura de ninguém e que gostem dessa história.
N/A²: Esqueçam aquela história dos cavaleiros de bronze terem no máximo quinze anos. Digamos que aqui eles estão mais velhos. Juro que não sei o que deu na cabeça do Kurumada para alegar que eles são adolescentes com corpos de caras de dezenove, enfim. Também espero que esse detalhe não altere o gosto pela leitura.
CALEIDOSCÓPIO
Por Annie
Foi quando o clarão chocante partido das mãos, do poder daquele Deus tão mais divino, tão mais experiente que ela pairou no horizonte e em seus próprios olhos. Saori percebeu, mesmo que por alguns poucos instantes, a cegueira que tinha lhe tomado.
Todas as cores são branco. Gire um círculo colorido e ele vai esbranquiçar, isso é ciência e faz parte da vida. Vida humana, diga-se de passagem. E ela era, diga-se de passagem, humana. Mas a cegueira não era branca e, sendo franca consigo mesma, ela sabia que não foi branco o que ela enxergou. Branco foi o clarão. A ausência indefinida da cegueira foi o que ela experimentou, definindo a ciência de sua vida meio humana. O que incomodava era o ainda humana.
Engraçado saber que seu coração batia múltiplas vezes, indicando o que ainda era em contraponto a seu irmão, imponente em seu significado, que enxergava tudo, menos a humanidade como algo válido. Engraçado pensar que humanos vivem e deuses existem, mas ela não viveu ou existiu em momento algum.
Vida humana requer progresso e ela sentia falta de seguir em frente. Vida divina requer magia e ela sentia falta de poder. Vida humana pedia por amigos, mas ao invés disso ela tinha guerreiros lutando em seu nome. No final nem um terço deles procurava saber o que realmente sentia. Pensou que talvez isso a tornasse mais deusa, até perceber que eles invocavam sua divindade e faziam de tudo para mantê-la viva.
Vida é para os humanos e Saori nunca tinha vivido.
Seiya a abraçou em proteção do que estava por vir e, após se recuperar da cegueira, ela conseguiu focalizar, por alguns segundos, o olhar quente e desesperado do cavaleiro de Pégaso, prezando pelo seu bem. Seu bem, que na verdade era o bem maior de todos.
"A minha vida é sua, Saori."
Um sopro de humanidade lhe roubou um sorriso, e depois a cegueira.
Presença da ausência. Sempre foi.
N/A³: OI GENTE! Então, eu juro que só ia postar o prólogo junto do primeiro capítulo. Mas não aguentei, estava tão ansiosa! Enfim, estou voltando pros fandoms agora e espero que gostem dessa fic que estou escrevendo com todo o meu amor. Eu sei que os cavaleiros de bronze não são maioria por aqui HAHAHAHA Mas adoro eles e realmente queria escrever essa história, dar uma continuidade a última cena do Prólogo do Céu, que sempre me deixou inspirada. Por favor, comentem para que eu me inspire ainda mais, e podem esperar que vem vários projetos por aí (inclusive uma fic de namoradas, que eu nunca fiz e sempre tive vontade, mooorro de saudade delas). Beijos para todos!
