N.A.: Gente, essa aqui é meu xodozinho... minha primeira fic! Eu a escrevi antes das shorts (na verdade, as shorts o são assim por falta de mais idéias... nunca nada rendia mais do que um capítulo ç.ç). Taí o primeiro capítulo pra vocês, lá embaixo a gente conversa melhor. o/

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HARRY POTTER E A DESCOBERTA DO AMOR

CAPÍTULO I

ACEITANDO OS FATOS

Harry estava na casa dos Dursley há uma semana e já não agüentava mais. Seu aniversário de 16 anos estava próximo. Mas ele não ligava para isso. Ele não ligava para mais nada depois do que acontecera ao seu padrinho, Sirius. A morte dele foi muito dura para Harry, já que ele era o mais perto de uma família que Harry tinha, mesmo com os Dursley.

A cada dois dias, Harry escrevia uma carta à Ordem, conforme Olho-Tonto Moody mandara. Era sempre o mesmo texto:

Eu estou bem. Meus tios continuam me tratando como sempre.

Harry.

Numa tarde de clima ameno, Harry estava deitado num dos bancos duma praça que havia no fim da Rua dos Alfeneiros pensando nos acontecimentos do fim do ano letivo até que percebeu que não adiantaria nada ficar assim, remoendo os fatos. Ele disse em voz alta para si mesmo, enquanto se sentava, fazendo alguns transeuntes olharem torto para ele:

- Não vai servir de absolutamente nada eu ficar aqui lembrando o que aconteceu. Além de eu sofrer ainda mais, isso não vai trazer Sirius de volta!

Ele ficou sentado lembrando-se de tudo o que Dumbledore dissera e explicara quando eles voltaram do Ministério da Magia. Se ele quisesse viver, teria que ser com o peso do assassinato nas costas. Dumbledore...

Levantou-se de um salto e voltou correndo à Rua dos Alfeneiros, esbarrando em algumas pessoas e ouvindo resmungos e reclamações do tipo "Está maluco" ou "Onde vai correndo desse jeito pelas ruas?" ou ainda "Não olha por onde anda, não?". Ele os ignorou e continuou correndo até chegar em casa.

Quando chegou, subiu as escadas correndo, ignorando completamente seu primo Duda, que estava na sala e perguntou o que havia acontecido para Harry entrar em casa daquele jeito. Ele entrou no quarto e se sentou à escrivaninha ofegante. Catou um pergaminho limpo no meio de seus deveres, uma pena e um tinteiro e começou a escrever:

Eu estou bem. Meus tios continuam me tratando como sempre.

Preciso muito mesmo falar com o prof. Dumbledore. Pessoalmente.

Harry.

Ele amarrou a carta na perna de uma coruja que a Ordem deixara com ele para as cartas que ele tinha que mandar e a soltou pela janela. Ficou olhando ela desaparecer até ouvir sua tia o chamando para o jantar.

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Alguns dias depois chega o aniversário de Harry. Ele ainda não havia recebido nenhuma resposta de Dumbledore.

Ele ainda dormia quando ouviu pequenas batidas. Abriu os olhos, colocou os óculos e viu umas três corujas no parapeito da janela do seu quarto, tentando entrar primeiro que as outras. Uma delas era Edwiges, que aparentemente havia ido cobrar um presente para o dono a Hermione como fazia todos os anos; a outra ele reconheceu como sendo Pichi, a corujinha mínima de Rony; e a terceira era uma da escola.

Harry abriu a janela e as corujas largaram suas encomendas em cima da cama. A do colégio foi logo embora e Edwiges foi para a sua gaiola, porém Pichi ficou sobrevoando a cabeça de Harry, muito contente por ter conseguido cumprir sua tarefa. Edwiges ficou olhando de forma desaprovadora para Pichi.

Ignorando as corujas, Harry começou a abrir os embrulhos. O primeiro era realmente de Hermione. Ela havia lhe mandado um pesado livro. A capa era muito bonita e o título era escrito com letras douradas: Hogwarts, uma história. Rindo, Harry pegou a carta da amiga e começou a ler:

Querido Harry,

Feliz aniversário! Resolvi te dar esse livro para ver se você finalmente o lê! Depois você pode me ajudar a convencer o Rony a fazer o mesmo.

Aqui em casa está um tédio, não tenho nada para fazer. Já terminei todas as lições de férias que os professores passaram...

Harry ficou realmente impressionado com aquilo... como ela conseguira fazer todos aqueles deveres em tão pouco tempo? Anotando mentalmente para perguntar a ela depois, ele continuou a ler:

... passaram e agora simplesmente fico o dia todo na frente da televisão... estou ficando viciada já!

Mas e você, como está indo de férias? Espero que estejam melhores que as minhas, se bem que com os Dursley fica meio difícil...

Vamos marcar para nos encontrarmos no Beco Diagonal qualquer dia desses... se seus tios deixarem, é claro.

Espero que você esteja bem e que goste do livro.

Beijos,

Hermione

Rindo, ele colocou o pesado livro ("será que ela nunca desistiria de nos fazer ler esse livro?" pensou) e a carta de lado e abriu o presente de Rony. Havia uma caixa com diversas miniaturas de dragões. Ele pegou a carta do amigo e leu:

Caro Harry,

Feliz aniversário, cara! Espero que você goste do presente. Eu estou na Romênia com minha família, viemos visitar o Carlinhos. Foi ele quem deu a idéia do presente.

Eu ando precisando conversar com você. Tenho uma coisa pra contar... mas é melhor pessoalmente.

Só poderemos nos ver no Expresso de Hogwarts, no dia do embarque, pois eu só chegarei na véspera.

Todos os Weasley estão mandando Feliz Aniversário e um abraço. Mamãe está chorando de saudades e papai tá querendo saber sobre um tal de computador, seja lá o que seja isso... ele ouviu falar e ficou muito curioso sobre o que seria.

Bem, agora eu tenho que ir, nós vamos visitar o Norberto (eu mato a Gina, que idéia de maluco...)

Abraços,

Rony.

Harry ficou muito curioso com o que o Rony queria lhe falar, mas não pôde deixar de rir... realmente, ir visitar um dragão que te mordeu há alguns anos atrás era demais pro Rony.

Colocou o presente e a carta junto do de Hermione e abriu o último pacote, que era do Hagrid. Ele lhe mandara uma cesta com os melhores doces que havia na Dedosdemel, junto de um cartão de aniversário.

- Quero só ver a cara do Duda se vir esses doces... vai morrer de vontade, mas não vai poder comer por causa da dieta da tia Petúnia – ele pensou em voz alta e caiu na gargalhada.

Colocou seus presentes em cima da escrivaninha e, como viu que já estava amanhecendo, foi ao banheiro tomar um banho e fazer sua higiene pessoal. Quando saiu, deu de cara com tio Valter, que olhou desconfiado e perguntou:

- O que aconteceu, moleque? Caiu da cama, foi? Ou agora além de tudo você tem insônia também? – e riu da própria piada. Harry sentia que nada iria estragar seu bom humor e sua alegria. Então respondeu calmamente:

- Na verdade eu bem que tenho insônia às vezes, mas por motivos sérios. Só que hoje eu fui acordado por três corujas batendo na minha janela tentando entregar meus presentes.

Tio Valter ficou ainda mais desconfiado e perguntou:

- Presentes? E por que você estaria recebendo presentes?

- Porque hoje é o meu aniversário.

Tio Valter ficou muito desconfortável, porque ele esquecera totalmente do aniversário do sobrinho, aliás como acontecia todos os anos. Mas como ele não gostava mesmo do menino, nada mais normal. Ele se virou para entrar no banheiro e disse:

- Então Feliz Aniversário.

Harry achou aquilo simplesmente inacreditável. Seu tio, desejando-lhe "Feliz Aniversário"? Achou que, depois daquilo, nada mais poderia acontecer.

Como estava enganado.

Depois do episódio ele demorou um pouco no quarto, pois depois de se trocar ele foi ler novamente seus cartões de aniversário. Nesse meio tempo, os Dursley já estavam tomando café.

De repente, a campainha tocou. No andar de cima, Harry ficou curioso. Quem iria visitar alguém a essa hora da manhã?

Ele estava descendo quando viu que tia Petúnia e Duda foram correndo até o hall de entrada. Ele viu ambos pararem de chofre ao chegarem.

Harry ficou mais curioso ainda. Quem poderia causar esse choque nos Dursley? Pois tio Valter também estava em choque, tanto que se afastara bastante da porta.

Quando chegou, também ficou chocado com quem estava parado no batente da porta, encarando todos. Mas, quando o estranho viu Harry, abriu um enorme e bondoso sorriso e perguntou:

- Será que eu poderia entrar?

Harry meramente afirmou com a cabeça. Ele estava de queixo caído. Quando o visitante entrou, tio Valter fechou a porta e perguntou:

- Quem é o senhor?

Mas Harry não deu tempo de o homem responder, já que ele olhava para Harry com os braços abertos. Harry entendeu o recado e o abraçou com força, sem palavras. Quando conseguiu falar, apenas disse:

- Que surpresa maravilhosa!!

- Feliz Aniversário, Harry!

Tio Valter e Duda olhavam sem entender mas tia Petúnia olhava com uma expressão estranha. A visita soltou Harry, olhou para ela e apenas disse:

- Olá, Petúnia.

Ela estremeceu e evitou o olhar do marido, que a encarava com uma expressão de confusão, e respondeu com um aceno da cabeça. O homem então dirigiu-se novamente a Harry dizendo:

- Harry, será que não tem nenhum lugar onde nós possamos conversar, não? – o garoto olhou pros Dursley em dúvida e então disse:

- Claro que tem, nós podemos conversar no meu quarto.

Então o guiou até seu quarto, deixado os Dursley atônitos. Quando chegaram, Harry fechou a porta e se virou dizendo:

- Sabe, esse foi o meu melhor presente, hoje, professor.

- Acho que você pode dispensar esse tratamento formal, Harry, nós já nos conhecemos há bastante tempo... me chame só de Alvo – Dumbledore deu um sorriso e disse: - Trouxe meu presente e o do Remo também.

Harry pegou os embrulhos e indicou a cadeira da escrivaninha para Dumbledore se sentar, sentando-se ele próprio na cama. O diretor, no entanto, sentou-se ao seu lado e disse:

- Por que você não abre logo seus presentes? E depois a gente pode conversar.

Harry concordou e abriu primeiro o de Lupin. Era um livro de Defesa Contra as Artes das Trevas e um monte de doces.

- Vejo que ele não foi o único a mandar doces...

Ele olhava para a escrivaninha de Harry, onde ele deixara os doces que Hagrid mandara. Harry sorriu e abriu o presente de Dumbledore. Ele viu que era um álbum recheado de fotos de seus pais e amigos na época do colégio e de pouco tempo depois. Ele agradeceu emocionado. Dumbledore disse:

- Não há de quê. Eu aproveitei e trouxe sua carta de Hogwarts e o resultado dos N.O.M.s.

- Ah, obrigado, depois eu olho – ele colocou ambos os envelopes encima da escrivaninha e se sentou novamente na cama. Então Dumbledore disse:

- E então, Harry, o que você queria falar comigo?

- Bem, é que... – começou. Era bem mais difícil de falar agora que estava frente a frente com o professor. Ele pigarreou e disse: - Bem... primeiro eu gostaria de te pedir desculpas por ter gritado com você no fim do ano letivo...

- Não precisa pedir desculpas, Harry – interrompeu Dumbledore.

- Não, Alvo, deixa eu falar – ele respirou fundo e continuou: - por ter gritado com você e destruído metade do seu escritório – Dumbledore deu um sorrisinho discreto mas não disse nada. Harry continuou: - Só que eu não havia entendido direito ainda o que acontecera e não queria aceitar que... que o Sirius morreu, sabe? – ele parou mais uma vez, respirou fundo e concluiu: - Mas é como dizem por aí, a vida continua. Ficar pensando o tempo todo em Sirius não vai trazê-lo de volta. Aí me lembrei das grosserias que cometi e que falei pra você e quis pedir desculpas.

Dumbledore suspirou e disse:

- Eu repito o que eu disse antes, Harry: você não precisa pedir desculpas. Eu entendo como você estava se sentindo, afinal ele era o mais próximo de uma família que você tinha, já que não podemos contar com os Dursley... – ele parou pensativo. Depois disse: - Mas eu fico feliz que você tenha entendido a situação.

Ele sorriu e Harry retribuiu, sentindo como se um peso tivesse saído de seus ombros. Ele ia dizer algo, mas foi interrompido por tia Petúnia, que bateu na porta, meteu a cara no quarto e disse:

- Harry, o almoço está na mesa. O senhor vai almoçar aqui, professor?

- Acho que vou aceitar o convite, sim, Petúnia.

Os três desceram e sentaram-se à mesa, junto com tio Valter e Duda. O diretor conversou sobre vários assuntos do mundo trouxa com tio Valter, o que o deixou bastante surpreso e impressionado.

Depois do almoço, os Dursley foram para a sala e Dumbledore disse:

- Bem, agora eu vou ter que ir embora, Harry.

- Já?

- Já. Aquela escola precisa de mim, ainda mais nas atuais circunstâncias...

- Alvo, posso fazer uma pergunta?

- Claro, Harry.

- Eu vou precisar ficar aqui as férias inteiras?

- Lembre-se do feitiço de sua mãe, Harry...

- Eu me lembro, mas... eu já estou aqui há bem um mês... será que já não deu tempo dele ter sido renovado, não?

Dumbledore riu com gosto e disse:

- Bom argumento, Harry. Já, já deu tempo sim. Para onde você quer ir?

- Qualquer lugar para mim tá bom...

- Vejamos... os Weasley viajaram, então você não pode ir para a Toca... acho que você não está preparado para voltar ao Largo Grimmauld, não é mesmo? – Harry confirmou com a cabeça e Dumbledore continuou: - Ficar mais de um mês no Caldeirão Furado não é o melhor programa... é... acho que o único lugar que sobrou foi Hogwarts...

- Eu posso ir para Hogwarts?

- Claro, desde que você não se importe de voltar para a escola antes do fim das férias... – Dumbledore falou com um sorrisinho maroto.

- É óbvio que eu vou! Hogwarts é como se fosse minha casa, eu adoraria passar as férias lá!

- Então vai arrumar suas coisas.

- Eu vou agora?

- Claro! Você quer ir quando, semana que vem?

Harry riu e subiu as escadas correndo. Vinte minutos depois ele já estava com tudo pronto no hall de entrada. Dumbledore riu e disse:

- Você tem certeza que pegou tudo em tão pouco tempo?

- Absoluta!

- Ótimo! – Dumbledore fez, então, um aceno com a varinha e toda a bagagem de Harry desapareceu. Harry perguntou:

- E como eu vou chegar em Hogwarts?

- Chave de portal. Tome, segure esse jornal – e entregou um jornal trouxa bem velho a ele, que o segurou. Enquanto o diretor fazia o feitiço, Harry ouviu uma voz atrás dele:

- Tchau, Harry.

Era sua tia Petúnia. Ele estranhou, mas respondeu:

- Tchau tia. Até o próximo verão.

-Harry, daqui a pouco a chave de portal vai ser ativada. Mas eu não vou a Hogwarts agora, ainda tenho que lhe arranjar uma companhia. A não ser que você queira passar o resto das férias totalmente sozinho.

- Não, claro que não... mas quem é essa companhia?

- Você verá – nesse exato momento, o jornal emitiu uma luz azulada e Harry sentiu um puxão no umbigo. A chave de portal fora acionada. Ele rodopiou até sentir seus pés tocando no chão antes de despencar para frente. Ele chegara ao seu tão conhecido salão comunal da Grifinória.

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N.A.: E então, que acharam? A opinião de vocês realmente é importante para mim, acreditem nisso!

Bom... essa fic está pronta e possui 18 capítulos. Mas resolvi que não irei postar de uma vez não... vou colocando aos pouquinhos pra ver que cês vão achando dela... :D Prometo não ser má e atualizá-la com frequência (por enquanto, planejo um capítulo por semana, nos fins de semana... a depender da quantidade de reviews, quem sabe não coloco uns dois capítulos por semana? Só depende de vocês! ;D)

É isso, gente... até o próximo capítulo. Beijinhos a quem estiver lendo isso.

Evans.