No Elevador.
Mais um fic Roiai. Espero que gostem. Fiz este em resposta ao desafio do Fórum Mundo dos Fics. Um casal preso em algum lugar...o que fariam?
Bem, não me lembro se haviam elevadores no quartel da Cidade Central..se não tiver, finjam que tenha...Lembrem-se que é uma obra literária amadora, sem fins lucrativos, a não ser a diversão.
POXA! É um RoyxRiza!
Esqueçam esses detalhes que nada acrescentam ao bom andamento do roteiro e boa diversão!
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Sábado... a noite.
Riza Hawkeye estava debruçada sobre alguns relatórios, querendo terminá-los antes de ir para casa e dormir. Estava tão concentrada naquilo que estava fazendo que levou um susto quando a porta abriu-se bruscamente, com a chegada de Roy Mustang.
"Sábado à noite, oito horas e três minutos."-ele anunciou.
Riza não entendeu o que ele queria dizer com aquilo, e olhou para o relógio.
"Na verdade, são vinte horas e sete minutos, senhor!"
"Você entendeu o que eu quis dizer. Sua folga começou há sete minutos atrás. O que está fazendo aqui que não está em casa se arrumando... para o que você costuma fazer quando não está trabalhando?"
"Relatórios a serem preenchidos."-ela apontou para a pilha de papéis sobre a mesa.
"Isso não pode esperar até segunda-feira?"-perguntou olhando para uma das pastas.
"É que eu queria realmente terminar isso..."-Roy a pegou pelo braço, fazendo-a se levantar e pegou seu casaco.-"Senhor!"
"Havoc cuida disso amanhã." –ele determinou.
"Mas..."
"Nada de mas. É uma ordem. Aproveite sua folga."-acompanhando-a ao elevador.
"Posso perguntar, Coronel...por que quer me tirar do Quartel a qualquer custo?"-perguntou já sem paciência.-"E eu prefiro usar as escadas."
"Pelo elevador é mais rápido. E não quero lhe tirar a qualquer custo do quartel."-respondeu com um sorriso encantador, entrando no elevador com ela.
"Não me convenceu. O que está escondendo?"
"Nada."-deu os ombros.
Então, ouviram um estrondo e o elevador sacudiu. As luzes se apagaram, e as de emergência foram acesas.
"O que foi isso?"-Riza perguntou desconfiada.
"Parece que o elevador quebrou."-Roy respondeu, apertando o botão de emergência e não obtendo resposta. Pegou o telefone de emergência.-"Está mudo."
"Estamos presos!"-espantada.
"Sim."-respondeu com calma.
"Para alguém que esta preso em um elevador o senhor está muito calmo, coronel Roy Mustang!"-comentou com um tom levemente acusador.
"Está insinuando que eu tenho algo a ver com este incidente?"
"O senhor está dizendo isso, não eu."
"Eu não planejei que o elevador pifasse."
"E o que planejou?"-com um olhar inquiridor, cruzando os braços.
Roy suspirou e encostou-se na parede do elevador com os olhos fechados e com as mãos atrás da cabeça.
"Levá-la ao Bistrô Armand...onde todos a estão esperando para uma festa surpresa em comemoração ao seu aniversário."-respondeu.
"Meu...aniversário?"-ficou abismada. Havia esquecido o próprio aniversário.
"Acho que teremos que esperar agora."-suspirou.
"Esperar o que?"
"Que alguém se lembre de onde estamos. E que venham atrás de nós, do contrário ficaremos aqui até amanhã de manhã quando o pessoal da manutenção chegar."-respondeu ainda de olhos fechados.
"Quer dizer...ficar presos aqui até amanhã?"-a perspectiva a deixou aflita.-"Com o senhor...sozinha?"
"Qual o problema?"-ele perguntou abrindo um dos olhos.
"Nada."-ela disfarçou, dando os ombros.
"Acha que eu a agarraria? Que me aproveitaria da situação?"-levemente irritado e ofendido.
"Bem..."
"Demorou demais a responder."-ele a interrompeu.-"Me julga esse tipo de homem?"
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Bistrô Armand...
Havoc para o relógio pela enésima vez, e depois para a rua.
"Estão atrasados, não acha?"
"O Coronel foi buscá-la."-Armstrong o tranqüilizava.
"Mas, mesmo assim..."
"Pense bem."-começou a falar o fortíssimo alquimista.-"Vai ver que estão tendo uma conversa intima...só os dois...me entende?"
"Ah...entendi."-fez cara de quem não entendeu nada.
"Vamos esperar mais."-se servindo de uma taça de vinho.-"Então iremos ligar para o Quartel."
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Ainda presos no elevador...uma hora havia se passado e eles estavam em total silêncio, sem se dirigirem a palavra um ao outro, e isto deixava Riza ainda mais culpada.
"Desculpe. Não queria ser rude."-ela disse-lhe envergonhada, quebrando o silêncio.
"Eu dei algum motivo para que pense assim de mim, Riza?"-perguntou.-"De que sou uma pessoa cheia de segundas intenções com as mulheres?"
Ouvi-lo chamá-la pelo primeiro nome a deixou desconcertada e com um súbito calor. Retirou o casaco e sentou-se no chão, antes de responder.
"Desculpe-me...é que...todas aquelas mulheres ficam suspirando pelo senhor. E parece que você gosta disso!"
Roy deu uma risadinha.
"Está com ciúmes, Riza?"
"Eu?"-ficou tensa ao vê-lo sentar-se ao seu lado.
"Não precisa ter ciúmes das outras mulheres, Riza."-disse-lhe com seriedade, que a deixou mais tensa ainda.
"Por que eu iria ter ciúmes?"-e se afastou um pouco.
"Então me enganei."-ele levantou as mãos como se rendesse, mas mantendo um sorriso zombeteiro.
Riza suspirou, o ar dentro do elevador estava tenso demais. Não agüentou pegá-lo olhando-a de maneira debochada. Aquilo foi irritado-a de tal maneira que acabou explodindo.
"Sim! Eu tenho ciúmes sim! Destas mulheres que ficam se jogando aos seus pés, se oferecendo a você e o senhor bem que gosta disso, não é?"-Roy ficou espantando com o que ouvia.-"Está satisfeito? Eu tenho ciúmes, porque tenho uma grande carinho...não! Não vou falar mais!"-se encolheu percebendo que fora longe demais.
"Ah, não! Agora continue!"-ele fica ajoelhado diante dela, forçando-a a fitá-lo.-"Aqui. Só nós dois. Quero ouvir tudo o que tem a me dizer agora!"
"Já falei besteira demais, Roy."-desviando o olhar.
Ele segurou com delicadeza o queixo de Riza, fazendo-a com que voltassem a se encarar.
"Não precisa ter ciúmes, pois eu tenho olhos só para uma mulher."-essa afirmação fez Riza estremecer.-"E estou olhando para ela agora."
"O que?"
"Shhh..."-soltando os cabelos dela, e sentindo sua maciez.-"Gosto dele assim."
Os olhos negros iluminaram-se com um desejo profundo, urgente. Como que atraído por um imã, Roy cobriu os lábios sensuais com os dele, mergulhando na doçura da boca macia e úmida.
Riza achou que estivesse sonhando. Quando sentiu a língua experiente explorar sua boca, deixou a paixão contida explodisse e respondeu da forma que uma mulher poderia fazer, entreabrindo os lábios num convite sensual.
De súbito, Roy a puxou mais, com ternura. Deslizou os dedos pelo peito másculo e abriu os botões da camisa, tocando a pele arrepiada. Sussurrando em seu ouvido, ele a encorajava, fazendo-a enlouquecer ao acariciar-lhe a orelha com a ponta da língua.
"Roy...eu não acho que isso seja certo."-ela se afasta, ficando em pé.
"Nada poderia ser mais certo."-disse-lhe também se levantando e encurralando-a contra a parede, entre seus braços.-"Passei meses, todas as noites imaginando como seria tocar sua pele..."-murmurou, beijando-lhe o pescoço e em seguida a encarou.-"Mas se você não quiser ir adiante eu vou entender."
"Cala a boca e continue logo."-ela ordenou e Roy sorriu de maneira sensual, pronto a obedecer.
Não queria ficar mais um segundo longe do calor daquele corpo, a abraçou com mais força, beijando-a com ardor, enquanto as mãos corriam soltas pelas costas de Riza. Cada toque, a cada descoberta a fazia estremecer. E ele a tocava com delicadeza, como se temesse machucá-la.
Riza gemeu de prazer quando ele entreabriu sua boca com a ponta da língua e percorreu os lábios com movimentos atrevidos. Nem em suas mais ousadas fantasias, imaginava que se entregar aos beijos daquele homem seria assim.
Ela sorriu, fitando aqueles olhos negros e colou-se no corpo viril, num convite feminino e sutil. Movido por uma urgência que não podia mais controlar, Roy pressionou-a contra a parede. Com um movimento rápido, suspendeu-a e fez com que envolvesse as pernas em sua cintura, favorecendo o máximo contato de suas anatomias,
"Riza...está me enlouquecendo."-disse-lhe rouco de paixão.
Riza achou que fosse incendiar bem ali, ao sentir a masculinidade pulsante, que revelava o quanto Roy a desejava. Amava aquele homem e não queria mais esconder a verdade. Precisava lhe mostrar o quanto o queria.
"Veja o que você faz comigo..."-Roy pressionou o corpo contra o dela, beijando-a com lascívia.
"Quero sentir mais..."-Riza gemeu, movendo-se de encontro a ele.-"Agora."
"Tem realmente certeza disso?"-Ele hesitou.
"Sim..."
Com rapidez, ele a deitou no chão, sobre seu casaco e já retirava a camisa. Ela olhava a tudo com ansiedade, fitando o corpo bem feito de Roy. Trêmula, ajudou-o a desfazer da sua blusa, revelando os seios ainda cobertos pelo sutiã. Num ímpeto a beijou, acariciando seus seios sobre a peça de roupa. Os corpos entrelaçados pedindo mais...e mais...
Então...
Um estrondo...E o elevador balançou. Alguém forçava a porta do elevador a abrir-se. Mãos poderosas abriram uma passagem, e a luz do corredor invadiu o local. Armstrong olhou bem para a cena, e ficou vermelho de vergonha.
"Eu disse que eles poderiam precisar de aju..."-Havoc colocou a cabeça para dentro do elevador e parou de falar, totalmente sem graça.-"Desculpe...eu não sabia...desculpe."-tampando os olhos.-"Fecha isso, Armstrong! Podem continuar o que faziam. Finjam que não estamos aqui."
"Havoc...Sai daqui."-ordenou Roy.
"Sim...sim senhor!"-afastando-se com os olhos tampados por uma de suas mãos.
Riza escondia o rosto no pescoço de Roy, totalmente envergonhada. Roy não sabia se atirava ou se cremava seus amigos pela interrupção.
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Depois que foram "resgatados" do elevador. Roy e Riza se despediram de Havoc e Armstrong. Riza ainda não conseguia encarar os amigos, envergonhada por ter sido flagrada daquela maneira. Começou a caminhar, afastando-se de Roy.
"Ei! Espere!"-ele a alcançou.-"Que foi?"
"Que vergonha! Nunca mais poderei encarar aqueles dois!"-escondendo o rosto no peito dele.-"Todo o quartel acabará sabendo."
"Eles são discretos. Não falarão nada e você fica linda corada!"
"Para com isso."-ainda com o rosto escondido.
"Eu te amo."-falou e ela o encarou perplexa, depois as lágrimas vieram aos seus olhos.-"Não...não chore."
"Eu também te amo."-e o beijou suavemente.-"Ainda é meu aniversário."
Roy olhou para um relógio, onze e meia.
"Sim. E o que sugere?"-perguntou malicioso.
"Terminar o que começamos."-insinuou.-"Vamos para a minha casa."
"Hum...adorei a idéia."-e abraçados caminharam.-"Quer usar o elevador?"
Fim...
Desafio cumprido...
OO Nossa! É a primeira vez que eu escrevo um fic de desafio do Fórum antes do prazo final. Geralmente as idéias vêem DEPOIS do prazo. XD!
Beijos e obrigada por lerem.o/
