Capítulo 1 - Conhecendo
Kagome estava chegando a Gramado no Rio Grande do Sul uma cidade linda para passeio era um lugar calmo, casas com telhados pontiagudos com ar de idade media. Mas tudo com certo charme além da cidade ser conhecida por seus chocolates.
Kagome via que era um bom lugar para recomeçar, onde conseguiria deixar tudo para trás, esquecer-se de tudo e todos. Sabia que não iria esquecer tudo, pois estava grávida de três meses e um dia seu bebê perguntaria sobre seu pai e ela teria que responder algo, mas não queria pensar nisso agora. E com esse pensamento passou a mão na barriga que já mostrava um pequeno volume e pergunta para um senhor que varia a frente da casa onde ficava o endereço que estava num pedaço de papel. E com as informações que o senhor lhe tinha dado ela chega a uma casa onde a senhora que vendera a casa e uma loja no centro da cidade já a esperava com um sorriso simpático no rosto.
_ Desculpe se demorei.
_ Não também acabei de chegar, então vamos entrar Kagome.
_ Claro, ontem eu vi a loja é bom que seja perto néh?
_ Você só vai leva uns 15 minutos de carro e 30 minutos a pé.
Enquanto elas conversavam de como era a cidade Kaede lhe mostrava a casa, não era muito grande, mas era espaçosa, tinha dois quartos um sendo uma suíte, ia ser muito bom para Kagome.
_ Qualquer coisa senhorita Kagome pode bater ali em casa eu moro ali ao lado.
_ Olha se a senhora sempre for assim eu bato mesmo, mas eu gostaria de pedir para não me chamar formalmente e sim de você (diz Kagome com um enorme sorriso).
Kagome despede-se de Kaede e entra em casa para arrumar oque faltava e ainda no mesmo dia queria sair para comprar o que faltava. A loja era uma espécie de restaurante country bem rústico a da frente era de madeira com vidros em formatos quadrados. Tudo ali era de madeira, paredes, teto, chão, as pequenas mesas redondas e as duas cadeiras que acompanhavam cada pequena mesa. No fundo havia um balcão, também de madeira escura, com um bar ao fundo, ao lado do balcão de um lado se via uma porta como aquelas dos bares de velho oeste, e do outro uma escada, também de madeira, mas era mais clara do que a madeira do bar.
Lá ela ia fazer uma Chocolataria de nome Choco Mil, ela mesma iria preparar os chocolates já tinha contratado dois funcionários Miroki e Sango. Conforme o tempo ia passando Kagome viu que criaria uma forte amizade com eles como se fossem irmãos.
Na lanchonete:
_ Então Kah Vai se menina ou menino. (pergunta Sango)
_ Vai se uma menina e vai se chamar Rin.
_ Eu e o Miroki vamos ser os padrinhos não aceitaremos não como resposta.
Assim os anos foram se passando, agora Rin já estava com cinco anos e Kagome não teve nenhuma noticia do que teria fugido.
_ Kagome oiiiiiiii tem alguém ai? (pergunta Sango chamando sua atenção)
_ Há oi estava pensando no aniversario de Rin é daqui a três meses.
_ E o que tem isso? Todo ano fazemos uma ótima festa.
_ Mas esse ano ela me pediu algo, (fala Kagome dando um grande suspiro) ela não quer a festa.
_ Como? Ela adora festa principalmente quando é seu aniversario inventa tanta coisa ela é pequena mais é muito esperta.
_ Eu sei só que esse ano ela disse que só quer um presente e mais nada. (fala com uma cara de preocupação)
_ Vamos dar para ela então se for muito caro a gente ajuda aposto que Miroki não vai se importa.
_ Não é de compra é de ver.
_ Levamos aonde ela quer então.
_ É muito pior... Ela quer ver o pai.
Sango se engasgou com o chocolate quente que estava tomando. Depois de se ajeitar ela volta a conversar com Kagome que estava começando a chorar.
_ E o que você falou para ela?
_ Não falei nada, sempre que ela toca no assunto eu lhe dou um sorriso e invento algo para fazer, só que a cada dia que passa ela pergunta mais e eu não sei o que falar. Ela quer saber nome, idade, de onde ele é e eu não sei mais o que falar para ela, me ajuda Sango, por favor.
_ Aí eu não sei o que te falar, mas ham... Vamos me conta tudo que houve entre você e o dito-cujo ok para eu poder intender o que houve.
_ Eu morava no Japão, na grande Tóquio era uma moça boba nova quando me apaixonei por ele Sesshoumaru Taisho ajudava minha mãe num restaurante muito famoso quando o conheci. Ele sempre ia para fazer as reuniões de trabalho lá e também ele era irmão do meu melhor amigo. Começamos a nos encontrar acabamos namorando por uns quatro meses até que acabamos nos casando e
_ Rapidinhos vocês (Sango diz dando um sorriso para Kagome)
_ Hahaha eu já era apaixonada e acreditava que ele também estivesse então casamos ficamos junto por nove meses de um tempestuoso casamento. Mas na verdade, e agora eu saiba disso, a vinda para cá significava mais que uma simples mudança de cidade. Significava o fim das esperanças de uma reconciliação. Uma reconciliação. Hahaha, como se isso fosse possível! Mas na época eu não tinha mais que 18 anos e por isso dava-se o direito de ser ingênua o suficiente para acreditar que aquele casamento ainda podia ser salvo. Afinal, as sucessivas discussões eram um forte indício de que as coisas iam de mal a pior, e a frieza com que Sesshoumaru enfrentou a última explosão nós deixou claro que nada mais havia a fazer. Só que eu me recusei a acreditar nisso.
Kagome contou tudo e também de Kagura Matsumo, que trabalhava com Sesshoumaru no Hospital Nossa Senhora da Conceição, um dos melhores hospitais do estado, e com quem lá ele manteve um longo caso. Aliás, ele e Kagura nunca fizeram segredo de que tinham sido amantes. Kagura não gostava nem um pouco de Kagome e chegara mesmo a acusá-la de ter-lhe roubado o namorado. Por isso, devia ter se divertido muito quando lhe contara que Sesshoumaru havia pedido ao diretor do hospital para ser enviado a Portugal, como correspondente de guerra, apenas vinte e quatro horas depois de Kagome tê-lo acusado de se dedicar mais ao trabalho do que ao casamento. E de ter dado um doloroso ultimato: ou ela ou a carreira. Ele escolhera a carreira.
Desesperada, Kagome arrumara umas poucas coisas numa pequena valise e, depois de deixar um bilhete sobre a cômoda, explicando o porquê de sua atitude, refugiou-se no apartamento de sua amiga Ayame, certa de que ele reconsideraria sua decisão e voltaria. Só que ele não voltou.
Foi uma espera difícil, angustiante. As horas se arrastavam, os dias custavam a passar, e a vida se transformou num pesadelo. Sem Sesshoumaru, nada tinha sentido, nada valia a pena. Mas o que esperar de um homem dedicado à profissão a ponto de abandonar a própria casa? Nada, a não ser dor e desilusão.
O que mantinha Kagome viva era um pontinho de esperança, uma coisinha tão frágil, que se formava no ventre e que crescia a cada dia. Ela esperava um filho de Sesshoumaru, por isso engoliu a humilhação, o orgulho, o amor próprio e lhe escreveu uma carta... Que nunca foi respondida.
Sua gravidez deu força para ela se mudar para Gramado e seguir sua vida adiante.
