Estou aqui dando uma de beta dados de quem escreveu na fanfic....
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[fic]
paixão selvagem
Este fic e tirado do livro paixão selvagem de
lynne graham
Uma noite de paixão...
Apaixonada por sasuke uchia, sakura haruno não hesitou em viver uma tórrida noite de amor com ele... mesmo sasuke uchia sendo seu chefe. sakura tinha certeza de que ele também estava apaixonado por ela. Mas o que não esperava era ser demitida no dia seguinte. E um mês depois descobrir que esperava um filho de sasuke
CAPÍTULO I
—
E esta é minha assistente executiva, sakura haruno .
sakura
apertou a mão da pessoa que lhe foi apresentada por seu chefe,edwin
haland . Elegantemente vestida, com os cabelos rosas presos na nuca,
ela poderia muito bem ser confundida com uma patronesse milionária,
em vez de ser vista como uma simples organizadora de festas de
caridade. Ninguém adivinharia ser aquela a primeira vez que sakura
fora designada para desempenhar papel bastante importante, e que
havia sido convidada no último minuto para substituir uma
funcionária, agora doente.
Alguém a segurou pelo cotovelo,
conduzindo-a para o lado.
— Onde você comprou o costume que
está usando? — Jean, sua colega de trabalho, perguntou. —
Assaltou algum banco?
— É de minha irmã — sakura
sussurrou.
— Como eu gostaria de ter irmãs assim — Jean
resmungou. — Mesmo que eu fosse louca em pedir alguma coisa
emprestada a minha irmã, teria de lutar para convencê-la. Sua irmã
deve ser um anjo.
— Não tanto assim, não exagere. — sakura
riu. Ela franziu a testa ao notar que o bufê estava intocado. Acenou
para o garçom. — Por que será que a comida não foi servida,
Jean? — ela perguntou à amiga.
— O personagem mais importante
ainda não chegou —Jean respondeu. — Ah, agora me lembro. Você
esteve em férias, e não conhece nosso novo patrocinador.
—
Deve ser pessoa muito importante mesmo, Jean, para o sr. Haland não
começar a festa antes de ele chegar.
— Sim, é muito
proeminente, riquíssimo, descendente de família filantrópica —
disse Jean com um sorriso. — Um manar caído do céu. Nossos
diretores fizeram de tudo para agradá-lo. Até Polly, que detesta
prestar suas homenagens a homens, entrou com uma contribuição.
—
Polly? Você está brincando! — protestou sakura .
— É
verdade — insistiu Jean. — Polly deu-se ao trabalho de sair para
comprar um bolo especial para ele e...
— Está brincando! —
sakura repetiu.
— Não estou. O homem é atraente. Subi no mesmo
elevador, e rezei para que o elevador encrencasse no caminho... Não
porque esperei que o homem se
aproveitasse da
oportunidade. — Jean suspirou. — Mas, nunca se sabe. Italianos
gostam de mulheres cheias de corpo, e você não pode dizer que eu
não seja desse tipo.
— Ele é italiano? — indagou sakura.
—
Lá está o homem! — exclamou Jean.
— Onde?
— Céus, não
enxerga?
sakura deparou, de súbito, com um homem alto, de cabelos
escuros, que acabava de entrar na sala, acompanhado de dois diretores
da companhia, a Earth Concern.
sakura teve um choque tão grande
que ficou paralisada.
— É sasuke uchia — sussurrou Jean. —
Das Indústrias uchia. Um belo homem, não? Pelo que soube, o sr.
Barry deu a ele uma cópia do boletim da Earth Concern num jantar, e
o nosso homem ficou tão interessado que manifestou desejo de
comparecer a uma reunião nossa, na mesma semana.
sasuke?, sakuraa
repetiu mentalmente.
Ela sentiu um aperto no peito e retirou-se da
sala. Foi para o vestiário. Felizmente não havia ninguém lá. Ver
sasuke de novo, onde menos esperava encontrá-lo, foi um verdadeiro
choque para ela. Santo Deus, como a vida podia ser cruel às
vezes!
sakura encheu-se de ódio.
Há quatro anos, quando
apenas havia saído da universidade, aliás com ótimas notas,
encontrara excelente emprego. sasuke uchia a contratara como sua
assistente executiva. Anos mais tarde foi despedida, passando pela
humilhação de ser proibida de entrar nas Indústrias uchia. E, como
se isso não bastasse, lhe fora negada uma carta de referência. Essa
recusa consistira num ponto negativo em seu currículo. sakura levara
mais de um ano para encontrar outro emprego, e tivera de se conformar
com posição bem inferior, e salário igualmente inferior. sasuke
uchia destruíra sua carreira profissional.
Mas a culpa não fora
só dele.
sakura fechou os olhos, tentando apagar lembranças do
passado.
Um passo em falso... um erro... Ela se apaixonara pelo
empregador e, como sempre acontece nesses casos, ficara vulnerável.
O coração ocupara o lugar do cérebro. E agora sakura odiava-se por
ter sido tão ingênua, tão imprudente, tão tola. Tremia só em
lembrar.
— Espero que não tenha sido apanhada pelo
vírus da gripe. Você está com um aspecto horrível.
— Estou
apenas um pouco cansada.
sasuke sentava-se à cabeceira da mesa
principal. sakura procurava não olhar para aquele lado, porém uma
compulsão mais forte a forçava a isso.
Com esforço,
concentrou-se no presente, no desempenho dos garçons, no menu. Mas
descobriu que continuava olhando para sasuke, que sua atenção se
concentrava no perfil firme e familiar dele. Apesar de todo o tempo
transcorrido, ainda não podia acreditar no que havia
passado.
Naturalmente que aqueles traços lhe eram
familiares.
Como poderiam não ser? Convivera com aqueles olhos
pretos de onix por mais de três anos!
— Você deve estar
nervosa por causa da reunião dos diretores de amanhã — disse
Jean, notando enfim que sakura não comia absolutamente nada. — Se
eu fosse você, não me preocuparia. Sua promoção é certa.
—
Nada é certo, Jean. — sakura suspirou.
— O sr. Haland está
muito inclinado a indicar você para a gerência da seção de
finanças, e os demais diretores aceitarão a recomendação dele.
—
Mas há outros candidatos muito competentes.
— Duvido que tenham
as mesmas qualificações suas.
sakura bem que desejava que a
amiga Jean tivesse razão. Enquanto passara suas duas semanas de
férias na casa da irmã, rezara para conseguir essa promoção. Não
por desejar status, mas simplesmente por causa do aumento de
salário.
Edwin Haland levantou-se da mesa, conduzindo o convidado
de honra para o pódio. Sob as luzes, os cabelos negros de sasuke
pareciam de seda, e sakura enxergou-se passando os dedos por aqueles
cabelos escuros. A pele dela pegava fogo, e dedos trêmulos seguravam
o copo. Apesar de tentar se controlar, não entendeu uma palavra do
discurso de sasuke.
Mas devia ter sido divertido, pois gargalhadas
ecoavam pela sala.
— Não me admiro pelo fato de os diretores
terem se preocupado tanto com nosso convidado de honra. Veja como a
sala está repleta de jornalistas — comentou Jean.
Edwin fez
sinal para sakura se aproximar. Assim que ela
chegou perto,
disse:
— Discurso formidável, você não achou? — Edwin
passou um braço pelos ombros dela. sakura surpreendeu-se.
— Bom
discurso, sim — ela concordou.
— Onde você se meteu horas
atrás? Queria que se sentasse conosco à mesa principal.
— Eu
não tinha idéia de que estava me procurando. Desculpe.
Conte-lhe
agora, uma voz interior lhe dizia. Conte a Edwin que um dia você
trabalhou para sasuke, mesmo que esse detalhe não tenha sido
mencionado em seu currículo.
— Acho que a culpa foi minha —
disse Edwin. — Eu devia ter lhe prevenido antes de que queria que
ficasse conosco na mesa principal.
Criando coragem, sakura começou
a falar:
— Edwin...
— Você se deu conta de que pela
primeira vez me chamou pelo nome de batismo? — Edwin riu.
sakura
corou. Sempre fora muito formal com seus diretores.
— Mas não
me peça desculpas. Ser chamado o tempo todo por sr. Haland, o senhor
em vez de você, me faz sentir velho como Matusalém.
— O que
está longe de ser — sakura disse cortesmente, um pouco embaraçada
pelo olhar de interesse que leu nos olhos dele.
— Sr. Haland? —
alguém interrompeu-os.
Ambos olharam para o recém-chegado que
acrescentou, fitando sakura:
— Onde se escondeu a noite toda,
cara?
Nesse instante, um funcionário da firma chamou Edwin, que
se afastou subitamente.
— sasuke...? — sakura sussurrou.
—
Si, sasuke..., que se lembra muito bem de você. Será que devo
prevenir seu chefe de que ele está caindo na cova da serpente? Ou é
melhor que eu mantenha minha boca fechada?
— Como? — sakura
estava atônita. Não sabia o que dizer.
— Pelo visto, você já
está dormindo com seu chefe.
Completamente despreparada para
ataque tão ofensivo, sakura fitou-o e sussurrou:
— Como
ousa...
— Na mesa, Haland estava o tempo todo aflito procurando
por sua parceira. Mas não me ocorreu que essa parceira fosse você.
Deve haver uma razão muito boa para estar trabalhando por tão pouco
dinheiro, sakura, numa instituição de caridade.
— Por que está
me tratando assim? — sakura balbuciou
— Por quê? Sou sasuke
uchia , não se esqueça disso. E, se você não tivesse desaparecido
há quatro anos, eu a teria reduzido a pedaços, pelo que me fez.
—
Pelo que eu fiz a você? — sakura repetiu, trêmula.
— Um
siciliano nunca se esquece da ofensa de ser atacado pelas costas.
Mesmo que ele tenha de esperar um ano ou dois.., O tempo não
importa. Ao contrário, o desejo de vingança se torna ainda mais
intenso. Eu vou acabar com você. Fugir foi seu grande erro.
—
Vejo que já se encontraram, sakura e o sr. uchia.
— Edwin
voltava, e juntou-se a eles.
— sakura e eu não precisamos de
apresentações — disse sasuke, muito suavemente agora. — Ela
nunca mencionou que já nos conhecíamos?
— Não tive
oportunidade... — sakura conseguiu sussurrar.
— Fingindo-se de
pura, cara? — sasuke interrompeu-a.
— Com certeza não disse
que trabalhou para mim, e que foi mandada embora das Indústrias
uchia .
Edwin passou a mão pelas costas dela, num gesto protetor.
E insistiu:
— Desde o primeiro dia em que sakura começou a
trabalhar conosco, provou ser excelente funcionária.
— Sei
disso — sasuke admitiu. — Mas, infelizmente, ela é um perigo,
onde quer que esteja trabalhando. É um risco para todos.
— Se
me dão licença... — disse sakura, tentando se retirar.
— Tem
toda, cara.
— Por favor, dê licença a nós dois, sr. uchia —
pediu Edwin.
Erguendo o rosto, agora branco como uma folha de
papel, sakura acrescentou:
— Acho que está na hora de eu me
retirar.
— Eu a acompanho à casa — ofereceu-se Edwin.
—
Não vai ser necessário — sakura protestou, dando um passo em
direção à porta.
— Não a deixe sair assim — sugeriu
sasuke, com a mesma calma que demonstrou desde o início, o único
dos três em absoluto controle. — Ela está encurralada e não quer
responder a perguntas agora.
— Como ousa falar como se eu não
estivesse presente?
— sakura protestou.
— Ficou bem mais
valente depois que se afastou de mim, não, cara? — sasuke a fitou
com olhar gelado. — Perdem-se os velhos hábitos depressa.
—
Sr. uchia... — Edwin começou a falar.
sakura
afastou-se. Aquele fora o momento mais difícil e sua vida. Quereria
sasuke mesmo ofendê-la? Como ele podia falar-lhe daquele jeito, na
frente de seu chefe? Por que desejaria humilhá-la em público? Por
que destruir sua reputação?
E, por que a acusava de ter fugido,
havia quatro anos?
sakura acreditava estar tendo um pesadelo. E se
perguntava por que sasuke a odiaria.
Ele a odiava. Sim, a odiava.
Por quê? Mas... por que a odiaria tanto? Ele não tinha motivo para
isso. Ela, sim, tinha todos os motivos do mundo para odiar sasuke
uchia . Além do que fizera para arruinar sua carreira, era o homem
que ela amara e que a ferira terrivelmente. Naquela fatídica noite,
a fizera sentir-se como a mais vil das criaturas.
— Nunca
misturo negócios com prazer, cara — ele murmurara naquela noite.
Porém sakura não suspeitara de que, ao mesmo tempo em que fazia
amor com ela, planejava despedi-la.
Sua irmã, ino, dissera:
—
Como pode trabalhar com ele depois disso?
Aquela noite fora
decisiva. sakura reconheceu que não poderia continuar trabalhando
para sasuke.
Porém achou que, se ele não a queria mais no
escritório, poderia ao menos oferecer-lhe uma transferência. As
Indústrias uchia possuíam filiais em muitos países.
Santo Deus,
já não tinha ela sofrido o suficiente? Por que desejaria sasuke lhe
causar mais sofrimento ainda?
O encarregado do vestiário lhe
perguntou:
— Quer seu casaco?
— Por favor.
sakura vestia
o agasalho quando Edwin Haland apareceu, com ar perturbado.
—
sakura... está indo embora?
— Penso ser a melhor solução —
ela respondeu.
— Fiquei surpreendido com a rudeza daquele homem.
É indesculpável. Mas, quando foi que você trabalhou para ele?
—
Assim que terminei a universidade. Mas, deixe-me explicar-lhe que
minha saída das Indústrias uchia não teve nada a ver com minha
habilidade profissional. Fui despedida por motivos pessoais.
—
Sinto muito por tudo o que lhe aconteceu — comentou Edwin. —
Apenas espero que o sr. uchia não faça comentários desse tipo na
presença
dos diretores. Eles ficariam preocupados. O sr.
uchia é o mais poderoso contribuinte de nossa campanha e,
naturalmente, não desejamos atritos entre ele e os membros do
staff.
Mais pálida que antes, sakura respondeu:
— Entendo.
—
Vejo você amanhã.
A oferta dele para levá-la à casa não durou
muito. Não que sakura fosse aceitar. Mas entendia que a velha
amizade morrera, após os comentários de sasuke. E isso não lhe
causava espanto. sasuke a tratara como se trata uma prostituta.
Edwin
ficara chocado e, inicialmente, a defendera. Mas, após alguns
minutos de reflexão, começara a suspeitar dela. Seria preciso levar
em consideração que sasuke uchia era muito respeitado no mundo de
negócios, homem de grande projeção e sucesso no âmbito
industrial. Naturalmente que Edwin se perguntava agora que tipo de
comportamento fora o dela, para provocar ataque tão direto da parte
de um homem de fina educação, como sasuke.
sakura sentia
marteladas na cabeça, estava tensa. Achava que, provavelmente,
perdera todas as chances da promoção tão esperada. Como poderia
Edwin recomendá-la, sabendo que sasuke uchia a desprezava?
O
porteiro do edifício lhe perguntou se queria que chamasse um táxi.
sakura sacudiu a cabeça, num gesto negativo. Não tinha condições
financeiras de tomar um táxi.
Ela vivia modestamente. Morava num
cubículo, e dormia durante a semana num quarto não maior do que um
armário embutido. Os fins de semana passava-os com a irmã, em
Oxfordshire. O trem lhe custava uma fortuna, mas sakura jamais perdia
um fim de semana na casa da irmã. Domingo à noite voltava à
cidade, com o coração apertado. Como gostaria de morar com susie,
sua filha, no campo!
Um carro parou a uns vinte metros adiante. A
porta do passageiro foi aberta. Como sakura hesitasse, sasuke desceu
de sua Ferrari, e ordenou:
— Entre, vou lhe dar uma
carona.
sakura não sabia se chorar ou rir. Mas concluiu que nada
do que fizesse teria efeito em sasuke.
— Não terminamos de
acertar nossas contas — ele disse.
— Deixe-me em paz —
sakura enfim gritou.
— Tentou me lançar no ostracismo —
acusou-a sasuke. — Nada vai me impedir de ajustar contas com você
agora. Entre no carro
sakura não entendeu bem o que ele quisera
dizer com "ajustar contas". Tentou se acalmar. sasuke era
temperamental, explosivo como um vulcão, mas não era louco.
E
entrou no carro.
— Vou lhe propor uma escolha — declarou ele,
mas continuando com o carro parado.
— Uma escolha? — sakura
repetiu.
— Peça demissão de seu emprego atual.
— Pedir
demissão? Você está louco?
— Se não pedir demissão, minha
consciência exige que a denuncie à diretoria — sasuke ameaçou-a.
— Gerente de finanças, você? Impossível! Sei que está na lista
de promoções. Mas não poderei permitir que ponha suas mãos
ambiciosas nos fundos de caridade.
— Está por acaso insinuando
que não sou de confiança em se tratando de dinheiro?
— Não
estou insinuando. Sei que não é. E não vou me impressionar mais
com esse seu ar de menina inocente. Você cometeu um crime quatro
anos atrás. A lei pode não ter sido bastante rápida para apanhar o
flagrante, mas eu fui. — sasuke lançou-lhe um olhar de ameaça. —
Ainda conservo a evidência dos fatos que poderão levá-la à
cadeia...
— A cadeia? — A palavra "cadeia" explodiu de
seus lábios secos, enquanto o fitava, incrédula.
— Você pode
ainda ser julgada pelo que fez. Sabia? —insistiu sasuke.
sasuke
a acusava de ter usado informações confidenciais em próprio
benefício. E essa prática era ilegal.
— Você está louco,
sasuke... Eu nunca teria feito coisa alguma do que me acusa —
protestou sakura, com voz fraca. Como era possível que sasuke
acreditasse que ela cometera ato tão indigno?
— Teria feito a
mesma coisa outra vez, se eu tivesse lhe dado chance. Mas não dei.
Eu a despedi do emprego, e você desapareceu da face da terra, com o
ganho obtido desonestamente.
— Não é verdade. Não ganhei nada
desonestamente! —ela exclamou, o coração batendo com violência.
Sentia revolta e medo ao mesmo tempo. — Pensei que tivesse me
mandado embora por eu ter dormido com você!
— Dio mio! E
que júri acreditaria nisso? Está arquivado em nossos escritórios
que foi despedida por má conduta.
— Eu sei, mas... Não posso
ser presa. Não fiz nada de errado!
sakura não entendeu bem o que
ele quisera dizer com "ajustar contas". Tentou se acalmar. sasuke
era temperamental, explosivo como um vulcão, mas não era louco.
E
entrou no carro.
— Vou lhe propor uma escolha — declarou ele,
mas continuando com o carro parado.
— Uma escolha? — sakura
repetiu.
— Peça demissão de seu emprego atual.
— Pedir
demissão? Você está louco?
— Se não pedir demissão, minha
consciência exige que a denuncie à diretoria — sasuke ameaçou-a.
— Gerente de finanças, você? Impossível! Sei que está na lista
de promoções. Mas não poderei permitir que ponha suas mãos
ambiciosas nos fundos de caridade.
— Está por acaso insinuando
que não sou de confiança em se tratando de dinheiro?
— Não
estou insinuando. Sei que não é. E não vou me impressionar mais
com esse seu ar de menina inocente. Você cometeu um crime quatro
anos atrás. A lei pode não ter sido bastante rápida para apanhar o
flagrante, mas eu fui. — sasuke lançou-lhe um olhar de ameaça. —
Ainda conservo a evidência dos fatos que poderão levá-la à
cadeia...
— A cadeia? — A palavra "cadeia" explodiu de
seus lábios secos, enquanto o fitava, incrédula.
— Você pode
ainda ser julgada pelo que fez. Sabia? —insistiu sasuke.
sasuke
a acusava de ter usado informações confidenciais em próprio
benefício. E essa prática era ilegal.
— Você está louco,
sasuke... Eu nunca teria feito coisa alguma do que me acusa —
protestou sakura, com voz fraca. Como era possível que sasuke
acreditasse que ela cometera ato tão indigno?
— Teria feito a
mesma coisa outra vez, se eu tivesse lhe dado chance. Mas não dei.
Eu a despedi do emprego, e você desapareceu da face da terra, com o
ganho obtido desonestamente
— Teria feito a mesma coisa
outra vez, se eu tivesse lhe dado chance. Mas não dei. Eu a despedi
do emprego, e você desapareceu da face da terra, com o ganho obtido
desonestamente.
— Não é verdade. Não ganhei nada
desonestamente! —ela exclamou, o coração batendo com violência.
Sentia revolta e medo ao mesmo tempo. — Pensei que tivesse me
mandado embora por eu ter dormido com você!
— Dio mio! E que
júri acreditaria nisso? Está arquivado em nossos escritórios que
foi despedida por má conduta.
— Eu sei, mas... Não posso ser
presa. Não fiz nada de errado!
— Bem, mas de qualquer modo
nunca mais poderá trabalhar recolhendo fundos para obras sociais —
sasuke falou friamente. — Com seu talento para contabilidade, pode
cometer toda sorte de desmandos. Quero-a fora disso já, do
contrário...
— Mas eu não fiz nada... Não sou desonesta! —
sakura repetia, desesperada e apreensivamente.
— Se você
insistir que não cometeu nenhum deslize, me verei obrigado a contar
tudo a Haland. E apresentarei as evidências. E, um homem como
Haland, com seus princípios morais rígidos, se sentirá obrigado a
reportar tudo às autoridades...
— Mas, se você estava tão
convencido de que eu era culpada, por que motivo não chamou a
polícia imediatamente? — indagou sakura, tentando encontrar um
meio de se defender.
— Impossível! Seria o mesmo que reportar
um assassinato sem as provas, que eu não tinha no momento. E você
sumiu logo, como um larápio na escuridão da noite. — sasuke
inclinou o corpo para trás, num gesto de relaxamento, e fitou-a com
olhar gelado. — E eu me satisfiz só em imaginá-la na cadeia.
Apenas imaginá-la na cadeia me dava prazer. Porém, mais tarde,
achei que você merecia uma punição severa por seu crime...
—
Não cometi crime nenhum — sakura protestava. —Por que não
acredita em mim?
— Porque você é falsa. Preparou muito bem sua
defesa.
— Preparei minha defesa?
— Sim, como uma
profissional. Me fez de idiota. Eu poderia ter sido levado à ruína
com você. Poderia ter sido acusado por parceria. Não tenho dúvida
de que diria que negociara em meu favor, se fosse apanhada. —
sasuke falava pausadamente, acentuando cada palavra. — Tenho
certeza de que faria seu teatrinho, declarando não saber que estava
agindo contra a lei.
— Você deve estar louco! — ela exclamou,
lívida e com dificuldade de falar.
— Tenho certeza de que diria
que fora seduzida, usada. — sasuke prosseguiu, com ênfase,
fitando-a com olhar severo. — Se você fosse homem, a teria matado.
Mas.., como é uma mulher, pretendo usá-la como me usou...
