Ok... Essa é minha primeira fic aqui no Fanfiction... É uma idéia meio bizarra que eu tive enquanto ouvia "Malandragem da Cássia Eller. Enquanto lia "Os Desastres de Sofia" por Clarice Lispector. Pois é... Juntar as duas não é uma boa idéia... Bem, Amanda, agora não dá pra chorar sobre o leite derramado. Já postei... XP Well, whatever...

Pois é... Por causa dessa combinação meio "Explosiva" essa bagaça aqui acabou virando um Stream of Conscious LEGAL! Meu Deus!... ... Eu vou parar de falar...

Desclaimer: Hetalia - Axis Powers não - Repito NÃO! - é meu. Merda! T^T ... ... Ah! Os Refrões do começo TAMBÉM não são meus... São propriedade do finado Cazuza E da finada Cássia Eller. Ok?... Ok.


Desilusão.

Ou a primeira paixão.

Ou o nome da rejeição.


"Quem sabe eu ainda sou uma garotinha...

Esperando o ônibus da escola – Sozinha..."


- GOD! I HATE THAT COMMIE BASTARD!-

Alfred F. Jones estava no ponto de ônibus junto de seu Gêmeo – Matthew Willians.

E enquanto dito ônibus não chegava, Alfred tratava de clamar e reclamar sobre o maior desafeto de sua vida; Ivan Braginsky era uma das poucas pessoas que conseguiam mexer com os nervos de Alfred... O intercâmbista tinha o poder anormal de despertar o lado selvagem, violento até, do Americano.

Matthew apenas escutava, ligeiramente enfastiado, as já rotineiras reclamações de Alfred sobre o Russo. Sim, Ivan era muitas vezes o que Al chamava de "Creepy Bastard" e sim, Ivan era quase psicótico quando provocado. Mas Matt, que havia se tornado, de certa forma, amigo do Russo em uma das excursões do Colégio, sabia que Ivan não era má pessoa. – Na verdade Ivan chegava a se até meio tímido... Sempre muito educado.

Contudo o coração é curioso, é imprevisível e não dá reais razões para o que sente. Gosta desse joguete de sentimentos, fazendo baderna e diabo no cerne pessoal, na via-crúcis do corpo – via-crúcis d'alma. E a única coisa que os irmãos sabiam era que Alfred ODIAVA Ivan sem razão verdadeira ou justificada. E, ao que parecia, a recíproca era verdadeira... Ódio – Palavra engraçada.

Matt já estava acostumado a ouvir reclamações do Irmão Mais-Velho (Por 12 minutos, veja bem!) sobre brigas por motivos infantis, e estúpidos.

E alguns não tão estúpidos assim...

- Você nem acredita, Mattie! Finalmente eu criei coragem para chama a Elena pra sair... Adivinha o QUE ela me disse! –

Os olhos azul-miosótis de Alfred brilhavam como fogo puro, com ódio cego, Ódio puro, puríssimo.

Incrível como o Americano era infantil.

... Não. Essa afirmação tem palavras vazias e hipócritas; 16 anos, Alfred ainda era uma criança e não podia cobrar dele nada além de emoções puras. Puras e inocentes. O ódio de Alfred era inocente. E não podia se esperar nada além disso.

Matthew suspirou, a exasperação mais aparente. E o Canadense também era uma criança e suas emoções também puras e perdoáveis. Aos irmãos faltava a tão desejada malandragem, conhecimento dos caminhos intricados do coração sem jamais ter de percorrê-los, sapiência para viver a Vida sem ter de se ferir nos espinhos; insanidade – a Vida é espinhal e melindre. Malandragem de tocar o fogo e não se queimar...

Outro suspiro deixou os lábios delicados de Matt.

- Nem imagino Al... – Disse, para satisfazer ambas as necessidade do Irmão em falar e a própria curiosidade – Não na vida amorosa de Al. Mas na verdade da desilusão. Quem sabe... Quem sabe fosse essa a Saída para não sofrer do mesmo mal, aprendizado visual.

E Alfred estava louco para transferir as mágoas para outro coração, quem sabe essa fosse a Saída para não sofrer mais ainda, instilar as mágoas e o sentimento em um coração alheio ao seu, em OUTRO coração; Ainda que fosse o coração de seu amado Irmãozinho. É que criança é assim mesmo, age em um doce egoísmo e terna maldade. ... E Alfred era um menino mau.

- Ela vira e diz que já tava a fim de alguém! –

Matthew encarou o Irmão com incredulidade.

- Mas então... O que isso tem a ver com o Braginsky? –

- Well... Eu a pressionei um pouquinho – Somos amigos, ya know? E ela disse que era aquele Russky maldito! –

- Bem... Talvez ela tenha dito isso para não te dar esperanças, eh? –

- Bullshit! Por que ela não iria querer sair comigo? I'm awesome! –

É curioso como mentir para nós mesmos é... Difícil. É difícil para crianças se iludirem, colocarem barreiras para encarar a realidade como ela é. São bobas demais. Boas em demasia para conseguirem tamanha malandragem de mentirem para si. E era especialmente difícil para meninos maus como Alfred. Pois meninos como Alfred são virtuosamente honestos, singelamente sinceros, maldosamente bons. Que sensação agridoce...

- E... Eu percebi como ela olhava para ele... A Elena tá REALMENTE afim desse Russky maldito. –

Matthew encarava Alfred com uma surpresa quase cruel, surpresa crua, surpresa pura. Não era do fetil do Mais-Velho ler as pessoas.

... Talvez Alfred estivesse realmente apaixonado pela Venezuelana.

Al exibia no rosto um sorriso melancólico, fingindo ter a malandragem, aquele cinismo de homem-feito, que todas as noites rezava para ter. Não só ele, mas Matt também. Era pelo fato de rezar à noite para que lhe dessem o conhecimento da dor sem jamais tê-la experimentado que Matt sabia que Al estava sofrendo a sua primeira desilusão. O gostar, aquela paixonite de moleque – que menina (Muitas vezes mais moça que menina. Já virada em mulher) não entende. Pois o amor de um menino, ainda mais de moleque, é mais necessidade que amor. Necessidade em se descobrir como homem, curiosidade em ver a si próprio e sua sombra. E, primariamente, assombro em descobrir que há mais do que ele pensava no Mundo.

Primeiro romance de moleque é intenso porque é novidade para seu coração frágil de futuro-homem. Primeira paixão de menino moleque é pura e espontânea, mas se exaure rápido, pois se trata de furor, furor da descoberta – descoberta de que seria um dia homem.

A primeira paixão de um menino é o prelúdio da explosão da própria certeza. Certeza de que um dia estaria preparado para Amar. Para ser ele o ômega que vira alfa...

A primeira paixão, Romance de Novela!, é treino para o primeiro Amor... Para o sofrimento que vira no momento em que sentir a Dor, a Dor que nasce desse primeiro Amor tão profundo e rascante que mata! mata o menino e dele renasce o homem. Renasce Adão. Renasce pecado. Morte à Inocência! A metamorfose súbita e dolorosa e maldita e pecadora e horrorosa e perfeita. Perfeição! ... Mas por enquanto... Ainda era a Primeira Paixão. Paixão de moleque.

E a dor pungente da decepção não era pelo abandono, mas pela incapacidade que menino tinha em perder.

E Alfred sofria em dobro, não! Em TRIPLO! Pois não só fora privado do prêmio, como teve de absorver as dores da Descoberta, da Decepção e da Rejeição de uma vez...

Matthew observava a dor do Irmão, agora sua dor também, e se compadecia, com aquela empatia de criança – tornando-se mártir do Mundo.

O ônibus que os levaria para casa se aproximou, o hábito forçou ambos os Irmãos a darem sinal. Foi o hábito que os levou para o fundo do ônibus. E já sentados, Alfred observava o céu nublado, de nuvens arroxeadas e carregadas de chuva. Primavera... E o céu lembrava Alfred da Rejeição. E a Rejeição tinha nome. E sotaque. Eloqüência, forma e aroma. Tinha Sangue e Ódio. Tinha Movimento e tinha Graça e tinha Psicose fria que só os Russos têm... Tinha Vida! ... e tinha Nome.

E o Nome era Ivan Braginsky.


Ok... Termine o primeiro chap dessa bagaça que - futuramente - será um Shounen-Ai/Yaoi... Yay! (Para Yaoi Fan-Girls como eu é Yay, anyway... XP)

Ok... Esperam que tenham gostado e read & review... PLZ