Um comentário prévio... Kids, quem tiver a tradução em inglês ou português da novel Gundam Wing Frozen Tearsdrop, por favorrr me mandem o link! Agora que decidiram lançar a continuação de GW, eu fico neurótica procurando traduções no Google... U.U
Bem, vamos à fic... hehe
Adolescência
Um Fanfic de Nike-chan
Disclaimer: New Mobile Cronicle War Gundam Wing pertence a Bandai e a Sunrise. Mas agente mereeece se diverter com ele! XD
T por insinuações.
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Capítulo 1 – Eu quero
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"De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de domar."
Platão
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Eles acabavam de chegar ao reino Sanc. Quatre e Heero eram recepcionados pela própria princesa Relena Peacecraft.
Heero esperava isso.
Queria evitar encará-la, mesmo sabendo que, ali no reino dela, em seu território, seria praticamente impossível.
Relena não disse nada ao encontrá-lo. Mas as atitudes daquela garota sempre faziam o alerta mental de Heero disparar. Ela apenas se debruçou no corrimão da escada do avião, apoiando o queixo em uma das mãos – evidenciando o sorriso esperto dela.
Sim, encará-la era um perigo.
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Depois de alguns dias, de alguns encontros nas aulas e nas reuniões no escritório da princesa, Heero já estava habituado a vê-la. Ele agia naturalmente, entretanto estava preocupado com aquilo que sentia. Ele gostava de tê-la por perto. Porque não corria o risco a todo minuto de receber notícias ruins, porque com ele ali ela não seria sequestrada, ameaçada, nem assassinada de forma que ele só soubesse depois do fato consumado. No palácio ele se sentia tranquilo sabendo que ela estava protegida ao lado dele.
Mas se as coisas eram realmente assim, só pela obrigação de cuidar dela, porque raios, num dia de folga, ele estava trabalhando com seu laptop justamente no jardim real, bem abaixo da janela dela, onde ouvia-se de longe sua voz conversando com Pagan, Noin ou alguma das meninas? Ela já estava guardada, não estava?
Perdera a noção do tempo em que ficara ali.
Ainda era tarde quando ele pensou: bem, se ele sentia que devia estar do lado dela, então que fosse o mais perto o possível, não é mesmo?
Então ele entrou no palácio e subiu até a sala dela, no segundo andar.
Ele bateu algumas vezes, chamou e estranhou que ninguém respondesse. Abriu abruptamente a porta – que não estava trancada – e constatou a sala vazia.
"Onde raios Relena se meteu?"
Heero parou defronte a mesa da moça raciocinando o porquê de alguém tão bem treinado como ele não ter percebido assim que chegou ali, que a sala estava vazia.
Muita coisa na cabeça.
Então assim, confuso e irritado, o rapaz silenciosamente se esgueirou até os andares superiores chegando ao quarto de Relena.
Dessa vez ele entrou sem bater.
Relena estava sentada penteando seus cabelos olhando para o grande espelho redondo da penteadeira. Logo viu o reflexo do rapaz.
- Heero? Estava me procurando?
A resposta usual seria um sarcástico "Claro! O que viria fazer aqui?". Mas ele se limitou encará-la. E naquele momento ele teve certeza do porque de não querer fazer isso.
Relena estava usando uma camisola verde clara de um tecido fino e um pouco transparente. Era uma peça simples, porém muito bonita com alças finas e laços de cetim no meio do busto levemente decotado. Como o robe fino e da mesma cor estava aberto, Heero pode ver bem as pernas desnudas da moça já que a camisola era curta, mal chegando à metade das coxas. Os dois se encaravam em silêncio até que ela se deu conta de que o moço baixara o olhar de seus olhos para suas pernas – e não parecia querer desviá-lo delas.
Ela se apressou a fechar o robe e virou-se de costas para ele.
- Be... bem Hee... Heero... eu vou... acho que você quer falar comigo, não é? – ela riu, nervosa – Vou me trocar e já irei ao escritório para conversarmos mais a vontade. Você pode me esperar lá, ok?
- Não precisa. Eu...
Ela virou-se novamente para olhá-lo. Ele estava vermelho.
"Um garoto... apesar de tudo ele é como qualquer garoto". Relena riria daquilo se não fosse a enorme vergonha que sentia do rapaz tê-la visto praticamente seminua.
- Eu não queria falar com você, Relena.
- Então por que está aqui? – ela perguntou quase sem pensar.
Ele não tinha resposta. Estava ficando cada vez mais vermelho e Relena achou que ele fosse desmaiar.
- Heero, você não está bem! Aconteceu alguma coisa? Você está quente...
Neste momento ela viu que já estava perto dele. Ou melhor, junto dele, ajoelhada no chão com um Heero caído com a cabeça apoiada em seu peito. Heero segurou o braço dela e encarou-a mais uma vez.
Não havia palavras.
Ele puxou-a rudemente para beijá-la.
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A sequência seguinte foi muito rápida: as mãos dele segurando os ombros dela, depois passando por seus braços. O abraço de Relena era quase possessivo em torno de seu pescoço, Heero achou que fosse se afogar nela. Ele podia agora inspirar o cheiro de seu cabelos, alisá-los com as pontas dos dedos e enterrar seu rosto no pescoço macio dela.
Relena não parava de soluçar as palavras em seus ouvidos. "É loucura... uma loucura!" ela dizia em suspiros tão baixos que o fariam pensar que não era a voz da moça, mas só a sua própria consciência – essa totalmente abandonada em razão dos desejos de seu corpo.
Ele puxou-a para seu colo, fazendo-a sentar em suas coxas estando de frente para ele. Relena olhou-o séria, destinando especial atenção a sua boca. Ele sabia que ela queria beijá-lo de novo então não a fez esperar mais. Envolveu o corpo da moça em um abraço amplo, forte, deixando que ela espalmasse suas mãos pequenas em seu peito. Eles encostaram suas testas e, quando Relena fechou os olhos Heero respirou fundo. Ele ia beijá-la de novo, e de novo, até que não conseguisse mais beijar. Até que seu fôlego acabasse e que ele caísse inconsciente bem ali – sobre o corpo dela, nos braços dela.
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Em algum momento eles teriam de sair do chão. Ambos fingiam não saber disso e continuavam se acariciando de maneira romântica no chão do quarto, sentados daquele jeito, um no outro.
Relena temia que se o levasse para a cama aquilo fosse insinuar-se demais. Ela não queria que ele pensasse mal dela.
Com toda a força que possuía, Relena evocou-se como a princesa Peacecraft e decidiu falar a Heero.
- Acho melhor levantarmos...
Heero pensou na cama e ficou animado com aquilo.
- O chão não é mesmo o melhor lugar para isso...
- Não! Eu quero dizer... Acho melhor nos separarmos agora.
Heero lutou para entender, afinal a garota tinha uma das mãos em sua barriga e a outra acariciando seus cabelos. Então ele viu nela a cautela e o rubor de vergonha.
- Eu não vou te fazer nenhum mal. Você pode confiar em mim, sabia?
- Eu sei! Claro que eu confio em você Heero, mas... Você tem que concordar que tudo isso é muito... Inesperado! Eu não sei o que fazer!... E eu gosto tanto de você... Tanto...
Heero ponderou. "Seguir as emoções". Aquele lema continuava a martelar na sua cabeça e ele, pela primeira vez ao que se lembrava, seguiu seus instintos quando se tratava desse tipo sentimentos por outra pessoa.
- Eu também gosto de você.
- Heero... Mas, nós dois...
Ele admitia para ela e para si mesmo. Pensando bem, não fora tão difícil. Heero calculou que era porque nunca havia realmente gostado de uma pessoa, a ponto de sentir-se condoído por ela, com instintos fortes tanto de proteção quanto de admiração ou desejo. E esse desejo, era novo para ele e, como acreditava firmemente, só podia ser alocado em um setor especial de sua mente. O setor que era nomeado de Relena Darlian Peacecraft.
Ele olhou naqueles olhos profundamente azuis-turquesa e desejou nunca mais sair daquele quarto. Nunca mais brigar com ela. Nunca mais ir para longe ou pilotar um Gundam. Ele desejou-a ali, sentada em seu colo, abraçando-o pra sempre.
"Os jovens são extremistas"
- Eu quero ir com você para aquela cama.
Relena abaixou a cabeça. Já se sentia tremendo, confusa.
Respirou fundo várias vezes. Temia as suas próprias palavras. Temia o seu desejo. E temia o seu medo deste desejo.
- Heero – ela dizia com dificuldade – tudo bem.
Ele ouviu, mas não acreditou. Aquela expressão não parecia de "tudo bem" para ele.
- Mas...
- Mas antes eu quero que esteja ciente de algo.
- Estou ouvindo.
Ela reuniu toda a sua coragem e disse de uma só vez:
- Euteamo!
Heero olhou-a incrédulo.
- Era isso? – ele quase riu.
- Como assim "era isso"? – Relena retrucou, brava. – E você ainda acha pouco?
Agora ele realmente riu.
- Eu também.
Relena ficou quieta encarando-o desconfiada.
- Eu também amo você. Se o amor existe, então é isso. E se eu posso amar alguém, esse alguém só pode ser você.
A batalha estava quase vencida, mas a garota ainda não estava completamente convencida.
- E você acredita que o amor existe, Heero?
Ele refletiu consigo mesmo. Depois sorriu. Daquele jeito que ela sabia que só ele sorriria.
O rapaz levou as mãos ao rosto dela. Uma de cada vez. Ele acariciava com tanto cuidado que ela queria implorar-lhe para chegar mais perto.
- Eu tinha que matá-la e não matei. Eu sempre cumpri minhas missões, mas com você todas elas passaram a falhar. Eu olho mais para você que para o meu inimigo e eu me sinto mais confortável aqui que no cockpit do meu Gundam. E aquele era o único mundo que eu conhecia. – Ele parou para respirar. – Como isso se chama, Relena?
Ela sorriu, verdadeiramente contente.
- Como isso se chama?
- Amor. – Relena respondeu simplesmente.
Heero foi puxando o corpo da garota para mais e mais perto, de forma que seus rostos já estavam colados, não deixando espaços para evitar um beijo.
- Eu gostava de ficar sozinho, mas agora só me sinto a vontade quando você está sobre as minhas vistas e só fico tranquilo quando está perto o suficiente para que eu possa protegê-la. Eu não tenho mais respostas claras para todas as perguntas. Pois todas as perguntas param no meio e me tiram o foco. A resposta chega antes para mim. A resposta é sempre Relena... Relena... – ele sussurrava contra a boca dela. – O que pode ser isto, minha princesa?
- Amor, Heero... Chama-se amor.
- Eu posso dizer mais, eu...
Ela calou-lhe as palavras com um beijo. Aqueles beijos de cinema, fortes, esmagadores, onde a boca nem se abre, mas a dor e o júbilo se unem num só sentimento. É o beijo da entrega. Um selo entre os dois.
Heero ficou com vontade de chorar. Mas não chorou, como era de sua natureza.
- Então eu te amo Relena, e não diga que isso não é verdade.
Então eles foram para a cama. Mas não sem antes trancar a porta.
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"Isso é um perigo
Um mistério, uma chama em suas mãos
Isso é o óleo da candeia
É a luz e a escuridão
É a dor, é o júbilo
É a carga e o bordão
É o que pesa e o que segura
Isso é simplesmente a paixão"
S.N.
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Yo! Sim, mais um 1xR! E com uma situação que eu sempre imaginei... E se Hee e Rel-chan agissem como os adolescentes impulsivos, sem pais vigiando como eles realmente são? E se uma gravidez não planejada acontecesse na vida nada usual destes dois adolescentes? Porque, bem soldado ou princesa, eles ainda são adolescentes... E pelo que podemos ver, não deu "tempo" para que eles tivessem uma educação em relação a essas coisas... Mas, como vcs sabem... A ignorância é mãe de muitos bebês lindos do mundo! Uahuahua
Eu realmente não sou a favor de sexo irresponsável e escrevo esta história pensando que é algo que acontece na vida real e possívelmente aconteceria em um contexto como o deles. *kids without parents are a big problem* XD
Beeem, só tenho a agradecer quem ler e chegou até aqui… Até o próximo capítulo, folks!
Aguardo seus comentários, críticas e sugestões!
Bjbj
Nike-chan
