N/A: Olááá
Bem, graças à uma certa senhorita Gabifdj (filhota, obrigada MESMO! Você não faz idéia do quanto me ajuda!), estou aqui, postando essa coisa que me atrevo a chamar de fic.
Eu nem sei como ganhei o challenge de UA no fórum 3vassouras com essa fic... mas, enfim, ganhei – e estou muito orgulhosa.
O prólogo foi escrito pela Rach, minha main querida que me ajudou, já que eu não tinha idéia do que fazer, e a July me ajudou com o resumo
Ah, eu aproveito pra dedicar a fic à Bidi, que me ficou até de madrugada me ajudando a terminar a fic pra entregar, à Tha, que propôs o challenge, e à Lolly, que sempre me ajuda muito e me dá muita força.
Prólogo.
Lílian Evans, mais conhecida como Lily, é uma garota carioca normal, nascida na Tijuca. Sangue quente, cabelo vermelho, olhos verdes e sardas no nariz; primeira da classe e prestes a ingressar na faculdade de psicologia, assim que fizesse 17 anos - a protestos, já que fora devidamente advertida por várias pessoas de que com certeza iria espantar todos os pacientes com sua grande paciência. Tinha uma vida maravilhosa, amigas maravilhosas, pais admiráveis e passara em segundo lugar no vestibular da UFRJ. Tem apenas alguns problemas... sua irmã idiota e a falta de qualidade na ala masculina carioca.
James Potter é um cara engraçado, bonito, inteligente... Estudante de dramaturgia, 17 anos, desejado por metade da população feminina do Rio de Janeiro e Niterói; modelo e ator, uma pessoa que fazia pouco caso das coisas e vivia a vida. Mas, ao contrário do que a maioria das pessoas, ele não tem um problema... Ou melhor, não tinha, até conhecer uma certa ruiva.
Duas pessoas opostas, extremamente diferentes. Mentes, pensamentos e ideais adversos, coisas que literalmente geram atrito, brigas, discussões e confusões, mas também uma inegável faísca de paixão. Mas quem foi que disse que opostos não se atraem?
Capítulo 1 - A ligação.
Lily estava em sua casa na Tijuca, um apartamento na cobertura. Seus pais tinham saído e ela assistia TV, distraidamente, zapiando pelos canais depois de ter visto um filme de comédia romântica – Os opostos realmente se atraem. Deixou o controle de lado enquanto terminava de raspar sua tigela de brigadeiro e tomar seu sorvete de ameixa (sim, ao mesmo tempo. Para Lílian Evans, quanto mais doce, melhor), a televisão ligada no Canal SBT – Só Besteira na TV -, onde passavam os dez segundos finais da novelinha popular RBD – Reproduzindo Bobagens Diariamente-, e começavam os comerciais.
"Você está estressado, frustrado, descontente com sua vida? Sua carreira não vai pra frente, seus estudos não rendem? Bem, sugiro que vá ao psicólogo ou se jogue pela janela. Agora, se o problema está em seus relacionamentos... Nós, da agência de namoros Juntando os Pombinhos podemos resolver isso para você."
Tlic. A tela repentinamente ficou preta. E, não, não houve apagão, e nenhum furacão passou por ali. Era apenas uma Lily inconformada que acabara de desligar a TV.
'- E agora mais essa... Quando eu digo que as pessoas estão ficando sem criatividade, ninguém me escuta.. Será que não tinha nada decente pra colocar nessa propaganda? Onde já se viu... Coisa mais sem graça... Aliás, eu acho que é até ilegal sugerir que alguém se jogue de um prédio... Existem muitos loucos nesse mundo. Tomara que a empresa seja processada e essa coisa ridícula saia do ar! Hunft, uma pessoa que você nem conhece resolver seus problemas pessoais – e bem íntimos – de relacionamento arranjando outra pessoa que você também não conhece... Se isso facilita a vida de alguém, me desculpe, mas eu prefiro morrer livre, leve e solta. E, certo, eu preciso urgentemente parar com essa mania de falar sozinha... um dia isso vai me causar sérios problemas.
Lily foi interrompida de continuar com seus pensamentos e indignações com agências de namoros, quando o som do telefone soou estridente em seus ouvidos.
Encarou o telefone, extremamente surpresa, como se o objeto fosse feito por um alienígena e tivesse acabado de desabar do seu teto.
'- Ligação a essa hora? - ela revirou os olhos ao quarto toque, sua feição variando de surpresa para entediada.
'- Lily? - a voz soou rouca, ao fundo.
'- Lene? - a ruiva rebateu, extremamente receosa. Era péssima para distinguir pessoas num telefone.
'- Lene? Lene? Eu esperava mais de você, Lily. Eu não acredito que você não reconhece a voz de uma das suas melhores amigas! - a voz retrucou, indignada.
'- Ah... - ela corou do outro lado da linha. - Me desculpe, Lisa.
'- Você já me deve cinco reais - a outra disse, num tom debochado.
'- Ahhh, ok! - Lily disse, num resmungo. - Eu te pago quando puder mas, visto que você ainda me deve dez, eu continuo na frente!
Houve um breve muxoxo em resposta.
'- Precisava me lembrar?
Lily riu.
'- Tá, tá. Mas vamos ao que interessa... Acontece que a senhorita está mais de 45 minutos atrasada, sabia? Deixou suas três pobres amigas abandonadas, desoladas e correndo riscos enormes de se perder nesse shopping enorme!
'- Quê? Ah, aah... Ops... Desculpa, eu esqueci...
'- É? Pois a gente não. Ficamos te esperando aqui até agora, dona Lílian!
'- Hey, já pedi desculpas! O que mais quer que eu faça?
'- Já que você perguntou... eu gostaria que você comprasse um daqueles telões pra mim, sabe? Porque se você demorar mais, não vai dar tempo de assistir o filme!
A face de Lily se contorceu em uma entediada.
'- Lisa, faltam quatro horas para o filme começar. O que raios eu vou fazer no shopping agora?
'- Como assim "O que vai fazer no shopping agora"? Suas amigas não são importantes para você, sua ingrata? - a garota retrucou num ar aborrecido. - Ahhh... - completou num tom risonho. - Você me deve vinte e cinco agora.
'- Marlene Mckinnon! - Lily exclamou vermelha. - Isso foi roubo!
'- Claro que foi roubo. Desde quando a Lene sabe jogar limpo? - a voz de Lisa se fez presente do outro lado da linha novamente.
'- Vocês duas ainda me deixam doidas.
'- Pense no lado bom, Lily, você entenderá seus pacientes por ser uma igual.
Lily não se deu outra alternativa a não ser revirar os olhos, enquanto ouvia os risos das amigas do outro lado da linha.
'- Agora, vamos ao que interessa. - Lily percebeu que a voz mudara novamente. - Claro que você tem que vir! Ou você acha que a gente vem no shopping e já compra tudo pra assistir o filme? A gente vai andar, vai conversar, vai ver se compra alguma coisinha... E só depois é que vamos assistir o filme! Até parece que nunca andou com a gente... Ainda se diz nossa amiga...
'- Ohh, sim, claro. Aliás, é por isso mesmo que eu simplesmente não fui no horário combinado. O filme seria só depois de muita enrolação mesmo...
'- Ah, Lily, qual é? - Lily revirou os olhos. Era a Lisa novamente. Quer dizer, as duas já trocaram tantas vezes que ela não sabia mais quem era quem. - Deixa de besteiras e corre logo para cá! Isso é uma ordem, ouviu? Você não prefere que eu vá aí e te traga aos puxões de orelhas, não é mesmo?
'- Claro que eu não quero isso! - ela disse emburrada. - Mas se eu correr, além de gastar quase duas horas andando, eu ainda vou chegar aí toda suada. E eu não corro, já que me desgasto facilmente fora da água.
'- Sem problemas! Você vem movendo os braços e finge que o ar é o seu mar imaginário! - Lily teve plena certeza de que a dona daquela voz era a Lisa.
'- Mas aí eu serei taxada de louca. Onde já se viu alguém normal andar assim nas ruas?
'- E quem disse que você é normal, Lily?
'- Lisa Delacourt! - Lily exclamou, vermelha.
'- Marlene Mckinnon, aliás, com um nome muito mais bonito do que esse daí que você falou.
'- Querem parar de trocar essa porcaria? - Lily disse emburrada, se sobrepondo aos risos das outras.
'- Certo, alguns segundos de trégua. Venha de ônibus, oras!
'- Ônibus? Agora? Sabe, que eu me lembre você – agora eu nem sei mais com quem eu estou falando...
'- Com a Ana.
'- Ah, eu já desconfiava. Então, dona Ana, nós não combinamos de você passar aqui, já que era caminho pra sua mãe?
'- Não, foi com a Lisa.
'- Não, foi com você! Lembra, eu até falei que não precisava, e você teimou que ela ia mesmo na cidade, e...
'- Lily, a mãe da Lisa é que sempre vai à cidade – Ana explicou, ligeiramente emburrada. - Minha mãe, a essa hora, está na cidade comprando um vidro pra minha janela, que vocês quebraram naquela briga ridícula com a escova de cabelos.
'- Hey, foi sem querer, já pedimos desculpas oficiais e tudo, tá?
'- Eu sei, eu sei... Mas, de qualquer maneira, não foi pra mim que você falou!
'- Tá, mas eu lembro... - Um barulho de interferência interrompeu a conversa. – Ana? Ana você tá aí? Anaaaaa!
'- Ah, oi! É, você combinou com a Lisa mesmo. Ela até ligou pra mãe dela, mesmo você insistindo pra ela não ligar...
'- Ahnn...
'- Lembra que ela até falou que o emprego de sua motorista exclusiva ia render até mais que o salário dela de um ano todo?
'- Ahhhhh, siiim! Por que não disse isso antes?
A garota bufou, impaciente.
'- Você não gostaria de estar aqui nesse momento.
'- Pra ver sua cara, não mesmo, Lene .
'- Hunf! Quer parar de tirar com a minha cara?
'- Pra falar a verdade... não.
'- Ah, cala a boca. Então, você vem ou não vem?
'- A mãe dela não vem não?
'- Não. Ela avisou pra você que não.
'- Claro que não avisou! Ela não me falou nada!
'- Bem.. err.. falar ela não falou.. espera aí. – Mais barulho.
'- Lily, eu deixei um bilhete pra você! Só não lembro onde...
'- Ah, mais essa agora!
'- Heeey, procurasse, oras.
'- Certo, claro, eu vou sair por aí procurando papeizinhos jogados pelos cantos, porque certamente cada um deles contém um aviso de que os alienígenas estão chegando, ou que no próximo 11 de setembro o país atacado será o Brasil...
'- Realmente, se você não fosse tão distraída...
'- Eu não sou distraída! Sou apenas... muito ocupada para me preocupar com coisinhas insignificantes!
'- Mas que poderiam te ajudar bastante.
'- Ohh, claro! Acho que o único papelzinho que me ajudaria era uma cola na prova de física...
Alguns risos abafados foram ouvidos, embora Marlene relutasse em rir.
'- É, deixa a professora ficar sabendo disso...
'- Ela só vai saber se alguma de vocês contar...
'- E você por um acaso duvida?
'- Na verdade, não dá pra duvidar de uma maluca.
'- Lógico que dá, eu já duvidei de você um monte de vezes!
'- Por isso mesmo, oras, eu não sou maluca.
Lisa falou baixo, como se sussurrando para as outras:
'- Shhhh, não sabia que é perigoso chamar uma maluca de maluca? É como despertar uma sonâmbula!
Lílian revirou os olhos.
'- Okay, Lisa, eu prometo que não vou te avisar sobre a sua sanidade – ou insanidade? – mental.
'- Pode falar, Lily, comigo não tem perigo.
'- É, por enquanto não mesmo.
'- Lily, é o seguinte: o tempo passa muito rápido e vocês estão gastando todo o meu crédito. Você vem ou não vem?
'- E como é que eu iria, Ana?
'- Sei lá, tentar alugar um avião parece bem prático.
'- Prático e impossível, você quis dizer.
'- É, mais ou menos.
'- Então?
'- Então você vem de táxi.
'- Por mim, tudo bem, mas quem é que vai pagar?
'- É você quem vem de táxi; você paga, é claro.
Lily suspirou, aparentemente convencida.
'- Okay, mas não reclamem se o tal taxista resolver cortar caminho com algum atalho por uma rua movimentada, ou se ele me seqüestrar, se ele se perder ou se acontecer um acidente, viu?
'- E qual a diferença se a gente fosse junto?
'- Ué, vocês estariam junto. E se vocês estivessem junto, não diriam depois: "Ahh, se ela tivesse economizado meus créditos...", ou "Ahh, se ela lesse bilhetes espalhados por qualquer canto...".
'- Certo, a gente não vai reclamar. Na verdade, a gente não vai nem ligar, tá?
'- Se vocês conseguirem...
'- Vá com Deus e pela sombra.
'- V... O.k. - Ela colocou o telefone no gancho, respirando fundo. - Elas vão ver só uma coisa.
N/A: olha, mesmo que não esteja legaaal... deixa uma review dizendo o que achou, por favor? por favor, por favor, por favoooor? faça uma pirralha feliz XD
Próximo capítulo - No shopping.
"- Meninas, temos que nos apressar, esqueceram do encontro? - Marlene corou diante dos olhares assassinos que Lisa e Ana lhe lançaram. - Oops...
- Encontro? Que encontro? - Lily perguntou, curiosa.
- Bem é que a gente... - Marlene desistiu de falar no meio da frase, quando recebeu uma cotovelada de Lisa."
beeijos!
