EU SEI que eu deveria fazer o próximo capítulo de Namorado, mas isso me veio à cabeça, eu não sabia como encaixar na outra fic e o resultado foi: uma short de dois capítulos, HEASASHSHAEA
Imagem da capa encontrada no Pinterest e editada por mim.
Classificação +18, porque o segundo capítulo é hentai :B
Esse capítulo não tem nada demais, na verdade é quase fluffy HESHEASUHEAS

Fanfic postada aqui, no Nyah! e no Spirit.

Espero que gostem! 3


Bakugou não sabia desde quando vinha prestando tanta atenção em uma certa morena de sua sala, mas aos poucos percebia que o respeito que sentia por ela foi se transformando em um sentimento mais profundo. Não podia evitar de ficar a observando durante as aulas e se apaixonar pelo seu jeito. Bakugou Katsuki gostava de Uraraka Ochako.

Uraraka estava sempre com Deku e Iida, mas como o segundo era muito sério, todos apostavam que ela namorava com o garoto de cabelo verde. Mas todos estavam errados. Uraraka respeitava um certo garoto de cabelos loiros por a levar a sério durante sua luta e não a deixar ganhar facilmente. Ela chegava a sentir quando ele a encarava e gostava da sensação. Uraraka Ochako gostava de Bakugou Katsuki.

Nenhum dos dois tinha muita coragem para se declarar abertamente, mas a morena conseguiu reunir um pouco e pedir que ele a ajudasse com treinamento. O loiro fingiu não querer, mas estava extasiado de saber que ela o considerava tão forte. E quanto mais treinavam, mais fortes e mais próximos ficavam, acabando por se tornar bons amigos – o que causou estranheza na maioria dos colegas.

- Vamos, Uraraka! – ele disse a provocando durante um dos treinos, causando explosões ao redor dela. Não a chamava mais pelos apelidos maldosos, mas sim pelo seu sobrenome.

A garota não mais se desesperava quando ele a atacava com tudo. Com o tempo, havia aprendido a lutar contra o loiro e raras vezes conseguia encontrar alguma brecha para ganhar. E ele era gentil, apesar de tudo: tinha noção da diferença de nível, então não soltava explosões fortes diretamente nela, mas em pontos próximos.

- Eu estou muito cansada – disse se jogando de joelhos no chão e abaixando a cabeça.

- Mas que porra é essa? – ele disse se aproximando dela. – Quando estiver lutando contra um vilão acha que vai dizer que está cansada e ele vai parar de te atacar?

Bakugou estava pronto para soltar mais uma explosão, mas começou a flutuar. Havia chegado muito próximo da garota, que agora sorria vitoriosa.

- Ochako: 1! – ela disse enquanto fazia sua dancinha da vitória.

- E Bakugou mil – ele disse revirando os olhos.

O loiro esticou os braços para trás e ativou sua explosão, ao mesmo tempo que Uraraka juntou seus dedos e o livrou de sua individualidade, o que resultou no garoto descendo mais rápido do que deveria e indo direto ao encontro dela no chão. O impacto, obviamente, fez com que ela caísse de costas no chão com ele por cima.

- Ouch – ela reclamou. Estava um pouco corada, mas se alguém perguntasse diria que era por estar com calor de tanto treinar.

- Idiota – murmurou ainda em cima dela.

Ambas as respirações estavam pesadas por conta do treino e começavam a ficar descompassadas. Bakugou também estava vermelho – e usaria a mesma mentira da garota, se preciso. O loiro observava cada parte do rosto dela, agora tão próximo. A boca que ela parecia estar mordendo por dentro, a sobrancelha franzida, a testa suada, os olhos que o encaravam com igual intensidade.

- Você pesa, sabia? – ela disse rindo, tentando disfarçar todo o nervosismo.

- Acho que já tivemos o suficiente por hoje – ele disse se levantando e estendendo a mão para ajudá-la.

- Certo... Obrigada, Bakugou-kun! – ela sorriu e ele quis morrer.

Pegaram suas mochilas que haviam jogado em um canto e saíram da sala de treinamento, andando juntos para os dormitórios da Heights Alliance.

- Ahn... E-eu não queria abusar da sua boa vontade, mas é que... – ela começou, cortando o silêncio. – Você poderia me ajudar com uma lição mais tarde?

- Além de tudo ainda tenho que fazer a porra da sua lição? – ele disse fingindo estar bravo. Não poderia simplesmente aceitar facilmente.

- É rapidinho! Eu não entendi algumas coisas e queria ver se você poderia me explicar, só isso.

Eles já estavam na porta do dormitório. Bakugou apenas bufou alto e revirou os olhos enquanto entrava no prédio. Seguiu para seu quarto sem se despedir ou responder. Tudo que mais precisava era de um banho e descansar.

Uraraka seguiu para seu quarto também. Tomou um banho rápido e colocou uma roupa confortável. Abriu seus cadernos e tentou fazer as lições sozinha, mas havia partes que não conseguia entender, por mais que lesse com atenção. Não podia simplesmente ir para a ala dos meninos de elevador, pois era proibido e todos a veriam infringir as regras.

Após pensar um pouco, colocou o que precisava na mochila e foi em direção de sua varanda. Isso tinha que dar certo, afinal estava treinando para usar sua individualidade em si mesma havia muito tempo. Tocou no próprio braço e sentiu começar a flutuar. Mais concentrada que o normal, começou a se conduzir para outra varanda que estava naquele mesmo andar, mas do outro lado do prédio. Quando sentiu que estava segura, desativou sua individualidade e pousou levemente no chão da varanda.

A cortina da porta de vidro estava totalmente fechada, então não sabia se Bakugou já estava dormindo. Era bem provável, por conta da hora, mas decidiu assumir o risco e deu leves batidas. Poucos segundos depois, a porta se abriu com um estrondo, revelando um loiro com uma expressão assustada e nada amigável.

- Mas que porra é essa, Uraraka? – ele estava quase gritando.

- Sssshhhh! – ela o empurrou pra dentro e fechou a porta atrás de si. – Você não me respondeu que sim nem que não me ajudaria, então decidi que era um sim.

- E achou que às nove horas da noite de uma sexta-feira era um ótimo horário para isso? – ele perguntou irônico. – Você tem a porra do fim de semana inteiro pra fazer essa merda! Aliás, como caralhos veio parar aqui?

- Flutuando! – ela respondeu orgulhosa.

- Você não podia mandar a merda de uma mensagem como uma pessoa normal?

- Oh... Não havia pensado nisso – ela disse sem graça. – Mas já que estou aqui, me ajude – disse enquanto se sentava em um canto da cama do garoto.

Bakugou bufou alto e rolou os olhos novamente. Essa garota era muito teimosa, mas deveria admitir que foi bem impressionante ela conseguir ir flutuando até ali. Sentou-se ao lado dela e arrancou o caderno de sua mão sem muita delicadeza.

- Tá, qual o problema?

- Bem aqui – ela respondeu apontando para o caderno.

Passaram boas duas horas estudando juntos. Bakugou era um bom professor. Suas explicações eram boas o suficiente para que ele não precisasse ficar explicando tanto o mesmo assunto, apenas uma coisa ou outra que demorava mais para Uraraka entender e ele precisava repetir – o que o deixava um pouco irritado.

Ela estava sentada em sua cama com as costas encostada na parede, enquanto ele estava ao seu lado conferindo os últimos exercícios que ela havia feito.

- Estão certos, Uraraka. Parece que você conseguiu entender a matéria.

- Obrigada, Bakugou! – ela disse sorrindo feliz e se jogando nele para um abraço.

O garoto se enrijeceu, o que não passou despercebido pela garota. Ela sabia que ele não gostava de demonstrações de afeto, mas estava tão feliz que tinha até esquecido. Porém o garoto, na verdade, só estava controlando a vontade de fazer exatamente aquilo que sempre dizia a ela que detestava: retribuir o afeto.

Ele a afastou e colocou o caderno ao seu lado. Não havia brigado com ela como na primeira vez que ela o abraçara, não a olhava ameaçadoramente nem parecia estar pensando em explodi-la. Ao invés disso, ele a olhava com uma expressão que a garota não soube decifrar.

- Desculpe, me esqueci que não gosta de abraços – sua voz saiu quase um sussurro e ela baixou o olhar.

Bakugou não soube se foi o tom de voz que ela usou, a maneira como os lábios dela se moviam, a proximidade que eles estavam ou uma junção de tudo isso, mas a vontade de beijá-la estava muito grande. Levantou sua mão devagar e colocou embaixo do queixo dela, fazendo com que o encarasse. Ela estava começando a ficar corada com a interação, assim como ele.

- Bakugou-kun? – o chamou incerta.

A reação dele estava sendo tão estranha quanto o olhar que ele lhe dirigia. Uraraka já começava a sentir o estômago dando cambalhotas. Bakugou foi se aproximando lentamente, esperando que ela o empurrasse ou algo do tipo, mas nada disso aconteceu e ele conseguiu encostar seus lábios nos dela, se separando logo em seguida. Foi apenas um selinho, mas o suficiente para travar a mente dos dois.

Ambos sentiam que o coração iria sair pela boca, a respiração pesada e descompassada e as bochechas queimando. O loiro estava ficando arrependido, pois ela não tinha nenhuma reação. Então Uraraka o assustou quando se inclinou em sua direção e encostou seus lábios nos dele também. Nenhum dos dois tinha experiência com beijos, mas logo sentiram que precisavam aprofundar e usar a língua. Sentiam-se eufóricos por dentro, mas ao mesmo tempo calmos por saberem que tinham sentimentos correspondidos.

O beijo trazia a mais diferentes sensações, como se não fossem mais capazes de viver sem aquilo. Uraraka estava com as mãos apoiadas nos ombros do garoto e torcia para que aquilo estivesse realmente acontecendo. Bakugou estava com uma das mãos no pescoço da garota enquanto a outra a segurava firme pela cintura, não querendo que ela se afastasse tão cedo. Mas logo precisaram de ar e se separaram, mas mantiveram as testas coladas.

- Eu gosto de você – ele disse a olhando diretamente nos olhos. – Mais do que gostaria de admitir.

- Eu também gosto muito de você – ela respondeu sorrindo e ele suspirou aliviado.

Haviam sonhado com esse momento diversas vezes, mas nenhum sonho parecia tão perfeito. Bakugou sorriu de volta, um sorriso que Uraraka nunca havia visto antes, mas sabia que seria mais comum de ver a partir daquele momento.

E ele a beijou novamente. O terceiro de muitos que ainda dariam.