Nome: Consultoria Matrimonial.
Autoras: As Snapetes.
Pares: Severo Snape/Hermione Granger.
Censura: Recomendado para maiores de 18 anos.
Gênero: Comédia.
Avisos ou Alertas: linguagem obscena.
Resumo: Após os eventos da Casa dos Gritos o corpo de Severo Snape nunca foi encontrado. Alguns anos mais tarde, passando por uma crise no seu casamento, Hermione resolve seguir um conselho inusitado da sua mãe e entra num sex shop trouxa a fim de apimentar sua relação com Rony. Qual não é sua surpresa ao encontrar no comando da loja aquele a quem ela julgava morto e enterrado.
Agradecimentos: A Thity Deluc, nossa super-beta ;)
Disclaimer: Personagens, lugares e citações pertencem a J.K. Rowling, Scholastic Books, Bloomsbury Publishing, Editora Rocco ou Warner Bros. Essa estória não possui fins lucrativos.
Nota: Esta fic faz parte do SnapeFest 2008, uma iniciativa do grupo SnapeFest do Yahoo!grupos
Capítulo 1 — FerPotter
Hermione estava no banho quando ouviu o barulho de copo na cozinha. Depois de duas semanas dedicadas à família e aos amigos, eles estavam enfim sós. Nas festas de fim de ano era sempre assim: muitos Weasley e seus agregados, dormir na Toca, amigos precisando de babás, tudo no espaço de duas semanas. O Teddy e a Victorie eram uns amores, ainda mais rolando no tapete da sala com o Tio Rony, mas ela era quem queria rolar com o marido no tapete.
Hermione sorriu com malícia para o espelho. Já cheirava à colônia — Gina tinha muito bom gosto para perfumes — e agora prendia o cabelo nas mãos, fazendo sua cara mais sexy.
Suspirou. Ela nunca seria sexy como as mulheres realmente bonitas... Ainda bem que seu marido parecia não se importar. Rony estava sempre preparado para ela, até mesmo quando vestia sua camiseta desbotada para dormir.
Hoje ela tinha separado algo mais apropriado para a sedução. Vestia uma camisola curta de tecido leve; sentiu um arrepio quando o ar da noite fria envolveu suas pernas nuas mesmo no calor relativo da sala de estar.
Rony estava no sofá em frente à lareira, o rádio estava ligado. Hermione diminuiu a luz com um aceno de varinha, e encolhendo a barriga, empinando a bunda e estufando o peito, com passos bem sensuais que alongavam suas pernas ao máximo, ela se aproximou do sofá.
— Tudo certo lá na Toca?
Rony resmungou uma resposta.
Hermione apoiou um joelho no sofá, roçando a perna dele. Usou uma mão para levar os cabelos dele para trás, expondo mais do rosto. Rony sempre teve um perfil bonito, os cabelos macios.
— Enfim sós — ela disse sorrindo quando ele a olhou de soslaio. Ele emitiu mais um som ininteligível e reclinou no sofá.
Só o som do rádio quebrava o clima que ela tinha preparado para os dois, mas sua varinha ficara na mesinha e seu bruxo estava bem ali, na ponta dos seus dedos.
Ela inclinou para mordiscar a orelha dele e sentiu quando Rony suspirou. Ah sim, o rádio não seria problema nenhum.
Hermione descia sua boca pelo pescoço do marido quando ele se levantou do sofá abruptamente.
— Isso é falta! Esses juízes estão sempre contra os Canhões de Chuddley!
Hermione ficou no sofá, olhando para o Rony sem acreditar no que ouvia.
— Rony!
— Mas é verdade, Hermione! Ninguém leva os Canhões a sério! Foi falta sim!
Inacreditável! Ele estava ouvindo quadribol!
Quadribol!
Ela ali, toda cheirosa e cheia de amor para dar, e ele ouvindo quadribol!
Aquilo foi demais para Hermione. Ela se levantou e colocou as mãos na cintura.
— Francamente, Rony!
— Hermione, você está torcendo contra os Canhões?
Hermione urrou e saiu da sala. Canhões, Canhões, Canhões!
Bateu a porta do quarto e foi para a cama sozinha.
No dia seguinte, Hermione se sentia mais magoada do que brava. Seu marido estava mais interessado num jogo idiota de quadribol do que nela...
Hermione sabia que não era nenhuma deusa grega da beleza, mas o Rony nunca mostrou sinais de que não a desejava.
Até ontem.
E hoje onde ele estava? No jogo de quadribol com o Harry.
Ficar sozinha em casa estava transformando suas dúvidas e inseguranças em monstros sem proporções. Quando ela se sentia assim, a primeira pessoa que lhe vinha à cabeça era sua mãe.
o0OooO0o
Chá e bolachinhas de nata. Hermione estava sentada na cozinha da casa de sua infância, com sua mãe contando as peripécias da nova assistente da clínica que tinham em Londres. Hermione registrava metade do que sua mãe dizia, pois a outra metade do seu cérebro estava ocupada com seu problema conjugal.
— O que você tem, minha filha?
A pergunta pegou Hermione desprevenida.
— Nada, Mãe. Acho que as crianças me cansaram mais do que tinha percebido.
Ela não podia falar dos seus problemas com a sua mãe. Não desse tipo de problemas.
— As crianças, sei. — Sua mãe fez uma cara de quem duvidava, e com mais malícia acrescentou: — O Rony é mesmo um meninão.
— Mãe!
— Somos duas mulheres adultas, Hermione. Não precisa ficar encabulada.
Hermione choramingou e pegou mais um biscoitinho. Quem sabe sua mãe não mudava de assunto?
— Aliás, como anda a produção do meu netinho?
Não era o dia — ou a semana — de sorte da Hermione.
— Ainda é cedo para pensar em filhos, Mãe.
— O Rony não quer?
— Eu não quero — Hermione respondeu com ênfase. Só de pensar no esforço necessário para fazer seu marido largar o quadribol para os exercícios necessários já a desanimava.
Sua mãe colocou a xícara na mesa, e agora Hermione sabia que estava encrencada.
— Minha filha, aconteceu alguma coisa entre você e o Rony?
— Não — ela respondeu, e era a verdade. Não tinha acontecido nada em duas semanas!
— Hermione...
Ela suspirou e disse bem baixinho:
— Acho que o Rony não me acha atraente.
— O Rony o quê? — sua mãe pediu.
— O Rony não me acha atraente — Hermione respondeu, dessa vez com mais volume na voz, porém pontuou a declaração levando as mãos ao rosto. Que vergonha!
Lágrimas começaram a deixar seus olhos, e Hermione não sabia se chorava de raiva, de tristeza ou de vergonha.
— Não é nada disso, minha filha — sua mãe a consolava, o que fazia suas lágrimas correrem mais soltas ainda.
— Ele nem olha para mim, Mãe.
— Isso não é verdade, Hermione. Eu já vi como o Rony olha para você, e já tive que segurar seu pai mais de uma vez antes que ele pegasse o coitado pelo colarinho quando vocês eram namorados justamente por esses olhares.
— Isso era antes, Mãe. Hoje eu estou gorda, e com esse meu cabelo...
— Não fale bobagem, querida. Você não está gorda coisa nenhuma. Está sim cheia de curvas, um mulherão. Você estava era magra demais antes.
Hermione bufou e aceitou o lenço que sua mãe lhe oferecia.
— Ele só pensa em quadribol, quadribol e quadribol! — disse, derramando sua frustração. — E eu, Mãe? Como eu fico nessa história?
— Seu pai era assim com futebol — sua mãe dizia enquanto assentia com a cabeça com conhecimento de causa. — O que você precisa é incrementar o seu repertório de sedução.
— O quê? — Hermione não estava preparada para receber dicas de sedução de sua mãe. Ficou apreensiva quando ela se levantou e começou a vasculhar a bolsa tipo sacola que usava no dia a dia.
— Achei — ela disse, e virando-se para Hermione, entregou-lhe um cartão.
— O que é isso? — Hermione perguntou, já com medo de ler o que o cartão dizia.
— Você vai encontrar inspiração lá — sua mãe lhe disse.
Só então Hermione leu o cartão.
— Mãe! — Hermione olhava boquiaberta para a mãe.
— Não me olhe com essa cara. É um lugar muito respeitável e discreto.
Hermione olhou de novo para o cartão e ainda não podia acreditar no surrealismo da situação. Sua mãe, membro do conselho de bairro, respeitada freqüentadora da igreja da comunidade, estava lhe indicando os serviços de uma Sex Shop.
Continua...
