CROSS-SECRET
Eu adoro fics onde garotas tem que se disfarçar como garotos e frequentar uma escola só para homens!
Sendo assim, decidi escrever uma fic assim, com a Anzu! Isso porque não achei nenhuma fic desse tipo aqui no mas se alguém souber de alguma fic desse tipo, por favor me avisar!
Obs: Quando alguém se veste como o sexo oposto, é chamado de "cross-dresser" em inglês...
Sinopse: Anzu vai estudar em uma escola exclusiva para garotos, e tem que se disfarçar como um! Em que tipo de encrencas nossa querida Anzu irá se meter?
Disclaimer: Yu-Gi-Oh! e seus adoráveis personagens não me pertencem!
Chapter One
Bye Lar, Hello Internato!
Injusto.
Era apenas o que ela pensava sobre a situação toda: que
tudo aquilo era injusto!
Era injusto ter que se mudar de cidade de
novo. Ela mal havia feito duas amigas, já havia sido separada
delas! O que se passava pela cabeça de seus pais, afinal?
Anzu
era uma garota de bom coração, mas ultimamente ela
andava um pouco revoltada. E receber a notícia repentina da
mudança, e ainda para uma cidade menor a aborreceu
tremendamente. Mudar de escola novamente seria um tormento!
Ela
não aguentava mais ter que sempre se despedir das novas
amizades que ela fazia e que duravam cada vez menos.
Dessa
vez, ela e os pais, o Sr e a Sra Mazaki, estavam rumando para Domino,
uma cidade perto de Tokyo.
Anzu se despediu daquele lugar que
havia sido seu lar por sete meses, e as ruas começaram a
passar, enquanto o carro esportivo pegava a estrada.
Em minutos, a
adolescente adormeceu, sonhando com as novidades que a aguardavam.
Ao abrir os olhos, Anzu deu de cara com enormes e belos olhos azuis. Ela piscou algumas vezes, e se endireitou no banco, e olhou pela janela para o enorme outdoor que enfeitava a avenida da cidade. Era uma propaganda da empresa que movia aquela cidade, a Kaiba Corporation. O jovem rapaz que emprestava seu charme para o cartaz era realmente atraente, com seus cabelos castanhos, os olhos azuis-escuros e o rosto viril.
Anzu
o contemplou por mais alguns segundos até o carro seguir em
frente e deixá-lo para trás. Anzu então começou
a notar o restante do cenário, e até que não se
desapontou tanto.
A cidade era mais sossegada, mas mantinha um
certo movimento. Logo passaram por um prédio enorme, com um
pátio vasto atrás de pesados e grossos portões.
Não era o presídio (mesmo porque, Domino não
tinha um presídio), e sim, a escola Domino High para
estudantes do sexo feminino.
A escola para rapazes ficava fora da cidade, e a escola com ensino fundamental ficava no subúrbio. Eram todas públicas, mas por uma lei decretada pelo prefeito de Domino, ficou decidido que haveriam escolas diferentes para sexos diferentes.
Como parte dessa decisão, ficou óbvio que logo a cidade também se dividiria. Tanto que, Anzu pôde notar, naquela parte da cidade haviam muito mais lojas direcionadas para mulheres do que para homens. As lojas de roupa eram predominantemente para mulheres, as ruas eram cheias de boutiques, lojas de perfumes, e etc.
Logo, eles dobraram em uma esquina e cinco casas a frente, pararam em frente à um sobrado amarelo, de portão branco. O pai de Anzu deu duas buzinadas leves, e de dentro da casa saiu uma mulher e mais cinco crianças.
"Ken! Finalmente vocês chegaram!", a mulher disse. O pai de Anzu sorriu e eles desceram do carro. Aquela mulher era tia de Anzu, irmã de seu pai.
"Desculpe a demora, Sora! Tentei chegar mais cedo, mas o trânsito de Tókio me segurou um pouco mais do esperado!", ele disse. As cinco crianças vieram correndo.
"Minha nossa, veja como seus primos cresceram, Anzu!", a mãe de Anzu disse. O mais velho dos garotos era Junpei de doze anos, seguido por Takuya de dez anos, os gêmeos Kouji e Kouichi de nove anos e o caçulinha Tomoki de sete anos.
Anzu cumprimentou a todos, e eles então entraram na casa. Durante o tempo que chegaram, Anzu ficou se perguntando o motivo de terem parado ali, na casa de sua tia. E, por quê raios, seu pai estava tirando as malas dela do carro e colocando na sala?
"Bem, Anzu, precisamos conversar...", a mãe de Anzu disse. A jovem fitou os pais com curiosidade.
"Acontece que, enquanto você dormia, nós recebemos uma ligação da Companhia, nos avisando que aconteceram alguns problemas com o produto que lançamos recentemente e haverá uma reunião muito importante e não podemos perdê-la de jeito nenhum!", a mulher continuou a dizer, enquanto Anzu apenas escutava.
"E, bem, você ficará aqui na casa da tia Izumi, enquanto nós resolvemos esse pequeno problema.", ela terminou.
"Mas por quê tudo isso? A reunião vai demorar tanto, que vocês só vão poder voltar amanhã? E, bem, eu poderia ir com vocês...", Anzu disse. Seus pais olharam um para o outro.
"Na verdade, a reunião vai demorar um pouco mais do que isso... e nós temos que ir imediatamente, senão vamos perder o avião...", a mãe dela disse.
"Avião?", Anzu perguntou, começando a ficar assustada.
"Sim, nossa reunião vai ser nos Estados Unidos...", a mãe dela respondeu. A boca de Anzu se abriu em choque.
"E, talvez tenhamos que ficar fora por uns meses... talvez uns cinco ou seis meses...", o pai dela completou. A boca de Anzu se abriu mais, quase atingindo o carpete de madeira da sala de estar.
"Por favor, filhinha! Tenha paciência! Nós deixamos tudo nas mãos da sua tia, ela cuidará bem de você!", a mãe de Anzu disse.
Anzu ficou em silêncio por alguns instantes.
"Mas... mas...", ela não sabia o que dizer, ou o que pensar.
"Querida, nós te ligaremos assim que chegarmos! Por favor, nos perdoe! Nós te amamos, filha!", a mãe de Anzu disse, e a abraçou. O pai de Anzu se aproximou e pôs a mão no ombro da garota, dando suporte.
"Desculpe, filha.", ele apenas disse. Os dois se despediram da tia e dos sobrinhos e então saíram da casa. Anzu se despediu deles, mas continuava calada, sem saber como organizar os pensamentos.
Assim que o carro sumiu na esquina, Anzu sentiu alguém puxar-lhe a mão. Ela olhou para baixo e viu o pequeno Tomoki.
"Não fique triste, Anzu-neechan!", ele disse. Anzu sorriu para ele e ambos entraram na casa.
Naquela noite, após o jantar, Anzu estava ajudando sua tia a lavar a louça, e a mulher começou uma conversa.
"Anzu... precisamos conversar sobre um assunto sério.", ela disse. As duas então foram para a sala e se sentaram para a conversa.
"Acontece que... bem, como você pôde notar, meu marido também está ausente, a negócios. E, por conta disso, eu fico sozinha para cuidar dos meninos. O problema é que... eu ando me sentindo mal, enjoada... fui ontem ao médico, e hoje ele me ligou, após os seus pais terem ido. Bem, Anzu... eu estou grávida novamente.", a mulher disse.
Anzu ficou em silêncio, apenas olhando a mulher sentada a sua frente. 'Meu deus, será que ela nunca ouviu falar em camisinha, ou pílulas anticoncepcionais?", a adolescente pensou.
"E, sendo assim... eu e os meninos vamos para a casa da minha mãe... porque em minha condição atual, não terei como cuidar de tudo sozinha.", ela disse.
"Mas... como eu fico?", Anzu perguntou, abalada.
"Bem... eu achei uma solução, mas você precisa concordar antes...", a mulher disse. Anzu ficou em silêncio, esperando ela continuar.
"Acontece que a escola possui dormitório para os estudantes, já que ela fica distante da cidade.", a mulher disse.
"Distante? Mas a escola é a um ou dois quarteirões daqui! Eu vi quando chegamos na cidade!", Anzu disse. A mulher então sorriu, embaraçada.
"Bem, Anzu... a Escola feminina não oferece dormitórios, exatamente por ficar aqui no centro da cidade... no entanto, a escola masculina...", a mulher disse, e não terminou de falar, mas é claro que Anzu deduziu o resto.
"Não! Tia Sora... não tem como! A senhora está pensando em me mandar para uma escola de garotos?", Anzu questionou a mulher, e agora a jovem estava alterada.
"Não vejo outra saída, Anzu! Você sabe que sua avó mora em outra cidade, é perto daqui, mas é outra cidade! E a casa dela é pequena, não sobraria espaço para você... eu sinto muito querida... mas você terá que estudar nessa escola mesmo...", a mulher disse.
Anzu fechou a cara.
"Mesmo que me aceitem, como farei? Eu seria a única garota lá!", ela disse.
"Bem, tecnicamente sim, mas veja... é para isso que existem bonés e você sempre pode engrossar um pouco a sua voz!", a mulher disse.
"Você quer que eu me disfarce como um garoto!", ela disse, chocada. A mulher deu um sorrisinho.
"Ora, Anzu! Por favor, é temporário! Só até seus pais voltarem, aí você será transferida para a escola feminina! Por favor, não faça isso comigo! Você sabe que não posso levá-la comigo para a casa da sua avó! E você também não pode morar sozinha aqui... terá que aceitar ir para a escola masculina!", a mulher disse.
"Não há outra solução, mesmo?", Anzu questionou.
"Você sabe que se houvesse outro modo, eu te diria... eu sei que será complicado, mas por favor... você sabe que eu nunca faria isso se não fosse mesmo necessário!", a mulher disse. Anzu suspirou profundamente.
"É... eu sei...", Anzu disse, finalmente derrotada.
Na manhã seguinte, Anzu acordou cedo.
"Bom dia, Anzu!", a tia disse, entrando no quarto.
"Bom dia, tia Sora.", a garota disse, sem emoção.
"Veja, acho que essas roupas irão te servir!", a mulher disse. Anzu então vestiu a camiseta preta e a calça jeans, e se olhou no espelho.
"Que tal?", Anzu perguntou. A mulher a analisou.
"Tsk tsk tsk... não não! Mas que coisa, Anzu! Quem diria que você teria seios grandes para a idade, huh!", a mulher disse. Anzu corou, e abaixou a cabeça.
"E agora?", ela perguntou.
"Vamos ter que enfaixar o seu busto, para disfarçar melhor.", ela disse. Anzu então enfaixou os seios com firmeza. Ao vestir a camiseta novamente, as coisas estavam um pouco melhores.
"Ah, agora sim!", a mulher disse.
Anzu se olhou no espelho várias vezes. Ela não podia acreditar ainda que estava fazendo aquilo.
"Agora, vamos cuidar desse cabelo!", a tia disse. Ela amarrou o cabelo castanho de Anzu e pôs um boné em sua cabeça. Apenas a franja permanecia no lugar, mas ela até que ficou parecendo um garoto. Um garoto afeminado, mas ainda um garoto!
"E se pensarem que sou gay?", ela disse em voz alta. A tia riu.
"Bem, mas você é... afinal, você gosta de garotos, certo!", a mulher disse, rindo.
"Você tem razão...", Anzu disse e riu tamém.
"Mas nada de ficar dando show! Tente ser o mais masculina que puder!", a tia disse. Anzu balançou a cabeça.
"O uniforme da escola é composto por uma camisa branca e um terno azul por cima. Veja se não saia por aí só com a camiseta branca! Quando tiver que usar outras roupas sem ser o uniforme, vista-se sempre com camisetas pretas! Eu comprei várias camisetas pretas hoje, então fique sossegada!", ela disse.
"E o meu nome?", Anzu perguntou.
"Humm... precisamos de algo mais másculo, não!", a mulher disse. Ela e Anzu ficaram pensando.
"Que tal Kyo?", uma voz disse. Anzu e sua tia olharam para a porta.
"O que acha da sugestão do Tomoki, Anzu? Ele sempre teve muito bom gosto...", a mulher disse.
"Humm.. nada mau. Pode ser!", Anzu disse.
"Bem, meu caro... Kyo Mazaki! Vamos para a escola então!", ela disse.
Logo, as duas mulheres e o pequeno Tomoki estavam no carro, indo para a escola. Os quatro mais velhos estavam na escola, aquela do subúrbio.
Quarenta minutos de carro, e chegaram ao lugar. A escola ficava realmente isolada da cidade. Como era horário de aula, os corredores e todo o restante do local estava vazio. Foram direto para a sala do diretos, que as recebeu calorosamente.
"Seja
bem vindo à essa Instituição, meu rapaz!",
o homem disse. Anzu olhou para o pequeno Tomoki. Sua tia então
a cutucou nas costelas e murmurou "Ele está falando com
você!"
Anzu então lembrou do disfarce.
"Oh! Puxa... err... obrigada!", ela disse.
"ObrigadO!", o homem a corrigiu. Anzu se estapeou mentalmente: 'Duh! Mulheres dizem obrigada, homens dizem obrigado! E pensar que você é uma aluna nota A em gramática, Anzu!'. Ela teria que ficar mais atenta, para não cometer esse tipo de deslize novamente.
"Perdão...", ela apenas disse.
"Bem, senhor Pegasus! Eu trouxe meu sobrinho, Kyo... os pais dele estão fora, viajando a negócios, então eu sou a responsável por ele. No entanto, acabo de descobrir que estou grávida, e irei me mudar para a casa de minha mãe, o senhor vê, eu tenho mais cinco filhos, não posso tomar conta deles sozinha! O Kyo aqui é um bom rapaz, mas não posso fazer com que ele dedique seu tempo me ajudando, sendo que ele precisa mesmo é estudar bastante e ir para um boa faculdade!", a mulher disse. Pegasus sorriu.
"Bem, tenho certeza que o jovem Kyo irá adorar aqui! Todos os rapazes são muito educados, e logo ele irá se enturmar! Não se preocupe, senhora Ishida. Cuidaremos bem do seu sobrinho, e a senhora trate de cuidar de seus filhos!", Pegasus disse.
"Oh, obrigada, senhor Pegasus! E, quanto ao dormitório do meu sobrinho, eu gostaria de saber onde é para ajudá-lo a levar suas bagagens!", a mulher disse.
"Não se preocupe, assim que ficar decidido qual dormitório o jovem Kyo irá ficar, eu mesmo pedirei para que seus colegas de quarto o ajudem com a bagagem!", Pegasus disse.
"COLEGAS DE QUARTO?", as duas mulheres disseram, em unissono. Err, quer dizer, a mulher e o garoto.
"Sim... aqui na Instituição, todos os dormitórios suportam quatro estudantes. Algum problema nisso?", Pegasus perguntou. Anzu estava prestes a gritar "Sim! É óbvio que há um problema, como posso dormir com três garotos?", mas sua tia a segurou.
"É claro que não!", a mulher disse, e riu nervosamente. Os três foram para fora, e Sora se despediu de seu 'sobrinho'.
"Cuide-se, Kyo! Qualquer problema, é só ligar! Comporte-se direitinho!", ela disse, e a abraçou.
Anzu acenou para sua tia e para o pequeno Tomoki. Pegasus também acenou para os dois e logo que o carro da mulher sumiu, ele se virou para seu novo aluno.
"Bem, senhor Mazaki! Agora o levarei para seu dormitório, e mais tarde tenho certeza que algum dos alunos terá prazer em mostrar-lhe as dependências do local!", ele disse, e conduziu Anzu até a parte de trás do prédio, onde longos corredores com muitas portas pareciam não acabar nunca.
Caminharam mais alguns metros, e pararam em frente a uma das portas. Pegasus abriu a porta do quarto 304, e os dois entraram.
"Bem, aquela será a sua cama, senhor Mazaki. Assim que algum dos seus companheiros de quarto chegar, peça ajuda para ir buscar sua bagagem na secretaria. Fique a vontade para andar por aí ou apenas descanse! Tenha um bom dia, e com licença!", o homem disse, e saiu.
Anzu ficou sozinha naquele ambiente. Ela então olhou ao redor, para os pertences dos outros rapazes que dormiam naquele quarto.
A cama ao lado da sua estava arrumada, não muito caprichosamente, mas comparada à cama da frente, estava até que bem arrumadinha. Ao lado de todas as camas, havia um criado mudo com três gavetas. Sob o criado mudo da cama ao lado da sua, Anzu viu alguns dados espalhados, junto com papéis e uma caixinha. A cama em frente a sua estava completamente bagunçada. O criado mudo também era uma bagunça só, com vários papéis de bala em cima, além de coisas que ele não soube identificar. Mas, ali também havia uma foto, de um rapaz alto e loiro junto de uma garota de longos cabelos castanhos avermelhados. A última cama, também estava desarrumada, com camisetas em cima e no criado mudo havia apenas um pote de gel em cima.
Anzu terminou de observar o quarto e então se deitou na sua própria cama, para pensar um pouco e descansar as pernas. Ela não podia acreditar na loucura que havia feito, e nem conseguia imaginar o que poderia acontecer. Ela sabia, no entanto, que se a descobrissem, as coisas ficariam ruins para ela. Sem um lugar para ir, sem ter alguém para ajudá-la, Anzu tinha que ficar naquele lugar.
Mas, até quando sua identidade permaneceria um segredo?
Continua...
Uf! Reviews, please? D
