Baby, keep the tip

By: Cupcake \o/


Prólogo – Uma noite a menos, uma a mais.

Era a história de uma prostitua e um pistoleiro. A história de uma cidade. Mas acima de tudo, era um romance.

Tudo se iniciou com a caçada de ouro em direção ao Oeste nos Estados Unidos da América, século XIX.

Era uma cidade pequena, mas ainda assim era motivo de atração a turistas, por suas músicas, jogos e dançarinas. Nada muito diferente de inúmeras cidades espalhadas pelo país. Mas havia uma pequena diferença, o exótico povo que se tinha em volta da cidade, indígenas.

Por mais que turistas aparecessem, a pequena cidade era por demais pacata. Apenas animando-se quando alguma briga acontecia nos Salons. Era quando apareciam os famosos pistoleiros e seus tiroteios.

Três passos para trás e um tiro fatal.

Seguidos de um Martini, é claro.


- Marguerita querida, é sua vez de ir ao palco cantar. Sabe como eles gostam de vê-la dançando...

Uma jovem, sentada, brincava com uma taça ao ouvir o chamado, olhou para cima e sorriu docemente.

- Claro... apenas vou chamar Pepper e Miss Baileys.

Fato interessante sobre estes "nomes". Todas as dançarinas recebiam seus nomes de acordo com suas bebidas favoritas, assim como por causa de suas histórias. Mas voltando a narrativa.

A jovem levantou-se e ajeitou o empoeirado vestido esverdeado. Olhou-se no espelho e forçou um animado e sedutor sorriso, se é que tal sorriso existe.

Saiu do pequeno quartinho e andou para fora do Salom, encontrando duas moças a fofocar. Ambas belíssimas, uma trajando um vestido vinho e a outra um rosa desbotado.

Fumavam.

- Então é ai que as senhoritas se escondem?

- Como nos esconderíamos na rua, Marguerita? – A jovem de vestido cor de vinho respondeu debochadamente.

- Ué, eu mal posso sair na rua, logo, o melhor esconderijo seria na rua. Mas enfim, está na hora do pequeno show, vamos?

Respondeu calmamente, sorrindo.

- Marguerita, você ficou sabendo quem vai passar pela cidade?

- Não Miss Baileys... Alguém importante, presumo eu.

- Para a senhorita, sim. Seu irmão está voltando.

A jovem de vestido rosa desbotado não esperava que a de verde parasse de supetão.

- Co-como assim?

Miss Baileys sorriu calmamente.

- Me disseram que ele está viajando com um grupo e que vão passar para se abastecer pela região.

- Chega de papo, senhoritas. Está na hora. – Uma mulher de idade havia aparecido em frente ao trio, e neste exato momento empurravam elas para cima do palco.

Em uma balada animada, o pequeno trio dançava com as barras de vestidos em mãos, com toda a atenção voltada a seus sedutores movimentos.

Tornando o dia, já quente, escaldante.

Os jogadores de pôquer pareciam enfeitiçados, e as bebidas pareciam perder gosto. Todo o cenário tinham um quê de embriagante. Era uma cena já conhecida. Era sempre assim, até a noite cair. Danças, bebidas, jogos e propostas indecentes.

Mas assim que todos caiam no sono, as dançarinas de cabaré saiam dos braços sujos que teimavam em abraçá-las e ficavam na varanda do Salom, conversando.

Marguerita apareceu na soleira da porta e encontrou Pepper e Miss Baileys conversando baixamente.

- Decidiu juntar-se a nós, Marguerita?

- Sim, aquele Jack ronca demais. Me deixou irritada.

Elas riram. Estavam se acostumado com aquela vida, e já começaram a se divertir nela. Encontrar os pequenos prazeres.

A moça do vestido esverdeado acendeu um cigarro.

- Não acham meio triste a gente não conhecer nada sobre ninguém?

Pronunciou-se a jovem de vestido rosa desbotado.

- Eu acho melhor, assim a gente não se apega a ninguém. Acredito que seja melhor que não exista um envolvimento emocional.

Por mais ácida que a mulher de vestido cor de vinho fosse, ela ainda assim conseguia conversar sem machucar ninguém.

Sorrindo, a jovem do vestido esverdeado entreabriu os lábios para dar livre passagem para a fumaça do fumo e para suas palavras.

- Alias, Miss Baileys, como a senhorita sabia que meu irmão vinha pra cá sem saber que eu tinha um irmão? – Ela virou-se para encarar a moça de vestido rosa desbotado.

- Ouvi Kaede conversando com uma outra mulher.

O silencio tomou conta da noite, mas não um silencio desconfortável, mas que as preenchia. Mal elas sabiam que o ritual de encontrar-se após noites cansativos havia iniciado-se. Elas finalmente haviam iniciado amizades.

Elas finalmente haviam iniciado um romance.


Então galera... essa é apenas uma idéia inicial de um romance entre uma dançarina de cabaré e um pistoleiro, gostaria da opiniões e sugestões. Enfim... como é ainda uma idéia inicial, eu posso demorar pra postar, desculpem-me.

Sobre as outras fics, calma que eu logo logo posto, só faltam uns toques finais, ok?

Enfim... até um próximo capitulol!