N/A¹ - Esta fic conterá cenas de sexo, linguagem vulgar, submissão e futuramente slash e femme. Se ainda assim arriscarem a ler. Obrigado e espero que gostem.
Negrito - Diario de Valentin.
Italico - Diario de Sarah.
do latim Vermillus – O livro do prazer.
-x-
A voz de Minerva continuava após o longo sermão sobre preconceito e suas terríveis conseqüências. Com o fim recente da guerra todos estavam cansados de ouvir e ela sabia.
- Realmente o que ocorre entre o senhor Malfoy e a senhorita Granger é inaceitável. – Balançou a cabeça contrariada enquanto ambos os alunos a olhavam fixamente, evitando-se. – Não, não fale senhorita Granger. Está tão errada quanto o senhor Malfoy. Discutirem no meio do corredor e com tamanha agressividade verbal. O que estavam pensando? - Minerva interrompeu novamente. Ela perguntava e não queria as respostas. Não importava. – Eu não quero seus motivos Hermione. Eles não justificarão sua imprudência. – A face da castanha estava intensamente ruborizada e ela cada vez mais se irritava com a passividade do loiro a seu lado. Ele a tinha ofendido.
Pelo menos nem tudo estava perdido, uma vez que a diretora a chamou pelo primeiro nome. Considerava-se injustiçada por apenas ter se defendido das ofensas do loiro, mas aceitaria seu castigo sem reclamar; já que estimava muito sua ex professora de feitiços.-
Hermione ainda observava-a ponderando e por um breve momento imaginou um brilho de quase diversão que mudou para apreensão nos olhos da diretora. Um brilho que estava definitivamente extinto quando encarou os dois e falou decidida.
- Bem, acredito que a detenção de vocês dois será leve comparado ao peso de ter dois monitores dissipando pelos corredores o mesmo preconceito e intolerância que nos levou a inúmeras mortes de companheiros pela guerra. - Quando ela expunha assim a situação, parecia muito mais grave do que realmente foi. E o pesar momentâneo na voz de Minerva a fez perguntar-se quem a diretora deixou que doera tanto. Seria Albus? – Ambos cumprirão suas detenções juntos e espero que aprendam a conviver civilizadamente pelo o próprio bem. – Draco pareceu sorrir minimamente e ocultar logo depois. – Dirijam-se a biblioteca logo após suas aulas e realmente espero que aprendam algo com tudo isso. – Realmente o castigo não parecia tão ruim. Estaria no seu lugar preferido e a biblioteca era enorme, se desse sorte nem olharia na cara de Malfoy. Merlin estava do seu lado.
- Diretora. Pelo horário determinado, significa que ficaremos sem jantar por uma semana? – Embora a voz do loiro não continha o típico sarcasmo, pontuou exatamente o absurdo da situação.
- Não senhor Malfoy. O jantar de ambos será servido na biblioteca e não acredito que será a semana toda. – Malfoy concordou resignante e satisfeito. – Será o semestre todo. – Os dois arregalaram os olhos, prontos para questionar; quando Minerva os fuzilou tão intensamente que pareceram desistir.
Não trocaram uma única palavra no percurso de volta. Se dependesse deles, não teriam progresso nenhum e apenas se detestariam mais. Nem por amor. Nem pela dor.
- Esse é o cubículo em que temos que ficar? – Estava irritado com a merda toda. Alem de passar um semestre inteiro com a insuportável da sangue ruim, ainda tinha que ser numa sala mofada e pequena; mexendo com livros empoeirados e decadentes. Sessão de romances medievais. Que porcaria de mente decadente se interessaria pelo romance de bruxos mortos. Isso era uma palhaçada.
- Sim senhor Malfoy e quanto antes ocuparem a mente, menos tempo terão de se agredirem. – Hermione suspirou cansada. Teriam que lembrá-la a toda hora o motivo de estar ali? - Restaurem, cataloguem e arrumem. Cada caixa contém a historia de cada família importante na historia. Boa noite.
Draco arrependeu-se de se jogar numa poltrona puída assim que a poeira o embalou. Tossiu e cantou uma maldição sobre aquela merda não ser usava a séculos. Hermione ignorou.
- Bem, acho que se cada um fizer uma; terminaremos mais rápido. – O encarou.
- E pra que você quer terminar rápido se tenho que passar um maldito semestre com você. – Ainda tirava o pó da capa. A castanha engoliu um xingamento. Estava farta da estupidez dele.
- Faz o que quiser Malfoy. – Sentou-se no chão ao redor de um baú de carvalho escuro e conservado. Apesar da poeira e da bagunça do lugar, aquelas caixas e segredos exalavam um ar de mistério e interesse. Estava deslumbrada de certa forma em poder mexer em material tão raro. Poderia descobrir historias intrigante ali e isto a excitava.
Viu quando Malfoy resmungou e começou a mexer numa das prateleiras e deixando-a em paz. Abriu o baú e retirou um pergaminho extremamente frágil de dentro. Aquilo deveria ter mais de quinhentos anos. Desenrolou-o e esforçou-se para ler os nomes. Escrever em seu próprio pergaminho e o apoiou sobre a tampa aberta. Poeira, passado, pergaminho velho. Tudo o que gostava e se perdeu na leitura. Tinha apenas que limpar, catalogar e guardar e isso pareceu ser impossível diante de tamanha riqueza. Mania de querer saber tudo. Toda a historia a fascinava. Talvez por ser muglee.
Um som de pratos a tirou do devaneio e olhou seu jantar ser colocado sobre a única mesa na sala. Uma mesa e duas cadeiras. Que providencial. Ao menos não precisaria brigar para poder sentar.
Ambos sentaram em silencio e o único ruído presente era o tilintar dos talheres nos pratos. Era difícil não olhar para frente enquanto mastigava. Seu pescoço estava doendo por olhar constantemente no prato.
Olho para as estantes, inspecionando completamente pela primeira vez. Não havia pouca coisa a fazer. Talvez passasse o semestre todo ali mesmo que agilizasse o trabalho. Eram muitas caixas amontoadas e prateleiras vazias. Abrir uma a uma levaria tempo. E amanha talvez devesse pedir um pano com água para limpar lugar antes de guardar as caixas. A poeira...
Desviou a atenção para frente com raiva pelo barulho que Malfoy fez ao jogar os talheres. Estúpido e mal educado. Encarou-a com desdém e saiu chutando uma caixa no caminho, quebrando um pedaço. Argh! Seria uma detenção longa e irritante.
Draco agachou e removeu a tampa da caixa que quebrara, recolhendo algo e reclamando alto demais pelo acordo intrínseco que mantinham de não se falarem.
- Que merda é essa Granger? O que você está armando sangue ruim? – Estava vermelho e muito irritado olhando o que parecia ser uma foto nas mãos.
- O que está falando seu idiota. – Exaltou-se enquanto levantava. Não iria continuar ouvindo seus insultos calada, embora fora por isso que estava ali.
- Como você tirou essa foto e por que colocou-a aqui? – Quase avançou sobre ela. Hermione se encolheu minimamente com o susto e o ato não passou despercebido pelo loiro. Medo?
Draco jogou a foto para ela e ela arregalou os olhos em descrença. Piscou atordoada algumas vezes e parecia tentar entender tanto quanto ele. Era alguma brincadeira?
Olhou para ele e desistiu de perguntar. Olhou para a caixa quebrada e pegou o que parecia ser um diário. Bruxos usavam diários?
Foliou as primeiras paginas e gritou pelo susto. Olhou Draco novamente e ele a encarava com impaciência.
- Não somos nós. – Draco puxou o livro das mãos dela e leu a pagina aberta.
- Isso só pode ser alguma piada.
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Lord Valentin Lucian Draconis Malfoy.
Servo e senhor de minha amada Sarah Janne Granger Malfoy.
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Hermione sentiu náusea e sentou-se novamente no chão antes que caísse. Tremia levemente quando se voltou para caixa e retirou outro diário de dentro. O diário de Sarah.
Draco folheava o que estava com ele parecendo que quanto mais forte o fazia, poderia haver uma chance dele desaparecer. De decompor-se. Estava furioso.
- Você é s... muglee. Não tem descendentes bruxos. Você armou isso para tentar me humilhar.
- Não fale besteiras Malfoy. Não acredito que essa Sarah Granger teve algum parentesco comigo. Deve ser uma coincidência os nomes. – Falou sincera acalmando-se um pouco.
- Muglee burra você. Não existe coincidência de sobrenomes e muito menos por ela ser idêntica a você. – Replicou com raiva e desdém. A situação era insustentável. A simples idéia de um Malfoy se envolvendo com trouxas era repugnante. Mas saber mais do que a intragável da Granger fez seu ego inflar no instante.
Hermione se recostou numa pilha de caixas e folheou o diário feminino, segurando com força as folhas amareladas para evitar o tremor nas mãos. Estava nervosa, ansiosa, excitada e até chateada se conseguisse resolver qual das emoções estava fazendo sua náusea voltar. Não viu o que Draco estava fazendo, mas abaixou a cabeça e os cabelos mal presos, a cobriu levemente a face.
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Southampton, Inglaterra 1815
Pressionei os dedos contra minha boca para evitar gritar ao ver o homem e a mulher que se contorciam juntos nos lençóis enrolados. As coxas roliças de Daisy rodeavam os quadris do homem que empurrava sem descanso dentro dela. O ritmo violento dos empurrões fazia chiar a armação de ferro da cama enquanto Daisy gemia e gritava seu nome.
Eu sabia que devia me afastar da porta entreaberta; entretanto não podia tirar o olhar da atividade frenética da cama. Senti ardência na pele e meu coração pulsava com força contra meus seios.
Quando Daisy gritou e se retorceu como se estivesse sofrendo um ataque, um pequeno som escapou de meus lábios. E para meu horror, o homem que estava sobre Daisy se incorporou como se tivesse ouvido. Girou a cabeça e seus olhos olharam fixamente para mim. Corri e tropecei no corredor enquanto ajeitava meu xale sobre minha camisola de dormir. Apoiei aliviada minha mão sobre o patamar da porta e mais dois corredores e chegaria a meu dormitório, quando uns passos atrás de mim me detiveram.
- Desfrutou? ...
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Hermione fechou o diário bruscamente e olhou envergonhada onde Draco estava, apenas para confirmar que ele estava com os olhos pregados nela. Intrigado. Corou ainda mais.
- Eu acho que não devíamos mexer nisso. – A voz baixa era quase um sussurro.
- Eu não acho. Se tem meu sobrenome então me pertence e quero saber que diabos meus ancestrais fazem envolvidos com sangue ruins. – Não se importou em ofendê-la, pois nem estava prestando muita atenção ao que dizia, só queria desmentir aquilo tudo. Provar que era uma farsa. Saber quem era esse tal Valentin que não se recordara de ver na gravura da mansão.
- Mas você não pode tirar o diário daqui. Não temos permissão...
- Posso e vou. E já deu nossa hora. – Saiu da sala levando o diário de Valentin com ele e Hermione olhou para o de Sarah em suas mãos e dele para caixa. Não era justo Malfoy saber o que aconteceu e ela não. Ele certamente distorceria tudo e difamaria quem quer que tenha sido aquela estranha mulher. Tinha por obrigação saber a verdade dos fatos e isso a fez apertar o livro contra o peito. Determinada.
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11hrs48min.
Apertou as mãos úmidas e olhou novamente pela fresta da cortina. Finalmente não tinha mais ninguém acordada. Irritava às vezes não ter privacidade e a curiosidade alheia era um fardo. Principalmente por que estava de detenção com o mais irritante, falso, mesquinho, dissimulado e cobiçado garoto da escola. E que não era mais um garoto.
Passou as mãos no lençol e tocou o diário lentamente. Quase com reverencia. Não sabia explicar, mas sentia-se próxima de Sarah mesmo antes de começar a ler ou de saber quem realmente ela era. Abriu.
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... A voz alegre de lorde Valentin Malfoy interrompeu minha fuga apressada. A contra gosto, virei-me para desafiá-lo. Ele se aproximava enquanto introduzia a camisa branca dentro de suas calças desabotoadas. A jaqueta, o colete e o lenço do pescoço estavam pendurados em seu braço. Um débil brilho de suor cobria a sua pele clara, testemunho do recente esforço.
Respondi distinta.
- Não houve nenhuma questão de prazer, Senhor. Somente confirmava minhas suspeitas de que o senhor não é um companheiro adequado para minha irmã mais nova.
Agora ele se encontrava perto o suficiente para que eu olhasse fixamente em seus olhos acinzentados. Infelizmente era o homem mais bonito que já tinha visto.O corpo era tão esbelto como uma escultura grega e se movia como um gracioso bailarino. Embora desconfiasse dele, ainda assim ansiava estender a mão e acariciar o seu carnudo lábio inferior somente para comprovar que era real. Seu cabelo era de um intenso loiro claro, preso para trás com uma fita de seda negra. Era um estilo passado de moda, mas ficava bem.
Vi quando ele arqueou uma sobrancelha. Cada movimento que fazia era tão refinado que suspeitava que praticasse cada um deles na frente do espelho até aperfeiçoá-los. No espaço do pescoço onde a camisa estava aberta dava para ver a metade de uma moeda de cor bronze pendurada em um cordão de couro que dançava na pele de seu peito.
- Os homens têm... Necessidades, senhorita Granger. Estou certo de que sua irmã é consciente disso. – Ele disse tão naturalmente enquanto se aproximava mais, Minha respiração pareceu faltar. Seu perfume cítrico estava acentuado por outro aroma mais poderoso e incompreensível que supus ser de sexo. Nunca tinha imaginado que fazer amor tivesse um aroma particular. Sempre tinha acreditado que a procriação era uma questão tranqüila e pacífica na privacidade de um leito conjugal, não a cópula primitiva, ruidosa e exuberante que acabara de presenciar.
- Minha irmã é uma dama, lorde Malfoy. O que saberá ela sobre os desejos masculinos?
- O suficiente para saber que um homem procura herdeiros e obediência de sua esposa e prazer de sua amante.
Senti uma rajada de ira em nome de minha irmã. - Talvez ela mereça mais. Pessoalmente, não me ocorre nada pior que estar presa a um matrimônio como esse.
Seus extraordinários olhos faiscavam com interesse enquanto pareciam querer me lembrar de minha roupa de dormir e minha aparência desalinhada. Retrocedi com cautela para a porta e ele moveu o corpo para obstruir a saída. Estava morta de vergonha, mas não o deixaria perceber.
- É essa a razão pela qual freqüenta a ala dos criados em plena noite? Por acaso decidiu arriscar tudo pelo amor de um homem comum?
Queimei de vergonha e segurei meu xale com mais força. Intragável.
Hermione sentiu as bochechas arderem, mas continuou lendo mesmo assim. Lord Valentin só podia ser um Malfoy mesmo. Depravado. Sentia pena pela irmã de Sarah ter se casado com um homem como esse.
- Vim comprovar se o que minha criada havia dito era verdade.
- Sei! – Ele voltou a olhar pelo corredor - Daisy é sua criada? - Fez-me uma reverência elegante - Me considere verdadeiramente comprometido. O que pensa fazer? Insistir em que eu contraia matrimônio com ela? Ir contar ao seu pai?
Olhei com todo meu ódio para ele. Como poderia dizer ao seu pai que o homem no qual considerava um protegido era um libertino debochado? E por outro lado, estava a questão da imensa riqueza de lorde Malfoy e as empresas de transporte marítimo de seu pai não tinham ido bem nesses últimos anos.
Lambi meus lábios o olhar interessado dele me seguia.
- Meu pai tem muito bom conceito sobre você. Ficou encantado quando você se ofereceu para contrair matrimônio com uma de suas filhas. - Ele apoiou o ombro contra a parede e observou, com a expressão séria.
- Devo a minha vida ao seu pai. Contrairia matrimônio com as três se fosse permitido neste país.
- Felizmente para você, não é - disse com um sorriso vitorioso e o rosto dele continuava com a expressão preguiçosa e zombeteira que irritava. - Quanto ao meu propósito, pensei em apelar para o melhor de você. Queria pedir-lhe que não desonre a minha irmã tendo uma amante depois do casamento e que permaneça fiel aos seus votos. - Ele olhou fixo por um longo momento e logo começou a rir.
- Espera que eu permaneça fiel a sua irmã para sempre? - Seus olhos escureceram para deixar transparecer um vestígio de aço. - Em troca de quê?
- Não direi ao meu pai nada sobre seu comportamento desonroso desta noite. Ele se decepcionaria muito com você. - O sorriso dele desapareceu. Aproximou-se tanto que suas botas roçaram meus dedos descalços.
- Isso é chantagem. E não haverá a mais remota forma de saber se cumpro com minha palavra ou não. - Esbocei um pequeno sorriso triunfante.
- Então não cumpre com suas promessas? É um homem sem honra?
Ele colocou os dedos debaixo do meu queixo e levantou-me a cabeça de uma sacudida para olhar-me nos olhos. Disfarcei para que não percebesse minha dificuldade em respirar enquanto observava seus extraordinários olhos.
- Posso assegurar a você que cumpro com minhas promessas. - Pareceu-me levemente irritado e isso me deu um pouco de controle.
- Charlotte só tem dezessete anos. Sabe pouco sobre o mundo e só tento protegê-la, Senhor.
Ele soltou meu queixo e deslizou os dedos pelo lado de meu pescoço até chegar ao ombro. Para meu alívio ou sentença, seu ar de violência contida desapareceu.
- Por que seus pais não puseram você na frente para contrair matrimônio comigo? É a mais velha, não é? - Olhei intencionalmente para a mão dele, que ainda descansava sobre meu ombro. Era incabível essa intimidade.
- Tenho vinte e seis. Tive minha oportunidade para conseguir um marido, mas estive uma temporada em Londres e não consegui tirar proveito dela. - Ele enrolou uma mecha do meu cabelo solto em seu dedo e não pude evitar estremecer. Sua expressão encantada me preocupava. - Charlotte é a mais bonita e obediente de minhas irmãs. Merece uma oportunidade de converter-se na esposa de um homem rico.
Sua suave risada me intrigou e o fôlego quente soprou em meu pescoço. - Como eu, quer dizer? – O encarei com dignidade.
- Sim, - Ele continuava sorrindo.
- Você possui algo que nenhuma de suas irmãs tem. - Mordi sem querer meus lábios. Que indelicado me dizer isso.
- Não precisa me recordar. Parece que sou impulsiva e muito direta para o gosto da maioria dos homens.
Ele puxou ligeiramente a mecha de meu cabelo.
- Não para todos os homens. Tive fama de elogiar as mulheres com impulso e determinação. - Levantei a vista e enfrentei os olhos dele. Algo urgente faiscava neles e contive meu secreto desejo de tocá-lo. Tinha que sair dali antes que fosse demasio tarde para mim. - Acredito que serei muito melhor tia solteirona que esposa. Ao menos, poderei ser eu mesma. - Seu sorriso folgado era tão íntimo quanto uma carícia.
- Mas, e os prazeres da cama? Não se arrependerá de não prová-los? – Suspirei com desprezo.
- Se o que acabo de ver é um exemplo desses prazeres, possivelmente esteja bem sem eles. - Os dedos dele esticaram meu cabelo. Começava a me incomodar.
- Não gostou de ver como eu possuía a sua criada? - O olhei boquiaberta e o sorriso dele se alargou. Ele estendeu o dedo indicador e com suavidade fechou-me a boca. Cretino.
- Não é somente uma dissimulada, senhorita Granger, mas também uma mentirosa.
O que se seguiu depois me sinto inflamada apenas por relembrar. Não conseguirei escrever e certamente odeio-o veemente por isso. Para minha sorte a voz baixa dele rogando meu nome rompeu o feitiço que ele me colocara. Era um feiticeiro maligno e deveria me afastar completamente de seus encantos...
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Hermione fechou o diário com lagrimas nos olhos. Ele certamente a enfeitiçara para burlar-se de sua inocência. Era inaceitável isso e embora quisesse ler mais, a ardência nos olhos a recordava que devia ser madrugada e tinha que dormir. Sentia-se orgulhosa pela sagacidade e impetuosidade de Sarah. Dormiu o resto da noite tranqüila e ansiosa para continuar.
Num outro quarto afastado, um loiro também fechava um diário e exalava um brilho satisfeito nos olhos tempestuosamente cinza. Satisfeito e convicto que quem quer que fosse Lord Valentin, ele apenas estava desfrutando de sua futura amante. Uma aventura e não um romance.
Escreveria a sua mãe, logo que acordasse.
Continua...
N/A ² - O conto de Valentin e Sarah é quase fielmente extraído do livro O Escravo Sexual de Kate Pearce. Um livro erótico que estará basicamente inteiro aqui. Isso mesmo, essa fic é uma adaptação e a historia paralela de Draco e Hermione é apenas para ambientar e inteirar o universo HP.
