Eu lembro a música que estava tocando no dia que você me tirou pra dançar, um simples ato que significava o fim de uma era, a guerra já não estava mais entre nós, se aquela dança tivesse gosto seria de sorvete de pistache, afinal, pra mim, é o sabor da paz. Meu pé foi massacrado e ainda assim, pedi outra dança. Afinal, cada toque teu me arrepiava e só Draco, bem no começo de nosso relacionamento, havia conseguido tal feito. Como deve ter sido estranho pra todas aquelas pessoas ver 'O menino que sobreviveu' e a 'namoradinha de Draco Malfoy' num só compasso, logo eu, a mulher que fez questão de te denunciar na primeira oportunidade! O que eles não sabiam é que você entendeu minhas ações, como o bom herói que é, compreendeu os meus medos e não julgou minhas fraquezas. Naquela noite, eu fui sua, de corpo, alma, e senti uma conexão tão profunda que me assustei, indo embora sem dizer adeus.
Merlin sabe que tentei te evitar, porque meu pai me ensinou a não acreditar em coisas tão irreais, como aquilo que experimentamos juntos, mas você, como todo irritante grifinório, insistiu até que eu aceitasse ir a um encontro. Tentei, e novamente Merlin sabe como, não criar expectativas sobre, bom, sobre tudo e falhei miseravelmente. Deu pra perceber quando vi minha imagem refletida no espelho, o vestido provocante e a maquiagem impecável praticamente gritavam 'me deseje, Potter'.
Novamente me vi em seus braços dançando uma melodia esquisita, num local desconhecido, você falou 'essa noite é jazz, amanhã tango' e só consegui resmungar 'quem falou algo sobre outro dia, Potter?'. Com sua respiração tão perto da minha nuca mal conseguia raciocinar e o pior: você sabia disso. Tanto que quando me convidou para um drink na sua casa falou no pé da minha orelha, não me deixando escolha a não ser aceitar. Mais uma vez meu vestido ficou esquecido no chão de seu quarto e novamente sai assim que você adormeceu.
Criei um mantra pra quando você se aproximava de mim no ministério 'sonserinos e grifinórios são uma mistura fadada ao divórcio', e mesmo o repetindo inúmeras vezes não resisti aceitar outros 'convites pra dançar'. Uma péssima desculpa se quer saber, afinal, você é um dos piores dançarinos com o qual bailei, meu pé se tornou uma evidencia dolorida disso.
Após algumas noites decidi que não seria tão mal dormir ao teu lado, então fiquei. Como estava desacostumada a partilhar a cama com alguém acabei te batendo nas primeiras vezes, era cômico acordar contigo reclamando que fiquei chutando como louca.
Semanas se passaram e eu abandonei os mantras, afinal, dormia quase todas as noites na sua cama. Não foi grande surpresa quando um de seus amigos nos encontrou abraçados dormindo, obviamente foi o ruivo tapado. Ele gritou como se eu estivesse prestes a te atacar e nós dois acordamos assustados. Você tentou explicar e claramente ele não quis ouvir, então quando ele aparatou, você o seguiu, deixando-me naquele quarto vazio impregnado com o teu maldito cheiro.
Eu me senti abandonada, tá legal? Você preferiu correr atrás do ruivo complexado a explicar toda aquela situação bizarra para mim, afinal, não tinha prometido contar aos outros integrantes do brilhante trio? Fiz minha parte e falei para os 'sonserinos ignorantes'. Admito que eles não aceitaram muito bem, mas pelos menos não fizeram isso na tua frente num domingo às SETE horas da manhã.
Aparatei para casa amaldiçoando o dia que aceitei aquela dança. Chorei, bebi, chorei, bebi e cheguei a várias conclusões como 'homens grifinórios são o que há de mais estúpido no universo' e 'grifinórios são insatisfatórios na cama' e ainda 'grifinórios são bestas irritantes com egos maiores que galáxias inteiras'. Ignorei todos os seus chamados e criei novos mantras.
Uma semana, duas semanas, e nem ao menos sua insistência idiota foi capaz de destruir as barreiras que ergui para evitar qualquer aproximação entre nós. Recebi tantas flores que fiquei com alergia e te odiei ainda mais. Meus amigos disseram variações da mesma coisa 'que tipo de droga ele te dava pra você achar que poderia dar certo?'.
Odeio números ímpares desde criança, e na terceira semana você me encurralou. Pediu perdão por não ter sido grifinório corajoso o suficiente para falar com os amigos sobre mim (Ambos achavam que você só estava sendo amigável quando dançou comigo naquela fatídica noite) e chorou. Harry James Potter chorando porque sentia minha falta. Se trocassem o ministério por uma rua vazia seria quase um daqueles filmes trouxas idiotas no qual o mocinho se arrepende e a mocinha o aceita de volta.
Não gosto do final feliz de filmes trouxas, mesmo assim, o convidei para dançar e meus mantras foram para o inferno mais uma vez.
N/A: A fic não foi betada, então tem erros e estou num estado de humor muito seilá pra consertar tudo '-' É meu recomeço, então seja paciente comigo: D Se gostar, comente! Se não gostar, não comente e por aí vai. Aí como estou alheia a vida hoje '-'
N/Beta aleatória intrometida saindo até do bueiro detected, também conhecida como gems não-paola da relação: Primeiro de tudo, sempre soube que grifinórios tendiam a serem impotentes sexualmente falando u.u ENTENTEU, NÉ POTTER? FOI CONTIGO MESMO hahahaha. E a fic ta muito perfeita, a autora é muito perfeita, sem mais. Comentem porque vocês sabem que ela e a fic merecem u.u
