Nota: Estou trabalhando numa continuação, mas ainda não tenho certeza de será outra fanfic ou se a transformarei numa fic longa com vários capítulos (talvez não vários, mas com mais alguns por aí). Resumindo, vai depender da boa vontade de vocês de escreverem reviews opinando sobre o assunto.
Que saudade de vocês!
Sinopse: Lily tropeça em mais do que pernas ou braços, ela tropeça nela mesma. Seu próprio corpo já não responde aos seus impulsos nervosos. E James Potter percebe isso de uma forma bem instigante.
Depois Daquele Tropeço
Por Marielou
Prólogo
"Eu não quero o amor,
Prefiro de tempos em tempos
Eu prefiro o gosto do vento
O gosto estranho e suave da pele dos meus amantes.
Mas o amor, hum hum, de jeito nenhum!"
(L'amour, Carla Bruni)
Andava um tanto distraída pelo segundo andar indo em direção da sua aula de História da Magia. Ela tinha o peso dos livros no braço e da infinidade de pergaminhos na sua bolsa - ela não poderia se atrasar – e lá estava ela, Lily Paris Evans, correndo contra o tempo e estando cinco minutos atrasada.
No meio do caminho algo que não estava nem de longe planejado aconteceu. Lily mantinha os olhos na porta a cinco metros dela e pensava em alguma desculpa ("problemas de monitoria" e então ela se lembrou que Remus Lupin era monitor assim como ela e provavelmente ele estaria dentro do horário. "Problemas de monitora-chefe" ela decidiu por fim), mas o que quer que ela tenha pensando em falar com o professor Binns ficou para depois.
No momento em que ela ensaiava mentalmente sua chegada (seis minutos) atrasada, algo a fez tropeçar e seu corpo foi rapidamente envolvido por mais duas pernas e braços que se enrolaram nela conforme caia ao chão.
Não teve tempo para raciocinar – ela sentiu o cheiro de suor, terra e água da bica (o cheiro dos garotos em geral) e a textura musculosa de um peitoral a amparando na queda. Quando ela olhou para cima dois olhos castanhos a olhavam de volta com a conhecida intensidade com que eles sempre olhavam para ela.
- Você está m— ela tentou dizer ou gritar, mas James Potter a calou. Lily permaneceu com os olhos abertos nos primeiros segundos que a boca de James se apertava contra a boca dela própria ainda não acreditando ou entendendo o que estava acontecendo.
Os lábios dele eram ásperos no início e suaves depois, quando não encontraram muita resistência dela. Lily já tinha sido beijada antes um bocado de vezes e ela sabia o procedimento. Fechou os olhos quando desistiu de afastá-lo, constatando ser inútil a julgar pelos músculos que a prendiam agora, e sentiu a língua dele invadir sua boca sem permissão e de forma vulgar.
"Bem, aí está você" – uma voz disse no fundo da sua cabeça – "matando aula e beijando James Potter. É isso aí!"
"Eu não posso fazer nada, ele é cinco vezes mais forte que eu!" – sua voz gritou dentro da sua cabeça.
"Use a varinha."
"Eu não faço idéia de onde ela possa estar. Talvez ele a tenha pego. Você o conhece, há dois anos tentando sair comigo. Bem, ele finalmente está tendo o que tanto quis. Quem sabe o idiota não me deixa em paz agora?"
Seu raciocínio parou quando as mãos de James tatearam por dentro da sua blusa. Um alarme irritante tocou em algum lugar, mas Lily o ignorou. A sensação da pele dele contra a pele dela fazia aquele efeito louco nela. Já não mandava nas próprias mãos ou pernas e muito menos tinha o controle dos lábios.
James descolou sua boca da dela e desceu com os lábios pela curva do pescoço – absolutamente seu lugar secreto – trilhando beijos por ali. Lily ronronava (Deus, ela ronronava!) ofegante e passiva. Ela o quis outra vez boca contra boca por isso o puxou pelo pescoço levando o rosto dele próximo ao dela outra vez. O arranhava de leve nas partes expostas dele onde a camisa amassada revelava o início do abdome. Ela se perdeu ali, músculos pela prática de quadribol desde os onze anos e ela o ouviu gemer no meio de um beijo sôfrego enquanto suas próprias mãos o exploravam.
E então tudo se dissolveu à medida que os ouvidos dela captaram risadas e alguns sons que não estavam ali um minuto antes. Ela se deu conta de que alguém assoviava e ria. Abriu os olhos para uma pequena multidão de curiosos que os analisavam surpresos, eufóricos, escandalizados.
Os dois se desvencilharam com certa dificuldade. Algo os atraía. Lily pensou ser química, ser física... tudo menos o inconcebível. Ela mataria qualquer borboleta que voasse dentro do seu estômago. Ela as aniquilaria com crueldade porque era James Maldito Potter e não qualquer outro.
Lily ouviu alguém falar algo para ela, algo como "Você está bem?" saindo exatamente da boca que a estava devorando segundos atrás. Ela balançou a cabeça, mas não gritou. Pra falar a verdade tinha alguma coisa ali, atolada na sua garganta e ela não sabia o que era. Girou o corpo 180 graus e caminhou no sentido oposto decidida que aquilo jamais aconteceria novamente.
Nota: Estou carente, depressiva, ociosa e, pra completar, com TPM. Eu preciiiso de reviews! Besones guapos!
