Vai sonhando - Adaptação
Autor (a): Megan Maxwell
Shipper: Edward e Bella
Gênero: Romance
Classificação: + 18
Obs: Twilight pretence a Stephanie Mayer, mas a história é de Megan Maxwell.
Sinopse
Edward é um famoso jogador do Inter de Milão, cuja carreira está em ascensão até que se machuca gravemente durante uma partida. Seu tratamento e recuperação ficam nas mãos da fisioterapeuta Isabella, uma mulher batalhadora, que guarda um segredo importante e não tem qualquer intenção de começar um relacionamento sério. Mas a proximidade entre os dois e as investidas do jogador vão deixá-la completamente balançada."
Prólogo
Milão… Hotel Boscolo
Exedra
— Anda, bella, anda, que estou com pressa — insistiu Edward Masen, o famoso e cobiçado atacante do Inter de Milão, remexendo nos cabelos claros, enquanto uma moça retocava o batom no banheiro.
Tinha sido uma noite bem animada. Depois da festa de aniversário de um companheiro de time, ele tinha levado aquela morena a um hotel onde passaram horas prazerosas fazendo sexo. Mas já era de manhã e Edward queria voltar para casa.
— Vamos tomar um café?
— Não, bella. Já te disse que estou com pressa.
Vou chegar tarde.
Ao escutar aquilo, a moça fez beicinho, mas ele nem reparou: queria era dar o fora. Saíram do quarto e a paixão desapareceu por completo. Ela o olhava toda sedutora, querendo que ele pedisse seu telefone para poderem marcar outro encontro. Mas, quando chegaram à porta do hotel e ele ainda não havia falado nada, ela decidiu fazer alguma coisa.
Caprichou no sorriso e tirou um cartão da bolsa.
— Toma, fica com meu telefone.
Edward balançou a cabeça e guardou o cartão no bolso da jaqueta. Animada por ter conseguido o que pretendia, a moça passou a língua, de forma provocativa, nos lábios recém-pintados e se preparou para entrar no carro esportivo. Porém, ele se despediu:
— Ciao!, depois eu te ligo.
Desconcertada, ela o encarou. Queria ir junto aonde quer que ele fosse. Desejava que a imprensa os flagrasse e acabasse publicando uma foto dos dois juntos. Mas, no fim das contas, ela concordou, virou as costas e foi embora. Vendo que ela se afastava, Edward sorriu, entrou no carro e partiu.
Ao chegar em casa, ele cumprimentou a cadela e foi direto para a cama: estava esgotado. Dormiu algumas horas e acordou quando o despertador tocou. Então se levantou, tomou uma ducha, se vestiu e saiu para seu compromisso, pois tinha um almoço marcado.
O manobrista do restaurante o recebeu com um sorriso satisfeito. Edward tirou uma foto com ele, e o rapaz saiu feliz da vida para estacionar o belo carro.
Pelo caminho, várias mulheres o pararam para pedir autógrafo, e ele concordava com um sorriso sedutor.
Por ser um famoso jogador do Inter de Milão, "o touro espanhol", como a imprensa o chamava, Edward tinha fama, dinheiro e, principalmente, mulheres, todas as que ele quisesse e ainda mais.
Quando terminou de atender os fãs, ele entrou no restaurante e se encaminhou até onde sabia que era esperado.
— Oi, bella! — cumprimentou ele com um beijo no pescoço em uma mulher maravilhosa, de cabelos compridos e olhos de gata.
Ela sorriu. Era Tanya, uma famosa top model italiana com quem de vez em quando ele era visto.
Dez minutos depois, já estavam se devorando com o olhar enquanto desfrutavam de um prato sofisticado.
O sexo entre eles era incrível. Mas, desta vez, tinham se despedido logo depois do almoço, pois Edward estava cansado. Marcaram de se encontrar na noite seguinte. Edward acariciou os elogiados cabelos do jogador e aceitou o convite com alegria. Nem pensou duas vezes.
À noite, já em casa, o celular de Edward tocou. Ele sorriu ao atender e ouvir que se tratava de Victoria. Apenas meia hora mais tarde, Victoria e o jogador estavam se divertindo horrores no quarto dele.
Dois dias depois, enquanto dirigia na rodovia A-9 Milão- Como junto com Emmett McCarty, seu companheiro de time e melhor amigo — , Edward perguntou: — É sério que você saiu de lá com a outra sueca?
Os amigos, dois mulherengos de carteirinha, tinham concentrado a atenção em duas jovens, as duas muito atraentes, e decidiram dar a si mesmos um agradinho sexual.
— É sim, cara. Isso mesmo — riu Emmett.
Desviando o olhar enquanto entravam no Clube de Golfe La Pinetina, acrescentou: — Essa mulher estava me comendo com os olhos. Nossa, cara, a sueca era doce como um bombom. E a sua, como foi?
— Bem… não foi nada mal — murmurou Edward com um meio-sorriso, dando de ombros. Eles riram e bateram a palma das mãos.
— Você sabe quando o novo técnico chega? — perguntou Emmett.
— Ouvi que no máximo depois de amanhã.
— Charlie Swan tem fama de rígido e de ser um cara meio chato. Aliás, quando ele jogava, era conhecido como Exterminador. Pelo jeito, não deixava escapar a bola em campo, nem as beldades fora dele — continuou Emmett.
Edward sorriu. A imprensa e seus apelidos. Tinha conhecido Charlie Swan quando jogava na Liga Espanhola. Na época, Charlie treinava o Valencia, e Edward sabia por outros jogadores que ele era um bom técnico, embora severo e muito exigente.
— Ele estava treinando um time espanhol, não estava?
— Isso mesmo. Trabalhou com o Valencia e com o Atlético de Madri. E se prepare porque o Exterminador gosta muito de disciplina.
— Olha, cara, isso vai ser muito bom para o time — acrescentou Emmett.
Quando chegaram ao estacionamento do centro esportivo Alec Volturi, mais conhecido como La Pinetina, Edward parou o carro. Desceram, e outro rapaz se juntou a eles.
— O que foi, Alec? Sua cara está péssima — observou Emmett com preocupação.
— Discuti com a Jane — respondeu Alec com expressão irritada e balançando a cabeça.
Todos riram e Edward, pegando o amigo pelo pescoço, murmurou:
— Quantas vezes a gente já disse que você não tem que ficar arrumando namorada?
— Muitas… um monte de vezes… — reconheceu Alec.
Rindo muito, entraram no hotel que havia dentro do centro esportivo. Tinham jogo dali a dois dias e, por ordem da equipe técnica, ficariam concentrados. Ficaram surpresos ao conhecer o novo técnico: um homem negro, muito alto, de aparência severa. Charlie Swan os cumprimentou um por um com o rosto sério e os surpreendeu ao dizer que queria ser chamado de "senhor".
Depois de deixarem as malas nos quartos, vestirem o uniforme de treino e descerem à academia, começaram a se exercitar sob os olhos de águia do novo treinador. Edward pegou o iPad do bolso e os fones de ouvido para ouvir música, subiu na esteira e começou a correr. O esporte sempre lhe fazia bem.
Três dias depois, os jogadores estavam nervosos. A partida contra o Gênova tinha gerado muita expectativa na Itália. Os dois times queriam ganhar e seus torcedores animavam as torcidas nas arquibancadas. Charlie Swan deu instruções precisas, e seus jogadores entraram em campo. Dez minutos depois do início da partida, o Gênova marcou um gol, mas, para sorte do Inter, Emmett respondeu com um golaço após um passe espetacular de Edward.
Naquele instante, Edward caiu e imediatamente soube que algo não ia bem. Aquela forma brusca como tinha freado a corrida depois do passe ia lhe causar problemas. Uma dor intensa lhe arrancou um grito horrível e, quando olhou para a perna esquerda, a frustração se tornou ainda maior do que a dor. O jogo foi interrompido no mesmo segundo e seus companheiros correram para ver o que tinha acontecido com ele, que ficou estirado no gramado, se contorcendo de dor e soltando vários palavrões.
— Calma, cara… calma… — Emmett tentava consolar, enquanto acenava para os médicos do clube entrarem em campo.
Edward, com os olhos saltando das órbitas por causa da dor e da raiva, gritou: — Maldita dor! Porra! Ao ver a gravidade da situação, a equipe médica entrou em campo às pressas. Com cuidado, colocaram um Edward irritadíssimo na maca e, três minutos depois, desapareceram pelo túnel que levava aos vestiários. Ele foi conduzido diretamente ao hospital. Aquilo não parecia nada bom. Charlie Swan estava ao lado do jogador quando lhe deram o diagnóstico.
— Fratura de tíbia? — repetiu Edward.
Vários médicos, incluindo o responsável pelo Inter de Milão, concordaram com a cabeça, aflitos.
Edward, todo suado e com expressão de dor, fechou os olhos e deu socos na maca. Instantes depois, quando uma pontada de dor atingiu a perna e o fez gritar, ele se arrependeu.
Seth Clearwater, o médico do Inter, que o conhecia muito bem, pediu aos colegas que o deixassem a sós com o jogador e o técnico por alguns minutos.
— Bom, Edward, o que aconteceu com você foi uma lesão feia e…
— Isso é um azar dos infernos, Seth, uma grande sacanagem!
— É sim, não vou negar.
— Merda… merda… merda! — Edward gritou desesperado. — Por que tinha que ser agora?
Entendendo o desespero dele, Seth pegou um banquinho e se sentou ao seu lado, tentando acalmálo.
— Essa pergunta eu não sei te responder. A única coisa que posso dizer é que, se quisermos diminuir o máximo o seu período de recuperação, vamos ter que operar o quanto antes. Por sorte, foi só a tíbia. Se também tivesse sido a fíbula…
— Merda… merda… — Edward continuava com os xingamentos.
— Você precisa relaxar. A tensão não ajuda em nada. Deitado na maca, Edward fechou os olhos novamente e lançou a pergunta-chave: — Quanto tempo vou ficar de molho?
— Não podemos dizer com precisão.
— Quanto? — exigiu saber, vermelho de raiva.
— De quatro a seis meses — declarou Seth, alternando o olhar entre Edward e Charlie Swan.
— Merda… merdaaaa!
— Edward … escuta.
— Seis meses?! Vou perder meio ano em recuperação? Isso tudo?
— Vamos tentar que seja menos. Sinto muito, Edward, mas não posso te dizer outra coisa.
Horrorizado, o jogador cobriu o rosto com as mãos. A fúria que sentia lhe dava vontade de bater em quem quer que fosse, até que, de repente, ouviu seu técnico dizer com a voz profunda: — Filho, você precisa ter paciência consigo mesmo. Só a sua paciência e a sua luta vão te fazer ganhar a batalha. O que aconteceu é extremamente desagradável, para mim também. Você é uma das peças-chave da minha equipe e quero que esteja cem por cento recuperado o mais rápido possível. Até onde eu sei, você é um vencedor e é isso o que marca a diferença entre uns jogadores e outros. Por isso, não me decepcione, entendeu?
— Marquei a cirurgia pra amanhã. Você devia ligar pra sua família, para que não fiquem assustados.
Vão ver as notícias e… — comentou Seth.
— Tudo bem, vou ligar — concordou Edward, que começava a se conformar com a gravidade da situação.
— Quanto antes fizermos a cirurgia, mais cedo vamos poder começar a fisioterapia — disse Seth, com o objetivo de diminuir a tensão que reinava no ambiente.
Edward sabia que o médico tinha razão: não havia outra opção.
Naquela noite, do hospital, ligou para os pais, que moravam em Madri. Teve de suportar um dos chiliques de sua mãe e, depois de um tempo, enfim conseguiu acalmá-la. Só então pôde desligar e tentar dormir. Precisava dormir. Sua cirurgia seria no dia seguinte.
Quando acordou da anestesia, olhou ao redor. Não tinha ninguém naquele quarto impecável de hospital. Vinte minutos depois, Seth, Emmett e o técnico entraram para saber como ele estava.
— E aí, cara, tudo bem? — perguntou Emmett, ao se aproximar.
Edward levantou o polegar, já mais tranquilo, e desviou o olhar para o médico e o técnico.
— A cirurgia foi um sucesso, garoto — anunciou Seth. — Colocamos uma haste metálica na cavidade da sua tíbia, presa por seis parafusos. Em alguns dias você vai receber alta e então começamos com a fisioterapia.
O que estava ouvindo sobre a haste metálica e sua tíbia soava aterrorizante, mas ele demonstrou firmeza.
— Força, Edward — acrescentou o técnico. — Quero que me mostre a sua força, combinado?
— Eu prometo, senhor — respondeu ele com um aperto de mãos, como um gesto de compromisso.
...
Dois dias depois, o humor de Edward estava péssimo. Cada vez que aparecia uma enfermeira para furar uma veia, verificar o soro ou dar uma medicação, ele reclamava. Todas as enfermeiras, que de início tinham brigado para atendê-lo, já não queriam mais nem chegar perto de seu andar. Era tanta grosseria que elas começaram a pensar que o simpático jogador espanhol do Inter de Milão tinha enlouquecido.
À tarde, assim que chegou, Emmett tentou falar com ele. Se o mexicano não conseguisse lhe arrancar um sorriso, ninguém conseguiria. E, sim, Emmett conseguiu. Quando uma loira entrou no quarto, ele disse em espanhol:
— Olha, cara… uma italiana linda veio te visitar. Edward olhou para a mulher de cima a baixo: loira, o cabelo preso num rabo de cavalo meio folgado e coturnos horríveis. Surpreso pelo comentário do amigo, ele sorriu sem vontade.
— Cara, seu gosto pelo sexo oposto vai de mal a pior. Emmett olhou a mulher, que continuava sorrindo sem se abalar com aquele comentário depreciativo.
Deduziu que ela não tinha entendido nada e suspirou. De repente, o celular de Edward tocou. Ele atendeu ao ver que se tratava de uma de suas garotas. Falou com ela rapidamente e desligou.
— Leah mandou lembranças — comentou.
— Oba! Fico feliz em saber! — debochou Emmett. — Ela está na Itália?
— Não. Disse que leu a notícia da minha lesão num jornal português. Prometeu me visitar quando fizer escala aqui. E você já sabe o que isso quer dizer…
— Como você é sortudo, amigo. Ela é bem gostosa!
Continuaram com a brincadeira até que Edward reparou, de repente, que a enfermeira ainda continuava ali lendo o relatório médico de sua fratura. Cochichou para o amigo:
— Viu que bunda enorme ela tem, vestida com esse jaleco branco? E isso sem falar dos… mas onde essa mulher deixou os peitos?
— Edward … cala a boca — recriminou Emmett.
Estava exagerando. Às vezes os dois eram cruéis com as mulheres e esta era uma dessas ocasiões. Por serem dois jogadores famosos, as mulheres mais espetaculares do planeta se atiravam em seus braços. Eles só precisavam escolher. Era uma das vantagens da fama de que mais gostavam, se fossem comparar com outros aspectos que não lhes agradavam tanto.
— Mas ela não está entendendo nada — zombou Edward, passando a mão no seu famoso cabelo. — Está vendo só? Não compreende, não é, bella?
Ao ouvir aquele elogio tão italiano, a jovem olhou para ele e sorriu com satisfação. Achando graça da situação, Edward continuou: — Olha, cara, com exceção das morenas gostosas que encontrei por aí e das que já consegui o telefone, neste hospital estão as mulheres mais feias e assexuadas que vi na minha vida.
Emmett gargalhou, enquanto a enfermeira continuava olhando a perna de seu amigo e escrevia algo num tablet.
— Sinceramente, Emmett… esta não é das mais feias, mas deixa muito a desejar. Lembra quando você se machucou na França? Oh là là… naquele país sim é que as mulheres eram bonitas.
— E como eram… — recordou Emmett. — Lembra da kathy?
— E como. Peitos grandes. Bundinha empinada.
— E fogosa… — suspirou Emmett.
— Uma deusa na cama e fora dela. É desse jeito que eu gosto das mulheres: arrumadas, femininas, belas, explosivas… Não como essa pobrezinha… Você viu o cabelo dela? — Emmett fez que sim. A mulher, com um rabo de cavalo frouxo no alto da cabeça, não era nada do que seu amigo dizia. — E sem falar das botas horrorosas, brochantes.
A moça continuou com seu trabalho enquanto eles criticavam sua aparência sem parar, até que Emmett cochichou:
— É verdade, mas essa aí tem uma bunda perfeita pra levar um tapa.
— Uma bunda bem gorda, você quer dizer — Edward ridicularizou, olhando a moça que continuava do mesmo jeito. — O que você acha que ela vai dizer se eu der um tapa?
— Nada. Você é Edward Masen, "o touro espanhol", o conquistador, o queridinho do Inter de Milão. Se bater com doçura, ela vai gostar e vai te dar o telefone.
— Deus me livre, espero que não! Deram uma gargalhada e Edward olhou com malícia para o traseiro da enfermeira. Ele ia dar o tapa, mas quando ergueu a mão disfarçadamente, ouviu:— Vai sonhando!
Edward deixou a mão cair sobre a cama, e a moça de jaleco branco olhou para ele com um sorriso largo, acrescentando em espanhol perfeito: — Se passar pela sua cabeça me tocar, vou te dar um safanão tão forte que você vai voar longe, entendeu?
Os dois jogadores, surpresos, trocaram um olhar evidente de que tinham sido pegos debochando dela. Ela, apesar de tudo, não deixou de sorrir em nenhum momento.
— Se tocar em minha bunda gorda sem permissão, quando eu tocar sua tíbia dolorida com permissão, juro que vou fazer com muita doçura, porque nem os touros espanhóis nem os gatinhos como você me impressionam, ouviu bem, sr. Edward Masen?
Aquela mulher falava espanhol perfeitamente e estava entendendo tudo o tempo todo. Sem mais, ela deu meia-volta e saiu. Quando ficaram sozinhos, os dois se acabaram de tanto rir.
— Demais, cara! — disse Emmett, sem conseguir parar de rir. Os dois continuaram rindo enquanto relembravam da cena.
Hey meninas 0/
Espero que gostem de mais essa adaptação!
Em breve mais um capitulo.
Beijos, até.
