Título: Um namorado para o Natal
Pares: Harry/ Severus e outros pares.
Classificação: M (R) (slash, lemon e trapalhadas élficas)
Resumo: Numa época de relacionamentos difíceis e guerras, três corajosos fantasmas e um conhecido elfo se unem para presentear alguns habitantes de Hogwarts com um Natal inesquecível.
Disclaimer: Todos os personagens pertencem a J K Rowling, nós apenas os pegamos emprestados para dar vida às nossas idéias loucas e maravilhosas!
Beta : Marck Evans
Nota: Este é o primeiro trabalho da brava armada do "The Slash Round Robins", esperamos que curtam nosso trabalho! Lembrem-se, reviews são sempre bem vindas!
Nota 2: Esta fic não segue a cronologia de Half Blood Prince.
Um Namorado para o Natal Capítulo 1 – por Amanda SaitouDezembro havia chegado a Hogwarts, pintando a vasta floresta que a circundava de um branco imaculado, cobrindo os rastros de uma sangrenta batalha ocorrida há poucos dias, quase purificando-a. O frio era tão intenso que ninguém se aventurara a passear debaixo da tempestade de neve, preferindo permanecer no acolhedor interior da escola de magia.
O perverso Lorde das Trevas e o corajoso Garoto-Que-Sobrevivera haviam duelado no mesmo cenário há poucas semanas, e o lado da luz havia tido uma grande perda: Albus Dumbledore. Em contrapartida o resultado de tal sacrifício fora o desaparecimento temporário de Lorde Voldemort, resultando numa trégua temporária entre Comensais da Morte e a Ordem da Fênix. Não houvera perdedores ou vencedores, e em breve, quando o líder das trevas retornasse, a guerra continuaria.
A nova diretora de Hogwarts, Minerva McGonagall, decidira manter o espírito alegre e cordial de Albus comandando a escola, e para tanto convocara staff e alunos para prepararem as festividades de Natal. A data, que sempre fora tão querida de Albus, teria uma festa a altura para honrar a memória do velho diretor.
Porém não eram as lembranças do duelo que chamavam a atenção naquele cenário etéreo, mas sim um par de olhos verdes cintilantes que observava a escola a distância. O vulto estava encoberto por um fino manto também esverdeado, e longos cabelos avermelhados escapavam pela lateral do capuz.
Logo o vulto ganhou companhia, uma figura esguia e mais alta, portadora do sorriso mais zombeteiro já visto na história de Hogwarts. – Ah, é bom voltar, não é?
Os olhos verdes o miraram com um sorriso. –Sim, é, meu amigo. Mas nós não podemos nos perder nas lembranças de quando estivemos aqui. Temos uma missão importante a cumprir.
O vulto mais alto soltou uma gargalhada irônica. – Missão, você diz. Para mim é mais uma das suas idéias sem sentido. Ainda não acredito que você levou aquele velho gagá à sério.
- Ele não é um velho gagá, você que ficou mais maluco depois de tanto tempo no outro mundo.
- Eu, maluco? Garota, malucos ficaram você e o quatro olhos em concordar com o velhote. É do seu filho que nós estamos falando! E aquele – aquele... argh, aquele seb...
- Nem ouse continuar. Albus tem toda razão, eles são perfeitos um para o outro. Se ao menos eles não fossem tão teimosos...
- Ainda acho tudo isso uma tremenda loucura.
- Mas você concordou em vir, não foi?
- E perder a oportunidade de rever Remus e o meu afilhado? Eu concordaria com qualquer coisa para voltar a vê-los.
A frágil figura de olhos verdes suspirou e voltou seu olhar para a escola. – Ah, meu filho, já faz tanto tempo...
- Ele é um garoto e tanto. Espero que você tenha certeza do que está fazendo, Lili.
- Potter, já não basta eu ter que aguentar você como uma imitação patética de Professor de Defesa Contra a Arte das Trevas, ainda tenho que ficar aguentando suas lamúrias em pleno café da manhã?
- Mas Snape, você disse a Albus que não se importava que eu assumisse essa classe. Eu me ofereci para ensinar Poções, lembra?
- Há, claro que me lembro. Como se eu pudesse negar alguma coisa a Albus... e você arruinaria a próxima geração de Mestres de Poções, seria um desastre!
- Então porque toda essa implicância? Nós estamos trabalhando juntos há três anos, eu pensei que um dia você...
Os lábios finos de Snape se alinharam num sorriso sarcástico. – Que eu o que, Potter? Que caísse pedindo perdão aos seus pés e lhe adorando como o restante do seu fã clube? Vá sonhando.
- Isso tudo é porque eu assumi o lugar de Minerva? – Harry parecia estar no limite da sua paciência.
- Eu não tenho nada a ver com as decisões daquela imprudente, moleque.
- Então porque todo esse mau humor?
Severus grunhiu e fingiu ignorar o seu companheiro de mesa. A verdade era que após a morte de Albus o Mestre de Poções sentia-se totalmente fora de lugar entre as outras pessoas, pessoas que ao mesmo tempo faziam o possível para evitar a sua presença. Exceto Potter, é claro. O rapaz parecia ter se tornado sua babá desde então, seguindo Severus por toda parte, observando se ele comia e se cuidava direito, espiando se não havia Comensais no seu encalço, ou o pior, parando toda noite no seu quarto para perguntar como ele estava, como se ele fosse algum pirralho idiota de cinco anos de idade. Potter era o único que parecia se importar de fato com ele, mas uma sensação estranha fazia suas entranhas doer toda vez que Potter lhe cercava de tanta atenção, e por não compreender exatamente o que essa dor significava, Severus simplesmente reagia com a mesma agressividade e desagrado de outrora. E ainda assim Potter continuava cuidando dele. O que ele podia fazer se seu colega não tinha nada mais a fazer do que segui-lo por toda parte?
- Vamos, Severus, você tem que comer direito, seus ferimentos não vão cicatrizar desse jeito.
Logo os dois estavam discutindo novamente, e tal fato devia Ter se tornado tão normal aos olhos dos demais que Severus e Harry eram deixados a sós em sua discussão.
Exceto, é claro, por um pequeno elfo sorridente, que por alguma estranha razão não conseguia tirar os olhos do intrigante par...
