Guerra de sentimentos

Por. Amanda-chan

Disclaimer : "Inuyasha e seu grupo não me pertencem, mas se um dia chegar a ser, aviso-os : )".

Capítulo 1 – A estratégia

As terras do Oeste, um reino distante, com uma vida favorável e um comércio propício, mas que durante as guerras teve seu pacífico convívio maculado.

Sim, aquele reino como muitos outros estava em guerra. Porém, o que poderia vir de bom durante um combate? Nada. Isto entre milhões de outros motivos era como uma súplica para o fim daquele massacre...

Contudo quem atreveria a dar o primeiro passo? É lógico que ninguém desistiria tão facilmente e com esses pensamentos gananciosos é que se destruía as esperanças de todo um povo, que nada mais queria além da paz.

Os dois irmãos, príncipes do reino, assumiram o comando quando o rei, seu pai, veio a falecer.

O privilegiado reino possuía um gigantesco exército, contudo, após a morte do rei, os dois irmãos dividiram-no, pois cada um possuía suas estratégias e não gostavam de batalhar lado a lado.

Sesshoumaru, aquele quem comandava uma grande parte do exército do reino Oeste, estava prestes a partir, deixando o comando de seu exercito nas mãos do irmão mais novo, Inuyasha, pois ficaria ausente durante um mês.

Sesshoumaru era um jovem alto, cabelo longo e prateado, olhos dourados, possuía algumas marcas no rosto e uma meia lua na testa. Usava uma armadura por cima de suas veste brancas, na bainha se encontravam duas espadas, Tenseiga e Toukaijin.

Inuyasha também era alto, cabelos longos e prateados, olhos dourados, no topo de sua cabeça se encontravam duas orelhas de cachorro, possuía caninos e garras afiadas. Usava uma veste vermelha e na bainha se encontrava sua espada, Tessaiga.

Tessaiga e Tenseiga eram as espadas que seu pai havia deixado como herança aos dois irmãos.

Inuyasha estava sentado na sala de reuniões, observava o movimento no castelo, o corre-corre descomunal já começava a deixá-lo tonto. Todos os empregados se empenhavam no preparo da partida de Sesshoumaru.

Inuyasha cansou-se de observar e resolveu ir falar com o irmão.

Seguiu por um dos longos corredores do castelo, de paredes decoradas com belos quadros, plantas bem cuidadas e algumas esculturas. Subiu as escadas, virando a direita.

Havia uma porta de madeira e ele entrou descuidadamente sem bater, como sempre fazia. Estava um pouco escuro, a janela estava fechada, assim como as cortinas. O quarto era grande, havia uma cama, um armário, uma mesa e alguns quadros.

- Sempre tão educado.

- Recebi a mesma educação que você.

- E pelo visto ela não fez nenhum efeito.

- Tenho mais o que fazer do que discutir com você!

- Tente ser um pouco mais delicado da próxima vez, irmãozinho... – Inuyasha rosnou ao ouvi-lo dizer aquilo, por que sempre tentava irritá-lo?

- Tratando-se de você está fora de questão – Inuyasha resmungou baixo, mas não o suficiente para escapar aos ouvidos de Sesshoumaru.

– Pare de resmungar como um velho. Precisava mesmo falar com você - Continuou, sem ligar para as caretas que Inuyasha fazia a cada palavra.

- O que quer? – Perguntou, fitando Sesshoumaru arrumar as malas.

- Você não muda - Sesshoumaru suspirou, não adiantava tentar colocar algum bom senso na cabeça do irmão.

- Feh! – Foi a única coisa que Inuyasha pronunciou. – Vá direto ao assunto... – Falou sentando-se na cama do irmão.

- Certo... Inuyasha tem certeza que pode liderar os dois exércitos por um mês? Sem a minha presença...? – Inuyasha fechou a cara e logo respondeu:

- É claro! E além do mais já os comandei muitas vezes. Dessa vez não será diferente.

- É isso que me preocupa... Na ultima vez quase matou todos os soldados...

- Ora! Eu não tive culpa! Se aquele idiota do Jakotsu não tivesse me atrapalhado, teria vencido! – Disse Inuyasha se levantando abruptamente da cama.

-Sempre a mesma desculpa... – Falou Sesshoumaru indo até o armário e pegando algumas roupas.

- Não é desculpa! O que você faria se aquele idiota te agarrasse no meio da luta? –Perguntou Inuyasha nervoso. Sesshoumaru sorriu divertido. Certo que Jakotsu tinha uma queda por orelhas caninas, mas isso não era um motivo tão grandioso para por uma batalha a perder. Por que Inuyasha não podia admitir seu erro?

Sesshoumaru fechou as malas e olhou para o irmão mais uma vez.

- Já arrumou tudo? – Perguntou Inuyasha ao vê-lo apanhando suas duas malas.

- Já. Vamos descer, quero falar com Miroku. – Sesshoumaru saiu do quarto, Inuyasha o seguiu. Desceram as escadas e foram para a sala de reuniões, onde Miroku já os esperava.

Miroku era um rapaz muito educado, alto, cabelos pretos e curtos, presos em um pequeno rabo de cavalo. Usava um traje distinto de conselheiro do rei e sua mão parecia incontrolável uma vez perto das belas damas.

- Inuyasha, tente pedir o conselho de Miroku antes de tomar qualquer decisão precipitada. Não quero voltar de viagem e encontrar um circo armado.

- Feh! – Inuyasha bufou contrariado, virando a cabeça para o outro lado.

- Miroku, não o permita fazer besteiras. – O jovem assentiu e acrescentou:

- Farei o possível para por Vossa Alteza nos eixos.

- "timo! – Disse Sesshoumaru.

Os três se dirigiram à entrada do castelo. Os cavalos já estavam preparados quando chegaram ao pátio principal, e apenas esperavam o príncipe. Os empregados pegaram as malas de Sesshoumaru e colocaram-nas na carruagem, que seria guiada por dois soldados. Sesshoumaru montou no cavalo, segurando as rédeas.

- Irmãozinho, cuide-se durante a minha ausência. – Disse arrancando uma bela careta do irmão.

- Feh!

- Aceitarei isso como um sim...

- Entenda como quiser... – Respondeu.

- Certo, vamos indo. Adeus... – Bateu com os pés na lateral do animal estimulando-o a iniciar o galope. Os guardas seguiram logo atrás.

Logo estavam distante o bastante para que a visão dos que ficaram pudesse alcançar apenas alguns pequenos pontos em movimento no horizonte.

Inuyasha olhou para Miroku ao seu lado, que disparou na direção do castelo ao perceber que do lado de fora não estaria seguro.

- INU-CHAN! – Uma voz estridente ecoou.

- Eu não mereço – Disse Inuyasha para si mesmo, indo pelo mesmo caminho que Miroku havia feito há alguns instantes atrás.

Jakotsu corria em sua direção enquanto abanava os braços freneticamente.

A tentativa de fuga não obteve muito sucesso, já que Inuyasha não conseguiu se livrar da perseguição. Subiu correndo para o seu quarto e trancou a porta arfando pela corrida nos longos aposentos do castelo.

Seu quarto era grande, localizado em uma das torres principais e com uma bela visão dos verdes campos do reino, possuía cortinas na janela, uma cama no centro, um armário na lateral e uma mesa.

Deitou-se na cama e suspirou aliviado, mas sua felicidade acabou cedo ao escutar Jakotsu batendo na porta incessantemente e gritando:

- NÃO FUJA DE MIM INU-CHAN! – Ele falava entre risos e gargalhadas. – Abra já essa porta. – Falou autoritário.

- Nunca! Acha que eu sou idiota? ! – Inuyasha respondeu.

- Inu-chan! Você não é idiota, é fofo! – Jakotsu gargalhou.

- Dê o fora!

- Quero apertar essas suas orelhinhas kawaii até que você se deite e role pra mim, depois posso coçar a sua barriguinha e depois abraçá-lo e... – Jakotsu continuou com uma enorme lista de coisas que gostaria de fazer com Inuyasha enquanto seus olhos brilhavam a cada imagem que vinha a sua mente. Inuyasha pode apenas suspirar desanimado.

- Eu mereço – choramingou se encolhendo na cama. Acabou por adormecer ali mesmo.

=.=.=

Em uma vila distante, uma jovem de longos cabelos negros, pele branca e roupas de sacerdotisa andava distraída.

- Sacerdotisa Kagome? – Chamou um dos moradores da vila. Kagome se virou para encarar um senhor.

- Sim? – Ela perguntou suavemente.

- Antes de partir, poderia ver a minha neta? Ela esta muito doente... – Falou o senhor com uma expressão triste.

- Claro. – Respondeu Kagome com um sorriso.

- Por favor, venha comigo. – Disse o senhor andando em direção a uma das cabanas da vila. Kagome o seguiu de bom grado.

Depois de um tempo Kagome havia acabado. Aconselhara algumas ervas e muito repouso até que a garota estivesse completamente curada. O senhor agradeceu pela ajuda e entrou em casa. Kagome se despediu e seguiu seu caminho.

Ela voltaria para o vilarejo de sua tia Kaede, estava ali a pedido da mesma para cumprir alguns serviços, já que a velha sacerdotisa já estava cansada para viagens como essa.

- Em fim terminei, já estava com saudades de todos. – Disse para si mesma.

E seguiu seu caminho, pela estrada que passava por dentro da floresta.

=.=.=

O vento soprava gélido com o cair da noite. As primeiras estrelas já haviam aparecido há algumas horas e a lua já se encontrava em uma posição mediana no céu.

Inuyasha despertou com batidas na porta, sentia seus ossos doerem, adormecera em uma posição não muito aconselhável. Esfregou os olhos, sonolento, levantou-se e foi ver quem era.

-OI INU-CHAN! – Gritou Jakotsu pulando no pescoço dele. Inuyasha encolheu as orelhas com o barulho, estava com tanto sono que levou um tempo para entender o que acontecia.

De repente arregalou os olhos, e começou a empurrar Jakotsu, mas não conseguiu se soltar.

-Vamos Jakotsu, solte-me! Tenho mais o que fazer!! – Gritou Inuyasha.

Os criados, na cozinha, já deviam estar fazendo os últimos preparativos para a janta e Inuyasha ainda tinha que resolver algumas coisas antes de cear.

Miroku estava andando por um dos corredores e ao ouvir a gritaria foi verificar, mas arrependeu-se. Ao chegar no corredor, onde se encontrava o quarto de Inuyasha, Miroku ficou branco.

Tentou sair de fininho, mas já era tarde de mais.

-MIROKU! – Gritou Jakotsu se soltando de Inuyasha e indo agarrar a nova vitima.

Inuyasha aproveitou a chance para fugir desapercebido, deixando o pobre conselheiro ser esmagado nos abraços calorosos de Jakotsu.

Deixou um suspiro escapar-lhe ao virar o corredor. Aquela foi por pouco, pobre Miroku, não teve a mesma sorte, sofreria nos braços de Jakotsu, que tão brevemente não o liberaria.

Inuyasha seguiu na direção da sala de reuniões, tinha um assunto muito importante a tratar. Descendo as escadas, virou a esquerda dando em um corredor estreito, a pouca luz produzida pelos lampiões era a única fonte de luminosidade.

Seus passos ecoaram no corredor.

As paredes eram de pedra maciça e tinham uma aparência desgastada, haviam pequenos vazamentos vindos do andar de cima - isso devia piorar muito na estação de chuvas - que aumentavam a umidade do local. O incrível cheiro de mofo penetrou os sentidos de Inuyasha fazendo-o torcer o nariz.

A sala de reuniões se localizava no andar de baixo, num corredor isolado, um péssimo local que haviam escolhido para esse fim, teria algum motivo em especial?

Sem perceber já estava diante de uma porta de madeira escura, girou a maçaneta enferrujada adentrando no cômodo.

Havia uma grande mesa, que pelos seus cálculos deveria abrigar cerca de 60 pessoas nos dias em que havia algum movimento ali. Estava um pouco escuro e caminhando um pouco mais adiante, estacou ao perceber uma pequena mesa para o escrivão ao canto. A mesa estava ocupada.

Olhou para ele. O rapaz ao perceber sua presença levantou-se subitamente pondo-se a cumprimentá-lo:

-Majestade... – Disse o servo curvando-se cordialmente. Inuyasha fechou a cara e foi logo dizendo:

-Faça-me um favor... Chame todos, tenho um assunto importante a tratar, não quero perder tempo com essas idiotices de educação. – Falou como sempre mal humorado. O escrivão apenas se retirou sem fazer nenhum comentário.

Inuyasha sentou-se na grande mesa, pondo-se a mexer em toda aquela papelada que havia sobre ela.

Após alguns minutos, todos da assembléia real já estavam presentes na sala. Sentaram-se em seus respectivos lugares. Inuyasha desviou sua atenção do papel que lia, ainda faltavam duas pessoas.

- Onde estão Miroku e Jakotsu? – Perguntou Inuyasha já nervoso.

Subitamente a porta se abriu, e pode ser percebido o semblante de Jakotsu e Miroku.

- Inu-chan! É bom saber que se preocupa comigo! Finalmente admitiu seus verdadeiros sentimentos! – Disse Jakotsu chorando de emoção enquanto tentava agarrar o príncipe

- Não sei do que está falando – Inuyasha resmungou com o queixo apoiado nas mãos – Sente-se, temos um assunto importante a tratar aqui.

- Certo meu docinho! Depois nós conversamos! – Disse ele jogando um beijo antes de sentar-se.

Inuyasha ao ouvir tal apelido conteve-se para não estrangular o mensageiro. Respirou fundo procurando acalmar-se e se levantou, passando a caminhar de um lado para o outro enquanto falava.

- Já esta na hora de revidarmos o dano que aqueles desgraçados do reino Norte causaram nas nossas terras. – Inuyasha começou. Todos olhavam-no atentos.

- E o que pretende fazer? – Perguntou um deles.

- Fiquei sabendo através de fonte segura que daqui duas semanas eles darão uma festa, parece que um guerreiro bastante querido entre eles está de volta. – Inuyasha explicou. – Durante essa festa eles não estão esperando serem atacados... –Comentou Inuyasha com um sorriso no rosto. – Estarão desprevenidos...

- Pretende fazer uma emboscada? – Perguntou um dos participantes da assembléia, interessado.

- Sim, mas precisamos de uma boa estratégia. Venho observando a região do reino inimigo e há algo que nunca havia notado antes...

- O que? – Perguntou outro curioso.

Inuyasha pegou um mapa de aparência antiga, onde mostravam todos as passagens existentes no reino e abriu-o sobre a mesa.

- Há algum tempo atrás havia um túnel ao sul do castelo, que foi usado em um combate para invadir o mesmo castelo em épocas remotas. Com as mudanças climáticas recentes foi completamente inundado e abandonado. Mas há uma época em que é possível a passagem, e para nossa sorte é daqui a duas semanas - Inuyasha sorriu confiante - Exatamente quando a festa irá ocorrer. É possível que ele ainda exista.

- Sugere que usemos este mesmo túnel para invadir a festa? – Perguntou um dos que estavam presentes.

- Pode dar certo – Acrescentou Miroku.

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YO MINNA!

Beleza? Finalmente terminei esse capítulo, espero que vocês gostem da história, vai contar sobre um romance durante a guerra. Todo um relacionamento pode ser destruído por uma decisão errada, pode até mesmo causar a separação.

Nessa fic vai rolar muita coisa, e pretendo faze-la durar, porque estou cheia de idéias!

Então, por favor, deixem suas opiniões, pois são muito importantes!

Quero fazer um agradecimento especial a Lily, que revisou esse capítulo para mim, MUITO OBRIGADA LILY, o capítulo ficou muito bom com as suas correções!!!! Beijão miga!

Mil beijos para todos...

Ja ne

Amanda-chan