Todos os personagens abaixo pertencem a Asuka Katsura e a quem mais tiver direito, menos a mim.
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Os cabelos dela estavam desarrumados. Hagi brincava com os fios negros enrolando-os em seus dedos magros. A marca do amor feito pelo casal estava espalhada no ar, incrustada na pele seca e suada, na cor de sangue manchada no lençol e no corpo de cada um deles.
Saya descansava recostada no peito de Hagi, arranhando de leve o local que outrora fora ferido por sua voracidade de tê-lo dentro de seu corpo, socando cada vez mais forte e mais fundo. Cansada e relaxada sobre o esguio homem, ela desfrutava do calor que a pele dele transmitia para a dela. Era tão bom, tão gostoso. Se Saya pudesse ficaria desse jeito durante a tarde toda, olhando pela janela, fitando o sol primaveril até que o astro rei se despedisse para dar lugar a uma noite estrelada. Contudo, o casal não podia desfrutar de tal luxo, pois Kai logo chegaria com todo aquele seu ciúme e se encontrasse Hagi em seu quarto com certeza a casa viria abaixo. Já era difícil para o irmão engolir aquela história de namoro, quem dirá... isso! Por que ele tinha de ser tão protetor? Afinal, ela já era uma mulher, literalmente, há muito tempo, antes mesmo que ele existisse.
- Você tem que ir – Saya falou ao se mexer preguiçosamente; estava tão bom ali, agarradinha a Hagi.
- Eu sei – o amante respondeu ao fazer um cafuné no alto da cabeça dela – A que horas ele chega? – indagou.
- Acredito que dentro de uma hora todos estarão em casa. Ele ficou bem desconfiado quando eu disse que tinha um compromisso à tarde – ela respondeu aninhando-se mais a Hagi.
- Você também... – o amante falou ao esticar os braços e cruzá-los atrás da cabeça – Ainda não consegue dar uma desculpa convincente.
Saya fez um muxoxo e o agarrou mais.
- Saya – ele a advertiu.
- Só mais um pouco Hagi, depois não sei quando poderemos fazer uma loucura desse tipo outra vez – ela pediu em tom de súplica.
O cavaleiro a olhou e sorriu. Imediatamente seus braços desceram para encontrar o corpo desnudo dela e abraçá-la fortemente, fazendo seus corpos se encontrarem e se encaixarem.
- Pelo jeito você também está gostando – Saya declarou sorrindo ao sentir o membro rígido dele roçando na sua coxa lisa.
Hagi, em resposta, a puxou para cima para um beijo gostoso e repleto de amor, do jeito que Saya gostava e como ela sempre dizia só ele sabia dar.
- Hum... – ela gemeu quando ele se afastou – Temos que conversar com o papai. Eu não vou agüentar mais ficar longe de você, não quero mais viver assim.
- Nem eu – Hagi respondeu – Mas, agora precisamos levantar.
Saya demonstrou toda sua insatisfação ao projetar um bico quando sentou no colchão.
Hagi aproximou-se, por trás, e falou ao ouvido dela:
- E tomarmos um banho.
O corpo de Saya aceitou de imediato a voluptuosa proposta e ela declarou sem virar:
- Só se for agora – e ergueu-se da cama deixando seu corpo, nu, exposto para Hagi. Caminhou em direção a porta e pousou sua mão sobre a maçaneta.
No mesmo instante os olhos de Hagi arregalaram.
Saya sabia que o que estava prestes a fazer era uma insanidade, mas ela faria. Girou a maçaneta devagar e ouviu o destrancar da fechadura. Abriu a porta bem lentamente, escutando o ranger das dobradiças. Voltou seus olhos vermelhos de desejo para Hagi e saiu deixando a porta aberta.
O cavaleiro que até então parecia estar em estado de choque, acordou do transe passageiro e tropeçando no lençol levantou da cama e foi atrás da amada.
Uma gargalhada gostosa pode ser escutada quando ele a encontrou no banheiro.
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Aquele dia Riku e não Kai quase se deparou com a cena insólita de Saya e Hagi nus no banheiro de casa.
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N/A: Agradeço a quem deixar reviews. Eu realmente admiro o AMOR eterno desses dois. Bjoks;*
