A Viagem de Chihiro (ou Spirited Away, Sen to Chihiro no Kamikakushi, o que você preferir) © Studio Ghibli.
Lá está ela, uma garota nervosa e imersa na própria solitude.
Treme da cabeça aos pés sem sequer saber o motivo. Em seu pequeno e jovem coração, está presente um sentimento terno e saudoso, como se alguém muito querido tivesse a abandonado para nunca mais retornar. Caminha até o riacho mais próximo, sereno e límpido, e afunda seus pés descalços e sujos nele, sentada na grama de sua beirada.
Logo, rolam uma, duas, três lágrimas de seus olhos castanhos, caindo em suas mãos e joelhos, misturando água salgada à doçura das águas do regato. É só uma menina perdida e sozinha em meio aos próprios sentimentos, ou pelo menos é isso que pensa. A correnteza leve beija seus dedos carinhosamente, mas ela não percebe. São resquícios, agora imperceptíveis, de um mundo e um amor que deixara para trás sem nem saber.
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Lá está ela, uma idosa pacata e imersa na própria quietude. O riacho de tantos anos atrás não mais existe, e ela murmura tristemente para si mesma que o mundo não é mais tão belo e reluzente como fora um dia.
Agora, o que há em seu coração é a certeza de ter perdido alguém ou pelo menos parte de um sonho distante e agradável.
[N/A] Sei lá. (Tá, o Haku é o espírito de um rio, mas me deixem aloprar um pouco, sim?)
Quarta/quinta a ser escrita, quarta a ser postada das 30.
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