A vida chata e monótona de Rose Weasley se resumia a estudos, estudos, monitoria, e estudos. Os amigos e primos da garota a diziam para aproveitar a vida ao máximo, mas o máximo que Rose fazia, era discutir com ninguém mais e ninguém menos que Scorpius Malfoy, o garoto que a "aterrorizava" possamos assim dizer, de um jeito diferente, o garoto já tentou beijar e até abraçar a garota, e o que recebia era gelatina em seus cabelos loiros, e um tapa no rosto, que geralmente fica horas vermelho, mas, naquele dia, no dia cinco de setembro, quatro dias após chegarem ao castelo, e na torre de astronomia, algo poderia acontecer com os dois.
Rose caminhava calmamente pelos corredores naquela madrugada fria, claro, tremendo um pouco, e amaldiçoando a si mesma por ter esquecido o casaco no dormitório. Chegou a Torre de Astronomia por engano, com o frio todo, acabou por trocar o caminho.
– O que faz aqui, Weasley? – A garota deu um pulo tamanho o susto e se virou, ao reconhecer a voz rouca mais conhecida de Hogwarts.
– Eu... – A garota não sabia se falava ou se mentia – Eu me perdi.
Optou por falar logo a verdade, já estava perdida mesmo. Lá vem as piadinhas – Pensou a garota
– Venha – Scorpius segurou o braço dela e andou calmamente, até chegarem a Torre de Astronomia. – Por que fica aqui? Seus primos podem achar que eu a seqüestrei.
A garota deu uma risada fraca – Nem tudo gira ao seu redor, Malfoy.
Scorpius olhou para a ruiva e tirou o casaco, colocando em volta dela – Está melhor?
Rose assentiu, sorrindo um pouco e se sentando no chão da torre.
– Mas e você Malfoy? Por que ficar aqui? Suas fãs devem estar atrás de você, não acha?
– Por mais que eu goste delas, não são meu tipo – Se sentou ao lado dela e olhou para as estrelas
– E qual seria o seu tipo? Poderia me dizer?
– Gosto um pouco das que não se importam totalmente com a aparência, daquelas que dizem não, mas que também dizem sim, gosto das duronas, são um desafio.
– Claro, tudo para você é um desafio Malfoy, mas, nem todas as garotas vão ficar sempre atrás de você, lembre-se disso. – A ruiva se virou para o loiro o encarando nos olhos – Eu gosto dos seus olhos, são cinzas, misteriosos
– Eu gosto dos seus, azuis, bem inocentes – Sussurravam, não percebendo a aproximação dos rostos, o garoto colocou a mão na nuca de Rose, e foram fechando os olhos aos poucos, até que os lábios se encostaram, e Rose, por fim, teve certeza de que foi o melhor beijo de sua vida. E Scorpius, bem, ele queria continuar ali, para sempre, e sempre.
