PRÓLOGO

Retratação: Todos os personagens são de propriedade de Massami Kurumada, sendo os direitos autorais protegidos por lei. Este fic não tem fins lucrativos e blá, blá, blá.

Finalmente estou escrevendo esta história sobre os cavaleiros templários. Nem acredito! Mas, para quem não me conhece, já vou avisando. Minhas atualizações demoram... mas um dia saem.

Observações:

Mantive os nomes dos Templários fundadores da ordem mais famosos.

O Rei retratado aqui é Felipe V, conhecido como O Belo. Daí a razão de escolher o Misty. O dite talvez apareça como um Templário, mais para o final.

Shion é o Papa da época: Clemente V. Escolhi ele por causa dessa coisa toda dele ser o 'Papa' dos cavaleiros.

Que fique claro: este fic não tem intenção nenhuma de ofender Cristãos ou Muçulmanos. É só a minha visão de como foi a queda da Ordem dos Templários.

Se tudo der certo esta fic será curtinha, tipo 2 ou 3 capítulos. Afinal, eu não vou falar dos 10 anos que Jacques de Molay ficou na prisão, né? Aliás ele será personificado pelo Camus.

Ainda não sei se vou enveredar para o Yaoi, mas caso sim, será um breve conto Dite X Mask bem levinho lá para o final. Mas não fiquem esperando por isso.

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PRÓLOGO.

Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo ad gloriam

O ano era 1118 d.C. Após sucessivos e sangrentos combates que causaram a morte de milhares de cristãos e muçulmanos, além de miséria e destruição pela posse da Terra Santa os cavaleiros que travaram a Primeira Cruzada tomavam o poder na cidade de Jerusalém.

Os nobres e seus enormes exércitos que lutaram por meses finalmente atingiam o seu objetivo: libertar a Terra Santa dos Cristãos do domínio dos Muçulmanos. Entretanto, a simples tomada dos territórios sagrados não oferecia qualquer segurança contra novas invasões dos 'hereges', e foi com este pensamento de manutenção da paz e da salvaguarda dos territórios reconquistados que nove dos nobres franceses pediram permissão para permanecer nos territórios ocupados, a fim de garantir a segurança dos peregrinos cristãos que desejassem visitar os territórios sagrados conquistados em meio aos domínios muçulmanos.

O então rei de Jerusalém, Balduíno II, permitiu que os cavaleiros cruzados permanecessem nos domínios conquistados, cedendo-lhes as ruínas do Segundo Templo de Salomão, localizado em Jerusalém, para que lhes servisse de sede.

Destes nove que fixaram-se na Terra Santa, os mais famosos foram Hugo de Payens e Geoffroy de Saint-Omer. Mas além deles, todos os bravos que permanecerem ajudaram a fundar a mais poderosa ordem de cavalaria: A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, que tempos depois, em razão da localização da sede, veio a ficar com conhecida como a Ordem dos Templários.

Durante os primeiros nove anos de sua permanência na cidade sagrada de Jerusalém além de sua função primordial de proteção aos peregrinos, os cavaleiros, até então apenas Cruzados, dedicaram-se a escavações nas ruínas do templo que lhes servia de abrigo e, em suas fundações encontraram riquezas em forma de tesouros e documentos detentores de vastos conhecimentos.

Essas riquezas provavelmente há muito jaziam naquele local pois aquelas ruínas há muito tempo constituíram o local mais sagrado dos Judeus, e era onde os sacerdotes depositavam todas as riquezas do reino, antes dele ser invadido, conquistado e dizimado pelo império romano no ano 70 d.C., sendo que tudo o que foi encontrado foi levado sob o mais absoluto sigilo para a Europa.

Nesta ocasião, o então Papa, Inocêncio II, sumo pontífice da Igreja, outorgou aos agora Templários uma Bula, documento que lhe garantia poderes ilimitados e que os declarava 'isentos da autoridade episcopal'. Desta forma os Templários não se submetiam a jurisdição da Igreja, ficando subordinados a autoridade do Papa, somente. Isso os isentava do pagamento de dízimos, e lhes permitia manter seus próprios capelões, cultos, padres e cemitérios.

Desta forma, os Templários não se subordinavam a interferências dos demais membros da Igreja ou da Monarquia Francesa que não tinham qualquer autoridade sobre a ordem dos Templários agraciada com plena autonomia para agir da forma que melhor aprouvesse aos interesses de proteção da Terra Santa, sendo a Ordem reconhecida formalmente no Concílio de Troyes.

Embora riquezas tenham sido achadas os Templários fizeram voto de pobreza, assim como os membros da Igreja, castidade e silêncio, cumprindo rituais monásticos de orações, jejum e devoção a Deus.

O maior símbolo de seu voto de pobreza era a insígnia da ordem, onde um cavalo era montado simultaneamente por dois cavaleiros que portavam escudos brancos com uma cruz vermelha ao centro, delimitada de ponta a ponta tanto na horizontal quanto na vertical. Essa mesma cruz também era simbolizada nas túnicas dos Templários, que os diferia dos demais cavaleiros Cruzados.

O lema da ordem era sua devoção a Deus, através da frase "Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo ad gloriam" - Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai Glória.

A ordem dos Templários, em pouco tempo alcançou enorme prestígio, recebendo doações de terras por toda a Europa, o que a tornou a segunda Instituição mais poderosa do período, abaixo somente da Igreja a que se subordinavam.

Mas o poderio desta ordem não era somente financeiro, já que em pouco tempo muitos nobres e até mesmo monarcas lhes deviam dinheiro. A ordem também havia crescido em números e contava com um enorme exército para a defesa dos cristãos peregrinos, e muitas vezes, suas propriedades, que se distribuíam por todo o Velho Mundo, serviam de refúgio até mesmo aos nobres que recorriam a sua proteção.

Porém o crescimento do contingente humano da Ordem não se deu somente pela fé. A mistura da hierarquia monástica e militar atraiu um grande número de filhos de nobres, geralmente aqueles que buscavam o prestígio que não teriam dentro da família, principalmente pelo não recebimento de heranças em razão da regra da primogenia.

Outros eram atraídos para a Ordem dos Templários encantados pela destreza e bravura demonstradas nos combates, e ser um Templário significava conseguir prestígio social. Um misto de bravura em combate e tradições guerreiras com a salvação espiritual rendeu aos cavaleiros a alcunha de monges guerreiros.

Entretanto, os templários não mais travavam combates desnecessários com os muçulmanos. Sendo o objetivo principal a proteção dos peregrinos, contraditório seria se estes tivessem de visitar uma terra onde se travam conflitos. Desta forma os Templários mantinham relações diplomáticas com os povos não cristãos da região e, a fim de evitar conflitos, toleravam os seus ritos e crenças. Outra medida dotada foi a de aprender o idioma desses povos, a fim de negociarem sem a necessidade de intérpretes.

Entretanto, o fato da Ordem ser extremamente influente no Velho Mundo e principalmente às riquezas de que esta era detentora, atiçaram a cobiça do rei da França, Misty IV – O Belo, que buscou ser membro da ordem, porém foi rejeitado.

Diante disso e de alguns fatos ocorridos em que o rei sentiu-se impotente diante da força dos Templários, este propôs ao novo Papa, Shion V, que havia sido nomeado sumo Pontífice graças a pressão das tropas de Misty I, que destruísse a ordem dos Templários.

E assim seria feito.

CONTINUA...

Beijos

Kika-sama.