Surpresas
Capítulo 1 - Um Bebê?
So, so you made a lotta mistakes
(Então, então você cometeu um monte de erros)
Walk down the road a little sideways
(Andou pela Estrada um pouco pela beirada)
Cracked a brick when you hit the wall
(Quebrou um tijolo quando atingiu a parede)
Yeah, you had a pocket full of regrets
( É, Você tem um bolso cheio de arrependimentos)
Eram duas da manhã quando o telefone de Draco começou a tocar. Ainda sonolento o loiro atendeu.
- Sim. Sou eu. Como? Uma herança? Desculpe, mas a ligação está péssima. Certo. Tenho que comparecer nesse endereço amanhã? Ok. – Draco desligou o telefone um pouco confuso. Pelo que entendera, um primo distante morrera com a esposa e lhe deixara algo.
Seria bom ter algum dinheiro a mais. No momento não tinha muito. Os problemas de seu pai com a justiça lhe causaram muitos infortúnios e contas a pagar. Além do mais, se isso fosse tudo estaria ótimo. Mas ter que trabalhar para Hermione Granger e ocasionalmente para Harry Potter, no Ministério da Magia não ajudava nem um pouco.
Bom, não adiantava ficar pensando nisso àquela hora. O melhor a fazer era dormir e torcer para que no dia seguinte tivesse alguma sorte com a herança.
Pull you down faster than a sunset
(Coloca você para baixo mais rápido que o Pôr do sol)
Hey, it happens to us all
(Sim, isso acontece com todos nós)
When the cold hard rain just won't quit
(Quando a chuva fria simplesmente não para)
And you can't see your way out of it
( E você não pode ver seu caminho para fora disso)
Na manhã seguinte Draco compareceu ao local indicado para receber sua herança.
- Bom dia. Meu nome é Draco Malfoy. – Disse a uma secretária.
- Ah! Sim. O senhor está sendo esperado. Siga-me, por favor. – A secretária levou-o a uma sala, onde Draco foi recebido por uma mulher muito elegante que segurava um bebê. Provavelmente o filho dela.
- Bom dia. – Disse o loiro esticando a mão para cumprimentá-la.
- Bom dia. – Respondeu a mulher apertando a mão dele. – Meu nome é Katherine. O senhor veio pela herança, certo?
- Isso mesmo. Tenho que assinar algo? Estou com um pouco de pressa. Tenho que ir para o trabalho.
- É claro. – Katherine lhe indicou sua mesa, onde havia um papel em cima. – É só assinar esse papel aqui. – O loiro se apoiou na mesa para assinar. – O que eu ganhei? Um milhão? – A mulher riu.
- O senhor é tão engraçado, senhor Malfoy. – Ela pegou o papel que ele havia assinado e lhe entregou o bebê. – Aqui está sua herança. – Draco a fitou sem entender. E ela lhe explicou. – O bebê é sua herança. Não lhe explicaram ao telefone? O senhor é o parente mais próximo, por isso o casal Malfoy fez um testamento dizendo que em caso de morte, o senhor era o responsável pelo bebê. – Draco que segurava o bebê desajeitadamente olhou o mesmo. Com certeza ele era um Malfoy. Olhos azuis, cabelos loiros, se tentasse,ele poderia até ver um traço de arrogância naquele sorriso. Mas mesmo assim...
- Mas não pode ser. Eu nem consigo tomar conta de mim mesmo. O que vou fazer com um bebê?
- Bom, senhor Malfoy, eu só executo os testamentos. Não opino nos termos. E como o senhor, também estou atrasada. – A mulher pegou uma bolsa de bebê e tirou alguns papéis de dentro. – Aqui está a certidão de nascimento de Christopher e outros documentos, como a carteira de vacinação, passaporte e etc. – Ela voltou a colocar os papéis na bolsa e deu a bolsa a Draco. – Boa sorte. – Draco encarou o bebê novamente e este apenas sorria enquanto mordia a própria mão.
You find your faith has been lost and shaken
(Você descobre que sua fé foi perdida e abalada)
You take back what's been taken
(Você pega de volta o que lhe foi tomado)
Get on your knees and dig down deep
(Fica de joelhos e lá no fundo)
You can do what you think is impossible
(Você pode fazer o que é impossível)
Ainda desnorteado, Draco foi para o trabalho e levou o bebê com ele, afinal não tinha com quem deixá-lo. O que faria com um bebê? O que um bebê come? E como se trocava uma fralda? Deus! Precisava de ajuda e no momento só havia uma pessoa a quem podia recorrer.
Draco entrou na sala de Hermione, sem pedir licença e fechou a porta atrás de si. A jovem levantou os olhos de alguns papéis que lia e fitou o loiro. Ele tinha uma bolsa de bebê pendurada no ombro, estava com os cabelos desarrumados, a camisa um pouco amassada e levantada do lado, e, além disso, segurava um bebê, que não parava de chorar, debaixo de um braço, como se fosse um pacote.
Imediatamente, Hermione levantou e pegou o bebê.
- O que você fez, Malfoy? De quem é esse bebê? – Ela o embalava, para que ele não voltasse a chorar.
- Bom, Granger, aparentemente é meu. Me deixaram de herança. – Hermione podia ver traços de Draco no bebê, ninguém poderia dizer que não era seu filho.
- O quê? Como assim? – O bebê começou a adormecer enquanto Hermione o ninava.
- É isso que você ouviu. Um primo meu morreu com a esposa e me deixou o bebê. – Draco sentou e Hermione, com o bebê adormecido, sentou em sua cadeira, de frente para ele, com sua mesa os separando. – O que vou fazer? Eu não sei cuidar de um bebê. Nunca tive irmãos.
- Qual é o nome dele? – Perguntou Hermione um pouco mais calma, observando o bebê.
- Christopher. – Draco respirou fundo. – O que eu faço, Granger? – Ele levantou e começou a andar pela sala. – Eu pensei em dá-lo para a adoção. – Hermione olhou-o chocada. – Eu sei. Eu não teria coragem. Afinal, ele é um Malfoy. – A morena teve que se segurar para não rir e acordar Christopher.
- Você pode, por favor, se acalmar? – Pediu a jovem.
- Me acalmar? Eu tenho 25 anos e, por acaso, você está segurando um bebê, que eu vou ter que criar, sem saber como e, mesmo assim, você pede pra eu me acalmar?
- Olha, eu entendo que você está nervoso, e com razões para isso, mas a menos que você se acalme, não vamos conseguir achar uma solução, ok? – Draco respirou fundo e soltou o ar.
- Ok. – Ele voltou a sentar. – O problema é que eu não sei nada sobre bebês. O que ele come? E se ele ficar doente? Pelos meus pais, você deve ter percebido que tipo de educação eu tive. Como vou educar esse bebê direito? Eu nem sei a idade dele.
- Não te deram a certidão de nascimento? É só verificar.
- Certo. – Draco leu a certidão. – Vinte e dois de novembro de dois mil e dez. Então já tem um ano. Isso já é um começo. – Em seguida ele olhou o conteúdo da bolsa de Christopher. – Tem quatro fraldas, uma mamadeira vazia, umas três roupas e uma chupeta. Nenhum brinquedo. O que há com essas pessoas? Acham que sou milionário?
- O primeiro passo é comprar mais fraldas, leite, papinhas, esse tipo de coisa. – Draco fitou-a com os olhos arregalados.
- O quê? Onde eu compro isso? Que tipo de fralda? – O loiro suspirou. – Granger, eu preciso de ajuda. – Hermione não queria se envolver nisso, já era demais ter que trabalhar com Draco Malfoy, que sempre a perturbara na escola, agora teria que ajudá-lo a cuidar de um bebê? Ela não queria fazer isso. Mas bastou olhar para Christopher adormecido em seus braços para mudar de idéia. Droga!
Com cuidado, ela devolveu Christopher para Malfoy, explicando como ele devia segurar o bebê. Quando Draco conseguiu segurá-lo de forma certa, ela fitou os dois de forma terna. Christopher realmente parecia ser filho de Malfoy e Malfoy não parecia ruim, com um bebê tão fofo apoiado em seu ombro.
- O que foi? – Draco perguntou ao perceber que ela o observava. – Ele acordou?
- Não. – Respondeu Hermione pegando o telefone. – Olá, Pavati. Cancele todas as reuniões dessa semana. Isso. Estou tirando a semana de folga. O senhor Malfoy não veio? Ah! Sim. Ele me avisou que tinha alguns problemas familiares para resolver. Também tirou a semana de folga. Certo. Obrigada. – Ela desligou o telefone. – Eu vou te ajudar, Malfoy, mas é só pelo bebê. Lembre-se disso. Não somos amigos. – Ele assentiu.
- Obrigado, Granger.
- Certo. Primeiro temos que ir a um supermercado. – Hermione segurou a mão dele e os aparatou.
Keep on believing don't give in
(Continue a acreditar, não se entregue)
It'll come and make you whole again
(Ela virá e te fará inteiro novamente)
It always will it always does
(Ele sempre vai, sempre faz)
Love is unstoppable
(O amor é imparável)
Christopher continuava dormindo quando chegaram ao supermercado. Hermione percebeu que Draco afrouxou um pouco o aperto em que mantivera o bebê durante a aparatação. Parecia que ele tivera medo de perder o bebê durante a mesma.
- Vamos comprar primeiro as fraldas. – Disse a morena soltando a mão de Draco, um pouco ruborizada. Quando chegaram ao corredor das fraldas, o jovem parou surpreso, por um segundo. Havia mais de 50 tipos e tamanhos. Hermione seguiu direto para uma marca e escolheu o tamanho sem dificuldade.
- Como você fez isso? – Perguntou Draco. – Como sabe que essa é a certa?
- Não existe fralda certa, Malfoy. – Explicou Hermione. – Escolhi essa porque não tem perfume e esse tipo de coisas. Alguns bebês são alérgicos. Além disso, a Gina já usou essa na filha dela e de Harry. Ela disse que essa foi a que ela achou melhor.
- Entendo. Mas o que foi isso de alergia que você disse?
- Ah! Algumas fraldas têm certos produtos que irritam a pele dos bebês. – Draco a encarou como se tivesse medo das fraldas depois de saber disso. – Não é nada fatal, Malfoy. Simplesmente quero evitar que Christopher sinta algum incômodo. Quantos pacotes vamos levar?
- Cinco? – Perguntou Draco em dúvida.
- É. – Concordou Hermione. – Afinal, é algo que você vai ter que usar sempre, durante um tempo. – O loiro nem queria se imaginar trocando fraldas. – Agora temos que comprar leite, papinhas, pomadas... – Draco já podia ver sua conta bancária zerada.
Love it can weather in a storm
(O amor pode resistir a uma tempestade)
Bring you back to being born, again
(Te trazer de volta para nascer, outra vez)
Oh, it's a helpin' hand when you need it most
(Oh, é uma mão que ajuda quando você mais precisa)
Ao terminarem as compras no supermercado, eles pararam para deixar as compras na mansão Malfoy. Era uma das poucas coisas, que Draco conseguira manter dos bens de seus pais.
- Estou com fome. – Disse Hermione sentando-se num sofá e largando várias bolsas a seus pés.
- Eu também. – Respondeu Draco sentando no chão, próximo ao sofá onde colocara o bebê deitado. – Já está na hora do almoço e eu nem tomei café. – Dois elfos entraram na sala e começaram a levar as sacolas para a cozinha. Draco lhes mandou providenciar algo para ele e Hermione comerem. A morena pensou em reclamar sobre a utilização de elfos, mas estava com fome demais para isso.
O elfo voltou com alguns sanduíches e dois copos de suco de laranja, que eles comeram e beberam afoitamente.
- Eu me sinto bem melhor agora. – Falou Draco terminando de beber seu suco.
- Com certeza eu também. – Riu Hermione. – Estou satisfeita. – O loiro encostou-se ao sofá que estava próximo de si.
- O que fazemos agora?
- Bom, você tem algum berço e coisas de bebê por aqui?
- Não sei. Talvez tenha algumas coisas no sótão de quando eu era bebê. A gente podia ir lá dar uma olhada.
- Ok. – Concordou Hermione, levantando.
- Tem problema deixar o bebê aqui enquanto isso? – Perguntou Draco inseguro.
- Há quanto tempo esses elfos trabalham aqui? – Indagou a jovem.
- Desde antes de eu nascer. Por quê?
- Porque eles devem ter tomado conta de você. Então é só pedir para que eles olhem o Christopher.
- Boa ideia. – Concordou Draco e fez o que ela sugeriu. Em seguida os dois foram para o sótão procurar as coisas. – Como tem poeira aqui. Acho que nem os elfos entram aqui há anos. – Falou Draco tentando afastar a poeira de seu rosto.
- Pare de reclamar, Malfoy. – Respondeu Hermione também tentando afastar a poeira de si. – Veja! – Ela apontou um berço que estava cheio de objetos por cima. – Tem um berço ali. – O berço era branco cheio de detalhes em azul. – É bem bonito. Só precisamos limpá-lo.
- Ainda bem que o bebê é menino. – Os dois tiraram todas as coisas que estavam sobre o berço e o levaram para um quarto vazio, onde o limparam e arrumaram com lençois limpos.
- Eu aposto que se procurarmos melhor, vamos achar uma cômoda e outros móveis de quartos de bebês. – Dito e feito. Encontraram uma cômoda, um guarda-roupa e uma mesa onde poderiam colocar o bebê na hora de trocar as fraldas. Limparam tudo e arrumaram no quarto.
- Nada mal para algo feito em uma hora. – Disse Draco observando a arrumação deles. A essa altura o bebê começou a chorar e os dois seguiram para a sala, onde o deixaram. Um dos elfos o balançava, tentando fazer com que ele parasse de chorar, enquanto o outro já tinha ido preparar a mamadeira. Com certeza Christopher devia estar com fome.
Ao chegar na sala, Hermione pegou o bebê, tentando, como o elfo, fazer com que ele parasse de chorar, mas não obteve sucesso.
- Meu Deus. – Reclamou Draco. – Ele só sabe chorar. – Hermione ficou revoltada com o jovem.
- Como você se sentiria depois de perder seus pais e passar de mão em mão por um bando de estranhos? – Hermione repreendeu Draco. – Não chore, Chris. Vamos cuidar de você. – Ela abraçou o bebê e lhe deu um beijo. Em seguida verificou para ver se a fralda estava suja, mas não estava. – Ele está com fome. Só temos que esperar o elfo trazer a mamadeira. – Draco foi à cozinha verificar se ainda iam demorar muito. Alguns minutos depois voltou com a mamadeira pronta.
- Aqui está. – Hermione pegou a mamadeira e deu o leite para o bebê, falando com o mesmo o tempo todo.
- Agora o Chris vai ficar calminho, não é? Você só estava com fome, certo? – O bebê tentava sugar mais leite do que podia beber de uma vez e Hermione puxava a mamadeira para que ele não se engasgasse. – Pronto. Você é muito guloso, Chris. – Ela ria para o bebê. Draco observava a cena e mal podia conter um sorriso. Hermione seria uma boa mãe. Ela sempre sabia exatamente o que fazer nos momentos certos. Assim que Christopher terminou, a morena o entregou a Draco, para que este o colocasse para arrotar. Ela lhe explicava calmamente como dar leves tapinhas nas costas do bebê. – Da próxima vez você dá o leite para ele, para aprender. – Draco concordou e antes que ele pudesse começar a dar pequenos tapinhas nas costas do bebê, ele vomitou um pouco de leite na camisa de Draco.
- Ninguém merece. – Falou o loiro segurando o bebê um pouco afastado de si, com medo de um novo ataque. – Essa camisa era novinha. – Hermione não pôde deixar de rir.
A lighthouse shinin' on the coast
(Um farol brilhando no litoral)
That never goes down
(Que nunca vai escurecer)
When you're heart is full of doubt
(Quando seu coração está cheio de dúvidas)
And, you think that there's no way out
(E, você pensa que não há saída)
O banho de Draco só ficou pronto meia hora depois e Hermione lhe aconselhou a dar um banho no bebê também, já que desde que este chegara ainda não tomara banho. Enquanto isso ela tomaria banho em outro banheiro e conjuraria roupas limpas de seu apartamento.
- Bom, Christopher. – Disse Draco sentado na banheira, segurando o bebê. Jogando água nele aos poucos e com cuidado. – Vamos ter que nos acostumar e sermos legais um com o outro, e isso inclui não vomitar em mim, ok? – Christopher apenas riu para ele e deu um tapa na água. Draco não pôde deixar de rir também. – Isso é um sim? – O bebê colocou uma mão no rosto de Draco e continuou sorrindo enquanto batia na água com a outra mão. – Deve ser um sim. – E o loiro continuou dando banho no bebê. – Até que você não é tão chato como eu pensei.
- Uá. – Gritou o bebê ainda batendo na água. – Uá. – Draco entendeu que ele tentava dizer água.
- Muito bem, Christopher. Água. Isso mesmo. – O jovem sentiu-se orgulhoso por Christopher quase conseguir formar uma palavra.
You find your faith has been lost and shaken
(Você descobre que sua fé foi perdida e abalada)
You take back what's been taken
(Você pega de volta o que lhe foi tomado)
Get on your knees and dig down deep
(Fica de joelhos e lá no fundo)
You can do what you think is impossible
(Você pode fazer o que é impossível)
Quando Draco terminou de tomar banho foi procurar Hermione, que também já tinha terminado o seu.
- Ouve só, Granger. – Draco trazia o bebê e pedia que ele repetisse o que dissera. – Diz pra ela ouvir, Christopher. Diz.
- Uá. – Falou o bebê batendo palmas. – Uá. – Hermione sorriu para Christopher.
- Sabe, eu nunca imaginei ver você feliz por ouvir um bebê balbuciando. – A morena secava o cabelo.
- Ele não está balbuciando. – Respondeu Draco. – Claramente ele está dizendo água. – Hermione riu.
- De onde você tirou isso, Malfoy?
- Ora, ele estava batendo na água e gritando isso. Está muito claro pra mim, Granger. – O loiro ficou um pouco mal-humorado por Hermione não concordar com ele. – Obviamente para você deve ser difícil acreditar que um bebê Malfoy possa ser tão inteligente com essa idade, mas é óbvio que ele é muito esperto.
- Não nego isso. – Hermione percebeu que o bebê já havia conquistado Draco. – Com certeza ele é muito esperto. – O jovem pareceu mais tranqüilo após ouvir isso. E nesse momento, ao ver que Hermione havia largado a toalha, Christopher estendeu os braços para ela. – Está vendo? Ele até já sabe escolher de quem ele gosta mais. – Disse ela pegando-o e dando a língua para Draco, que riu.
- Quem está viajando agora? Ele apenas está seguindo seus instintos e indo atrás de uma mulher bonita. – Hermione corou um pouco e Draco ao perceber o que dissera deu um sorriso fraco.
- Vamos brincar, Chris? – Perguntou Hermione. – Chama o papai pra vir junto.
- Papai? – Questionou-se Draco seguindo os dois para a sala. Era verdade. Ele seria o pai de Christopher agora. Mas será que estava preparado para ser chamado de papai?
Keep on believing don't give in
(Continue a acreditar, não se entregue)
It'll come and make you whole again
(Ela virá e te fará inteiro novamente)
It always will it always does
(Ele sempre vai, sempre faz)
Love is unstoppable
(O amor é imparável)
Eles ficaram brincando com Christopher até a hora do chá e foi um pouco depois desse que Draco sentiu um cheiro estranho.
- O que é isso? – Perguntou ele com medo da resposta. Hermione deu um leve sorriso.
- "Isso" é o seu bebê, que precisa de uma troca de fralda. – Draco arregalou os olhos. Havia esquecido essa parte. Hermione levou o bebê para a mesinha no quarto dele, para que pudessem trocar a fralda.
- Como ele fez isso tudo? – Perguntou o loiro ao ver o conteúdo da fralda, enquanto tapava o nariz. – Hermione começou a rir de Draco.
- O que você devia se perguntar, é como vai limpá-lo e colocar a outra fralda, Malfoy. – Disse ela. Draco se afastou um pouco.
- Sem chance, Granger. Os elfos que façam isso. Está além das minhas possibilidades.
- Não seja um covarde, Malfoy. Pense na história que isso vai dar ao contar a seus netos.
- Acho que meus netos vão ter que sobreviver sem essa história. – Hermione caiu na gargalhada enquanto trocava Christopher.
Like a river keeps on rollin'
(Como um rio continua a corre)
Like a north wind blowin'
(Como um vento soprando do norte)
Don't it feel good knowin'?
(Não se sente bem sabendo?)
Yeah
(Sim)
Por volta de nove horas da noite, Christopher voltou a dormir.
- Nossa. – Disse Draco deitado no lado esquerdo de sua cama, enquanto Hermione estava deitada do lado direito, e Christopher estava deitado entre os dois, dormindo de barriga para baixo. – Como ele tem energia. Não posso agir assim todos os dias. É muito cansativo.
- Concordo. – Respondeu a morena. – Amanhã temos que comprar alguns brinquedos para ele e algumas roupas.
- Nós? – Perguntou Draco um pouco surpreso.
- Bom... Eu pensei em ajudar mais um pouco. Eu gosto do Christopher. Mas se não for necessário... – Hermione estava um pouco constrangida.
- Não. Quer dizer, eu gostaria que você me ajudasse. – Respondeu o loiro também constrangido. – Gostaria muito.
- Então vou ajudar. – Hermione bocejou. – Acho melhor ir pra casa. Tenho que dormir. – Ela começou a levantar.
- Você pode dormir aqui, se quiser. Têm muitos quartos vagos.
- Está tudo bem, Draco. Eu só vou fechar um pouco os olhos antes de ir porque não estou conseguindo mantê-los abertos. Ok? – Mas antes que Draco pudesse responder, Hermione já estava dormindo, com uma mão nas costas de Christopher. – O jovem ficou olhando os dois por alguns minutos. Eles pareciam dois anjos dormindo, além disso ele ficara feliz ao ouvir Hermione chamando-o de Draco. Ele bocejou também e fechou os olhos, acabando por dormir também.
Seria uma bela foto, se alguém tirasse. Hermione dormindo de lado com a mão nas costas de Christopher e Draco, mais ou menos na mesma posição só que do lado oposto. As mãos de Draco e Hermione se tocavam levemente, já que a dele estava um pouco abaixo da dela. Quem olhasse diria que formavam uma bela família.
So you made a lot of mistakes
(Então você cometeu um monte de erros)
Walked down the road a little sideways
(Andou pela Estrada um pouco pela beirada)
Love, love is unstoppable
(Amor, o amor é imparável)
[Unstoppable – Rascal Flatts]
Obs: Baseado no Filme "Presente de Grego" (1987)
