Mais uma vez eu estava na mesma, sentada sozinha no meu quarto, me sentindo triste e incompleta; eu sempre me sentia assim. E obviamente, eu tinha motivos pra ficar assim. Eu tenho 17 anos, figurativamente, na verdade tenho apenas 9 e meio. Da pra perceber que não sou normal, nunca fui, e provavelmente nunca serei. Vivo numa cidade que mais parece um ovo, mas ainda sim tem seu charme, pra quem gosta de chuva e verde em todo lugar. Meu nome é Isabella Swan. O sobrenome na verdade era da minha falecida mãe, eu nunca quis ter outro. Era uma das poucas coisas que me lembravam ela, apesar de nunca ter visto-a depois de ter nascido a amei cada minutos em que estava em seu ventre. Ela foi a primeira pessoa a me proteger, e eu retribui isso a matando. É, nada muito traumatizante. Pensei sarcástica.

Eu não tenho uma família de verdade, tenho apenas a Rachel, que cuida de mim como se fosse minha mãe, ela é uma das poucas pessoas que eu confio. Aprendi a ser assim com o tempo, desconfiada e meio anti-social, mas apenas com estranhos, eu não era assim com as pessoas que gostava, que eram meus amigos. Claro, que devido ao que eu era, eu não tinha muitos.

Eu sou mestiça, meio humana e meio vampira, minha mãe morreu no parto. Meu pai, se me permite dizer, era um cretino insano e totalmente anormal, um vampiro doente que só pensa em poder. Ele realmente acha que está fazendo algum bem, seduzindo mulheres inocentes apenas para obter crianças mestiças, ele nos tratava como experiencias! Isso até eu completar 5 anos de idade e fugir. Eu me senti horrível por ficar sozinha, mas depois de algum tempo eu percebi que não adiantava ficar me lamentando, eu não podia passar a eternidade assim, eu não iria deixar aquele babaca do meu pai saber que eu acabei nesse estado, eu iria me recuperar, eu iria provar que não precisava ser o monstro que ele queria que eu fosse. Eu iria viver com os humanos, afinal, eu ainda era metade humana, não podia ser tão difícil.

Passei alguns meses tentando me adaptar a uma dieta diferente, eu não poderia matar as pessoas com a qual eu queria compartilhar uma vida, percebi que podia me alimentar de animais, apesar do gosto, era péssimo! Mas dava pra sobreviver, e se eu me esforça-se podia comer comida de humanos, que também não era muito boa. Pensando assim, quase faz com que o sangue animal pareça bom.

Precisei de quase um ano pra conseguir desenvolver um bom autocontrole, com o tempo percebi que eu era boa nisso, podia fazer isso. Eu ia conseguir. O que me ajudou a ter certeza disso foi Rachel, uma vampira que eu conheci na Rússia, ela assim como eu, vivia de caçar animais, e eu me enchia de força de vontade como via que ela se socializava com os humanos, ela conseguia. E era ótima nisso. Ela me ajudou muito, era muito inteligente. Ela me ajudou a perceber o porque de eu conseguir ter uma consciência tão humana e racional, apesar de viver como eu vivi. Eu tinha um dom, era como um escudo que me protegia mentalmente, eu podia proteger as pessoas também. Nunca entendi esse lado do meu dom, eu era sozinha, a quem eu iria proteger?

Se eu me concentrasse muito, podia passar informações, imagens, pequenas mensagens. Para outras pessoas e vampiros, por pensamento. Era muito difícil, mas não era impossível.

Vivi na Rússia com Rachel por 2 anos, é claro que não mudei em nada, já tinha a minha maturidade. E agora era encarar a eternidade com os meus 17 anos.

Estudei numa escola grande, mas não tinha amigos a não ser por Chelse, uma mestiça, como eu, que vivia com Rachel antes de mim. Ela foi transformada com apenas 16 anos, e era realmente uma grande amiga, sempre me ajudava e me dava forças quando eu ficava triste. Apesar de tudo, tínhamos uma boa vida na Rússia, até ter se passado tempo demais pra nós lá. E viemos parar Washington, pra uma míni-cidade.

É, eu não estou muito empolgada com isso. Essa coisa de mudar me parecia totalmente errada. Mas eu tinha que me acostumar, e não como se tivesse muita coisa me prendendo na Rússia mesmo.

Estávamos terminando de arrumar a casa, e já tínhamos nos matriculado na escola local. Chelse e eu faríamos o primeiro ano.

Era uma casa de 2 andares, enorme. Rachel era uma empresária, ela tinha algumas grandes empresas espalhadas pelo mundo, mas não se permitia ser conhecida, ela sempre fazia todas as transações pelo computador, e na mesa da diretoria, eram todos humanos. Pois ela vendia ações para não ter de lidar com tudo sozinha. Apenas um vampiro a ajudava pra ter certeza de que tudo continuava indo certo. Era seu irmão Carlos. Sim eram irmãos biológicos, foram mudados juntos. Foi num acidente de carro. O carro caiu de um barranco e o corpo dos dois ficou atirado inconscientes. Até que um médico os achou, eu nunca o conheci. Mas ela me falava sobre ele. Seu nome era Carlile e na época tinha uma esposa, chamada Esme e um filho chamado Edward. Viviam entre os humanos e foi com eles que eles prenderam a viver assim. Passaram apenas alguns anos com eles, e depois passaram a viver sozinhos. Algum tempo depois Chelse se juntou ao grupo, cerca de tres década pra dizer a verdade. Eles tinha 76 anos. E eu, apesar de ser a mais nova. Não era tratada como criança e gostava que fosse assim.

- Bella! - ouvi Chelse chamar da porta.

Eu já tinha terminado de arrumar os moveis e o guarda-roupa, eu estava estirada na minha cama kingzise, com dossel roxo. Meu quarto era todo em tom de roxo, pink, preto e branco. Minhas cores favoritas.

- entra – disse distraída

Ela entrou e jugou na cama ao meu lado. Me olhou por um tempo e finalmente falou.

- Você está quieta. No que está pensando?

- Em como toda a minha existência é anormal – sorri pra ela. Eu não queria ficar triste de novo. Só não conseguia deixar de pensar nisso as vezes.

- pare já com isso, Bella. Você deveria estar animada. - ela disse quicando na minha cama para dar ênfase – cidade nova , lembra? Vamos sair mais tarde pra algum clube, você precisa se animar! E amanha tem a escola, a gente pode fazer compras agora a tarde. Vai ser divertido. -

Eu a olhei por alguns segundos, não custava tentar. Então sorri, ela retribui com um sorriso enorme, mostrando todos os dentes. Eu suspirei, aquela maluca sempre me ajudava a ficar pra cima. Eu devia deixar de ser tão depressiva, ela sempre ficava trite me vendo triste.

- ta legal! Mas nada de comprar meio mundo, sabe que ainda sou meio-humana e não agüento ficar andando por horas e horas só pra encontrar um par de botas que deixe suas panturrilhas mais longas! - Eu disse sorrindo, mas ao mesmo tempo tentando parecer severa.

- eu juro. Vamos ser rápidas! - então Chelse começo a quicar na cama de novo, parecendo radiante agora.

Eu ri da empolgação dela, e num movimento rápido me joguei em cima dela nos fazendo rolar da cama ao chão. Rimos que nem crianças, até que vimos Rachel parada na porta nos encarando e sorrindo.

- Vocês iam mesmo as compras sem me chamar? - ela tentava se fingir de ofendida, mas ainda estava sorrindo enquanto nos olhava no chão.

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No dia seguinte, chegamos cedo na escola. Como eu disse, pequena demais. Estávamos eu e Chelse na minha BMW preta, presente de 6 anos de idade, quando estacionamos. Saímos do carro distraídas, e fomos direto a secretaria pra pegar nossos horários, ignorando os olhares, dos pouco alunos que já estavam na escola.

Chelse sorriu pra mim no meio do caminho, eu conhecia aquele olhar. Ela tinha alguma idéia maluca no cérebro

- Que tal você conseguir que tenhamos todas as aulas juntas? Vai ser menos entediante. - Eu acenei com a cabeça, eu já pretendia fazer isso mesmo. Me concentrei por um instante e lhe disse mentalmente Como se você já não soubesse que eu fosse fazer isso! Ela riu, e estirou a língua pra mim com uma criança de 5 anos.

Foi fácil, era só passar pensamentos para a secretária alterar o horário, ela não notaria, apenas pensaria que foi idéia dela mesma, seu subconsciente apenas a mandaria fazer, e ela faria sem nem se questionar o motivo.

Olhei pras minhas novas sapatilhas pretas com detalhes em branco, e pra meus jeans skinny cinzas. Eu odiava admitir, mas fazer compras fazia eu me sentir bem. Pelo canto do olho vi Chelse olhando atentamente para os rosto dos seres humanos que agora passavam por nós, nos encarando como se fossemos 2 deusas. Claro que mais a ela do que a mim, ela era totalmente pálida,ela dizia que sua mãe era muito branca, com os cabelos pretos que iam até a cintura, os grandes olhos dourados totalmente exitados. Ela adorava se socializar com humanos, os achava interessante. Vai entender, pra mim eram como eu, as vezes. Só que eu não entendia exatamente seu comportamento, ela e Rachel diziam que era porque eu era nova nisso tudo. Mas me acostumaria com o tempo. Eu toque levemente seu braço, e falei baixo pra que ninguém ouvisse.

- Para de encara-los! Eles vão reparar. - ela sorriu pra mim e acenou com a cabeça. De repente ela parou no meio do caminho, seus ombros ficando rígido e os olhos alertas.

Tinha acontecido alguma coisa, eu me virei de frente pra ela, observei seu rosto tenso por um segundo, depois a puxei para o canto do corredor, e falei baixo e rápido.

- O que aconteceu?

Ela apenas sussurrou. - Vampiro – Foi aí que eu senti o cheiro. Um cheiro forte e intenso de vampiros, mas esse era diferente, era mais doce e era mais agradável. Eu dei um passo involuntário pra trás. Quem eles seriam, será que perceberiam o que nós eramos? Eu esperava que não apesar de tudo ainda eramos parecidas com humanos, tínhamos um coração batendo e sangue e tudo mais, nem eramos venenosas nem nada. Não, iria ficar tudo bem, eu sabia disso. Precisava acreditar nisso.

- calma, respira Chelse! Não vai acontecer nada, ninguém vai reparar em nós. Parecemos humanas esqueceu? - ela demorou cerca de 14 segundos para conseguir relaxar a espressao, mas os ombros continuavam rígidos. Eu sorri encorajando-a e a puxei pela mão, as pessoas já nos olhavam paradas no corredor, a escola agora cheia. - Vamos?

Ela apenas forçou um sorriso e me seguiu. Chegamos na sala e eu vi, uma garota pequena de cabelos arrepiadas, suas feições eram tao muidas que quase parecia uma criança, ela era incrivelmente bonita, parecia uma fadinha, estava sentada no canto da sala. Ela nos olhou por alguns segundos os olhinhos dourados brilhando e depois percebeu que eu tinha visto ela nos encarando, sorriu amigavelmente e virou o rosto, eu suspirei aliviada com isso, nos sentamos no fundo da sala.

Eu ranquei uma folha de um dos meus cadernos e rabisquei: Viu a pequena? Ela nem nos observou. Relaxa Chelse, vai ficar tudo bem.

Ela pegou o papel e sorriu pra mim depois de ler, porém eu ainda conseguia ver em seu olhar pertubação e... terror? A aula foi totalmente entediante. Passamos o resto da manha ate o intervalo assim, sem encontrar mais nenhum vampiro nas outras aulas. Mas ainda sentia um cheiro concentrado de vampiro. Tinha que ter mais, eu podia sentir o cheiro!

Nos sentamos numa mesa pequena no canto do refeitório. Discutindo distraídas qual era o casaco que mais combinava com as bota de camurça marrom que ela comprou ontem quando o cheiro nos locautio de novo. Dessa vez era MUITO forte, eu olhei ao redor procurando e foi quando eu vi, um grupo de vampiros entrando.

Um grandão de cabelos pretos, parecia assustador, mas tinha um sorriso confortável no rosto; estava de mãos dadas com uma loira, alta, linda; eu senti um golpe na minha auto-estima. Mais atrás vinha a pequena fadinha, estava com os braços entrelaçados com um garoto loiro alto, que parecia desconfortável. Ela nos olhou novamente e sorriu, eu continuei observando, foi quando um garoto incrivelmente lindo entrou. Seus cabelos castanhos numa desordem linda, era alto levemente musculoso, os olhos de um dourado incrível, ele me olhou por um instante, e eu senti todo meu sangue indo pro rosto. Estranho, eu não coro, tipo assim, NUNCA! Pensei.

Olhei confusa pro rosto da Chelse, ela olhava para os vampiros parecendo totalmente apavorada, eu percebi o medo no olhar dela, mas eu não entedia o porque de tudo aquilo. Eles não estavam nos observando, nem pareciam ter notado que eramos diferentes. De repente, Chelse se levanto parecendo perturbado e disse de um jeito apressado, cuspindo as palavras. Como se quisesse sair dali o mais rápido possível

- Bella, me desculpe. Mas eu não to me sentindo muito bem, eu tenho que ir, me perdoa – ela me abraçou rápido e me deu um abraço meio forte demais, quase parecia uma despedida o jeito como ela me segurou e afagou meus cabelos. Eu retribui o abraço ainda mais confusa e a observei ir embora. Estranho...

Meu próximo tempo era Biologia, e agora que Chelse tinha ido embora eu teria de sentar com alguém provavelmente; eu me senti tão estranha, com um pressentimento tão ruim sobre tudo aquilo que acabei me atrasando para a aula de biologia. Cheguei ofegando na sala depois de correr todo o caminho. Entreguei meu horário pro professor, ele graças aos céus não me fez me apresentar a turma, já que estava atrasada apenas me indicou um lugar pra eu me sentar, o único vazio.

Eu gelei, o único lugar disponível era do lado da droga do vampiro mais LINDO que eu já tinha visto? Só podia ser brincadeira!

Eu olhei rapidamente pela sala procurando outro lugar, mas não tinha. De repente percebi que era idiota, eu não devia ter medo. Eu não ia admitir isso em voz alta, mas eu queria ir pra lá, queria conhece-lo. Eu estava curiosa sobre ele. Pra ele eu seria apenas mais uma humana. Era só não deixar nada de errado escapar. Só isso.

Respirei fundo e me dirigi até a mesa, me atrapalhei com os olhares que as pessoas me lançavam, e acabei tropeçando em meus próprios pés. Porque me olhavam tanto?

Me sentei o mais natural que pude na cadeira, apesar de todo o nervosismo que estava sentindo. Olhei para o menino do meu lado e ele me encarava com uma expressão estranha no rosto. Parecia confuso e frustado. Novamente, eu corei e virei rapidamente o rosto, será que ele tinha percebido alguma coisa? Porque ele me olhava daquele jeito? Eu estava perdida? Já?

Arrisquei olhar pelo canto do olho pra ele de novo e ele continuava me encarando. Ele ia mesmo continuar me olhando sem falar nada? Fala sério

juntei toda a minha coragem e me virei totalmente para ele, e sorri.

- oi

Ele olhou por cerca de 2 segundos, e depois retribui meu sorriso. MeoDeus !!! eu me senti tonta por alguns segundos. Eu nunca tinha visto nada tao lindo como esse garoto sorrindo. Era como s pudesse iluminar todo o meu dia, Meo Deus, por favor que eu não esteja babando! E que ele não perceba! Pensei de repente.

- eu sou Edward Cullen prazer. Qual o seu nome? - ele perguntou sorrindo daquele jeito que me fazia perder o ar

precisei de um minuto pra me recuperar, até que percebi que ainda não tinha respondido.

- Isabella Swan, prazer – eu disse corando, cara! Porque que eu disse meu nome completo? Eu nunca fazia isso! Será que ficar perto desse garoto fazia eu ficar totalmente retardada?

- gostando da escola, Bella?

Espera. Eu não tinha dito meu nome completo? Como ele sabia que eu gostava que me chamassem de Bella? Eu não tinha falado com muita gente nessa escola, a não ser com um garoto chamado Mike, na aula anterior. Mas ele não parecia ser amigo desse Edward.

Olhei para ele confusa.

- como você sabe?

Ele me olhou confuso também

- o que?

- Porque me chamou de Bella?

- não é assim que você gosta que te chamem?

- sim – respondi ainda confusa.

Me virei pra frente, o professor tinha começado a falar; ele parecia querer que fizéssemos alguma experiencia com o microscópio, identificar as fases da mitose. Eu já tinha feito aquilo, seria fácil.

- Primeiro as damas. - disse Edward me estendendo o microscópio, eu nem percebi que ele já tinha armado o equipamento.

Olhei pra ele por um segundo, ainda abobalhado cm a sua beleza, depois olhei rapidamente pelo microscópio.

- Profase – eu disse com confiança

- posso ver? - ele perguntou.

Assenti com a cabeça. Ele olhou por um minuto depois escreveu no papel com uma caligrafia elegante. Rapidamente trocou para a próxima, e falou baixinho. - Anáfase.

- posso ver? - perguntei curiosa. Ele foi ainda mais rápido que eu!

Ele empurrou o microscópio pra mim ao mesmo tempo que eu estendi a mão para pegar. Nossas mãos se tocaram por um instante e ele rapidamente puxou a mão. A mão dele era fria, mas nem tanto. Já estava acostumada a tocar vampiros. Mas ele pareceu confuso com o nosso toque. Droga! Dei mole, eu deveria ser mais fria que uma humana, mas não tao fria quanto um vampiro. Provavelmente agora ele já duvidava que eu não era normal.

Terminamos o trabalho em silêncio. Logo não havia mais o que fazer.

- Então, Bella. Porque você se mudou pra Forks? - ele perguntou de repente.

Ta legal, eu suspirei por um minuto, eu teria que ter cuidado pra não pisar na bola de novo. - minha mãe, eu e minha irmã morávamos na Rússia. Mas parece que ela se cansou do lugar e veio para esse estado, porque uns amigos moram aqui perto. Devemos ficar aqui por alguns anos porém. - pronto, era plausível , eu acho. Não muito inteligente, mas dava pra acreditar.

Ele pareceu digerir a história por alguns segundos. E sorriu.

- está gostando da cidade? Aposto que é bem diferente de onde você veio.

- na verdade, não é nada mal. - eu sorri – diferente é pouco! Eu vivia numa cidade grande, aqui é praticamente um cubículo!

Ele riu e concordou com a cabeça. Eu olhei nos olhos dele imaginando o que ele estava pensando. Péssima idéia. Aqueles olhos dourados, agora estavam tão puros, com um ar divertido. Que eu novamente esqueci de respirar. Eu devia começar a tomar cuidado com ele, ou eu acabaria babando na frente dele!

O sinal tocou me acordando e me tirando do transe daquele olhar. Ele levantou graciosamente e me lançou um sorriso divertido.

- Adeus Bella, a gente se vê por aí.

- Tchau – eu disse mio tarde, mas tive certeza que ele ouviu.

Sai da sala flutuando. Primeiro eu tinha feito uma amizade, tudo bem. Ele não era humano então não devia contar, mas fala sério! Segundo, eu consegui interagir com os outros sem ninguém suspeitar. Nem mesmo um vampiro! E terceiro: e conheci o vampiro mais gato do universo. Eu tava louca pra contar pra Chelse. Que tinha sumido misteriosamente depois do intervalo.

Eu cheguei no estacionamento e meu carro estava lá, a Chelse devia ter ido correndo, ela adorava correr. Todos nós gostávamos. Mas ela teria que se explicar quando eu chegasse em casa. Porque que ela saiu daquela maneira? Ela fugiu mesmo dos Cullen? Aqueles vampiros que nem perceberam o que eramos? A família com o vampiro mais perfeito e encantador que eu já tinha visto?

Eu cheguei em casa feliz com todo o meu dia. Tirei meu casaco de couro preto e atirei distraidamente no sofá da sala. Corri até o escritório da minha mãe, onde ela gerlamente estava. Mas estava vazio. Estranho. Procurei parar e escutar onde havia barulho para eu tentar localiza-la mais fácil. Havia um barulho vindo do quarto dele, era uma fungada. Como se ela estivesse chorando. Mas ela não chorava! Era uma vampira!

Corri até lá e bati na porta. - Mãe? Ta tudo bem? - depois de não ouvir ninguém responder eu pus a cabeça pra dentro.

Ela estava deitada na cama encolhida como uma bola, eu nunca havia visto ela assim. Era como eu costumava ficar. Deprimida. Eu nunca percebi como era agonizante ver alguém que voce amava sofrendo. Eu corri e me joguei ao lado dela, deitando ao seu lado. Afagando seus cachos castanhos, tentando entender aquilo.

- mãe. Me conta. O que aconteceu? Porque voce ta assim? Cade a Chelse? - ela deiva estar com a Rachel, ela não devia deixa-la chorando assim, ela não veio pra casa?

Rachel me olhou por uns segundos, segundos totalmente agonizantes. O rosto dela parecia caido, como se tivesse desmoronaro, ainda estava linda é claro. Mas não de um jeito feliz. Ela fungava sem lágrimas. E me respondeu numa voz baixa e que falhou duas vezes.

- Chelse – ela murmurou, depois suspirou e juntou folego, apesar de não precisar. - Ela foi embora, Bella. Ela nos abandonou.

Parecia que eu tinha levado um choque! O que tinha contecido? Ela não disse que ia para casa? Por que ela foi embora? Isso não estava certo? Foi por causa dos Cullen? Mas eles não fizeram nada com ela, Chelse esteve comigo o tempo todo. Eu não conseguia entender.

- Por que? - foi só o que eu consegui murmurar.