Alec/Jane. Incest (?). Ficlet. New Moon. Sem beta.●

Twilight© Stephinie Meyer.


Eternos

by Mello Evans


Era madrugada.

As vielas e toscanas da bela Itália estavam solitárias em um ermo.

Apenas duas figuras pequenas e diabolicamente angelicais se moviam na penumbra, lado a lado andavam sossegadamente. Ambos eram muito parecidos e androgenamente belos apesar de suas íris serem de um avermelhado opaco como de um demônio. Certamente os anjos de Botticelli eram gárgulas diante de tanta beleza.

– Jane... – Chamou o menino de cabelos escuros. Em sua face se desenhava um sorriso pensativo que se graduou mais ao olhar o céu estrelado.

– Sim, Alec? – Respondeu a angelical garota. E embora sua voz fosse monótona o tom era como um afago de respostas que saiam de seus lábios cheios e albinos.

– Nada... Esqueça. – Baixou as vistas para as pedras do caminho, arrependendo-se de ter começado tal diálogo.

A menina moveu-se graciosamente se pondo na frente daquele que lhe dirigia a palavra, espalmou suas mãos em cada lado do rosto gélido e lívido de fronte, mas para ela havia apenas quentura. – Diga-me. – Aproximou ousadamente do rosto de seu afim. Seus olhos grandes transmitiam uma intensidade descomunal. – Somos gêmeos, não? Estaremos juntos para sempre... – Assim que completou seu raciocínio, colou seus lábios delicadamente nos do irmão.

– É justamente isso. – Respondeu pesaroso. Não ofegou um minuto sequer pelo ato de instantes atrás, enfim sua condição era de vampiro. – Você nunca enjoará de mim? – Havia medo em seu questionamento.

Um riso incomumente perfeito traçou seu obliquo na face de Jane, se não fosse vampira, com certeza seria o mais belo anjo abençoado, mas naquele momento era um ser caído, condenado à danação eterna. – Claro que não. Nunca, jamais enjoarei do futuro se você estiver perto de mim.

– Tem razão. – Afagou o cabelo curto e castanho claro da irmã. – Você realmente é maravilhosa.

– Agora vamos. Senão Aro ficará chateado. – Falou segurando a mão de Alec.

E caminharam de mãos dadas de encontro ao infinito.

Eternos...

Fim.


Quem leu o livro deve se lembrar da analogia a Botticelli... Não resisti, tive de colocar.

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Editado em 30/07/2011.