Só um empurrãozinho
Capítulo 1
Para KaneHyruma :)
— Aonde exatamente quer chegar, docinho? — o velho bruxo perguntou, sem tirar os olhos de onde estavam suas mãos (bem, o que ainda restava delas): uma alta caixa de madeira, repleta de algum tipo asqueroso de larva gigante.
— Gárgulas saltitantes! Estou pedindo sua ajuda, Kettleburn!
Ele finalmente levantou os olhos, encarando a nova professora de voo. Muito atlética, muito ousada, tinha os olhos cor de ouro e os cabelos curtos como os de um homem. Um homem recém-eletrocutado.
— Minerva e o diretor... — ela explicou, impaciente.
— Oh... OOHH! — e ele finalmente entendeu, levantando-se e enxugando o suor da testa com a manga do casaco. Hooch não pareceu se importar com o estado de desmazelo de seu colega.
— Ora, vai dizer que nunca lhe passou pela cabeça...
— É claro que sim. Da parte de Albus me parece muito claro... aquele velho biruta! Sim, todos veem os seus cuidados... isso é raro! É muito raro, Hooch! Mas McGonagall não parece muito... aberta ao amor. Bem, você certamente sabe mais que eu sobre que tipo de pensamento passa por atrás daqueles óculos quadrados. A mim ela parece uma freira mal comida.
— Não seja ridículo, freiras não podem ser mal comidas... elas nem mesmo são comidas! — Então a mulher chacoalhou a cabeça e tratou de se focar no que realmente interessava — e... acredite, Minerva não tem nada de freira. Ela está perdida por aquele homem. Pode não admitir, talvez não admita nem pra si mesma, mas eu estou absolutamente convencida de que não há nada nesse mundo que ela deseje mais. Só o que falta é um empurrãozinho. Para os dois. Basta notar o modo como se olham, como se tratam. Bons amigos, é o que ela diz, e se irrita, imagine só! Bons amigos... pff... São ambos tolos demais para dar o primeiro passo, Kettleburn, a esse ritmo morrerão antes de tocarem a mão um do outro, imagine então o resto do corpo!
— Hmmm... a palavra é covardes.
— O quê?
— Deve usar a palavra covardes. São grifinórios, não são? Todo grifinório tem uma pequena chama dentro de si, e se a sopramos...
— ...Teremos labaredas.
Ele sorriu.
— Sim, querida, é isso mesmo. Sua motivação é nobre...
O homem limpou as mãos em um trapo velho, então se pôs a mexer em sua estante. De algum canto secreto tirou uma garrafa velha e empoeirada. Sem tirar os olhos dela, ele anunciou:
— ...eu admiro isso. Terá a minha ajuda nessa empreitada.
N/A: Esta será curta, em quatro capítulos rápidos. Espero que gostem. Ah, e só pra lembrar, reviews sempre são bem vindos, viu? :D
