Antes de mais nada, essa história será um prelúdio para uma possível saga, mas não penso em incluir os Mobiles Suits, por enquanto.
Ah! Disclaimer: Gundam Seed Destiny e seus personagens, nem de longe me pertencem, assim que se resolverem me processar. Tenham em mente que eu já paguei os royalties que devia em minha vida e em troca, poderiam adaptar minha idéias para um universo gundam qualquer... com ou sem gundam... e assim os personagens seriam meus!! hahiahiahia!
Fan Surfer
O dia começou normal
O ano é 75 depois da colonização, finalmente se fez a paz e, atualmente, as maiores diferenças entre a Terra e PLANT eram comerciais ou políticas. Ou pelo menos deveriam ser.
- Capitão! – chamou a oficial de comunicações – Engenharia e Telemetria dão seu informes. Confirmado! Está vindo direto para cá!
- Firme, todo mundo! Eu me encarrego disso! – comandou o capitão da nova nave classe Minerva, a Equilibrium.
Após os acontecimentos do final da guerra que sucedeu a queda de Jachin Due, ficou estabelecido em Z.A.F.T. que nenhuma outra nave usaria o nome da famosa nave que protagonizou um papel de salvadora da humanidade. Como o então presidente, Gilbert Dullindal desejou em sua primeira visita, no dia em que os eventos daquela guerra deram início, aquela nave escreveu seu nome na história, assim como a Archangel, com que desempenhou um feroz combate. Tal como gêmea da famosa, a Equilibrium contava com um exército de trabalhadores capazes em suas funções. Os melhores de suas posições, sendo que a maioria desses haviam trabalhado diretamente na Minerva. A maior contradição era seu capitão, Kira Yamato que, embora possuíra um papel decisivo em duas guerras, apenas estava se acostumando à poltrona de capitão. E logo teria um desafio de alta magnitude.
- Contato em... 5...4...3...2...1 – informou a oficial.
As portas da ponte se abriram para a fúria de seu tenente, que olhava a todos da ponte como se pudesse atacar seus amigos se ousassem dizer-lhe "bom dia". do mesmo modo, fez uma torpe saudação militar, enquanto era cuidadosamente estudado por seu capitão.
- No meu escritório, tenente – falou Kira, encaminhando se à sala adjacente.
Mal passaram da porta e o jovem tenente explodiu.
- Você está de brincadeira comigo! É alguma piada?! Por que se for, não encontro a mínima graça!
Seu tenente tinha a incômoda mania de esquecer completamente cargos e hierarquia quando estava irritado e dessa vez, estava furioso. Não é que se importasse, com o fato de serem amigos, mas algumas vezes só gostaria que ele o reconhecesse como superior, mas não havia nada que se pudesse fazer.
- Pelo visto, nossas novas ordens estão descendo a cadeia de comando – resolvera brincar o comandante maior, recebendo de volta um olhar gélido de seu companheiro – Ta legal, péssima piada. Mas não muda o fato de que essa são nossas ordens. Por favor, tente compreender.
- É muito fácil para você falar isso! Sua família e amigos estão lá! Eu perdi a minha lá! Eu não irei nessa missão. Solicito férias! – cuspiu o tenente, com seu evidente pouco controle se esvaindo.
- Sabe que não posso fazê-lo agora, você tem sua logística preparada para suas férias coincidirem e ela me mataria se eu te deixasse jogar tudo no ventilador.
- Nesse caso, solicito transferência!
- Negado – disse Kira – precisamos de você.
- Solicito baixa – mandou de volta sem pestanejar.
- Vai mesmo jogar uma carreira promissora por causa de uma missão? Você assumiu uma responsabilidade, cumprá-a.
- Farei o que for preciso para não ficar estacionado naquela maldita ilha!
- Você cresceu naquela ilha!
- Mais um motivo – disse secamente.
Enquanto o capitão e seu subordinado discutiam, algumas telas haviam se acendido e a maioria do pessoal da ponte podia ver seu capitão enfrentar seu primeiro desafio na nova função: separar vida pessoal e profissional e tentar racionalizar contra Shinn Asuka.
Enquanto a discussão corria solta no escritório do capitão, as portas da ponte novamente se abrem para a passagem da tenente Lunamaria Hawke, que parecia extremamente interessada com o desenrolar da história.
- Nada ainda? – perguntou a garota de cabelos rosa, parecendo uma adolescente pega em situação embaraçosa.
- Nada. Mas ele não tem chance. A única maneira de convencê-lo seria em batalha, com o Freedom desarmando o Destiny e o puxando pela orelha pelo campo de batalha sob risadas de todos os outros – gracejou o Comandante e segundo oficial da nave, Arthur Gillian.
Apesar da tensão envolvida, todos riram com gosto da piada. Ainda que não fora das melhores, essa era uma das alegrias da equipe da Equilibrium, poder rir das circunstâncias pelas quais passaram há pouco mais de 1 ano. Como amigos; como irmãos de armas.
- Seu Maldito!! Como você não pode dar conta de um problema desse? – um grito se fez ouvir no escritório, via auto falante; em uma tela próxima, uma ameaçadora imagem aparece, calando os dois. E ambos se sentiram como crianças sendo flagradas em uma travessura. Não importava que eles houvessem combatido lado-a-lado, nem que o capitão Yamato, então sem treinamento, o tivesse vencido diversas vezes: esse era o efeito que Izaak Joule causava nas pessoas.
- Ei! – começou o oficial de maior patente – Eu disse que podia cuidar disso.
- Um caralho que pode!! Você pode até dar uma surra em todos no campo de batalha, mas você está no comando de uma nave, agora.!! Faça valer seu respeito!! – Gritou Joule.
- E quanto a você, tenente...Ficará uma semana na solitária da base para esfriar a cabeça... e depois irá ficar estacionado em ORB junto com a equipe da Equilibrium, nem que eu tenha que levar você com a Voltaire! E considere sorte se eu não resolver usar você como escudo de calor para a minha nave. – sentenciou o eternamente furioso capitão Joule.
- Sim, senhor! – respondeu com voz firme, o tenente Asuka. Mal terminou, e um grupo de soldados estava pronto para escoltá-lo à prisão. Nada de novo na sua folha corrida. De fato, apenas uma prisão desconhecida.
- Shinn – sussurrou Lunamaria, ao vê-lo passar. O jovem a olhou e aparentando uma pessoa completamente diferente de antes, disse-lhe: "nos vemos em alguns dias", deixando algo em suas mãos e voltando à escolta dos guardas.
- Pelo visto, a bela é capaz de acalmar a fera – voltou à carga, o comandante Gillian, causando uma súbita mudança de tom nas bochechas da bela tenente. Olhando para a tela onde viam o sermão que o experiente capitão Joule passava no convertido em pobre coitado Kira Yamato, capitão da Equilibrium e seu oficial superior, disse – Devemos tentar com o Capitão Joule?
Nas faces de todos os membros da ponte desmanchou-se em um largo sorriso maléfico enquanto todos diziam em tom irônico.
- Nãããããããããooo!
