Touch Myself
Castiel ligou o chuveiro e deixou que a água caísse em sua cabeça, fazendo os fios negros, e agora molhados, grudarem na testa, mas a água quente continuava caindo, escorregando continuamente pelos ombros, quadril, coxas e pernas, até finalmente chegar ao chão e ir embora pelo ralo.
Dean acomodou-se melhor na cama, tentando dormir, mas as paredes do maldito motel eram finas demais e ele podia simplesmente ouvir a água batendo no corpo de Castiel. Mordeu os lábios e apertou os olhos, repetindo pela milésima vez que não deveria ficar pensando no corpo do seu bom amigo anjo. Não era certo.
Colocou o travesseiro sobre o rosto, na tentativa de abafar o som, mas não surtiu efeito algum, e as imagens mentais apenas pioram sua situação 'lá embaixo'. Droga, já fazia tanto tempo que não dormia com alguém. Suspirou.
Castiel pressionou a testa na parede e mordeu os lábios. Quando era humano tinha experimento o sexo, apenas uma vez, mas ainda assim, parecia que seu corpo implorava por algum tipo de prazer, alguma coisa carnal que o fizesse... Explodir.
Ainda estava com os pensamentos longe quando sentiu a própria mão pegar com delicadeza o pênis quase desperto, apertou de leve e sentiu um arrepio subir rápido pela coluna e então o choque espalhou-se pelo corpo inteiro, amolecendo as pernas e foi impossível engolir o grunhido.
Dean arregalou os olhos e prendeu a respiração quando ouviu o grunhido baixo do outro lado da parede, foi como um incentivo para que a ereção ficasse ainda maior. Não repreendeu o desejo de se tocar ao ouvir Castiel, os gemidos baixos e contidos dele deixavam o loiro desesperado, e quando o anjo deu um grunhido mais forte, Dean foi obrigado a acelerar os movimentos, pensando que os barulhos que Castiel fazia, eram os mais sexys que já tinha ouvido.
Castiel também aumentou o ritmo de seus movimentos, o banheiro inteiro estava quente demais e o vapor não ajudava muito, apenas fazia tudo ficar cada vez mais sufocante. A sensação era tão boa que Castiel não conseguiu mais segurar os gemidos e eles estavam mais altos e urgentes agora, mas por alguma razão ele só não conseguia... Explodir.
Os quadris de Dean se movimentavam freneticamente para cima enquanto ele continuava os movimentos das mãos, acelerando mais e mais e mais, porque os sons de Castiel enevoavam sua mente e o faziam ter cada vez mais pensamentos impuros com aquele corpo leitoso.
Castiel se sentiu desfalecer, e finalmente veio, a explosão, os fogos de artifícios e as estrelas, mas ele também consegue ouvir uma voz abafada e rouca gemer seu nome do outro lado da parede.
E ele sabe. É a voz de Dean.
