Título: Maus Costumes
Autora: Prince's Apple
Personagens: Jack Sparrow, sua tripulação e uma OC (em sua maioria; pertencem à Disney)
Aviso: Rated T – No futuro, conterá algumas ceninhas picantes
Resumo: "Quer suas jóias de volta, Srta Lane? Então venha pegá-las." [10 anos antes da saga]
Maus Costumes:
Capítulo 1.
Se conhecer em Tortuga.
Não passava da meia noite, as estrelas iluminavam o céu caribenho e a lua, refletida na água, guiava a rota dos navios. Após mais uma de suas pilhagens, o capitão Jack Sparrow, e toda sua tripulação, atracara em Tortuga.
— Dessa vez tivemos sorte, não tivemos, Jack?
— Sim, Sr. Gibbs, tivemos — o mais jovem, que ostentava um chapéu armado no topo de sua cabeça, respondeu. — Vá buscar o rum na taverna, naquela porcaria de navio só havia chá. Malditos sejam os ingleses!
Gibbs assentiu com a cabeça e se afastou de seu capitão, à caminho do respectivo estabelecimento. Sparrow caminhou por alguns minutos pelas redondezas da ilha, cumprimentou velhos conhecidos e passando por uma casa de moças, reconheceu algumas de suas antigas companheiras de aventuras. Ficou ali parado contemplando-as à varanda, deleitadas na brisa noturna. Aos poucos estas o foram reconhecendo, e uma a uma, lhe acenaram;
— Jack! — uma loira de espartilho cantou-lhe o nome.
— Não quer subir um pouco? — uma outra o sugeriu — Parece frio aí fora, Capitão Sparrow.
— Não Scarllet, hoje não, querida.
— Na próxima atracagem talvez? — ela insistiu, mas Jack não estava tão certo daquilo.
— Talvez
— Hei, você! — gritaram à sua espalda. Ele olhou em resposta, mas parecia não reconhecer a dona daquela voz — É, você mesmo! É o dono daquele navio de velas pretas, não?
Uma jovem mulher de cabelos castanhos e assanhados, vestindo um modelo vitoriano rasgado, encharcado e completamente encardido, aproximou-se dele. Suas intenções pareciam claras, pois a transparência de suas atitudes não deixava dúvidas quanto à raiva que sentia por estar na presença de Jack.
— Sim, senhorita. — ele respondeu mirando àquela estranha figura — Sou o Capitão Jack Sparrow! E com quem estou falando?
— Está falando com Lady Lane, de Liverpool.
— Lady-Lady?
— Não, Lady Lane — ela o corrigiu.
— Lady Lae?
— Ó messa! — ela bufou, irritada — L-A-D-Y L-A-N-E, de Liverpool.
— Grande coisa — uma das prostitutas exclamou, do alto.
Lane deu de ombros àquela provocação
— Ahn! E...? — ele continuou com desinteresse — Veio à nado de Liverpool pra cá? Porque se formos levar em conta o estado das roupas que está usando - -
— Sr. Sparrow! — ela dizia aos gritos — Só quero que devolva as minhas jóias!
— Jóias? — ele repetiu, confuso — Nos conhecemos de algum lugar, querida?
— NÃO! Mas conhece o meu navio muito bem.
— Ó messa! — ele que agora exclamara — Arranjaram um novo dono para o meu Pérola?
— Você é demente? Não fala nada com nada, homem! Estou falando do navio que acabou de roubar. Era o navio em que eu estava.
Aquela mulher estava no navio que Jack e sua tripulação havia acabado de pilhar. Sparrow agora se perguntava se ela teria vindo realmente à nado do navio saqueado até a costa.
— Quer as suas jóias de volta, senhorita Lay?
— Lane! — ela o corrigiu acentuando o sotaque britânico
— Quer mesmo? — ele repetiu recuando alguns passos.
Lane estendera um braço à espera de seus pertences.
— Sim, eu as quero. Eram jóias de família
— Acho que isso não será possível. — Jack fingiu lamentar, desvencilhando-se da mulher — Acho que não as tenho.
Lane ensaiou estender o outro braço na direção do pirata, mas acabou por relevar de dentro de suas vestes uma arma.
— Vai me devolver ou não? — ela o ameaçou
— Damas inglesas não sabem atirar — ele provocou antes de empunhar sua própria arma, porem, Jack logo percebeu que Lane já lhe apontava a dela.
— Ó, nós sabemos sim, senhor Sparrow. Sabemos muito bem.
— Certo, certo... — ele fingiu-se dar por vencido — Baixe a arma. Que tipo de criminoso pensa que eu sou? Vou morrer por uma esmeraldazinha daquelas?
— E um colar de rubis também - -
— Exatamente. — ele continuou — Rubis são vermelhos demais pra mim - -
— E um par de diamantes - -
— OK, OK! Senhorita Lady Lay, a senhora - -
— É LANE! — ela o corrigiu sonoramente, mas aquilo não fazia a mínima diferença para o capitão do Pérola. Sendo ela uma Lady Lane - britânica de (não tão) bons modos - em busca das jóias da família ou não, ele não a deixaria ficar com apurado do dia.
— Você quer seus rubis-esmeraldas caros como diamantes? — ele a questionou pela ultima vez, já guardando sua arma no bolso da calça.
— Hã? Sr. Sparrow, não brinque comigo.
— Se quer - - Venha pegar!
Jack deu-lhe as costas e correu o mais rápido que pôde deixando pra trás aquela mulher tresloucada. Era uma corrida injusta, Sparrow não usava um vestido ensopado tão longo quanto o dela, ou calçava um salto genuinamente francês que de tão fino afundava no solo arenoso de Tortuga.
No porto, sua tripulação já o esperava para zarpar. Jack subiu correndo até o convés do navio e ainda ofegante, ordenou que as velas fossem içadas. Ele queria sair dali o mais rápido que pudesse, afinal; nunca tivera um lucro tão grande em apenas um dia de trabalho. Não iria perder tudo para uma fútil dama inglesa.
— Hei, Pirata! — a voz dela ecoou do píer. Todos ao redor voltaram-se a ela; os tripulantes do navio e os homens em terra, mas era para Jack que Lane olhava. — Estou falando com você, capitão!
— Vamos, vamos! — ele agilizava as ordens sem olhá-la
O barco se distanciava, Lane não sabia o que fazer e agarrando-se à umas cordas dele, escalou a proa ao encontro de Jack.
— CAPITÃO! — ela exclamou por fim.
— Ó, Lady La-la — ele voltou-se receptivo — Vejo que perdeu seus sapatos.
— Não me apego à certas coisas. Deixei-os pra trás. E meu nome é - -
— Não se apega? — ele a cortou, secamente — E porque está aqui? Vá embora, mulher. Estamos partindo.
— Eu disse que eram jóias da família. — ela repetiu num tom ameaçador
— O que vai fazer, La-la? — ele caçoou — Vai atirar em mim? Está no meu navio, agora. Sob os meus comandos.
— Não existe jurisdição no mar. Não existe Lei, e vou atirar se não me devolver - -
— Veio à nado não foi? — ele perguntou, agora a achando indefesa — Vou lhe dizer uma coisa: A arma não vai funcionar. A pólvora está molhada, querida.
Tortuga se distanciava, e somente uma ponte a traria de volta à terra. Lane pensou no quão burra havia sido quando decidiu escalar a proa daquele navio. Estava cercada por criminosos e não adiantava fugir, agora ela teria de dançar conforme a música da tripulação.
— Você não me mete medo, senhor — ela tentou não perder a pose, quando ele aproximou-se dela a intimidando.
— Sua coragem - - — ele dizia, fingindo analisar uma mecha daquele cabelo castanho — - - É disfarçada!
— Não me toque. — ela bradou.
— Espero que, amanhã, suas idéias estejam mais claras, querida Lane. Porque por hoje: Você está presa.
N/A
Primeiro capítulo. Espero que tenham gostado. (risos) Se quiserem saber mais sobre a minha OC, Penélope Lane, por favor, leiam You Learn. Achei que essa maluquinha cairia como uma luva ao lado do querido Jack. (Só espero que Snape não fique com ciúmes rs.)
O título da fic faz menção aos Maus Costumes de Sparrow, estes, por sua vez serão explorados a cada capítulo. Capa já está disponível em meu perfil.
Próxim capítulo: Sempre se compadecer
[.:PRINCE'S APPLE:.]
!!REVIEWS SEMPRE AJUDAM!!
