Depois de dois anos longe da minha família decidi voltar. Estava parada de frente para a porta de madeira escura e de lei da casa nova de meus pais, dali eu conseguia ouvir minha mãe e meu irmão na sala vendo algum filme aleatório que deveria estar passando em um dos canais da televisão a cabo. Respirei fundo tomando coragem para bater na porta e encarar minha mãe de frente, eu sei que pode parecer infantilidade da minha parte, mas eu realmente tenho medo da minha mãe, ela não é lá aquelas mães boazinhas na verdade é bem rigorosa e só me deixou sair de casa quando completei dezoito anos isso porque onde eu morava ainda sim eu era menor de idade. Mas fazer o que, ás vezes o destino te empurra para seguir seu caminho.

Novamente respirei fundo obrigando o ar gelado da noite a encher meus pulmões e acalmar meu coração que parecia querer criar pernas e sair correndo para fora do meu corpo, levantei a mão e dei três batidas na porta segundos depois escutei o barulho da chave na fechadura da porta destrancando a mesma, engoli em seco e levantei o rosto para encarar quem acabara de abrir a porta pensando ser minha mãe, tomei um susto, era meu irmão mais velho, senti as batidas do meu coração falhar, ele estava mais lindo do que da última vez que eu o vi. Cabelos pintados de cor bem clara, olhos castanhos escuros me fitavam com um brilho de felicidade, o corpo então... Prefiro me calar diante dos músculos dos braços dele, do peito definida coberto pela camiseta pólo novinha, das coxas realmente grandes cobertas pela calça jeans. Sempre fui apaixonada por ele, desde criança eu realmente sempre amei meu irmão, meus pais nunca descobriram isso, nem vão descobrir se não posso perder realmente a cabeça e ter minha alma amaldiçoada pelas pragas que minha mãe possivelmente me jogaria.
- AMY – Ouvi-o gritar feliz com aquela voz doce e embargadora que sempre tivera, abri a boca para falar um " Oi " mas fui embalada pelos braços musculosos e delicados dele, novamente pega de surpresa, apenas sorri pois ele não esperou eu retribuir e já estava me puxando para dentro da casa e me rodando no meio da sala, tive que encolher um pouco minhas pernas para não acertar minha mãe.

- O..i.. - Foi a única coisa que consegui dizer quando ele me colocou no chão, alem de estar totalmente tonta eu teria que encarar o olhar de rancor e severidade de minha mãe, abaixei a cabeça como fazia quando criança esperando a bronca e as palmadas que viriam dela, mas o que aconteceu foi mais um par de braços delicados e carinhosos em volta de meu corpo, estranhei, minha mãe não faria aquilo com uma filha que decidira largar a família para seguir a carreira de cantora.

- Que saudades de você minha princesa – Ouvi-a dizer com aquela voz maternal que sempre usara quando eu era criança e fazia algo realmente bom para merecer como prêmio seu carinho e amor, ao mesmo tempo notei que ela estava chorando, pois senti dois pingos caírem em meus ombros onde ela escondia o rosto redondo e bochechudo.

- Também senti saudades mãe. E pare de chorar, não é hora para chorar dessa forma ninguém morreu certo? Como estão as coisas? Como passaram esse tempo todo? Ah mãe, me perdoe por ter saído de casa viu, eu realmente me arrependi - Ela se afastou de mim e logo sorriu limpando as lágrimas, ela estava sem jeito por ter chorado na minha frente

- Estamos ótimos, agora com sua volta melhor ainda minha querida Amy, e não tem o que pedir desculpas, ta bom? Só entendi quando partiu que a sua felicidade seria seguir seu próprio caminho. - Senti as mãos carinhosas dela em meu rosto, sorri ainda mais abertamente a ela até sentir um par de olhos arregalados me olhando do pé da escada, virei o rosto fitando aqueles olhos, era o meu pai. Estava fraco, pálido e muito magro

- Pai?O que aconteceu? - Minha voz saiu falhada, eu tinha tanto medo de perder meu pai a pessoa que sempre me apoiou, ele nada fez apenas sorriu e seus olhos de arregalados passaram a ficar amorosos e brilhantes de felicidade.

- Estou gripado apenas isso minha pequena. Voltou para ficar não foi? Para cuidar desse seu velho - Eu não poderia dizer que Não, que eu estava apenas por causa das minhas ferias que seriam realmente prolongadas, então assenti.

- Claro pai, voltei para ficar ao lado de você do Nie e da mamãe - Senti Jae me embalar novamente e pela segunda ou terceira vez meu coração perdeu o ritmo e falhou varias vezes.

Sempre fui criada como a princesa da casa enquanto o Jae era tratado como príncipe, graças a meus pais que não permitiam que eu e Jae saíssemosde casa quando crianças, a única pessoa que tinha para brincar era Jae e vice-versa, isso até completarmos dez anos, que foi a idade com que meus pais permitiam eu e Jae de sair para os jardins da frente da casa antiga em Seul, mas ainda sim o único que eu confiava para me proteger era e sempre foi o meu querido irmão, foi por causa disso eu acho que acabei me apaixonando por ele.
Quando começamos a ter amigos que foi mais ou menos na época do colegial, foi que comecei a me revelar, eu era e sou ousada até hoje, atrevida, qualquer amigo do meu irmão que viesse em casa para fazer algum trabalho escolar com ele, eu o provocava sem que meus pais ficassem sabendo. Agora, eu piorava, além de ousada e atrevida eu tenho mais uma arma ao qual naépoca ainda era novinha demais para os meninos notarem, agora eu tinha mais curvas no corpo, curvas perigosas que qualquer homem desejaria e cobiçava para ter, tinha lábios cor de carmim chamativos e carnudos que despertavam imaginações e fantasias aos homens a quem eu olhava com certo interesse e com excitação.
- Estou cansada então... Irei tomar um banho e dormir - Mal terminei de falar e já subi correndo as escadas que eram iguaiszinhas as da antiga ao qual cresci. Abri a porta do quarto que estava totalmente organizado para mim e que aguardava meu retorno.

A mesma cama, os mesmos ursinhos a mesma decoração da outra casa, meus olhos se encheram de lágrimas com aquilo que viam, mas sacudi a cabeça ignorando-as e logo arrancando a roupa de frente para o espelho, mesmo provocando os amigos do meu irmão com um corpo inocente e infantil de antes jamais conseguira passar de apenas beijinhos e provocações de olhares apenas. Sorri de canto, talvez eu sonha-se que Jae teria que ser meu primeiro e que isso um dia iria acontecer, suspirei, como seria ter ele inteiro em minhas mãos? Aquele corpo inteiro em cima de mim, os gemidos com aquela voz grossa e doce no pé do meu ouvido me chamando, a movimentação do corpo dele contra o meu e o cheiro de suor, estremeci só de pensar.

- Que bobagem Amy, isso jamais ira acontecer. - Falei para mim mesma, para tirar aquele pensamento sobre meu próprio irmão da cabeça e me conformar que Jae jamais teria coragem de me encostar-se a uma parede e me ter como mulher e não como irmã. Por fim, fui para o banheiro, enchi a banheira branca e entrei tomando um banho bem gostoso e logo depois saindo e me trocando, colocando um dos meus pijamas favoritos, um shortinho rosa com a camiseta bem larga que me deixava bem livre, eu dormiria pelada se fosse antigamente, mas como Jae já estava um homem eu não poderia fazer isso. Caminhei até a cama e me deitei na mesma em meio aos travesseiros fofos e aconchegantes caindo em um sono profundo e sonhando com meu amado irmão.