Nome do autor: Dione Kurmaier
Título: Lounge
Capa: -
Gênero: Romance
Formato: Shortfic
Observações: oi, eles não são bruxos. Bella tem certa tendência a ser maléfica, mas apenas tendência. É um casal complicado. (:
Link para a fic se ela já estiver publicada:
Item: Escadas e Cigarros (6'
Lounge
Por Dione Kurmaier
~ cigarros
A fumaça que ela soltava entre os lábios entreabertos o inebriava completamente. Tinha um cheiro muito forte, e que se fixava ao corpo da mulher. Mas era um cheiro tão dela, somente dela.
Ela depositou o cigarro sobre o cinzeiro, o deixando queimar, enquanto olhava no fundo dos meus olhos. Então soltou a fumaça vagarosamente e em minha direção, fazendo o cheiro atravessar a sala.
Ela estava sentada no sofá do outro lado, e havia uma mesinha de centro entre nós, que estava no meio da sala. E eu do outro lado, na poltrona de couro, fixava os olhos no cigarro. No cigarro dela.
- Me deixe tragar.
Ela arqueou uma sobrancelha, enquanto fixava o olhar em meus lábios.
- Você quer o quer experimentando? Tem anos que fumo, e você nunca gostou e nem quis encostar.
- É que agora me interessei. - Toquei no cigarro sobre o cinzeiro, o pegando. Coloquei entre os dedos e o aproximei dos meus lábios. - Posso? - A olhei. Desafiando.
- Fique a vontade, Sirius.
Então toquei o cigarro com meus lábios e traguei. Traguei forte o cigarro e tossi de leve. O sorriso de escárnio na face dela era ridículo, e ainda assim combinava com ela. Soltei à fumaça e devolvi o cigarro para o cinzeiro calmamente.
- Seu cigarro, Bella.
Ela arqueou as sobrancelhas. Eu apenas sorri para ela.
~ vinho
Eu peguei a taça e a balancei levemente. Já havíamos entornado duas garrafas de um vinho qualquer que ele havia comprado no mercado da esquina. Agora estávamos sentados no tapete com taças nas mãos, enquanto comíamos e conversávamos, sempre soltando ferpas no outro.
Eu sorria languidamente, enquanto ele tentava me seduzir. Desde o início era assim, já estava acostumada. Jantares regados a vinho barato e conversas amenas tentando não tocar no assunto que ficava acima de nós, e que depois sempre se concretizava: sexo.
Ele então, depois de duas garrafas, me beijava e me abraçava, e eu me deixava levar pelos seus toques, seus braços, seu corpo. Deixava-me levar pela situação. Não, eu nunca me acostumaria com tudo aquilo.
E agora o vinho caía sobre o tapete branco, o manchando para sempre. Manchando como manchávamos um ao outro desde que nos conhecemos.
~ escadas
Os dois corpos pressionavam um ao outro, enquanto ela gemia alto. Eles ainda se encontravam com roupas, mas nenhum deles saberia dizer até quando. Ela arranhava seus braços e ombros descobertos enquanto ele tirava a camiseta fina preta e tocava todo o tronco da mulher, lhe causando arrepios.
Ele então subiu degrau por degrau devagar, com seu corpo colado ao dela. No meio das escadas, ela o empurrou e subiu cinco degraus gargalhando e correndo, mas ele a alcançou e a pressionou sobre o vão, fazendo com que o sorriso sumisse e fosse substituído por uma expressão de dor e um gemido alto, enquanto ele sorria maldoso.
Ela fechou a cara e ele gargalhou.
- Aqui esse joguinho não funciona, Bella.
Ela o beijou e pressionou o corpo contra o dele, causando-lhe torpor. Parecia que cada centímetro dos corpos precisava do outro, cada um deles vivia com a energia que o outro emanava. E as escadas estavam ali para provar isso. Ela sorria depois do beijo com a boca inchada, enquanto ele tinha a cabeça encostada no seu ombro.
- Nossos jogos sempre funcionam, Sirius. Tanto os meus quanto os seus.
