1647 – Inglaterra.
Carlisle olhou para o céu. As nuvens estavam num tom de cinza escuro, não forte o suficiente para escurecer a cidade, mas a chuva já caía torrencialmente.
Porém, mesmo toda aquela água não era capaz de desmanchar a visão que estava bem na sua frente, nem de apagar o fogo que ardia nas inúmeras tochas.
Negando-se a testemunhar aquilo de novo, Carlisle prendeu os olhos no céu. A calça e a blusa grossa de lã tão cinza quanto as nuvens já estavam ensopadas. Mesmo com tão poucos anos de vida, sete no total, algo dentro dele o impedia de assistir às coisas que o pai fazia. Era difícil até se juntar à multidão, gritando e jogando lixo contra os acusados. Eles riam e debochavam, assistindo a outros seres humanos sendo queimados na fogueira.
Carlisle não entendia o que era tão divertido. Ele só sentia asco, e piedade por aquelas pessoas.
- Carlisle! – Ele ouviu seu pai gritando. O velho pastor saiu do centro da multidão, onde a enorme fogueira já estava pronta, com a bruxa firmemente amarrada. Quando avistou o menino loiro, sentado no penúltimo degrau da escada em frente á igreja, olhando o céu, se enfureceu. Resmungando em latim, agarrou o filho pelo braço e o carregou até a praça. A multidão, ávida por sangue e gritos, abriu passagem para o santo pastor Cullen, o melhor de toda a Inglaterra em destruir as criaturas malignas do demônio.
Carlisle tentava se soltar, mas o homem era bem maior e mais forte do que ele. Logo tudo o que podia ver a sua frente era a pilha de madeira, pegando fogo, juntamente com a pobre mulher de cabelos negros, gritando de dor intensa.
O garoto tentou virar a cabeça, mas seu pai a segurou firme. Carlisle tentou fechar os olhos, mas ainda podia ouvir.
Não conseguia deixar de pensar se aquela era mesmo uma bruxa, como todos diziam. Ele nunca conhecera sua mãe; ela morrera no parto. Não podia deixar de imaginar se aquela mulher tinha filhos, e se sofreriam tanto quanto ele por crescer ser uma mãe. Não, ela não podia ser; pelas histórias que o pai contava, bruxas eram criaturas más, de pactos com o demônio. Se ela fosse mesmo uma bruxa, por que pedia por ajuda e misericórdia? Por que simplesmente não chamava seu amigo demônio para a libertar?
Mas foi seu pai que disse, então alguma razão devia ter.
Mesmo assim, Carlisle fechou os olhos, e orou por ela.
Ae! Finalmente arranjei tempo e começei a escrever essa fic! Já estava com ela na cabeça a tempos...
Os proximos capitulos serão maiores, mas semana que vem eu tenho prova, e não vai dar pra escrever.
Então se vc gostou, ou não, deixe um reviewzinho ai pra mim :D
A, e não se esqueçam de ler os outros 3 Omitidos! Também são muito bons, kkk
Bjinhus!!
