- Eu vou te foder, all the night.- o sussurro alcançou minha orelha direita.

Mantive o meu sorriso simpático no rosto. Os milhares de repórteres e câmeras a nossa frente continuavam a rotina de perguntas sobre o filme, era uma típica coletiva de imprensa se não fosse pelas provocações de Robert.

- Você vai implorar por mais, Judsie.. – o hálito quente batia contra o meu pescoço – Vai enlouquecer..

Me servi com um pouco de água ouvindo as perguntas seguintes serem direcionadas ao diretor. Eu tinha a minha chance de revanche. Alcancei a jarra de água novamente e me inclinei até Robert enchendo pouco a pouco o copo vazio.

- Mas sabe o que eu acho? Que quem vai enlouquecer naquela cama... Vai ser você – levantei meus olhos aos castanhos o vendo brilharem de excitação. – Quem vai implorar por mais... Vai ser você – Pousei a minha mão livre na perna de Robert – Quem vai pedir por misericórdia... Duas vezes... Também vai ser você – minha mão encontrou a ereção latejante – Porque quando eu começar... Não vou parar, Rob e você vai gritar o meu nome a noite toda. - Coloquei a jarra no lugar me distanciando.

- Isso é o que veremos, meu caro..

Peguei o meu copo de água e o levei frente aos meus lábios – para que ninguém pudesse ler minha resposta.

- Quando eu estiver em cima de você, meu caro... – soltei uma risada baixa mordendo a borda do copo.

Quando a coletiva acabou eu sabia exatamente pra onde deveria ir. Abotoando o meu casaco, deixei o lugar antes de Robert seguindo para o hotel onde estava hospedado. Eu sabia que Robert tinha compromisso depois e que não poderia estar no hotel por pelo menos quatro horas, o deixei para trás para ter o prazer de imaginá-lo pensando em mim. Eu sabia que ele estava louco para me tocar e que tentaria me arrastar para o banheiro daquela coletiva e eu não queria algo mal feito. Eu o queria na minha cama, gritando com todos os pulmões, eu o queria enlouquecido como nunca, eu o queria mais tarde depois de um dia inteiro sedento.

E eu o esperei. Esperei o dia inteiro até que a batida da minha porta viesse.

- Jude, seu grande filho da ...

Eu o agarrei pela gravata antes que pudesse terminar a fala. Nossos lábios se chocaram num beijo, nossas línguas disputavam uma deliciosa briga. Fechei a porta jogando Robert de encontro a ela. Meu corpo o pressionava contra a madeira, nossas ereções se esfregavam. Ouvi o suspiro do moreno quando meus dentes brincaram no pescoço sensível.

- Rob – rocei meus lábios pela orelha – Eu esperei por você o dia todo.

As mãos másculas apertaram minha bunda, respondi com um sorriso torto nos lábios.

- Você quer? – deslizei meus lábios pelo queixo do moreno que voltou a apertar as mãos em resposta – então diz meu nome, Rob.

Minha mão acariciava o membro duro por detrás da calça social, a respiração pesada de Rob era algo que eu apreciava acompanhar.

Meu nome saiu num sussurro, um gemido abafado e luxuoso.

Fiquei de costas e deixei o membro ereto de Rob em meio a minha bunda. Meus quadris balançavam lentamente enquanto eu pedia novamente o meu nome naquela voz tão excitada.

- Judsie... Judsie... – As mãos se Robert apertaram o meu quadril e eu as senti deslizarem até o meu membro ainda preso na calça de moletom. Minha cabeça descansou no ombro do moreno enquanto meu corpo respondia a cada carícia feitas por aquelas mãos tão hábeis. Os movimentos foram ficando lentos e de repente as carícias se tornaram torturantes.

- Rob.. – ofeguei – Não ouse parar agora

- Senão...?

Inverti a posição me colocando novamente de frente ao meu caro amigo.

- Ou eu serei obrigado a me satisfazer.

Livrei Robert de toda e qualquer peça de roupa e entre beijos esbarramos pelos móveis até a cama, onde o empurrei ficando ainda de pé. Fiz questão de tirar minha roupa com muita calma notando o quão ansioso Robert ficava. Seus olhos percorriam por todo o meu corpo, eram olhos de luxúria, sedentos por sexo. Deixei a última roupa no chão e me ajoelhei.

Segurei o membro latejante e o acariciei com doçura, minha língua contornou os testículos até a glande. O meu ritmo lento o deixava em constante agonia, ele queria mais e pra isso teria que pedir.

- Ju.. Judsie – ouvi o seu suspiro.

Levantei o corpo me deitando sobre Robert. Meus dedos contornaram os lábios do moreno.

- Pede – mordi meus próprios lábios. – Implora por mim, vai Rob – minha mão deslizou pelo peito nu até o membro ereto do meu amigo, me sentei em cima dele deixando somente a glande encostar minha entrada. – Me diz que você quer, Downey.

- Eu quero você, Judsie – o ar lhe faltou – Eu quero que sente em mim agora, eu quero te sentir, eu quero te foder a noite toda.

Não escondi um sorriso e assim deslizei pelo membro de Rob o tendo totalmente dentro de mim. Eu o queria enlouquecido e por isso rebolei sem dar o tempo para pausa, prendi o membro dentro de mim fazendo pressão com meu próprio interior, subi e desci sem cessar por todo o membro pulsante. Robert massageava o meu membro até num golpe rápido me derrubar na cama.

Eu sempre penso que melhor do que manter o controle é perdê-lo de vez em quando.

E naquele instante eu fui dominado por Robert. Era eu quem estava deitado na cama, meus pulsos presos pelas mãos másculas de meu amigo que agora investia sem piedade, o barulho dos corpos se chocando. Eu tentei várias vezes me libertar, mas só consegui que Robert me prendesse ainda mais, quanto mais eu tentava mais ele ia fundo e mais eu gostava.

- Está gostando de ficar por baixo, Judsie? – o sorriso torto de quem está no controle.

Fixei meus olhos no homem em cima de mim que me ofereceu o mesmo sorriso de antes.

Robert acertou a minha próstata e um arrepio percorreu todo o meu corpo, não evitei um gemido alto. Cravei as minhas unhas na cintura do moreno e o arranhei com prazer. Apesar de ter chegado perto da total falta de controle eu ainda tinha uma carta na manga e pretendia usar. O puxei para um beijo, o enroscar de línguas quentes e sedentas. Quando Robert abriu os olhos eu estava de quatro pra ele. Eu sabia que era sua posição preferida e sabia o quanto a visão privilegiada o enlouquecia.

- Você não vem? – o olhei com luxúria.

Robert deslizou as mãos pela minha bunda e a língua quente veio de encontro a minha entrada, agarrei um dos travesseiros enquanto meu corpo pedia cada vez mais. A carícia cessou e o membro veio ao meu encontro, duro, quente e rápido. Eu ofeguei alto e o amaldiçoei por ser tão bom de cama.

Enquanto eu me inclinava cada vez mais, Robert investia cada vez mais e por vinte minutos oscilamos entre o orgasmo e o quase orgasmo. Eu fui o primeiro a jorrar, me despejando na cama, Robert veio em seguida me inundando com o prazer. Caímos exaustos no colchão.

Eu ainda me via entre os lençóis quando o dia amanheceu. Robert estava de pé e logo se juntou a mim.

- Teve bons sonhos? – roubou-me um beijo.

- Sim, sonhei que havia uma algema no quarto – sorri.

- Como essa?

Vi Robert tirar do bolso um par de algemas.

- O que...?

- Meu caro Judsie, eu também tenho fantasias sabia? E nem adianta me olhar assim, as algemas ficam comigo agora vamos temos um dia de trabalho hoje!

Me levantei da cama e caminhei nu até o banheiro. Antes de fechar a porta pude ver o olhar de Robert.

- Você Faz de propósito!

- O que?

- Passa bem na minha frente

Sorri em meio ao banheiro e andei até o chuveiro. Pela brecha da porta aberta vi Robert se aproximar, o sorriso torto nos lábios.

Here We Go ..