Voldemort havia caído, mas alguns Comensais pareciam não querer aceitar isso. Bellatrix era uma deles, estavam todos em Hogsmeade causando caos e matando mais pessoas.
Harry, Gina, Hermione, Rony, Remo e Sirius estavam lá junto com os aurores, os Comensais estavam em menor número e a maioria já havia sido capturada. Harry ainda duelava contra dois, quando viu Gina estuporar Rodolfo Lestrange, sorriu em direção a ela, mas seu sorriso logo se perdeu quando viu Bellatrix e mais outro Comensal ainda encapuzado lançar maldições em direção a ela, uma delas era verde.
- GINA! - nem terminou de chamá-la, as maldições haviam a atingido e Harry desmaiou.
- Ele ainda não acordou? – perguntou a Sra. Weasley para Sirius.
- Não, o curandeiro está lá dentro examinando-o. Alguma noticia dela, Molly? – perguntou com ar cansado.
- Nada, Arthur está lá no Ministério, mas não adianta nós não fazemos a menor idéia do que eles fizeram. Minha filhinha simplesmente sumiu – disse ela olhando para seus pés.
- Calma, Mamãe. Nós vamos achá-la. – disse Rony que havia acabado de chegar com Hermione.
- É, Sra. Weasley... – Hermione não completou sua frase, pois o curandeiro tinha acabado de sair do quarto de Harry.
- Sr. Black? – Sirius se virou para encará-lo.
- Como ele está? Houve alguma mudança? – perguntou nervoso.
- Nada. Aparentemente não houve nenhum dano físico. Mas quanto à sua mente não posso dizer nada, só quando ele acordar para sabermos quais foram os efeitos.
- Porque ele está a tanto tempo desacordado? Já faz quase uma semana. – disse Hermione.
- Sinceramente, Senhorita, eu não sei. Em 17 anos que trabalho como curandeiro nunca vi nada do tipo. Pelo que você me disseram ele desmaiou não porque viu a maldição acertar a garota, e sim porque a acertou. – explicou ele.
- Como assim? O que quer dizer? – perguntou a Sra. Weasley olhando o curandeiro de forma intrigada.
- Que a maldição não apenas acertou a alma de sua filha, mas a do Sr. Potter também.
- Mas como isso é possível? – falou Sirius.
- Eu não sei como era a relação deles, mas deviam ser muito ligados um ao outro para tal acontecimento.
- Eles eram. – afirmou Rony que até então não havia se manifestado na conversa.
Já havia passado seis meses desde o incidente em Hogsmeade, Harry ainda continuava desacordado e ninguém sabia do paradeiro de Gina.
- Paddy, chegou uma carta para você. – disse Remo quando entrou na cozinha.
- Bom dia, meu amor. – Sirius engaçou-o pela cintura e lhe deu um beijo caloroso.
- Bom dia. – respondeu Monny depois do beijo. – Sua carta, acho que é do hospital.
- Hospital ? – ele arregalou os olhos e pegou a carta na mão e Remo. – Será que aconteceu alguma coisa com Harry?
Caro, Sr. Black
Por favor venha até o Hospital St. Mungus, tenho notícias do Sr. Potter.
Curandeiro Walker.
- O que houve, Sirius?
- Walker, disse que tem notícias do Harry. Remo, eu vou pra lá agora.
- Calma, vou com você. Só deixa eu troca de roupa.
Assim que Remo ficou pronto os dois entraram na lareira e foram para o hospital. Chegando lá correram até o andar em que Harry estava e encontraram um homem moreno e baixo os esperando.
- Bom dia, Sr. Black, Sr. Lupin. – cumprimentou-os Walker.
- O que houve? Harry está bem? – perguntou Sirius desesperado ignorando o cumprimento.
- Sim, ele acordou.
- O que? Quero vê-lo. – Sirius foi em direção a porta, mas o moreno o impediu.
- O senhor ainda não pode vê-lo.
- Como assim não posso, ele é meu afilhado. – disse se exaltando.
- Sirius, calma. – falou Remo pegando em sua mão. – Deve haver alguma razão.
- E há. Antes eu preciso falar com os senhores, alertá-los de algumas coisas. Por favor, venha até meu escritório. – eles caminharam até o final do corredor e entraram em uma porta com uma placa onde dizia ser o escritório do Curandeiro Walker.
- Então? – perguntou Sirius impaciente.
- Sentem-se, por favor. – disse gesticulando as cadeiras em frente a sua mesa.
Quando todos estavam sentados ele começou:
- O Sr. Potter acordou à uma ou duas horas atrás, aparentemente estava bem. Então fiz algumas perguntas, para ver se lembrava seu nome e coisas do gênero, ele se lembrou de tudo. – fez uma pausa para respirar. - Mas quando perguntei se tinha namorada ele disse que não, não me preocupei tanto, pois seus amigos haviam dito que ele e Gina Weasley não estavam mais namorando, então perguntei quantos filhos os Weasley tinham, ele me respondeu seis e disse que o mais novo era seu melhor amigo Rony.
Sirius e Remo ficaram o encarando como se ele fosse louco.
- O que está querendo dizer? Que ele não se lembra da Gina? – perguntou Remo receoso.
- Sim, é exatamente isso, Sr. Lupin.
- Mas como pode ele ter esquecido apenas dela? Isso não faz sentido. – disse Sirius.
- Bom, não sabemos qual foi a outra maldição lançada junto com a da morte, então não há como prever os efeitos, nem curas.
- Então ele nunca mais vai se lembrar dela?
- Não sei. Mas não podemos interferir em nada, ele tem que se lembrar sozinho, caso contrario os efeitos seriam desastrosos. Então, por favor, não falem da garota para ele.
- Posso vê-lo agora?
- Claro.
Os dois saíram e foram para o quarto de Harry, assim que entraram o viram sentado na cama olhando pela janela, absorto em pensamentos.
- Harry! – ele se virou e sorriu para eles, Sirius o abraçou fortemente.
- Sirius, tá me esmagando. – falou ele, fazendo o outro o soltar.
- Nunca mais faça isso, ouviu bem?
- É, Harry, por favor. Porque se não depois é eu que tenho que aturar ele chorando dia e noite – disse Remo, fazendo Harry rir.
- Ei, eu não chorei. – protestou ele. O que fez os dois rirem mais ainda.
- Quando é que eu vou poder sair daqui?
- Não sei, Harry. Tem que falar com Walker.- assim que Sirius termino a frase a porta se abriu.
- Olá, Sr. Potter. – disse o curandeiro.
- Oi.
- Como está se sentindo?
- Estou ótimo, já posso ir?
- Acho melhor o senhor ficar aqui até o final da tarde, pelo menos. – Harry fechou a cara, odiava hospitais. – Só para garantir que está bem.
- Mas eu já disse que estou bem.
- Calma, Harry. No final da tarde passamos aqui para te buscar. – falou Remo. – Vou avisar Rony e Hermione que você já acordou para eles ficarem aqui com você.
- É, quando eu sair do ministério passo aqui e te levo. – disse Sirius piscando para ele.
- Tá bom.
Depois que Walker saiu, Remo e Sirius ficaram mais um pouco com ele, mas logo tiveram que ir também.
- Preciso ir agora, Harry. Se não vou me atrasar e ainda tem vários Comensais soltos por ai. – disse Sirius. – Não esqueça de dizer para Rony e Hermione não mencionarem Gina. – falou essa ultima parte somente para Remo ouvir, este apenas assentiu.
Rony e Hermione chegaram ao hospital somente por volta da um da tarde.
- E ai, cara, finalmente acordou hein. – disse Rony quando entrou, Hermione lhe deu um cutucão nas costas.
- Isso é jeito de falar, Ronald? Harry, que bom e acordou, você nos deixou preocupados. – disse indo abraçar o amigo.
- É, nem me fala. Acho que não preciso dormir mais pelo resto da vida. – disse ele sorrindo.
- Quando vai sair daqui? – perguntou Rony.
- Hoje de tarde. O curandeiro quer que eu fique aqui para ver se eu realmente estou bem. – Harry falou revirando os olhos.
- Ora, ele está certo. Você acabou de acordar, e ninguém sabe os efeitos que a maldição pode trazer. – Hermione arregalou os olhos quando viu que havia falado demais.
- Que maldição? Afinal o que aconteceu Hogsmeade?
- Humm...é...você...você meio que... – Rony tentou explicar.
- Um comensal atingiu você com uma maldição desconhecida. – emendou Hermione rapidamente. Rony a encarou pela rapidez em que ela formulou aquela mentira.
- É, foi isso.
- Ah, que comensal? Como eu não o vi? – perguntou Harry os encarando.
- Ninguém sabe, ele estava de mascara e acertou você pelas costas. – respondeu Hermione.
- Alguém mais se machucou? – Rony e Hermione se olharam.
- Não, ninguém mais. – falaram os dois ao mesmo tempo.
- Vocês estão estranhos. – disse ele.
- O que? Não, é impressão sua. Apenas estamos felizes em te ver. – falou Hermione rapidamente.
- Hey, Harry, ficou sabendo? Nós estamos namorando! – falou Rony para mudar de assunto e segurou a mão de Mione fazendo ela corar.
- Serio? Parabéns. – disse ele sorrindo. – Finalmente, não agüentava mais vocês brigando.
- E quem disse que paramos de brigar? – brincou Hermione.
- Oh, não. Agora vou ter que aturar ataque de ciúmes também? – brincou ele. E os três caíram na risada.
Ficaram a tarde todo matando a saudade, apenas falando amenidades e indo muito. Lá pelas cinco da tarde Walker apareceu novamente.
- Sr. Potter, vejo que está bem.
- Sim, estou muito bem.
- Ótimo, então apenas tome essa poção e daqui a meia hora está liberado. – depois de entregar a poção a ele foi embora.
- Nossa, finalmente, não agüento mais ta aqui. – tomou a poção e ficou e sentiu uma leve tontura que logo passou então levantou-se e foi até o armário onde estavam suas coisas. Pegou-as e entrou no banheiro que havia no quarto.
Quando saiu ficou sentado com Rony e Hermione conversando enquanto Sirius não chegava.
- E ai, Harry? Pronto pra ir embora? – Sirius falou entrando no quarto.
- Sim! – Sirius riu.
- Então vamos. Vocês dois vão junto ou querem ir para Toca? – perguntou ele para Rony e Hermione.
- Vamos junto.
Os quatro saíram do quarto e foram para o hall do hospital indo em direção a porta de saída para a rua.
- Como nós vamos? – perguntou Harry.
- De carro. – respondeu Sirius simplesmente.
- E desde quando você sabe dirigir carro?
- Ele não sabe. – falou Rony.
- Ora, é claro que eu sei. E vamos logo, Remo está no carro esperando.
Quando saíram na rua caminharam mais uma quadra e pararam em frente a um Porsche Carrera preto conversível.
- Gostou?
- Uau.
- Vou encarar isso com um sim, meu padrinho mais lindo e gostoso do mundo.- disse Sirius fazendo Harry sorrir e revirar os olhos.
Todos entraram no carro e em menos de 15 minutos pararam em frente a uma casa enorme. Os três adolescente estavam de boca aberta. Sirius colocou o carro na garagem, onde havia uma moto e outro carro, uma Mercedes SLR.
- Graças a Deus, terra firme. – disse Remo quando desceu do carro, fazendo Harry, Rony e Hermione rirem.
- Como você é engraçadinho. Ah e Harry, gostou da Mercedes? – perguntou Sirius.
Dessa vez ele respondeu.
- Sim, é fantástica.
- Ótimo, ela é sua.
- O que? – perguntou arregalando os olhos.
- Presente de boas vindas. – disse ele sorrindo.
- Owo – falou Rony.
- Obrigado ! – agradeceu Harry sorrindo, ainda olhando para o carro, era lindo.
- Vamos entrar?
Subiram por uma escada que saia num corredor que os levava direto para a sala. A casa era enorme por dentro, toda mobiliada com moveis caros e coisas trouxas.
- Seu quarto é lá em cima, Harry. – disse Remo.
- Vocês vão dormir aqui?
- A gente pode? - perguntou Rony.
- É claro.
- Então, sim. – respondeu Hermione.
- Eu só tenho que avisar meus pais.
- Eu também.
- Tem papel lá na cozinha – disse Sirius apontando para uma porá no canto da sala. - Ou se preferirem podem usar a lareira.
- Tá, obrigado.
- Harry, vamos lá em cima?
- Claro.
Então Sirius, Harry e Remo subiram as escadas, o segundo andar era cheio de portas onde Sirius havia dito ser quartos e um banheiro, no terceiro andar havia quatro portar: o banheiro, uma biblioteca e dois quartos.
- Este é seu quarto – disse apontando para a primeira porta e abrindo-a.
Era bem grande e aconchegante. Havia uma grande janela com vista para o que parecia ser um rio, uma cama de madeira escura com uma TV em frente e uma armário, no lado havia duas portas.
- Lá é seu banheiro e a outra é um closet, suas roupas já estão tudo ai.
- Nossa, eu adorei. Obrigado, Sirius.
- Não tem o que agradecer, garoto. Não fiz nada além da minha obrigação. Vem.- eles saíram do quarto e Sirius apontou para a última porta.
– E aquele é o nosso quarto. – disse ele finalizando. Harry franziu o cenho.
- Vocês dormem juntos? – e então percebeu que os dois estavam de mãos dadas.
- É, bom, nós somos casados, Harry. – falou Remo encarando-o com a face corada. Harry olhou de um para o outro e então para suas mãos.
- Porque nunca me contaram? – perguntou com um que de incredulidade na voz.
Oi, gente!
Minha primeira fic H/G, espero que gostem!
Comentem, por favor. Me deixem feliz =D
Beijo, beijo.
Jady Black
