Capítulo 01

# Edward POV #

- Edward, por favor... – Bella falou, sua voz não soando mais que um fraco gemido.

- Por favor? – perguntei sorrindo maliciosamente e olhando bem em seus olhos – Isso é o melhor que você pode fazer? Vamos lá, Bella. Eu sei que você é melhor do que isso. Me diga o que você quer, e você terá.

Bella se contorcia e serpenteava em baixo de mim, tentando soltar suas mãos, que eu mantinha presas sobre sua cabeça com apenas uma das minhas mãos, enquanto a outra passeava despreocupadamente pela lateral do seu corpo, chegando perto do seu seio, e voltando ao seu quadril, sem tocar em nenhuma das partes que eu sabia que ela tanto necessitava.

- Eu quero você Edward... – ela gemeu novamente – Por favor...

- Mas eu sou seu, amor. Completamente seu.

Eu mantinha suas mãos presas, meu corpo pressionando o seu, limitando todos os seus movimentos. Eu podia sentir seu coração acelerado e sua respiração ofegante. Mais do que isso, eu sentia os seios de Bella contra a minha pele, rígidos, suplicando pelo meu toque.

Mas principalmente, eu podia ver o olhar faminto de Bella. Eu sabia que ela estava em seu limite, assim como eu estava no meu, mas eu adorava provocá-la dessa maneira. Eu adorava ouvi-la suplicar pelo seu alívio.

Bella estava completamente nua em baixo de mim. Totalmente exposta para os meus olhos, também famintos. E céus, como ela era linda. Sua pele alva, seus cabelos macios, seus olhos de um delicioso tom de chocolate, que agora estavam completamente escurecidos de desejo.

Ela era perfeita. Cada curva no lugar certo, cada parte dela exatamente desenhada para me fazer perder o controle. E como eu adorava perder o controle...

- Edward, eu quero você dentro de mim... – ela falou já impaciente.

Minha mão livre desceu novamente pela lateral do seu corpo, serpenteando na direção de suas coxas, apertando-as levemente. Bella gemia e se contorcia em baixo de mim, buscando algum atrito. Eu passeei lentamente pela parte interna das suas coxas, me concentrando em não tocá-la ainda.

- Edward por favor... – Bella implorou mais uma vez.

No mesmo instante minha mão subiu mais um pouco, como se tivesse vida própria, passando pela sua região sensível e completamente úmida, tocando-a levemente, quase como uma inocente carícia, fazendo com que Bella arfasse e empurrasse seu quadril para cima, buscando um pouco mais de contato.

- Calma baby. Nós temos toda a noite...

Eu queria prolongar aquilo por mais tempo, mas eu também estava no meu limite. Eu também precisava daquele contato. Tanto quanto Bella. Eu sentia que o jeans que eu ainda usava estava prestes a explodir, tamanha a minha excitação. Eu realmente não agüentaria muito mais daquela brincadeira.

- Edward eu preciso de você dentro de mim agora!

Com essa declaração Bella levou embora o restante do meu autocontrole. No segundo em que ela terminou, minha boca voou em direção à sua, assaltando-a num beijo quente, selvagem, quase desesperado, enquanto minha mão massageava seu clitóris, já completamente molhado. Bella se contorcia e gemia em minha boca, seu quadril se lançava em direção ao meu, me fazendo desejar ainda mais estar dentro dela.

Eu soltei suas mãos e ela as levou imediatamente aos meus cabelos, enterrando-as ali e me puxando ainda mais para si, enquanto eu tratava de me livrar da minha calça, jogando-a em qualquer lugar, de qualquer jeito.

Interrompemos o beijo em busca de ar, mas meu corpo se recusava a se afastar do dela. Minha boca percorreu todo o seu pescoço e colo, parando em seus seios, beijando-os, lambendo-os, sugando-os, enquanto Bella arqueava seu corpo em direção a mim.

- Eu não posso mais... – falei derrotado.

Voltei a beijá-la enquanto abria levemente suas pernas para me acomodar ali. Imediatamente senti Bella enlaçar suas pernas em meu quadril, ficando ainda mais aberta para mim.

Deslizei lentamente para dentro dela, soltando um gemido involuntário.

- Tão quente. Tão molhada. Tão pronta pra mim...

Lentamente eu saí de dentro dela, completamente, antes de voltar a entrar. Bella me apertava e me puxava mais para si, enquanto eu tentava me concentrar em prolongar aquele momento. Seus olhos estavam cerrados, seu rosto levemente franzido, contorcido em seu prazer, enquanto ela apenas gemia o meu nome.

- Forte Edward – ela gemeu – Mais forte.

E eu prontamente atendi seu desejo, voltando a entrar e sair dela, cada estocada mais forte que a anterior, indo cada vez mais fundo dentro dela, como eu sabia que ela gostava. Minha boca assaltava cada pedaço de pele que conseguia alcançar. Minhas mãos massageavam seus seios com firmeza.

- Porra Bella! Você é tão...

Antes que eu conseguisse terminar a frase, a boca de Bella encontrou a minha, num beijo urgente e cheio de desejo. Eu sentia suas delicadas mãos segurando firmemente os meus braços, enquanto ela rebolava em baixo de mim. Seus movimentos fortes, quase descontrolados, e eu sabia que ela estava perto.

Eu segurei seu quadril com uma das mãos, me dando mais apoio, e aumentei ainda mais o ritmo, entrando e saindo dela, cada vez mais rápido, cada vez mais forte. Mais algumas estocadas e eu senti as paredes de Bella se contraindo, enquanto ela se empurrava ainda mais em minha direção, se libertando, e me levando junto com ela.

Fiquei ali, dentro dela, por mais algum tempo, apenas sentindo-a pulsar em volta de mim, enquanto a observava. Bella ainda tinha os olhos fechados, mas sua expressão agora estava completamente relaxada, e um sorriso brincava em seus lábios.

- Sabia que você fica linda depois disso?

- Para com isso Edward! – ela reclamou, enquanto tentava esconder seu rosto completamente corado.

- Eu te amo Bella – falei me deitando ao seu lado e puxando-a para deitar no meu ombro, como ela gostava de fazer, enquanto minha mão passeava displicentemente pelas suas costas, num suave carinho.

- Eu te amo mais...

- Impossível – eu ri.

E era impossível. Se Bella tivesse a mínima ideia do amor que eu sentia por ela, eu acho que ela fugiria de mim, me achando um maluco ou coisa pior. Às vezes nem eu mesmo entendia direito como era possível eu sentir tanto amor por uma pessoa só. Bella era minha vida.

- Amanhã é o seu aniversário – ela falou, me tirando dos meus pensamentos – Já pensou no que quer ganhar de presente?

- Eu já ganhei – falei dando de ombros.

- Já ganhou? – Bella me olhou, confusa.

- Sim. No meu último aniversário, ano passado, na minha festa, quando você aceitou ser minha namorada. Aquele foi o melhor presente que você poderia ter me dado.

- Não seja bobo, Edward – Bella riu com a lembrança.

*Flashback*

- Edward! Edward! – A voz de Alice soou em algum lugar no meio da multidão, sobrepondo-se à música que tocava.

Eu olhei à minha volta procurando por ela, mas não a encontrei. A sala da nossa casa estava tomada de gente. Mais uma festa de aniversário que Alice preparara pra mim, mesmo eu tendo deixado claro que não queria outra festa cheia de gente que eu mal conhecia.

Estávamos morando em Forks há dois anos. Minha mãe estava cansada da vida em Chicago, e queria morar em alguma cidade pequena, onde não houvesse tanta gente, e a pequena cidade com população de 3.120 habitantes parecia perfeita para ela.

Nos instalamos rapidamente. Carlisle já tinha providenciado uma boa casa antes mesmo de chegarmos. Nos matriculamos na escola (a única da cidade) e levávamos uma vida normal. Apenas o início havia sido um pouco... er... complicado.

Cidade pequena. Todo mundo conhece todo mundo. Nós éramos novidade. Meus irmãos, Alice e Emmett, tiveram a sorte de trazer seus pares. Os irmãos Hale, Jasper e Rosalie, gêmeos. Quando nos mudamos eles vieram conosco. Carlisle prometera aos seus pais que cuidaria deles. E todos sabiam que Emmett e Alice não aceitariam se mudar se tivessem que deixar Rosalie e Jasper para trás. Carlisle os ajudou a encontrar uma casa bem próxima à nossa e Esme os ajudou a se instalar.

Então, acabou sobrando pra mim. O único novato desacompanhado. Foi difícil no início. Todos os garotos tentando o lugar de "melhor amigo do novato". Para ganhar alguma garota, claro. E todas aquelas garotas se jogando pra cima de mim. Não que eu não gostasse disso. E pra falar a verdade eu não gostava mesmo. Não gosto de garotas atiradas demais, que não te dão a chance de tentar conquistá-las. Eu gosto de desafios. Mas por aqui não havia nenhum.

E aqui estava eu. No meio da minha festa de aniversário, segurando um copo de wisky que Emmett tinha me empurrado. Na mesma situação. Ou quase na mesma situação. Pelo menos agora ninguém tentava mais o posto de "melhor amigo", mas eu ainda precisava me esquivar de algumas garotas.

A sala da casa havia sido transformada em uma pequena boate. Ideia de Alice Cullen, que quando se tratava de organizar uma festa, ela se transformava em uma perigosa força da natureza. Eu ainda não entendia como uma garota tão pequena era capaz de uma coisa tão grande.

Havia gente em todos os lugares, dançando, bebendo, conversando. Se pegando. Tudo parecia normal, pra uma festa. Eu é que parecia estar no lugar errado. Tudo o que eu queria era acabar logo com aquilo. Sair dali. Ficar quieto no meu quarto. Mas eu não podia. Minha mãe me mataria se eu fizesse isso com "meus convidados".

- Edward! Edward! – ouvi a voz de Alice chamar novamente.

Olhei novamente à minha volta e a vi, correndo em minha direção. Ou seria saltitando?

- Edward! Finalmente te achei – ela começou a falar tão rápido, que eu entendia apenas pelos anos de prática e convivência que eu já tinha com ela – Estava te procurando há um tempão. Onde você se meteu? Não pode sumir assim na sua própria festa de aniversário. As pessoas estavam te procurando pra te dar os parabéns e eu não sabia o que dizer a elas e...

- Alice calma! Respira.

Ela parou de falar no mesmo instante e respirou profundamente, voltando a sorrir pra mim.

- Agora, com calma, me diga. Você estava me procurando para...?

- Ah, sim. Claro. Lembra da garota que eu te falei, que se mudou para cá essa semana?

- A garota de Phoenix – falei entediado – Sei. O que tem ela?

- Então. Ela também é nova na cidade, como nós. E ela está em algumas das minhas aulas. Eu conversei com ela, e decidi que ela será minha melhor amiga. – Alice saltitava enquanto falava.

- E...?

- E eu pensei que, como ela é nova na cidade e não conhece ninguém, eu achei que seria uma boa trazê-la para a festa e apresentá-la a algumas pessoas.

- Alice... Você organizou essa festa. Você pode convidar quem quiser. Não precisa da minha permissão. Traga a garota, se quiser.

- Na verdade eu já trouxe. Eu só queria te apresentar a ela...

Alice deu um passo ao lado e eu pude ver a garota que estava atrás dela.

Ela era... linda. Pele clara, cabelos escuros, os olhos cor de chocolate, com um brilho singular. Não eram daquele tom sem graça de castanho que se costuma ver por aí. Eles eram... diferentes. Ela era tão pequena quanto a minha irmã, e usava um vestido azul, que fazia um perfeito contraste contra sua pele alva. Mas o que mais chamou a atenção foi a forma como ela corou, assim que eu olhei pra ela. O tom levemente rosado que tingiu o seu rosto nesse momento a deixou ainda mais adorável.

Diferente. Ela era completamente diferente das outras garotas da cidade. Ela estava visivelmente incomodada com aquela situação, visivelmente envergonhada por estar ali na minha frente. E isso só me fez ainda mais curioso a respeito dela.

Eu não sabia o que estava acontecendo ali, mas naquele instante parecia que toda a festa tinha sumido. Eu não ouvia mais o som do DJ, não sentia mais o cheiro de perfume e álcool que estava ali há pouco, nem havia mais a vontade de sair dali. Eu apenas queria ficar olhando para ela.

Algum tempo depois, e eu não tenho idéia de quanto tempo se passou, eu ouvi a minha irmã limpando a garganta ao meu lado, me tirando do que parecia um transe. No mesmo momento a garota desviou seu olhar, fitando o chão timidamente, seu rosto ficando ainda mais vermelho. Eu não sabia nada sobre ela, mas me parecia que ela estava prestes a sair correndo dali.

- Edward, essa é minha amiga, Isabella Swan.

- Muito prazer, Isabella – eu falei estendendo a mão em direção a ela.

- Er... Bella – ela corrigiu timidamente.

Bella. Um nome perfeito para ela.

Ela apertou minha mão educadamente, mas no momento que nos tocamos uma corrente elétrica percorreu meu braço, me fazendo soltá-la imediatamente.

Eu não entendia o que estava acontecendo. Quem era aquela garota, e o que ela tinha pra me fazer sentir tão estranho? Eu não sabia por que, mas eu queria conversar com ela, conhecê-la melhor. Saber por que ela era diferente das outras garotas daqui.

- Bem, agora que já se conhecem, nós precisamos ir – Alice falou e saiu arrastando Bella, ignorando meus protestos.

Ótimo Edward. Pelo menos essa garota não parece que vai pular em cima de você. Ao contrário. Agora ela deve estar achando que você é maluco.

Fiquei ali por mais algum tempo, olhando em volta, tentando encontrar Alice e Bella, mas eu não as via em parte alguma. Talvez tivessem ido embora. Talvez tivessem saído com Jasper e com mais alguém. Não. Ela não parecia esse tipo de garota.

Mais uma hora havia se passado e nem sinal das duas em lugar nenhum. E eu desisti de procurá-las. Talvez Alice já a tivesse levado pra casa. Já passava da uma hora da manhã. Alice devia estar com Jasper agora. E eu acho que se saísse de fininho ninguém perceberia minha ausência.

E então eu a vi. Através da grande parede de vidro eu a vi, sentada na varanda da casa, em nosso balanço. Ela estava sozinha, um pouco encolhida, talvez pelo frio, olhando perdida para a floresta escura à sua frente.

Como se tivessem vontade própria minhas pernas rumaram imediatamente em direção à porta de saída. Eu precisava ir até lá. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas sentia como se um imã me puxasse em direção àquela garota. E era inútil lutar contra isso. Mesmo se eu quisesse lutar.

Caminhei devagar pela porta e cruzei a varanda, sentando-me ao seu lado no balanço, fazendo com que ela quase saltasse pelo susto. Parabéns Edward!, me repreendi mentalmente.

- Desculpe. Eu não queria te assustar.

- Não, não. Sem problemas. Eu é que estava meio distraída. Tá tudo bem.

- Não está gostando da festa?

- Oh. Me desculpe por isso. Alice me convidou, disse que era uma festa apenas. Eu não queria entrar de penetra. Se eu soubesse que era uma festa de aniversário eu não teria vindo.

- E aí a festa não teria a menor graça...

Bella me olhou confusa, e depois desviou o rosto, que agora estava completamente vermelho. Mas o que diabos eu acabei de falar? Eu estava completamente maluco. Isso era fato.

- Er... Desculpe... Geralmente eu não falo tanta besteira assim...

- Tudo bem – ela respondeu ainda fitando o chão.

- Onde está Alice? – tentei mudar de assunto.

- Eu não sei. Ela ia me levar pra casa, mas disse que tinha que falar com Jasper antes e eu fiquei aqui esperando. Eu acho que ela me esqueceu...

Bella riu meio sem graça. Eu sabia que isso era bem possível. Alice não era uma má pessoa, mas ela realmente esquecia do mundo quando estava perto de Jasper.

- Eu posso te levar pra casa, se você quiser...

- Você não pode. É sua festa de aniversário. Você não pode sair assim...

- Na verdade, tudo o que eu quero é sair daqui. Eu não queria uma festa de aniversário. Eu não gosto muito de festas, mas Alice não me ouve. Isso tudo foi idéia dela.

- Eu imagino – ela riu, e o som cristalino do seu riso encheu o ar, como uma melodia pra mim – Mas ainda tenho algum tempo antes de ter que voltar para casa. Posso esperar Alice voltar.

Ficamos ali durante algum tempo apenas conversando. Bella tinha acabado de chegar a Forks. Viera morar com seu pai depois da morte da sua mãe. Ela era filha única, e não tinha outros parentes além do Chefe Swan, e como ainda tinha 17 anos não podia morar sozinha em Phoenix e teve que vir para cá.

Ela realmente era uma boa garota. Mesmo com a morte da sua mãe, ela não reclamava da própria sorte. Ela era grata por poder ter o pai ao seu lado. Ela era incrivelmente altruísta, sempre pensando nos outros antes de si mesma. E isso era realmente apaixonante.

Mesmo em pouco tempo de conversa eu podia dizer que já a conhecia muito bem. Bella era como um livro aberto. E a cada minuto que eu passava ao seu lado, eu desejava poder ter ainda mais tempo perto dela.

- Parece que Alice não vem mesmo – ela falou e se estremeceu levemente devido ao frio.

Ótimo Edward! A garota quase congelando na sua frente e você nem pra fazer nada. Ótimo começo!

- Está frio aqui fora – falei tirando minha jaqueta e colocando-a sobre os ombros de Bella, que sorriu em resposta.

- Obrigada. Mas eu preciso mesmo ir agora.

- Tudo bem. Eu te levo então.

- Não! – ela protestou – Não é necessário. Fique na sua festa, eu posso arranjar um táxi e...

- Bella... Você não está mais em Phoenix querida. Forks não deve ter mais de três táxis ao todo. Já seria um milagre encontrar um durante o dia, imagina às... – olhei meu relógio rapidamente, e me assustei com a hora – cinco e meia da manhã?

Uau. O tempo voara mesmo. As horas tinham se arrastado muito lentamente até a hora em que eu encontrei Bella. E agora o relógio resolvera começar a correr, diminuindo o meu tempo com ela. E eu desejei poder parar o tempo apenas para ficar um pouco mais com ela.

- Sério. Eu te levo. Só me deixe pegar a chave do carro, ok? Eu volto num minuto.

E então eu corri. Eu a deixei na varanda me esperando e corri feito um louco até o meu quarto para buscar as chaves. Porque diabos eu não mantinha minhas chaves sempre comigo? Desci as escadas correndo, e passei por um Emmett que me olhava curioso e gritara algo como "onde é o incêndio?" mas eu não pararia pra falar com ele agora. Eu tinha alguém me esperando.

Eu guiei Bella até o meu carro, abrindo a porta pra ela e estendendo a mão para ajudá-la a entrar. Ela me olhou curiosa, mas não falou nada. O caminho até sua casa foi feito em silêncio. Eu sabia onde ficava. Todo mundo sabia onde morava o Chefe Swan, então não foi preciso que ela mostrasse o caminho.

Mas quando o carro parou em frente à entrada de carros da sua casa eu senti meu coração apertar. Eu não queria me afastar dela. Não queria me despedir ainda. E pela maneira como ela suspirou e permaneceu parada, eu apostaria que ela também pensava o mesmo.

- Feliz aniversário – ela falou quebrando o silêncio.

- Quase – eu respondi.

Bella me olhou curiosa. Ela não tinha entendido o que eu quis dizer com aquilo. Na verdade nem eu tinha mais certeza de nada. De quase nada. Eu tinha certeza de uma coisa. E jesus! Eu devia estar completamente fora de mim pra apenas pensar nisso. Mas eu precisava fazer!

Sem pensar em mais nada eu me virei para Bella e peguei seu rosto delicadamente em minhas mãos. Ela apenas me olhou, seu rosto levemente corado, mas não relutou. E isso era o que eu precisava para ter certeza do que eu faria agora.

Bem devagar eu aproximei meu rosto do seu, olhando em seus olhos, e vendo-os me fitando de volta, tão profundos. Então olhei para sua boca, e a vi morder levemente seu lábio inferior. Aquilo me pareceu tão inocente, e tão erótico ao mesmo tempo...

E então meus olhos se fecharam e eu senti seus lábios pressionados contra os meus. Não foi um beijo apaixonado, nem nada desse tipo. Foi apenas um roçar de lábios, num beijo quase estalado, mas que ainda assim eu não conseguia me lembrar de outro beijo tão bom em toda a minha vida.

Quando nos afastamos e eu abri meus olhos eu vi Bella ainda com seus olhos fechados, e um leve sorriso em seu rosto, o que me fez sorrir involuntariamente. Ela era realmente linda. E céus! Eu poderia estar apaixonado por aquela garota que eu acabara de conhecer? Isso era mesmo possível?

- Feliz aniversário – ela repetiu ainda com os olhos fechados.

- Obrigado. Mas ainda falta uma coisa.

- Uma coisa? – ela voltou a me olhar, curiosa.

- Claro que sim – eu falei sorrindo – Eu não sei como é em Phoenix, mas em Forks você não pode ir à festa de aniversário de alguém e não levar nenhum presente...

- Oh... Eu... Eu... Me desculpa, eu não sabia da sua festa e... Bem, eu... Eu posso er...

Seu rosto assumira um tom de vermelho que eu jamais tinha visto antes. E ela ficara impossivelmente mais bonita. Bella estava completamente envergonhada, e eu sabia que se houvesse um buraco no chão ela se jogaria dentro dele sem hesitar. Mas eu precisava seguir em frente com meu "joguinho".

- Mas ainda está em tempo Bella.

- Está? Cl... Claro que está. Eu posso comprar um presente pra você e... Bem, eu sei que será um pouco atrasado, mas eu vou te dar um presente de aniversário e... Eu não te conheço muito bem, mas tenho certeza que Alice me ajudará a escolher alguma coisa e...

- Bella, calma – eu ri, segurando as mãos dela que subiam e desciam nervosamente enquanto ela falava – Você não precisa me comprar nada. Não precisa gastar seu dinheiro. O presente que eu quero de você não custa nem um centavo.

- Não?

- Nope – eu balancei a cabeça.

- O q... O que você quer então?

- Apenas que você aceite ser minha namorada.

Bella me olhou confusa por um momento, mas eu vi quando a dúvida deixou seus olhos, e ficou apenas um brilho de algo que eu não pude identificar exatamente, mas que refletia claramente sua resposta silenciosa.

Ela não falou nada. Apenas sorriu pra mim, antes de me beijar novamente.

*Fim do Flashback*

- E por causa disso, você e Alice estão dispensadas de me dar presentes de aniversário pelo resto da vida.

- Ok, pulamos o presente de aniversário por enquanto – ela riu – Mas e quanto a presentes de aniversário de namoro?

- Tudo bem. Já que você insiste em me dar um presente, eu posso escolher o que eu quero?

- Na verdade eu já tinha algo em mente, mas vamos lá. O que você quer ganhar?

- Você. Com uma fita vermelha no pescoço. E mais nada.

- Edward! – ela deu um tapa no meu ombro, fingindo indignação.

- O que? – fiz minha melhor cara de inocente – Você disse que eu poderia escolher o presente, oras.

- Você só pensa nisso...

- Bella, Bella... Eu estou numa cama, com você completamente nua nos meus braços... Em que mais você quer que eu pense?

- Eu posso me vestir se isso for um problema pra você – ela falou tentando esconder seu rosto, completamente corado. Eu adorava quando ela ficava assim.

- Na verdade eu preferia que você não se vestisse nunca mais. Não que eu não goste das suas roupas, mas é que você fica tão mais bonita sem elas.

- Eu não acho que Charlie vá concordar com isso – ela falou como se realmente estivesse ponderando a idéia – Se bem que alguns dos garotos do colégio iriam adorar.

- Tá bom, tá bom, esquece isso – falei rápido. O simples pensamento de outros garotos olhando para a minha Bella me fez estremecer de raiva – Eu fico com o presente que você escolheu então.

- Edward Cullen com ciúmes? – ela riu.

- Não estou com ciúmes. Só estou cuidando do que é meu. E eu não divido com ninguém. Tem algo de errado nisso?

- Claro que não. Eu adoro quando você fica assim, possessivo. E por falar em cuidar do que é seu, eu tenho algumas sugestões de como você pode fazer isso...

Bella terminou a frase se virando pra mim e me puxando para um beijo quente, deixando claras todas as suas ótimas intenções.

- Depois sou eu que só penso nisso – falei me afastando um pouco só pra provocá-la.

- Edward?

- Sim amor?

- Cala a boca e me beija! – e logo estávamos rolando em baixo do edredom novamente.


- Você ainda vai ser a minha morte, sabia? – falei deitando meu corpo sobre o de Bella, enquanto tentávamos acalmar nossas respirações.

- Aos dezenove anos? Tenho certeza que você sobrevive a isso.

- Dezoito.

- O que? – ela perguntou confusa.

- Dezoito. Ainda não é meu aniversário. Ainda tenho dezoito anos.

- Faltam menos de duas horas Edward – Bella falou, depois de conferir a hora no relógio ao lado da cama.

- Mesmo assim – eu ri – Mas sabe, eu estava pensando numa coisa...

- O que?

- Se eu não me levantasse dessa cama nas próximas vinte e quatro horas, ainda assim, esse seria um aniversário maravilhoso.

- E também seria o último – Bella riu – Alice te mataria. E me mataria também, por ter permitido. Você sabe que ela passou as últimas semanas correndo com os preparativos pra essa festa. Não seria justo com ela Edward.

- Seria justo que eu pudesse escolher onde, como e com quem quero passar meu aniversário. Isso sim seria justo. E não é só isso. É nosso aniversário de namoro também. Nós deveríamos ficar juntos nesse dia. Só nós dois.

- Nós podemos fazer isso qualquer outro dia Edward. Sério, eu não me importo em ter que passar essa noite na sua festa de aniversário. Se o problema é ficarmos um dia inteiro na cama, eu acho que posso providenciar isso pra qualquer outro dia que você queira.

- Sabe, é isso que eu adoro no seu pai. Essas idas dele à reserva são maravilhosas. Ele sai pra pescar o fim de semana todo e deixa sua pobre filha aqui, totalmente desprotegida, à mercê das vontades do seu namorado. Eu realmente amo o seu pai.

- Ele confia em mim. Só isso.

- Ele não devia – falei rindo.

- Edward! – ela falou me dando um soco no ombro.

- Ok. Está tarde agora. Eu tenho que ir. Amanhã eu venho te buscar pra festa.

- Você não devia sair da sua própria festa pra vir me buscar, sabia?

- Você é que não devia andar por aí nessa coisa que você chama de carro. Mas se você não quiser que eu saia no meio da festa, eu posso vir mais cedo, e você passa o dia todo comigo em casa. Seria uma ótima idéia.

- Estarei pronta às oito – ela falou rindo e me empurrando pra fora da cama.

Eu me levantei e me vesti rapidamente, deixando-a ainda na cama. Já era tarde, e ela logo dormiria. Antes de sair eu parei na porta do quarto para olhar pra ela mais uma vez. Bella era linda, e eu não me cansava de admirá-la. Eu realmente a amava. E a queria comigo pra sempre. Toda uma vida ao seu lado ainda me parecia pouco tempo para tê-la comigo. E naquele momento eu tive ainda mais certeza da minha decisão.

- Ei Edward? – ela me chamou quando eu estava saindo.

Mal me virei e Bella pulou no meu colo, enlaçando suas pernas ao redor da minha cintura e me beijando apaixonadamente. Suas mãos puxavam meus cabelos com força, como se ela quisesse nos fundir em um só. Eu retribuí o beijo, enquanto a abraçava cada vez mais forte, até que nossos corpos gritaram por ar.

- O que foi isso mesmo? – perguntei ainda abraçando-a em meu colo.

- Não sei – Bella respondeu, deitando sua cabeça em meu ombro e beijando levemente o meu pescoço – De repente eu senti algo estranho, um impulso de te abraçar de novo, não sei bem.

- Acho que sei o que é – respondi olhando pra ela com uma sobrancelha erguida.

- Não é nada disso Edward – ela riu, mas logo ficou séria de novo – Eu não sei como explicar, mas de repente me deu uma sensação de perda. Eu senti como se você não estivesse só indo embora daqui, mas como se estivesse saindo da minha vida. Como se eu não fosse mais te ter.

- Bella boba. Eu nunca vou sair da sua vida. Não enquanto você ainda me quiser nela.

- Eu sempre vou querer.

- Eu realmente espero que queira. Mas amanhã você vai poder me provar isso.

- Amanhã? – ela perguntou confusa.

- É. Amanhã. Mas eu não vou falar mais nada até lá.

- Tudo bem. Mas antes de você sair, eu queria te dar uma coisa. Eu ia deixar pra amanhã, mas não vejo por que. Seu presente de aniversário.

- Eu disse que não queria nada Bella...

- Eu sei. Mas eu não ouvi. Vem, você vai gostar.

Bella me beijou novamente, mas dessa vez um beijo mais calmo, apaixonado, e depois saiu do meu colo, me puxando de volta para a cama. Eu me sentei e a observei enquanto ela apanhava o pequeno robe de seda azul no chão e o vestia. Ela ficava ainda mais adorável com essa cor, que contrastava perfeitamente com sua pele clara.

Ela caminhou lentamente até o criado mudo ao lado de sua cama e pegou um pequeno embrulho dourado de dentro da gaveta. Ela me olhou novamente e sorriu, seu rosto ficando levemente corado. Então ela caminhou em minha direção e se sentou de frente pra mim, me entregando o pequeno pacote.

- Eu... eu espero que você goste. – ela disse simplesmente.

Eu peguei o pacote de suas mãos e a beijei novamente. Então voltei minha atenção ao presente, abrindo-o cuidadosamente, tentando não rasgar o papel do embrulho, enquanto Bella apenas me olhava, torcendo seus próprios dedos num sinal claro de nervosismo.

Se ela soubesse o efeito que tinha sobre mim, ela seria a mais segura das mulheres, mas toda essa sua timidez e insegurança a deixavam ainda mais adorável. Ela era simplesmente perfeita, e não fazia a menor idéia disso.

Quando terminei de abrir o papel fiquei observando a pequena caixa em minhas mãos por algum tempo. Era um estetoscópio. Bella sabia do meu sonho de me tornar um médico tão bom quanto o meu pai, sabia o quanto eu o admirava e queria ser como ele. Era um simples estetoscópio, mas foi o melhor presente que ela poderia ter me dado. Bella sabia dos meus sonhos, e me apoiava neles. Eu não podia estar errado. Bella era realmente a garota para ficar ao meu lado e me ajudar a realizar meus sonhos.

Eu apenas olhei pra ela, que ainda me olhava nervosa. Ela realmente achava que eu poderia não gostar do presente? Bella às vezes era tão absurda... Eu queria lhe dizer que a amava, e queria pedi-la em casamento ali mesmo, mas me contive. Por mais que a minha decisão estivesse tomada, não poderia ser ali, no seu quarto, num dia qualquer. Tinha que ser especial. Com um anel especial. E eu não morreria se esperasse mais um dia para fazer o pedido.

Não sei bem quanto tempo se passou comigo apenas olhando pra ela, mas parece que foi tempo suficiente para que o meu silêncio fosse mal interpretado.

- Você não gostou, não é? – ela falou abaixando o rosto e olhando para a cama, enquanto apertava ainda mais as próprias mãos, e eu pude ver uma pequena lágrima tentando escapar dos seus olhos – Eu sei que foi uma idéia estúpida, e se você quiser, você pode trocar por qualquer outra coisa, eu só pensei que...

Mas ela não terminou a frase. Antes que ela continuasse pensando aqueles absurdos eu coloquei a pequena caixa ao lado na cama e a puxei para o meu colo, colando nossos lábios num beijo, onde eu tentei demonstrar toda a minha gratidão. Não só pelo presente que, sim, eu adorei, mas por ela estar ao meu lado.

Eu a apertei ainda mais em meus braços, e quando meu corpo gritou por ar, eu cessei o beijo, mas continuei distribuindo pequenos beijos por todo o seu rosto, sentindo o gosto salgado de suas lágrimas, mas eu não permitiria que ela ficasse triste por um motivo tão absurdo.

- Eu adorei o presente sua boba.

- Você... Você gostou mesmo? – ela perguntou meio hesitante.

- É claro que sim. Você não poderia ter me dado um presente melhor. Você sabe o quanto eu quero ir para a faculdade de medicina, e saber que você estará ao meu lado me ajudando nisso, é o melhor presente que eu posso ter.

Bella sorriu novamente, seu rosto se iluminando, deixando de lado os seus medos e inseguranças e pegando novamente a caixinha e colocando-a nas minhas mãos.

- Que bom que gostou, porque eu realmente não sei escolher esse tipo de coisa, e estava com muito medo de ter escolhido errado. Na verdade, eu não escolhi sozinha. Carlisle me ajudou. Eu queria ser a primeira a te dar um presente para a faculdade, mas eu não queria errar com seu primeiro estetoscópio.

- Eu espero que ele tenha te ajudado a pagar também – falei olhando melhor para o pequeno aparelho em minhas mãos – Bella, esse estetoscópio é um dos mais caros que tem por aí. Você não devia ter gasto seu dinheiro comigo.

- Não seja bobo Edward. Você já gastou muito mais dinheiro comigo. E olha – ela abriu a caixa e tirou o pequeno aparelho me mostrando direito – Já tem até o seu nome gravado nele.

- Dr. Edward Cullen – eu li em voz alta – Soa muito bem, pra mim.

- Tem um cartão também.

Era um cartão simples, com um coração na frente. Mas dentro dele havia um pedaço de uma música, escrito por Bella. Nós costumávamos escrever bilhetes um ao outro, com pedaços de músicas que falavam do que sentíamos naquele momento. Talvez fosse até infantil, mas era algo só nosso. E nesse cartão havia apenas sete linhas escritas:

Perhaps love is like the ocean – Talvez o amor seja como o oceano

Full of conflicts, full of change – Cheio de conflitos, cheio de mudanças

Like a fire when it's cold outside – Como um fogo quando está frio lá fora

Or thunder when it rains – Ou o trovão quando está chovendo

If I should live forever – Se eu puder viver para sempre

And all my dreams come true – E ter todos os meus sonhos realizados

My memory of love will be of you – Minha recordação de amor será de você

- Obrigado – eu falei, não conseguindo encontrar qualquer outra palavra que pudesse descrever o que eu sentia naquele momento – Mas eu também tenho um presente pra você. Eu ia deixar pra te dar amanhã, na festa, mas não vejo razão pra esperar até lá.

- Mas nosso aniversário é só amanhã...

- Eu tenho outro presente pra amanhã – falei tirando a pequena caixinha de veludo do bolso.

Bella pareceu hesitar quando viu a pequena caixinha preta estendida à sua frente. Ela me olhou como se esperasse que eu dissesse alguma coisa, e então pegou a caixinha das minhas mãos. Ainda não é isso Bella, eu pensei, vai ter que esperar até amanhã.

- Na verdade esse é um presente pra nós dois – continuei.

Ela abriu a caixinha lentamente, e ficou apenas olhando para o objeto ali dentro, por algum tempo. Depois ela olhou pra mim e sorriu, enquanto passava os dedos pelos pingentes dourados.

- É lindo Edward – ela falou antes de me beijar.

Eram dois cordões de ouro, com dois pingentes que juntos formavam um coração, e em cada um deles havia uma palavra. Together forever. Eu os retirei da caixinha nas mãos de Bella, separando o primeiro pra mim, e coloquei o segundo cordão em seu pescoço, dando lhe um beijo casto logo em seguida.

- Para sempre – ela repetiu o que estava escrito em seu pingente, enquanto acariciava-o delicadamente.

- Juntos – eu sorri.

- Esse é o nosso presente de aniversário de namoro?

- Não. Na verdade o seu presente de aniversário de namoro você só ganha amanhã, depois da festa. Um presente especial.

- Eu também tenho um presente especial pra você – ela falou - mas também, só depois da festa.


Naquela noite eu dirigi rápido de volta pra casa. Eu estava com pressa, precisava resolver tudo pra amanhã. Liguei para Alice no meio do caminho e pedi que ela falasse com todo mundo, pra que me esperassem. Eu precisava conversar com todos antes de qualquer coisa.

Estacionei o carro na entrada da casa, como sempre, e corri para dentro. Como eu esperava, todos estavam na sala, aguardando que eu chegasse.

- Aconteceu alguma coisa filho? – Esme perguntou preocupada, assim que entrei em casa.

- Eu precisava conversar com você mãe, e com você pai, mas eu queria que Alice e Emmett também estivessem presentes, pois acho que isso também os envolve – falei enquanto caminhava em direção a eles.

Esme e Carlisle estavam sentados no grande sofá da sala, enquanto Alice e Emmett estavam sentados um em cada poltrona lateral. Todos me olhavam apreensivos, até preocupados.

- Certo, mas por favor fala logo – Alice, sempre paciente – Eu estou no meio dos preparativos para a sua festa, lembra?

- Bem, eu não sei bem como dizer isso – eu falei, enquanto caminhava de um lado pro outro em frente a todos eles, passando a mão pelo cabelo, que deveria estar uma bagunça sem tamanho – E eu fico pensando que, se eu estou nervoso pra falar com vocês, imagino como não vai ser amanhã...

- Edward, filho, calma... – meu pai falou ficando em pé – Você está deixando todo mundo nervoso aqui. Porque não se senta antes de qualquer coisa?

- Está bem – eu caminhei até ele e me sentei na mesinha de centro, de frente para os meus pais.

- Agora, com calma, nos fale o que está te deixando assim tão nervoso.

Eu olhei para cada um deles ali na sala, que me olhavam de volta atentamente. Então eu pensei na razão para aquele conversa, e me lembrei do sorriso meigo da minha Bella, e de como eu a queria para sempre ao meu lado. E isso foi suficiente pra todo aquele nervosismo sumir.

- Pai, mãe, amanhã é o meu aniversário, e tem uma coisa que eu gostaria de pedir a vocês.

- O que você quer Edward? – minha mãe me perguntou, com seu sorriso gentil.

- Eu queria que vocês me dessem o anel da vovó Elizabeth – assim que eu pronunciei as palavras eu mesmo me surpreendi com a determinação em minha voz.

Durante algum tempo a sala foi tomada por um silêncio quase palpável. Ninguém disse nada, ninguém fez nada. Todos ficaram apenas me olhando, digerindo aquelas palavras. Eu pude ver a surpresa e a hesitação no rosto do meu pai, e a alegria e a emoção nos olhos da minha mãe. Ela sorriu pra mim de um modo amoroso, e eu pude vê-la apertar as mãos do meu pai, num gesto tão deles, que naquele momento eu desejei que a minha relação com Bella pudesse ser assim, mesmo depois de tantos anos juntos.

- Eu sabia! – Emmett gritou, se levantando de um salto da poltrona onde estava, e chamando a atenção de todos – Eu sabia! Jasper disse que você estava salvo, quando isso não aconteceu no seu aniversário de dezoito anos, mas eu disse a ele que poderia ser até os vinte e um! Eu sabia!

Todos olhamos pra Emmett, que andava de um lado para o outro da sala, gritando "Eu sabia" sem parar, mas ninguém entendia nada.

- Emmett, dá pra você explicar? – Alice perguntou, já revirando os olhos, pois sabia que vindo de Emmett nunca era uma coisa útil.

- Você ainda quer explicação? – ele se fez de ofendido – Amanhã é aniversário dele. Ele poderia pedir um carro novo, ou uma viagem, ou qualquer outra coisa, mas ele pede um anel? O anel da vovó Elizabeth? É claro que ele tá virando gay!

- Cala a boca Emmett! – Alice e eu dissemos juntos, fazendo meus pais rirem, e Emmett voltar ao seu lugar na poltrona, resmungando.

- Depois vocês não digam que eu não avisei...

- Certo, agora vamos voltar ao assunto sério – falei me virando novamente para os meus pais – Pai, eu vou pedir a mão de Bella em casamento. E eu queria lhe dar o anel que você deu à mamãe quando a pediu. Amanhã é nosso aniversário de namoro também. E eu acho que é o dia certo pra isso.

- Filho, você está completando dezenove anos amanhã. Não acha que é meio cedo pra isso? Vocês só estão juntos há um ano...

- Pai... Você era mais novo do que eu quando se casou com a mamãe. E quanto tempo vocês namoraram antes disso? Seis meses, certo?

Meus pais olharam um para o outro, suas mãos ainda unidas, e eu pude ver o amor que eles ainda sentiam um pelo outro apenas naquele olhar. Um amor puro e verdadeiro, mesmo depois de tantos anos juntos. Esse era o modelo de relação que eu tinha na minha vida, e era exatamente o que eu queria viver com Bella.

- É, acho que você puxou a mim nesse aspecto – ele riu – Bem, se é o que você quer, eu não tenho mais nada a dizer além de te dar a minha benção, e desejar que vocês sejam felizes.

- Oh Edward – minha mão falou pulando no meu pescoço e me abraçando – Estou tão feliz por você. Eu tenho certeza de que Bella é a garota certa pra você.

- Então vocês vão me dar o anel?

- Bem, essa não é uma decisão só nossa – Carlisle continuou – Como você mesmo disse, envolve toda a família. Como Emmett é o mais velho, o normal seria que ele se casasse antes, então a preferência pelo anel é dele.

Todos olhamos para Emmett, que sorria maleficamente olhando pra mim.

- Qual é Emm... Eu não vou negociar com você. Se você quer o anel, diga logo – falei sério, fazendo com que ele soltasse uma longa gargalhada.

- Tá brincando? Se eu pedir a mão de Rosalie com um anel que não tenha Tyffany's gravado nele, você acha que vai ter casamento?

- Alice? – me voltei para minha irmã do meio, esperançosamente.

- Jasper que se atreva a pedir minha mão com um anel usado... – ela bufou.

Todos rimos. Eu sabia que nenhum dos meus irmãos iria usar aquele anel. Ele não combinava com Alice ou com Rosalie, mas era perfeito para a minha Bella.

- Bem, parece então que o anel da vovó Elizabeth vai pertencer a outra pessoa finalmente – minha mãe falou, tentando conter as lágrimas que insistiam em cair de seus olhos.

- E parece que agora eu tenho outra festa para planejar – Alice falou saltitante, e todos riram da sua felicidade.

Alice veio até onde eu estava e me abraçou. Eu sabia o quanto ela gostava de Bella, e o quanto ela queria que Bella fizesse parte dessa família. Emmett também me deu um abraço, dizendo o quanto estava feliz por saber que não teria um irmão gay.

- Venha Edward – Esme falou – Vamos buscar o anel.

Eu subi as escadas em silêncio, acompanhado por meus pais, que seguiam logo atrás de mim. Eles estavam abraçados, e eu podia sentir o quanto eles estavam felizes com essa minha decisão. Apesar de Bella só estar em nossas vidas há um ano, ela já fazia parte dessa família, e eu sabia que os meus pais a tinham como mais uma filha. Eu sabia que por eles, eu não poderia ter escolhido alguém melhor.

Assim que entramos no quarto, minha mãe seguiu direto para o pequeno cofre ao lado da sua cama, enquanto meu pai fechava a porta e me guiava até o pequeno sofá que tinha lá dentro. Eu apenas os observava, sem falar nada. Eu estava feliz demais pra falar qualquer coisa. Agora tudo estava certo. Em vinte e quatro horas eu pediria a mão da minha Bella em casamento.

Após alguns minutos Esme voltou para se sentar novamente ao lado de Carlisle, trazendo duas pequenas caixinhas de veludo. Pelo tamanho e o formato das caixinhas, eu sabia que uma delas trazia o anel. Mas a outra era diferente. Era de veludo também, mas era um pouco maior, retangular. E eu me perguntei o que seria aquilo.

- Sabe Edward – meu pai começou a falar, num tom tranqüilo – Apesar de você ser o mais novo dos Cullen, eu sempre soube que você seria o primeiro a sair de casa. E nesse último ano, depois que você começou a namorar Bella, eu tive certeza de que você seria o primeiro a se casar. Você sempre foi o mais parecido comigo – ele sorriu.

- Pai, eu entendo que você possa estar preocupado com tudo isso, mas eu tenho certeza de que Bella é a mulher da minha vida, e eu nunca vou querer outra mulher ao meu lado.

- Nós sabemos disso filho – Esme falou – E estamos muito felizes por ser ela.

- Mas não é isso que eu quero dizer – Carlisle continuou – Na verdade, eu estava pensando em outra coisa. Você vai pedi-la em casamento amanhã, isso está certo. Mas eu queria saber quanto ao depois. E já que você é tão parecido comigo, eu sei que esse noivado não vai durar muito, e que o casamento deverá ser logo depois, estou certo?

- Certíssimo – eu respondi prontamente – Se Bella aceitar, e ela tem que aceitar – eu ri, fazendo meus pais rirem do meu aparente desespero – O casamento será o quanto antes. Apenas o tempo que Alice levará para preparar a festa.

- Se eu bem conheço sua irmã, isso levará menos tempo do que você pode imaginar. Mas o que eu quero saber mesmo é como você planeja a vida de vocês dois juntos. Afinal de contas, vocês dois ainda estão no colégio. Eu sei que nossa família é bem estruturada financeiramente, e que isso nunca seria um problema para vocês, mas eu imagino que esses não sejam os seus planos.

- E não são. – eu falei sério – Pai, quando eu me casar com Bella, quando ela for minha esposa de verdade, eu vou cuidar dela. Eu sei que vocês se preocupam comigo, mas eu quero que vocês saibam que eu vou cuidar de tudo. Eu ainda vou para a faculdade como era o plano. Eu vou ser um médico, pai. Um médico tão bom quanto você é. Eu vou ter a minha família, e vou ser responsável por ela.

Meus pais se olharam por um minuto, sorrindo um para o outro, e eu sabia que era exatamente isso o que eles queriam ouvir de mim. Mas eu não podia ter dito nada diferente. Cuidar de Bella era uma coisa que eu tinha que fazer, e eu não tomaria a decisão de me casar com ela, para ainda ficar morando com meus pais.

- Eu não esperava outra coisa de você, meu filho.

- Eu vejo que fizemos um bom trabalho aqui – minha mãe falou sorrindo para o meu pai.

- Vocês realmente foram os melhores pais do mundo. Mas agora eu realmente preciso voar com minhas próprias asas.

- Tudo bem. Mas eu queria lhe perguntar uma última coisa. Eu admito que achei essa sua decisão foi um pouco precipitada. Calma. – ele falou levantando a mão quando eu quis protestar, e eu apenas esperei – Mas eu também confesso que nós já estávamos esperando por isso. Então, nós também fizemos nossos... er... arranjos. Vamos dizer assim.

- Arranjos? – perguntei confuso.

- Aqui – minha mãe me estendeu a pequena caixinha de veludo onde estava o anel – Este é o anel que você pediu.

- Mas nós também temos outra coisa pra vocês. – Carlisle continuou, me estendendo a outra caixinha que Esme trouxera – Um presente. E nós ficaríamos muito felizes se você aceitasse. Como o primeiro presente de casamento.

Eu peguei a caixinha nas minhas mãos ainda sem entender o que poderia ser, mas quando a abri tudo ficou absolutamente claro, e eu não pude deixar de sorrir, enquanto via minha visão se turvar pelas lágrimas que eu tentava conter.

Dentro da pequena caixa havia apenas uma chave, presa a um chaveiro onde se lia Sr. e Sra. E. Cullen.

- Quando...? – eu tentei perguntar mas minha voz não saiu.

- Há algum tempo, filho. Não é uma casa muito grande, mas eu acho que o tamanho é o ideal para o início. É claro que depois vocês podem vendê-la e procurar uma casa maior quando... er... a família aumentar – ele terminou a frase meio sem graça.

- Mas eu realmente espero que isso demore. Ainda não tenho idade para ser avó.

- Calma, mãe – eu ri – Vamos tentar cuidar disso pra você.

- Parabéns meu filho – Carlisle falou, sua voz meio embargada, e eu via que ele tentava se manter firme, sem chorar – Eu realmente estou orgulhoso de você.

- Obrigado pai. Obrigado mãe. Eu amo vocês.


O dia seguinte começou lento. Eu acordei tarde devido à hora que fui dormir. Dormir a noite passada realmente foi uma tarefa complicada. Eu estava agitado demais, ansioso demais para conseguir relaxar o suficiente para dormir.

Eu fiquei durante horas repassando em minha mente o último ano, e tudo de bom que aconteceu comigo desde que Bella entrou na minha vida. E o apoio da minha família só me fazia ter mais certeza de que eu estava certo.

Levantei da minha cama e desci para comer alguma coisa. O relógio na parede marcava duas e meia da tarde. A casa estava tranqüila, sinal de que Alice não estava por aqui. Eu engoli qualquer coisa na cozinha e segui para a sala. Ou o que deveria ser a sala, porque ali não era mais a minha casa, e sim uma boate vazia. Coisas de Alice.

Dei uma olhada rapidamente em tudo à minha volta. Estava tudo pronto para a festa de hoje à noite. Mas ainda faltava uma coisa.

- Alice? – falei assim que ela atendeu o celular, antes mesmo que pudesse falar – Onde você está?

- Como assim onde eu estou Edward? Faltam seis horas para a sua festa. É claro que eu estou arrumando a Bella oras. Onde mais eu poderia estar?

- Er... Alice... Faltam seis horas para a festa. Não tá meio cedo pra você estar arrumando a Bella?

- É claro que não! – ela bufou.

- Posso falar com ela?

- Ela está ocupada agora. Vocês ficam grudados o tempo todo. Eu quase não tenho mais tempo de ficar com a minha amiga, e quando eu finalmente consigo um pouco da atenção dela, você logo quer roubá-la de mim? Não dá sossego nem no telefone...

Ela falava com a voz chorosa, e eu podia imaginar o bico que ela estava fazendo do outro lado do telefone. Apesar de ser mais velha do que eu, Alice era tão pequena que sempre era vista como a princesinha da família. E quando ela começava com a chantagem emocional dela, ninguém era capaz de resistir.

- Tudo bem, tudo bem, também não precisa fazer drama.

- Obrigada! – ela falou, mudando completamente o tom de voz, voltando à sua usual alegria, me fazendo rir com todo esse teatrinho dela – Mas você queria o que mesmo?

- Ah, sim. Olha Alice, eu sei que eu tenho te dado trabalho demais com toda essa coisa de festa e tal, mas eu queria te pedir apenas mais um favorzinho...

- Um favorzinho. Você nunca me pede um favorzinho Edward. Mas vamos lá, do que você precisa?

- Então, como eu falei ontem, você sabe que eu vou pedir a mão de Bella essa noite, depois da festa...

- E?

- Bem, eu não posso fazer isso no meio de uma festa, com todas essas pessoas em volta, e o barulho, e tudo o mais. Também não quero ter que levar ela pro meu quarto assim. Eu queria alguma coisa diferente. Especial. E eu sei que você é amiga dela, e a conhece tão bem quanto eu. Eu queria que você me ajudasse com isso.

- Edward, Edward – ela falou calmamente – Você me subestima tanto que às vezes até me ofende... Você realmente acha que eu já não cuidei disso? Vá até o jardim.

Eu caminhei até o lado de fora da casa, na direção do jardim de Esme, para conferir o que Alice tinha preparado. É claro que ela teria cuidado disso. Minha irmã era uma força sobrenatural quando se tratava de organizar festas ou qualquer outro evento.

Quando cheguei ao lugar certo eu não consegui encontrar palavras para descrever o que ela tinha feito. No centro do jardim, próxima à fonte havia uma tenda, formada por flores brancas. Lírios, como Bella gostava. Ficava afastada da casa, assim o barulho da música não atrapalharia. Era simplesmente perfeito.

- Perfeito – foi a única coisa que eu consegui dizer.

- É claro que é perfeito. Foi planejado por mim. Você realmente acha que eu ia deixar a minha amiga ser pedida em casamento em qualquer lugar?

- Não seria você... – eu ri.

- Bem, agora que você já tem o que você quer, eu posso voltar a cuidar de Bella?

- Er... Alice?

- O que foi agora? – ela perguntou já impaciente.

- Você está na casa de Bella agora, certo?

- Claro que estou.

- E VOCÊ FALOU QUE EU VOU PEDI-LA EM CASAMENTO?!! – gritei no telefone.

- Não seja estúpido Edward! É claro que eu não estou perto dela. Ela está tomando banho. Não se preocupe, ela não vai saber de nada até você falar pra ela.

- Ah. Sim. Claro. Me desculpe. É que eu estou um pouco nervoso com tudo isso.

- Tudo bem. Eu sei que você me ama – ela brincou.

- Er... Alice? Só mais uma coisa...

- O que?

- Bella não recusaria o meu pedido de casamento, não é?

- Tchau Edward! – ela bufou, e desligou o telefone na minha cara.

O que eu falei de errado? Ela poderia ter outros planos, não poderia? E se ela não aceitasse? E se ela se achasse nova demais para se casar? E se ela quisesse ir para a faculdade ainda solteira, e quisesse viver todas as experiências que pudesse antes de se amarrar a um homem só? E se...

Argh! Não! Bella me ama. Tanto quanto eu a amo. Ou quase tanto quanto eu a amo. Ela vai aceitar, e vai ser minha esposa. E eu vou fazer dela a mulher mais feliz desse mundo, porque eu serei o homem mais feliz do mundo.


- Alice? – eu gritei enquanto descia as escadas apressadamente.

- O que foi Edward?

- Já são oito horas. Estou atrasado, eu já devia estar na casa da Bella.

- Pode deixar, eu cuido de tudo por aqui até você voltar. Mas anda logo, os convidados já começaram a chegar. Esme vai descer logo, não se preocupe.

- Obrigado Alice.

- O que seria da sua vida sem mim?

- Promete que um dia me deixa descobrir?

Saí correndo em direção à garagem, desviando de alguma coisa que Alice atirou em mim. Droga, oito e quinze. Bella detestava ficar esperando. Não que eu costumasse atrasar sempre, mas ainda assim isso a deixava de mau humor. E hoje não era um bom dia pra deixá-la com raiva de mim.

Entrei no meu Volvo e saí da garagem cantando pneus. Enquanto eu passava pela pequena estrada que levava à estrada principal eu cruzei com alguns carros que seguiam em direção à minha casa, mas não me importei em ver quem eram. Eu só queria chegar logo à casa de Bella.

Finalmente alcancei a auto estrada. A noite estava fria e chuvosa, o que fazia com que muita gente preferisse ficar em casa, deixando a rua ainda mais vazia, o que eu agradeci mentalmente. Menos carros na rua, maior a velocidade que eu poderia alcançar.

E pensar que dali a poucas horas eu estaria ajoelhado à frente da minha Bella, pedindo-a em casamento. Essa seria a noite mais feliz da minha vida, quando ela me disser "sim". Instintivamente minha mão foi ao bolso da calça, pegando a pequena caixinha com o anel. Eu a coloquei sobre o volante, para que eu pudesse olhar pra ela.

O anel da vovó Elizabeth era lindo, mas ficaria ainda mais bonito no delicado dedo de Bella. Ele era perfeito pra ela. A face era de um longo oval, cercado de pedras brilhantes e arredondadas enfileiradas. A faixa era de ouro, delicada e estreita. O ouro fazia uma delicada teia ao redor dos diamantes. Perfeito!

Eu me perdi em meus pensamentos enquanto dirigia. A estrada era bem conhecida, e eu já fizera esse caminho tantas vezes que poderia dirigir por aqui de olhos fechados. A única coisa que eu via realmente naquele momento era o rosto de Bella. Seu sorriso encantador, seus olhos de chocolate, e suas bochechas levemente rosadas quando ela ficava envergonhada. Exatamente como eu imaginava que ela ficaria quando eu fizesse o pedido.

Não sei quanto tempo eu fiquei ali, perdido em meus pensamentos, sonhando acordado. Eu apenas percebi o quanto eu havia me desligado da realidade quando a pequena caixinha escorregou pelos meus dedos, caindo no assoalho do carro. Eu me xinguei mentalmente por ser tão desastrado e retirei o cinto de segurança para me abaixar rapidamente e pegá-lo de volta, antes que o veludo ficasse sujo.

Eu tateei o piso do carro, até que o alcancei, jogado em baixo do banco do passageiro, mas assim que o agarrei o som ensurdecedor de uma buzina me trouxe rapidamente à realidade. Eu levantei rápido, mas a única coisa que eu consegui distinguir foi a ofuscante luz de dois faróis que vinham em minha direção. Eu ainda tentei desviar do carro, mas ele estava próximo demais, e eu dirigia rápido demais.

Eu ouvi o som do metal sendo amassado e destruído, antes mesmo de sentir o impacto. Senti minhas pernas sendo esmagadas, e o meu peito batendo forte contra o volante. Meu corpo foi lançado contra o pára-brisa, e eu senti uma forte pancada em minha cabeça.

Eu senti um forte gosto de sangue na minha boca, e o meu corpo todo parecia estar se quebrando. A única parte que ainda parecia me obedecer era a minha mão direita, que apertava fortemente a pequena caixinha de veludo preto, com o anel de noivado. Eu vi então o rosto da minha Bella. E essa foi a última imagem que o meu cérebro registrou antes que a escuridão me engolisse.

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N/A

Oi meninas lindas!!!!

Começando aqui mais uma fic, e eu espero realmente que vocês tenham gostado desse primeiro capítulo.

Então? O que acontece com nosso querido Edward?

Quem quer saber, aperta o botãozinho verde aí em baixo.

BJ!!!

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N/B:nhaiii o que posso dizer ...simplesmente perfeito

Mais uma fic maravilhosa para minha alegria e de toda a nação que adora Twilight.

Quero mais e vocês???? Então... não esqueça de deixar a sua review hein

Beijos

Gláucia