SUBTERRÂNEO DA REDENÇÃO

I

Era uma amena tarde de verão no Cabo Sounion, quando uma jovem caminhava/passeava de bicicleta pela areia, apreciando a vista do mar.

Ela tinha vinte e dois anos, olhos castanho-claros e cabelos da mesma cor que iam até a nuca, repicados em camadas com uma franja cobrindo as sobrancelhas. Usava tênis brancos, macaquinho jeans-claro e uma blusa pêssego de alças largas.

Parou num ponto que considerou ter uma boa altura para sentar e ver o pôr do sol, freou a bicicleta, desceu e estendeu na areia uma canga que trouxera numa sacola de palha pendurada em seu ombro. Depois, se sentou sobre a canga retirando um sanduíche de atum e uma garrafa de soda limonada da sacola com alguns copos descartáveis por cima.

Deixando a sacola sobre a canga e servindo-se um copo de soda, brindou com um olhar e um sorriso de saudade para o horizonte enquanto dizia:

-Feliz aniversário, irmão...

Pouco de depois de começar a refeição, ouviu o som de uma respiração ofegante vinda a sua esquerda. Intrigada, resolveu guardar as suas coisas e pegar a bicicleta para seguir aquele som.