Angels on the Moon


I. Der Kleine Vampir, bem como qualquer informação relacionada, pertence a Angela Sommer-Bodenburg e associados. Logo, esta fanfic não possui fins lucrativos.

II. Final alternativo, shounen-ai. Incomplete.

III. Rüdiger von Schlotterstein & Anton Bohnsack.


A janela aberta era um recorte branco na imensidão da noite fria e as cortinas balançavam agitadas conforme o vento zanzava por elas. Batiam com estrépito toda vez que recuavam, então voltavam a se inflar como balões. As sombras da noite estavam estendidas no chão do quarto, entrecortadas pela luz da lua. A estas sombras, se juntou mais uma: a sombra magra de um garoto. O cheiro de mofo e de enxofre recendeu por cima do de éter; o cheiro do álcool do hospital foi posto de lado, esquecido. O velho na cama não se mexeu nem mesmo quando o convidado da noite passou uma das pernas pelo parapeito da janela. Nem quando o rapaz desalinhado ficou ali, parado, com o comprido sobretudo tremulando na brisa inexistente.

O soro ao lado do leito pingava devagar, uma gota após a outra, escorregando para as veias. Os balões de oxigênio eram grandes como mísseis e estavam atracados ao rosto do velho por um respiradouro. Um lençol azul cobria a carcaça magra como a de um bicho-pau. Rüdiger achegou-se à cama, saltando com leveza para cima do leito duro.

— Anton — Ele chamou, mas não houve resposta.

Ergueu uma das mãos, com unhas compridas como garras, e desenhou o contorno do rosto do velho da testa ao queixo.

— Podia ter sido evitado.

Rüdiger deitou-se junto ao peito do velho, com cuidado. Ficou ouvindo sua pulsação e desejou estar ouvindo errado. Desejou que o bater do coração e a respiração sofrida não existissem de verdade. Que o cheiro do sangue nas veias dele fosse forte como antes; irresistível como antes, torturante como antes.

— Eu queria poder chorar.

Abraçou-se ao outro, por cima dos lençóis, escondendo o rosto e os olhos vermelhos. Não importava o quanto tentasse, as lágrimas não vinham. Não sabia o que era chorar havia três séculos. Mas nunca antes sentira tanta vontade como agora.

N/A:

E é isso, meus bons e velhos chapas.

Devo continuar essa bagaça? D:

:D amo todos vocês. xoxo;