Labios compartidos.

Para Tainara Black.
(L)


Amor mío
Si estoy debajo del vaiven de tus piernas
Si estoy hundido en un vaiven de caderas
Es tu es el cielo, es mi cielo

Unhas de café roídas e lábios doces.

O dormitório vazio, os quadris chocando-se com força e vulgaridade. A pele negra de Blaise espalhando-se sobre a opacidade quase mórbida da pele dela.

A boca dela abria-se em um gemido baixo, fazendo com que ele entrasse com mais força dentro dela. Blaise dava para Pansy não somente prazer. Dava a ela cumplicidade, amor e fazia com que os lábios dela fossem doces novamente. Somente com ele, Pansy saberia ser doce.

- Ama-me como nunca amará a ele. – A voz de Blaise era rouca e baixa, inundada pelo prazer e pelo gosto dos lábios dela.

As unhas café arranhavam a pele negra dele, não conseguindo marcá-lo, pois ela nunca pertenceria a Blaise. Pansy nunca seria dele, nem que toda a doçura do mundo recaísse sobre os seus lábios. Ela preferia ser o amargo e pertencer a Draco.

- Você nunca terá o meu amor. Não como ele. – Ela respondeu, deixando suas unhas de café arrastarem-se sobre os braços dele, fazendo-o gemer e jogar o corpo para trás. Ele era o que ela tinha, mas não o que ela queria. Blaise era a neutralidade no meio da guerra, era o céu sem nuvens, o dia perfeito, o sol, o verão, mas Pansy preferia o inverno. Pansy preferia Draco.

- Eu já tenho, você que não sabe. – Os lábios dele calaram-se indo de encontro com os seios pequenos dela e sugando todo o prazer e a fazendo tremer e gemer de prazer. Blaise sabia que ela não tinha esse prazer todo com Draco.

Ela envolveu as unhas café nos cabelos dele, tomando os lábios dele com força, os mordendo e fazendo sangrar. Em vermelho ela manchou a pele deles, unindo-os com sangue, sexo e gemidos. Nesse momento Blaise sabia, que toda a contradição de Pansy era dele, pois ele seria o único que a faria tremer e gozar mais de uma vez por noite. Blaise era tudo que ela não queria, mas não poderia viver sem.

A cabeça dele pendeu para trás e um grito fraco saiu dos lábio dele. O êxtase, o gozo, o dilúvio de prazer que somente Pansy o proporcionava. Os lábios dela abriram-se em um sorriso, pois mesmo não querendo, ela sabia que com ele era diferente, era mais perfeito, mesmo sendo errado e não tendo futuro. Com ele era mais gozar, mais fácil gemer, mais fácil ser doce. Com ele Pansy Parkinson não era café. Era o doce, a vida, a morte, o céu e o inferno. Com Blaise, Pansy não era o que ele queria. Era o que ela era.

FIM.

N/A: O título é o nome de uma música do Maná, e o tracho da música também. xD