Notas da Autora: Infelizmente o Casal 20 passou da realidade, para ficção :( Então aqui estou eu, escrevendo fanfic, para alegrar os nossos corações.

LEIA POR FAVOR: Tenho alguns avisos importantes para fazer sobre essa fanfic:

1) Ela se passa no futuro, sendo bem exata, no ano de 2022. Seis anos após 2016.

2) Fiz essa fanfic se passando nos Estados Unidos em Nova York, não me julguem, eu amo o Brasil. Apenas fiz essa fanfic nos Estados Unidos para que eles pudessem passar despercebidos e anônimos da mídia e dos fãs.

3) Por favor, se você leu essa fanfic, comente, pode ser no instagram ( ), ou aqui no site mesmo. Não precisa ter conta aqui no site para comentar, tem um espaço em que o comentário pode ser anônimo. Lembrando que os comentários sempre incentivam a continuar, e também me deixam muito feliz :)

4) Não sei ainda quantos capítulos terá. Sorry.

5) Aproveitem, e espero do fundo do meu coração que gostem. Ahh! Sejam bem vindos, e não precisa tirar o calçado para entrar (:

William estava em New York havia dois dias. Seu mês de férias tinha chegado, e mais do que depressa arrumou as suas malas e partiu para a viagem que ansiosamente esperava desde o começo do ano. Não tinha nenhum motivo especial para ter escolhido New York, ele gostava do clima frio do local, sabia que lá sempre tinha boas programações, e o melhor de tudo, é que em New York ele poderia ser uma pessoa comum, como todas as outras, podendo assim andar normalmente pelas ruas, sem ser reconhecido como um "artista" em cada esquina. Não que ele não gostava da fama, pelo contrário, ele adorava ser reconhecido pelo seu trabalho, só que assim como qualquer um, também queria ter o seu momento de privacidade, poder chegar em um lugar e não ser o centro das atenções. E foram esses motivos que o fizeram escolher New York para passar as suas férias.

Hoje ele tinha visitado uma espécie de feira de comidas em uma das ruas de Downtown.

A rua em que aconteceu a feira era encantadora, bandeiras de diversos países estavam penduradas em várias linhas, as barracas eram coloridas, bancos e mesas alaranjadas estavam espalhados pelo local, para que as pessoas pudessem sentar e aproveitar os alimentos.

Experimentou vários tipos de comidas diferentes, algumas deliciosas, outras nem tanto.

Já eram 20:37 horas, estava começando a ficar mais frio que antes, apesar de estar com um casaco grosso, sabia que iria precisar de mais roupa. Sentia-se satisfeito e alimentado, concluiu então que era hora de voltar para Hotel. William optou por pegar um metrô, invés de chamar um táxi.

Caminhou rapidamente até a estação de metrô, que ficava a poucos quarteirões e aguardou na plataforma. Passaram-se poucos minutos e o metrô chegou, algumas pessoas que também aguardavam entraram, ficando ele o último a embarcar.

Ao entrar observou que o metrô estava cheio, afinal de contas era New York, os metrôs estão sempre lotados por aqui. Algumas pessoas estavam em pé, e a grande maioria estavam sentados. Houve apenas um assento da ponta vazio no metrô. Caminhou em direção ao banco, e enquanto caminhava observou a mulher sentada no banco ao lado. Ela segurava um livro nas mãos, a atenção completamente voltada para as folhas, sua cabeça estava levemente inclinada para baixo, para conseguir ler o livro, seus cabelos eram grossos e caiam um pouco sobre a sua face. Um pensamento atingiu a sua mente: "Essa mulher se parece muito com a Fát..."

Imediatamente William parou de caminhar. Essa mulher não se parecia com a Fátima, ela era a Fátima! Faltava pouco centímetros para William chegar ao assento vazio, ele estava agora apenas parado no meio do metrô, seu rosto estava sem nenhuma expressão, seus olhos apenas analisavam a sua ex mulher. Ele pode observar que os cabelos dela continuavam grossos e vivos, continha um fraco tom de loiro e havia aquelas ondas que ao mesmo tempo que eram perfeitas, eram bagunçadas, emoldurando o contorno do seu rosto. Ela estava usando um sobretudo preto, com um cachecol lilás em torno do seu pescoço, sua mão esquerda estava com uma luva, enquanto a direita estava sem, para poder folhar o livro. Faziam seis anos que os dois haviam se separado, e no mínimo um ano os dois não se viam pessoalmente. O motivo de não se verem não era por causa de nenhum rancor guardado, a mídia brasileira insistia em divulgar que os dois não se viam pois haviam guardado rancor um do outro, porem, isso era uma grande mentira. Apenas não se viam mais pois, o PROJAC era longe do jornal, impossibilitando qualquer "esbarro" no serviço. Os seus filhos, por sua vez, haviam se formado, seguindo os seus próprios caminhos, assim, não era mais necessário a intervenção dos pais, pois os três já eram adultos, não sendo mais necessário conversarem entre si. Os dois continuavam amigos e admiradores de seus trabalhos, igual haviam publicado na nota de separação, porem, não haviam tido mais oportunidade de conversarem. Bonner se desenterrou de seus próprios pensamentos, e decidiu sentar-se no banco vazio, afinal, os dois eram amigos não é mesmo?

Precisou dar apenas alguns passos para que ficasse na frente do banco.

"Este assento está vazio?" Ele exibiu um sorriso entre aberto, enquanto aguardava a mulher o reconhecer.

Fátima estava completamente absorvida pelo livro que estava lendo. Havia o adquirido a poucas horas atrás, em uma pequena livraria que encontrou. O livro era de uma comediante dos Estados Unidos, onde retratava com histórias engraçadas como é uma mulher ser chefe nos dias de hoje. Sua leitura foi atrapalhada por uma voz do timbre grave. Não estranhava a voz, tinha a impressão de conhecer, porem, estranhou o motivo da pessoa estar falando em português.

Levantou os seus olhos, para encontrar o dono da voz, e quando o avistou foi pega de surpresa. Era William Bonner parado em sua frente... em Nova York. O cabelo dele estava com fios brancos a mais do que quando o viu da última vez. O rosto permanecia o mesmo, com pouquíssimas rugas de expressão, mantendo aquela aparência nova que ele sempre demonstrou. Ela estava completamente surpresa, e tinha plena certeza que ele percebeu isso, pois o sorriso dele apenas aumentou.

"William!" O tom de voz de Fátima demonstrava aquilo que o rosto tentava esconder, a surpresa.

"Fátima!" Ele utilizou o mesmo tom do qual ela havia acabado de pronunciar o seu nome, como uma forma de brincadeira. Ela notou isso, uma leve risada atrapalhada e sem graça saiu dos lábios dela, isso fez com que ele também soltasse uma risada. Após isso, ambos ficaram em silêncio, em uma situação estranha. O metrô já havia começado a correr.

"Então..." continuou Bonner "O assento está vazio? Posso me sentar?'

William sabia que o banco estava vazio, ele estava perguntando isso porque queria ter certeza de que ela não ficaria em uma situação constrangedora. Não queria em nenhum momento deixa-la desconfortável.

"Oh sim..." A pergunta feita anteriormente por William havia fugido de sua mente "O assento está vazio, pode sentar-se, claro"

Bonner sentou-se ao lado de Fátima. Assim que ele estava confortável no assento, olhou para a mulher. Ela havia voltado a sua atenção para o livro. O seu cabelo ondulado estava agora totalmente caído sobre o seu rosto, o impossibilitando de observar o seu perfil. Realmente, essa seria um longo caminho.