NA: Fic escrita para o Projeto: "O conto dos três irmãos" da seção HG do fórum 6V. O conto utilizado foi "O burro que vestiu a pele de um leão" e como deve ter dado para notar eu não tenho criatividade para nomes e acabei usando o mesmo título do conto para a fic.


O burro que vestiu a pele de um leão

Oi mãe, oi pai!

E aí, tudo bem? Como está a Lily? Falem que depois escrevo uma carta só para ela contanto tudo. Hogwarts é tão incrível! Vocês tinham razão, os fantasmas e o chapéu seletor são inacreditáveis! Falando no chapéu seletor, tenho uma coisa para contar. (nesse momento os corações de Harry e Ginny deram pulos, em que casa ele teria ficado?)

Você estava certo pai, a gente pode escolher a casa se quiser (a ruiva olhou para o marido sem entender). Quando coloquei o chapéu na cabeça estava tão nervoso que fiquei pensando o tempo todo "Sonserina não"; igual a você, pai. Aí, aconteceu uma coisa muito estranha, o chapéu falou comigo, pai. Ele perguntou por que eu não queria ir para a Sonserina, disse que ainda lembrava-se das suas palavras dizendo a mesma coisa. Quando eu disse que não queria ir para lá porque não queria ser um bruxo das trevas, ele disse que os sonserinos são ambiciosos e astutos e que, se alguns se tornaram bruxos ruins, não foi por causa da casa e, sim, deles mesmos. Então, ele falou de Pettigrew, que era da Grifinória, mas foi um grande servo de Voldemort.

Na mesma hora, lembrei-me daquela história trouxa que você leu para nós quando éramos pequenos sobre o burro que vestiu a pele de um leão. O Pedro foi o burro, não é? No fim, você, o tio Ron e a tia Mione descobriram isso e contaram para todo mundo, vocês foram a raposa.

Depois disso, eu fiquei até pensando se não seria bom ir para a Sonserina para ser mais um bruxo bom por lá. Mas não precisam se preocupar, o chapéu disse que nem tinha pensado em me colocar lá e que eu pertencia a Grifinória, mas que não tratasse os sonserinos com esse preconceito.

Bom, acho que já falei muito. Vou dormir agora. Um grande beijo para vocês dois e para a Lily.

Com amor,

Albus Severus Weasley Potter.

Ginny e Harry terminaram de ler a carta do filho, emocionados, era incrível como suas crianças se lembravam das histórias e estavam sempre fazendo comparações. Eles realmente levaram a sério a moral dos contos.

- Você estava certo em querer apresentar os contos trouxas para as nossas crianças - Ginny falou beijando o marido com carinho – agora responda a carta dele e eu vou ver o que a Lily quer.

Harry foi até a escrivaninha, pegou o pergaminho, a pena e o tinteiro e começou a responder a carta do filho, enquanto sua esposa respondia a um chamado da filha mais nova no quarto ao lado.


NA1: Agradecimento especial a F. Coulomb que é super eficiente e betou a fic rapidinho.

NA2: Para quem não conhece o conto aqui está ele:

"Um burro encontrou uma pele de leão que um caçador tinha deixado largada na floresta. Na mesma hora o burro vestiu a pele e inventou a brincadeira de se esconder numa moita e pular fora sempre que passasse algum animal. Todos fugiam correndo assim que o burro aparecia. O burro estava gostando tanto de ver a bicharada fugir dele correndo que começou a se sentir o rei leão em pessoa e não conseguiu segurar um belo zurro de satisfação. Ouvindo aquilo, uma raposa que ia fugindo com os outros parou, virou-se e se aproximou do burro rindo:

- Se você tivesse ficado quieto, talvez eu também tivesse levado um susto. Mas aquele zurro bobo estragou sua brincadeira!"

Moral: Um tolo pode enganar os outros com o traje e a aparência, mas suas palavras logo irão mostrar quem ele é de fato.