Eu tinha certeza absoluta de que não havia encomentado uma caixa de vibradores cor-de-rosa néon. Aliás não encomendei vibradores de cor nenhuma, diabos. Ainda assim, lá estavam eles, embrulhados, um a um em sacos plásticos, com um leve cheiro de borracha se desprendendo dos estranhos objetos. Eram muito brilhantes, e os sacos que os envolviam eram cobertos por um tipo de purpurina, também rosa.
Aquilo com toda certeza do mundo não era meu. Fechei a caixa de novo pra verificar a etiqueta de endereço do correio.
A droga do pacote havia sido colocado na minha varanda, bem na frente da minha porta de entrada, com o resto da correspondência. Logicamente era meu. Pois bem, estava parecendo que não. Olhei novamente a etiqueta do destinatário pra ter certeza que não havia lido errado e gemi.
- Oh, Senhor...Não! Não pode ser – exclamei em voz alta.
Agora mais que nunca eu desejava ter olhando o destinatário antes de abrir a bendita caixa. Ou melhor, tinha certeza de que não deveria nem mesmo ter olhado aquele pacote.
A caixa estava endereçada a Isabella Swan, que vivia no ap acima da minha casa e cuja a entrada era independente. Um apartamento que eu havia lhe alugado dois anos antes com o objetivo de ajuda-la. Nos conheciamos desde que eramos crianças, uma vez que Bella era a irmã mais velha do meu melhor amigo, Emmet.
A grande merda é que apesar de anos de amizade, eu havia começado secretamente a sentir uma maldita atração física por ela nos últimos tempos... Oh, não! Para ser honesto comigo mesmo, nas últimas décadas.
E ela tinha comprado uma caixa de vibradores? Isso era inacreditável. Quase chocante!
Abri a caixa novamente me amaldiçoando no mesmo momento por tê-lo feito. Eles eram absurdamente cor de rosa. E havia muitos eles. Para que uma mulher precisava de todos eles? Não fazia sentido. Afinal de contas, para o propósito que ela, com certeza, tinha em mente, um único vibrador bastaria. Mas, tantos assim? Essa merda estava me deixando cada vez mais intrigado. Uma vez que eu era um químico e especializado em lógica, estava convencido de que deveria existir uma explicação lógica para o fato.
Eu apenas precisava fazer um esforço e procurar entender qual era a tal explição. Deixei a caixa com a estranha encomenda sobre a mesa da cozinha, me dirigindo a geladeira, a fim de apanhar uma cerveja. Continuei pensando naquilo, buscando uma explicação racional.
Quem sabe... Sim, era uma hipótese razoável. Talves Bella tivesse feito a encomenda com algumas das amigas, assim elas, certamente, receberiam um desconto ao comprarem no atacado. Bom, aquela era uma hipotese estranha, porém plausivel.
Talvez todas aquelas peças fossem realmente pra ela mesma, então sempre haveria um ao alcance. Um em cada cômodo da casa... ri da própria idéia. Um pra deixar na mesinha-de-cabeceira do quarto dela, um na gaveta do aparador da sala de estar, um pra colocar na bolsa... Ergui a lata gelada de cerveja sobre a testa. De repente, estava ficando mais quente. Um para o banho... Que coisa! A cada instante havia uma imagem acompanhando as ideias. Isabella, os cabelos chocolates molhados descendo como cascatas sobre os seios, a água deslizando pela sua pele alva e macia da cabeça aos pés... Contrai os músculos tensos, sentindo-me desconfortável perante a imagem criada por minha fértil imaginação. Um para a cozinha? Não, simplesmente não conseguia visualizar um brinquedo sexual perto de espátulas panelas, e colheres de pau. Então, até agora, só foi capaz de descobrir quatro lugares. Mas ainda faltavam oito deles. Onde mais? Tentei imaginar outros usos para um vibrador, mas minha mente ficou em branco. Será que ela era viciada em sexo? Bem, se tivesse um vibrador em cada cômodo da casa, certamente seria. Ela não namorava fazia um bom tempo, e talvez seu corpo estivesse muito carente. Se assim fosse, ficaria feliz em satisfazer seus desejos, em dar-lhe muito mais prazer do que um objeto artificil. Porém, poderia não ser nada disso.
Talvez Bella os tivesse pedido pela internet e houvera algum engano, algum erro na entrega. Ou no tipo de pedido ou na quantidade. Talvez ela tivesse digitado o número "um"e na última hora, resolvera mudar para "dois " e esquecera de apagar o "um". O que resultara naquela caixa com doze vibradores cor-de-rosa. Sim, essa idéia era bastante provável. Poderia conviver com a idéia de ela ter comprado dois. Porém, doze era alarmente demais. Não era normal uma mulher ter doze vibradores em casa afinal de contas.
Outra possibilidade me ocorreu. Claro, a melhor amiga dela, Alice, ia se casar em brve,e a data já estava marcada. Talvez aquelas doze peças fossem para fazer algum tipo de brincadeira no chá de cozinha que as amigas fariam para Alice. É isso parecia bem razoável, também.
Oh, céus!
Havia tantas possibilidades.
Sobretudo sabendo que Bella gostava de promover festas realmente divertidas. Não que eu alguma vez tivesse sido convidado pra uma daquelas festas. Bem que gostaria, uma vez que poderia passar mais tempo com ela.
Entretanto, Bella ainda pensava em mim apenas como Edward, o perito em computadores, Edward, o jovem amigo de seu irmão. O que, supunha, ser verdade. Mas isso não me impedia de sentir uma imensa atração sexual por ela.
Diabos!
Bella é uma mulher vibrante, cheia de energia e tão entusisasmada, que me fazia sentir prazer somente de estar a lado dela. Era como se a energia dela me contagiasse e me desse mais prazer nas pequennas coisas da vida.
Uma única coisa me intrigava: não conseguia entender o que ela queria com doze vibradores. Tinha de haver um razão lógica pra aquilo.
Deixei a latinha de cerveja no balcão e suspirei. Então peguei a caixa com um sorriso sarcástico nos lábios. Iria descobrir o que aquilo significada imediatamente antes que enlouquecesse de curiosidade.
Saindo pela varanda, subi a pequena escada até a porta da frente de Bella. Quado toquei a campainha da casa dela, me perguntei se deveria passar uma fita lacrando novamente a caixa e fingir ignorância.
– Ah, não! Definitivamente, não.
Jamais voltaria a dormir se não ouvisse uma explicação para aquele pacode de prazer endereçado a ela.
Não que minha linda vizinha me devesse alguma explicação. A vida era dela e, como dona do próprio nariz, tinha o direito de comprar o que bem desejasse. Mas, conhecendo ela como conheço, ela iria se sentir na obrigação de falar alguma coisa.
Quando ouvi seus passos pela sala vindo abrir a porta meu coração começou a trovejar. Coisa normal quando estava perto dela, porém dessa vez, sentia que alguma coisa diferente estava para acontecer. Uma coisa que mudaria a perspectiva de tudo. E algo me dava a plena certeza que tinha haver com os benditos vibradores cor-de-rosa néon.
N/A: Esaa história é uma adaptação do livro de Erin McCarry. Os créditos da historia são todos dela não meus. Apenas adaptei a história para o mundo Twilight. Divirtam-se...
