E aí caras,
Essa é uma história que surgiu na minha cabeça do nada. Eu não tenho nada planejado e vou deixar as coisas seguirem seu fluxo e ficar só no improviso. Também agradeceria se vocês deixassem um comentário sobre o que acharam, e me ajudarem com o que eu poderia melhorar, tanto com a parte de erros ortográficos como com a parte do enredo. Peço também um pouco de compreensão, já que é a minha primeira fanfic e tudo mais...
Maaas Ok. De qualquer jeito, avante com a história: Eu não possuo Bleach e nenhum de seus personagens :'(
Capitulo 1: Medo
Corro o mais rápido que posso. Não devo estar correndo por muito tempo. Sei que corro muito rápido e demoro a me cansar. Devido à prática, posso chegar aonde quiser com muita rapidez: eu sempre tive certa facilidade com esportes e me considero uma pessoa muito energética e disposta, mas, enquanto sinto um calafrio correr pela minha espinha, não consigo deixar de pensar que não importa o quanto eu corra- nunca estarei longe o suficiente daquela rua. Sinto meus músculos da panturrilha se contraírem juntamente com a familiar sensação do solo duro do asfalto sob meus calcanhares. O ambiente pouco iluminado e amplo da rua me obriga a ficar atenta, com esse sentimento de desespero fazendo meu coração palpitar mais rápido.
Eu tenho essa teoria: existem dois tipos de reações, a inativa e a ativa. Ambas extremas e opostas uma a outra. Esta primeira é quando se age na defensiva: aqueles que esperam o problema chegar e, quando ele chega não fazem nada para impedir. Talvez por que são covardes, acabam sempre dando pra trás, são aqueles que nunca atacam e ficam na sua zona de conforto, só esperando as coisas se resolverem, independentemente do resultado final. A segunda são aqueles que sempre tentam combater, seja o que for, seja como for. Eles sempre estão no meio do problema, completamente imersos e sempre pensando num meio de contra-atacar. Um exemplo prático é quando se está com medo.
Quando se está com medo, um medo verdadeiro. Daqueles extremos que sacodem seu corpo inteiro com tremores e te fazem encarar cada ponto e cantinho que sua visão alcança,-analisando, procurando- temendo que alguma coisa surja das sombras pra te atacar. Aquele que te dá um sentimento de desespero e te faz temer o pior, que faz seu coração subir para a garganta e você suar não importa quão frio esteja. Aquele que te faz agir no instinto e determina quem você realmente é: um ativo, ou um inativo.
Quando o medo ataca, você não sabe o que fazer e se encontra mobilizado no lugar, sem mover seus músculos, paralisado. Seus pulmões se contraem e o sangue drena rápido em direção as extremidades do seu corpo liberando adrenalina, porém tudo o que você faz é esperar ele chegar, sem fazer nada para impedir, só esperando as coisas se resolverem. Independentemente do resultado final.
Quando o medo ataca, sua mente dispara e pensamentos e estratégias se atropelam: você planeja não só os próximos passos do inimigo, mas também os seus. Seus músculos ficam tensos e,- apesar de sentir a insegurança e duvidar do resultado- estes se movem como se tivessem própria força de vontade e os famosos instintos se fazem presentes, prontos para contra-atacar e combater, seja o que for, seja como for.
Tudo depende: inativo ou ativo?
Um medo primordial atacava meus sentidos e me fazia desejar estar dentro de um quarto fechado: onde seria muito mais fácil localizar uma ameaça e procurar um modo de me proteger, já sabendo por qual direção o inimigo atacaria. Meus olhos se movem agitados, e só agora percebo que nunca fui boa em filosofia, mas acabei de criar uma tese sobre um sentimento tão complexo como o medo. Momentos de desespero fazem isso. Eles nos fazem pensar sobre fatos da nossa vida. Principalmente daqueles que se sobressaem: remorsos, sonhos e expectativas, os fracassos, os sucessos, os amigos e a família... Todo aquele cliché de "a vida passar diante dos seus olhos"...
É, momentos de desespero realmente nos fazem pensar.
Entretanto, mesmo com toda a consideração feita anteriormente, me encontro confusa sobre em qual das duas classificações de minha tese eu me encaixaria. Meus músculos se movem sem que eu comande, é puro instinto, mas mesmo assim não consigo pensar em o que fazer além de correr até que minhas pernas caiam. Seria eu uma ativa? Se bem que falta aquela atitude, aquela resposta, aquela coisa toda de enfrentar o seu medo, certo? Eu deveria fazer alguma coisa depois de ter visto o que vi, não é?
Meus pulmões se enchem e esvaziam rapidamente com cada respiração que tomo. Minha garganta arde de tão seca que está. Sinto o ar frio bater em minha bochecha, me dando aquela sensação de satisfação e alivio e, ao mesmo tempo, de queimação, devido à alta temperatura de meu corpo. A ideia de arrancar a minha blusa de lã e me expor ao ar gélido da noite se torna cada vez mais atraente enquanto minha respiração se torna mais acelerada e barulhenta, mas me encontro incapaz de qualquer movimento a não ser o de minhas pernas que se movem freneticamente pela rua irregular e esburacada de uma ladeira.
Arrisco uma olhadela atrás do ombro e não vejo nada além da grande subida- que agora chegava ao fim-, iluminada por alguns postes de luz. Só fui capaz de procurar bem brevemente, mas tenho certeza que se o que acabei de ver estivesse me seguindo, eu com certeza teria sido capaz de enxergar. Sinto minhas pernas amolecerem e a adrenalina se extinguir. Reclino-me contra um poste perto de um mercadinho na esquina de um cruzamento. Agora que estou parada e já sem energia, finalmente relaxo e por causa do cansaço, suponho, sem me importar com a sujeira, me sento na calçada e tento recuperar o fôlego. Tenho que respirar pela boca para suprir minha necessidade de oxigênio. Meu cabelo, agora sem a influência do vento, insistia em grudar na minha testa molhada de suor. Oh Deus, e agora? Certamente, deveria ir pra casa, tomar um banho, um chá de camomila para acalmar os nervos e ocupar sua mente com alguma coisa: um seriado de romance meloso ou um filme de comédia bem estúpido. São os piores tipos mas os mais assistidos.
Tudo bem, isso pode parecer estúpido e vocês podem até me julgarem louca, - eu mesma estou me convencendo de que a razão pela qual estou correndo a 50 km/h, no meio de uma noite fria de novembro e fazendo repercussões filosóficas sobre o efeito do medo nas pessoas talvez seja pura maluquice- mas o que acabei de presenciar, senhoras e senhores, não foi um simples roubo de carro, casa, de mão armada ou não, nem algum estuprador atrás de mais uma vitima ou um bêbado que andava muito solitário e estava afim de companhia- se é que me entendem-, não. O que eu acabei de ver, na verdade, foi um horrendo bicho de corpo gigantesco e com uma máscara assustadora como cara.
Eu realmente preciso tomar uma atitude.
Pois é...Essa foi a introdução, pessoal. Caso alguém goste ou tenha algum conselho sobre qualquer melhoria sobre a história, seja de ortografia ou no enredo, eu adoraria ver um comentário ;))). Aguardo ansiosamente.
Obrigado por lerem e espero que tenham gostado :3
Becka-ah.
