Os dois membros da Akatsuki caminhavam por uma rua pouco movimentada de um pequeno vilareijo. De repente, o mais novo para ao sentir um desconforto no estômago. Só tinha uma solução para o problema, precisava comprar algo para comer. Coloca a mão no bolso em busca de dinheiro. Nada.

— Kakuzu, me empresta uma grana. — Ele corre tentando alcançar seu parceiro que não percebeu a distância, ou se percebeu, não se importava de ficar longe do mais novo.

— Não. — O homem mascarado responde curto e grosso.

— Mas eu estou com fome. — Ele tenta convencer seu parceiro fazendo cara de choro.

— E eu com isso? Você tinha dinheiro, mas preferiu comprar uma bíblia. Não é culpa minha se você não sabe gastar.

— Seu descrente mão de vaca! Jashin-sama ainda fará você se arrepender por ser pão duro!

Ele tentou ignorar a fome e continuou seguindo seu parceiro, que fingiu não escutar a "ameaça".

~Algumas horas mais tarde~

Já eram quatro da tarde e os dois caminhavam por uma trilha em meio a um campo aberto.

— Eu não aguento mais! — Hidan desmoronou no chão. — Estou com muita fome para continuar...

— Pare de reclamar. — Kakuzu parou observando a cena.

Hidan levantou o rosto, que no momento estava no chão, para responder o colega. Reuniu fôlego para culpá-lo pela atual situação que se encontrava, porém se deteve ao ver uma pequena fazenda a poucos metros dali.

— Kakuzu, olhe! — Ele apontou esperançoso para o local.

Antes que o mais velho fosse capaz de dizer qualquer coisa, Hidan saiu correndo em direção à propriedade.

— Espere Hidan! — Kakuzu disparou tentando alcançar seu parceiro.

Naquele instante, era difícil para Kakuzu alcançar o jovem, que motivado pela fome, ignorou a pequena casa e entrou imediatamente no quintal lateral da mesma.

Chegando lá, encontrou Hidan tentando subir apressadamente em uma árvore carregada de frutos vermelhos.

— Fraco demais para continuar, não é? — Comentou observando o rapaz se sentar em um grande galho e pegar um fruto. — Eu não faria isso se fosse você...

— Ah, são só algumas... Nem sentirão falta. — Hidan ignorou o colega e deu uma grande mordida no fruto. — Que delícia! — Cantarolou com os olhos brilhando.

Kakuzu observou o jovem pegar mais um fruto e guardar no bolso, pegou outro e então, desceu parando em frente ao seu colega.

— Toma, ao contrário de você, eu não sou mão de vaca. — Ele sorriu e estendeu a mão, oferecendo um fruto ao colega. Ficou pasmo quando o mais velho bateu-lhe na mão. —SEU MISERÁVEL! NÃO PRECISA SER MAL EDUCADO!

— VOCÊ NÃO ENTENDE SEU IDIOTA! OLHA AQUILO! — Ele grita apontando para as costas do colega.

Ao lado da árvore, uma placa de madeira enfincada na terra alertava: "Perigoso! Não coma!".

— Que bobagem, não sinto nada. E além do mais, eu sou imortal, lembra? — Hidan ri.

— Se acontecer alguma coisa, não venha me dizer que não avi-

— EI, VOCÊS! O QUE PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO? — Uma senhora idosa grita saindo da casa.

— CORRE! — Hidan se desespera e então, ambos saem em disparada.

— Droga, aquele rapaz vai ter problemas... — A velha suspirou antes de voltar para a casa.

A vários metros dali, a dupla finalmente para ofegante.

—Nossa Kakuzu. Sua esposa ficou bem zangada hein? — Hidan brinca, recebendo um soco na cabeça logo em seguida.

~Algumas horas mais tarde~

Eram oito da noite e a dupla chega a outro vilareijo. Hidan sentia a cabeça ficar zonza e as pernas enfraquecerem. Mal conseguia acompanhar o parceiro, que estava a vários passos a sua frente.

— Kakuzuuu... — O mais jovem para repentinamente.

— O que é dessa vez, Hidan? — Ele se vira para o colega. O rapaz estava com uma aparência horrível.

— Eu... não estou me sentindo bem... — Ele reclama baixinho.

— Quem mandou você ser ignorante e comer aquilo? — Ele se aproxima de Hidan. — Agora arque com as consequências, seu idiota!

— ...

Kakuzu se calou e encarou o colega mais atentamente. Aquilo não estava certo, ele não revidou como de costume e Hidan não era do tipo que fugia de um barraco.

O jovem então cambaleou e foi de encontro ao chão.

— Que droga... — Kakuzu bufou.